Deus intervém através de sua ações - Comentário adicional

 

DEUS INTERVÉM ATRAVÉS DE SUAS AÇÕES

Lição 07 - 14 de fevereiro de 2021

TEXTO ÁUREO

"E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás." Salmo 50.15

VERDADE APLICADA

Ester não se corrompeu com o sistema e, apesar de estar intimamente inserida nele, continuou fiel a Deus e ao seu povo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

ENTENDER que a única alegria está no Senhor.

DESTACAR que o verdadeiro refúgio está em Deus.

RESSALTAR a importância do jejum.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ester 4

13. Então disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus.

14. Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?

15. Então disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:

16. Vai, ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia e nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço.

INTRODUÇÃO

Nesta abençoada lição aprenderemos/lembraremos a importância de ter uma vida voltada para Deus através da oração e jejum.

1 - O LADRÃO DA ALEGRIA.

Vivemos num mundo onde o sistema é governado pelo maligno, há momentos que nos é roubada a nossa alegria, seja ela por falta de dinheiro, saúde, problemas familiares, esfriamento espiritual, pois neste mundo nós somos bombardeados a todo momento pelos dardos inflamados do inimigo.

1.1 - LIDANDO COM AS ADVERSIDADES.

Assim como Ester, podemos citar outros personagens bíblicos com exemplos semelhantes de dificuldades enfrentadas, mas que no fim foram superadas. Podemos citar o rei Josafá (2 Crônicas 20.1-27), Eliseu e seu ajudante (2 Reis 6.14-23), etc. situações semelhantes, mas vitórias diferentes. A situação do rei Josafá, foi vencida através do jejum e oração (20.3), grande foi a sua vitória (20.25). Já a situação de Eliseu foi vencida através da fé e visão espiritual que ele tinha (2 Reis 6.16, 17), mas no final com uma atitude de amor ao próximo a vitória foi carimbada (6.21-23). Na Bíblia temos um guia de como vencermos cada dificuldade do dia a dia, basta meditarmos nela dia e noite (Josué 1.8).

1.2 - A ALEGRIA DA SALVAÇÃO.

No Salmo 116 o salmista começa escrevendo do seu sentimento de amor e gratidão ao Senhor, e expressa a sua profunda alegria, pois o Senhor ouviu a sua oração. Existem momentos em nossa vida que acontecem de surpresa, e nos pegam despreparados, seja a doença ou morte de um ente querido, um acidente na família etc. Mas assim como o salmista, devemos buscar socorro no Senhor (Salmo 121.1-2), Ele é o socorro bem presente na angústia (Salmo 46.1; Salmo 120.1). Nós sabemos que aqueles que confiam no Senhor são como os montes, ficam firmes e não se abalam (Salmo 125.1) e a nossa confiança deve estar sempre Nele (Salmo 118.8-9).

1.3 - A VERDADEIRA ALEGRIA ESTÁ EM SERVIR AO SENHOR.

Significado de servir: Trabalhar em favor de (alguém, uma instituição, uma ideia etc.). Servir ao Senhor não é somente ir aos cultos, está muito além da prática de estar presente nos cultos de terça-feira e domingo. Servir ao Senhor é obedecê-lo, é praticar o que está escrito na Bíblia. E não podemos deixar de dizer que para servir ao Senhor tem que haver alegria (Salmo 100.2).

     

2 - O VERDADEIRO REFÚGIO ESTÁ EM DEUS.

Seja qual for a dificuldade não podemos esquecer que há um Deus nos céus que nos vê e ouve as nossas orações, e responde as nossas súplicas. Devemos relembrar algumas práticas esquecidas, principalmente a prática do jejum e da oração em conjunto (2Crônicas 20.3; Ester 4.16).  

2.1 - A ÚNICA SAÍDA ERA O SENHOR.

Diante de uma situação de difícil resolução, o rei Josafá não teve outra saída a não ser buscar ao Senhor e procurou reunir a nação em prol daquela causa, semelhantemente Ester correu para os braços do Senhor. Josafá se humilhou diante de Deus (20.12), Josafá ouviu e obedeceu a voz do Espírito Santo (20.15), Josafá creu no poder de Deus e passou essa confiança aos demais (20.20). Por fim, não precisaram guerrear corpo a corpo, pois a luta não é contra carne ou sangue (Efésios 6.12), o crente deve vencer suas lutas e dificuldades através da oração e jejum, nesta luta quem usa a espada é o Senhor (20.17).

2.2 - O ALTRUÍSMO DE ESTER.

Assim como Ester, o salmista grita por socorro! Podemos ver no Salmo 116 a aflição daquele homem, a sua aflição era como está amarrado por cordas, e sentimento de angústia profundo, de forma tão intensa que ele se sentia amarrado e sem saída. Mas nós sabemos que todo aquele que invoca ao Senhor recebe o refrigério, no versículo 7 do Salmo 116, vemos que o salmista está em paz, pois o Senhor te fez bem. E assim ele escreve no versículo 8 que o Senhor o livrou da morte, e seus olhos não veem mais as lágrimas escorrendo sobre seu rosto, nem seus pés pisam mais no vazio. Deus seja louvado!

