Mente, vontade e emoções restauradas pelo Senhor - Comentário adicional

 MENTE, VONTADE E EMOÇÕES RESTAURADAS PELO SENHOR

Lição 5 – 1 de novembro de 2020

TEXTO ÁUREO

“Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.” Efésios 5.17

VERDADE APLICADA

Devemos buscar a Deus em todas as nossas decisões para Saber qual é a sua vontade e assim trilhar por esta.

OBEJETIVOS DA LIÇÃO

► CONHECER as três áreas da alma.

► ENSINAR sobre a liberdade de escolha.

► FALAR sobre as emoções e sua vulnerabilidade.

TEXTO DE REFERÊNCIA

FILIPENSES 4

6. Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.

7. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.

8. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.

9.  O que também aprendestes, e recebestes e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.

INTRODUÇÃO

No nosso estudo sobre as três áreas da alma, que precisam de restauração. Destacaremos nossa dependência de Deus.

1. AS TRÊS ÁREAS DA ALMA

Na presente revista como já vimos na lição 1. A alma do ser humano, um dos sentidos da palavra “alma” é “pertencente a está vida”. Portanto, equivale à personalidade ou a própria pessoa (Jr 52.29; 2Co1.23), através da alma tenho consciência de mim mesmo. As áreas da alma são: MENTE (sede da alma, intelecto, pensamentos, raciocínios, memória); VONTADE (instrumento para tomar decisões; poder para escolher); EMOÇÕES (instrumento para expressar nossos sentimentos, gostos, simpatias, alegrias, tristeza, amor, ódio etc.) O homem foi criado perfeito, no entanto, o pecado tornou-o imperfeito e sua estrutura foi totalmente comprometida. Daí a necessidade de cura e restauração em seu espírito, alma e corpo.

1.1. Mente, a líder da alma

A mente é líder ou precursora de todas as ações. (Pv 23.7) porque, como imaginou na sua alma, assim é ...”). “aqueles que se deixam controlar por sua natureza inferior, vivem tão-somente para agradar a si próprios; mas aqueles que seguem o Espírito Santo, constatam que fazem as coisas que agradam a Deus (Bíblia Viva. Rm 8.5). Nossas ações são resultado direto de nossos pensamentos. Se tivermos uma mente negativa, teremos uma vida negativa, se por outro lado, renovarmos nossa mente de acordo com a palavra de Deus, provaremos, em nossa experiência, o que eu está escrito em Rm 12.2 – “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” - para nossa vida.  Esse é um mandamento poderoso que tem sido traduzido: “não permita que o mundo ao seu redor o aprisione em seu molde, deixe Deus remodelar sua mente” (J.b. Philips).

1.2. O poder da mente

Certamente, você já ouviu falar sobre o poder da mente. Existem muitas teorias e estudos sobre esse tema.  Nós vamos falar sobre o poder da mente sob o ponto de vista bíblico, ou seja, tudo aquilo que uma mente transformada pela palavra de Deus é capaz de alcançar. Você sabia que pode conduzir a sua vida de uma maneira muito melhor se estiver “ligado” no que anda pensando? Melhor ainda: pode viver inspirado pelo que Deus planejou para você  se a aprender a “ filtrar” certos pensamentos. (Pv 4.23; “ sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque procedem as saídas da vida).

1.3. A disputa pelo controle da mente

Tendo passado pelo novo nascimento (Jo 3. 3, 5) temos responsabilidade de porfiar por entrar pela porta estreita (Lc 13.24). Não podemos viver da maneira que vivíamos antes de conhecer a Cristo. Porque quando aceitamos Jesus Cristo, abraçamos também sua causa, por isso o cristão tem que se manter fiel a Cristo, pois o mundo passa a nos odiar. Além do mundo contra os cristãos genuínos, a velha natureza caída que herdamos de Adão e satanás que luta contra cada crente. Devemos buscar sempre ajuda do Senhor Jesus Cristo e ser obediente a sua Palavra e está sujeito ao Espírito Santo para vencemos as lutas de cada dia.

2. VONTADE E ESCOLHA

Somos estimulados pelo mundo a todo o momento através de ideias, valores, sugestões, sentimentos, notícias, ameaças, conselhos e muitos mais. Para onde vão todos esses estímulos e informações? Para a mente. Tudo que recebemos abastece a nossa mente e os resultados positivos ou negativos refletem diretamente nas decisões que tomaremos na nossa vida. Por isso é que precisamos falar sobre a importância dos pensamentos que guardamos e sobre como trabalhar a mente em nosso benefício. Quando decidimos nos entregar a Deus e reconhecemos Jesus como nosso Senhor e Salvador, nosso espírito é vivificado por Deus, mas a mente e o corpo são nossa responsabilidade renovar e cuidar. Cuidar de que forma?  Dando-lhes o melhor alimento possível. Alimento para mente?