2.3 - O BÁLSAMO DO AMOR DE DEUS.

Ainda que pareça que Deus não ouve nossas orações, nós sabemos que mesmo em silêncio Ele trabalha ao nosso favor. Muito das vezes queremos que o Senhor se apresse a nos responder (Salmo 70.1). Mas o nosso Deus, é Deus fiel, não desampara o justo (Salmo 37.25), tudo é no tempo dEle.

3 - A IMPORTÂNCIA DO JEJUM.

Há uma grande necessidade de se falar sobre o jejum hoje em dia, o jejum é uma prática voluntária de abstinência alimentar com propósito de fortalecimento espiritual. É uma prática que precisa estar em conjunto com a oração, leitura e meditação nas Sagradas Escrituras. Com o Jejum e oração podemos pedir socorro à Deus (2Cro 20.3), cura de uma enfermidade (2Samuel 12.15-23), ameaça de morte (Ester 4.1-3), para uma tarefa difícil e proteção divina (Esdras 8.21-23), buscar orientação de Deus (Juízes 20.26), para confissão de pecados e demonstração de arrependimento (1Samuel 7.6; 1Reis 21.27-29; Jonas 3.5-10), para suportar a dor do luto (1Samuel 31.13; 2Samuel 1.12), tomar decisões importantes sobre o povo de Deus (Ester 9.31-32), para separar obreiros ao ministério (Atos 13.1-3; Atos 14.23), para expulsar demônios (Mateus 17.21; Marcos 9.29), tentação do inimigo/suportar períodos de investida do inimigo contra sua vida (Mateus 4.1-11; Lucas 4.1-13), pedir a Deus sobre algum assunto (Atos 9.8-12), serviço (Atos 13.2). "De jejuar estão enfraquecidos os meus joelhos, e a minha carne emagrece. Salmo 109.24 ACF".

3.1 - O JEJUM NO ANTIGO TESTAMENTO.

O jejum no Antigo Testamento algumas vezes é descrito como afligir a alma (Números 30.13; Levítico 16.29-31) tendo o sentido de se humilhar diante de Deus e, isso tem uma importância muito grande. Em Levítico é descrito que no dia 10 do sétimo mês a nação deveria se afligir (jejuar) a fim de purificar todos os pecados e não realizar nenhuma obra nesse dia, esse dia era sábado de descanso. Além disso, outros personagens do AT jejuaram: Josafá (2Cr 20.3), a nação de Nínive (Jn 3.5), Neemias (Ne 1.4), etc.

3.2 - O JEJUM NO NOVO TESTAMENTO.

Jejum é também uma forma de adorar a Deus, muitas das vezes achamos que a adoração implica somente em cantar, mas veja bem o relato no Evangelho segundo escreveu Lucas no capítulo 2.36-37 ARA, veja que Ana adorava à Deus jejuando e orando noite e dia. Também no livro de Atos 10.30 lemos Cornélio dizendo que já estava no quarto dia de jejum e oração. Em 1Corintios 7.5 ACF, Paulo ensina como deve ser feito o jejum por um casal, veja que durante o período do jejum e oração, por comum acordo, não deveria existir o ato sexual. Em 2Corintios 6.5, Paulo faz um relato sobre seus sofrimentos, das suas angústias, das lutas físicas e espirituais, e dos jejuns. Leia também em 2Corintios 11.27, veja que Paulo fala de fome e sede, mas também fala do jejum, ou seja, existe diferença entre passar fome e jejuar, para jejuar e orar tem que haver um propósito para tal.

3.3 - O QUE JESUS ENSINOU SOBRE O JEJUM. 

Jesus nos orienta a fazer do modo mais discreto possível (Mateus 6.17,18), mas deve ser feito com discernimento, evitando-se extravagâncias, pois você não está provando para Deus que consegue ficar sem comer por vários dias. Portanto, deve ser praticado de forma gradual para os inexperientes, não muito frequentes para pessoas doentes. Jesus, em seu ensino acerca do jejum, nos orienta a não fazer dessa prática um meio de autopromoção a fim de serem admirados pelas pessoas (Mateus 6.16-18). O jejum feito de forma correta demonstra que estamos buscando a Deus com todo o nosso coração: "Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto (Joel 2.12)."

CONCLUSÃO

Que a prática do jejum e a oração não seja esquecida em nosso meio, pois sabemos que estamos em campo de batalha e a luta só termina quando morrermos ou quando o nosso Senhor e Salvador voltar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Almeida Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, CPAD, 1995.

Bíblia Almeida Corrigida Fiel. Edição Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original, tradução de João Ferreira de Almeida, Sociedade Bíblica trinitariana do Brasil, 2011.

Almeida Corrigida e Atualizada.

Nova versão Internacional.

Revista do professor: Adultos. Ester - A soberania e o poder de Deus na preservação do Seu povo - 1º Trimestre de 2021. Ano 31 n° 118. Lição 07 – Deus intervém através de suas ações.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

Pb. Eric Gonçalves de Azevedo