2.1. Somos capacitados para escolher

As fontes de informação, livros ou artigo que lemos programas que assistimos na TV e na internet ou qualquer outra coisa que paramos para dar ouvidos e nos alimentar. É nosso dever selecionar a qualidade da informação que irá contribuir para a formação de mentalidade saudável. Se tudo que passa a nossa mente recebe é lixo, não podemos esperar desenvolver um pensamento equilibrado, motivado, vivo, destemido, conquistador e com a visão de Deus. A final, a informação que escolhermos passa para nossa mente pode ACRESCENTAR vida, fé e ânimo ou ROUBAR vida, fé e ânimo!

2.2. Alguns defeitos da vontade

A nossa segunda fonte de influência são os relacionamentos que temos. De um modo geral, os relacionamentos são formados na base da aceitação mútua (identificação natural). Se as pessoas se mostram amigas, é fácil manter um relacionamento. O convívio com pessoas pode nos direcionar para a construção ou destruição. Muitas vezes, as pessoas não percebem o quanto elas têm sido influenciadas pelos amigos, através de conselhos, incentivos ou pelo estilo de vida deles. Precisamos nos cercar de pessoas que entendam a importância de servir a Deus. Devemos amar todas as pessoas ao nosso redor. “Como é feliz o homem que não vai atrás das pessoas desligadas de Deus, que não fica à toa na companhia dos pecadores, nem participa de rodinhas onde fazem pouco caso de Deus”. Salmo 1.1- Bíblia viva.

2.3. Jesus buscava a vontade do Pai

Jesus foi formado e fortalecido porque estava sempre junto do Pai. Por causa deste relacionamento estreito com Deus, Jesus foi capaz de agir, de dizer e reagir como seu Pai queria! A influência do seu Pai era tão forte que Jesus era a Sua expressão exata (Hb 1.1-3). Por isso, entenda que só existe dois tipos de relacionamento:

*Os que somam virtude, formação e crescimento;

*Ou os que deformam, extraem e desequilibram a vida do homem.

Seja seletivo! Aqueles com quem nos associamos ou constantemente estamos exercem influência sobre a nossa formação e nosso comportamento.

3. EMOÇÕES: EXPRESSANDO OS SENTIMENTOS

Deus nos criou com capacidade de sentirmos emoções: amor, ira, repugnância, medo, culpa, alegria, exaltação e outros sentimentos. As emoções representam uma parte importantíssima dos acontecimentos mais nobres e úteis do homem, mas também contribuem para os atos mais trágicos de sua vida. Surgem a partir de um estímulo externo ou interno, e afetam o organismo e a conduta da pessoa.

3.1. A vulnerabilidade das emoções

Uma das grandes virtudes de um crente é saber expressar suas emoções sem exceder-se, usando o domínio próprio – a temperança, que é um dos elementos do fruto do Espírito (GL 5.22). O apóstolo Paulo ensinou-nos: “irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef 4. 26). O apóstolo mostra que é possível expressar as emoções sem excessos. Tanto a explosão quanto a implosão dos sentimentos são prejudiciais à vida do indivíduo. Devemos buscar auxílio do Senhor para cura de nossas emoções e, que o fruto do Espírito Santo venha está em nossa vida.

3.2. Restaurando nossos sentimentos

Não adianta a pessoa tentar livrar-se das emoções negativas dissimulando os sentimentos diuturnamente ou tentando manter uma aparente tranquilidade se, em seu íntimo, ela está experimentando tais emoções. Quem assim procede pode, cedo ou tarde, provocar alterações patológicas na saúde. Por exemplo, se a pessoa enfrenta uma decepção ou uma perda, é natural ela sentir-se decepcionada e infeliz. Entretanto, as decepções não precisam transformar-se em amargura a ponto de tornar a pessoa vítima de suas próprias emoções, mas, sim, de aceitar a naturalidade de seus sentimentos sem sentir-se culpada por estar emocionalmente perturbada. Devemos dominar as emoções negativas e não deixar que elas nos dominem.

3.3. Andemos por fé e não por sentimentos

A ansiedade é enquadrada entre os distúrbios neuróticos. Ansiedade é um termo utilizado para descrevemos a experiência subjetiva de uma tensão desagradável e de inquietação que acompanham o conflito ou ameaça psíquica. Trata-se de um estado emocional normal, uma característica biológica da conduta humana, sentida como antecipação a momentos de perigos reais ou imaginários. A ansiedade é marcada por uma variedade de sensações físicas desagradáveis, provenientes de uma excessiva preocupação pessoal, decorrente de frustrações no âmbito profissional, pessoal, afetivo, conflitos conjugais, problemas financeiros, perda do emprego, morte de pessoas próximas. É a ansiedade angustiosa, pois ela tira o sossego, bloqueia o ânimo e escurece o futuro da pessoa. Ela também rouba a fé do crente, que chega ao ponto de pensar que Deus o abandonou. A Bíblia, entretanto, revela preciosas promessas para nós; dentre elas, a que Jesus deixou: “(..) eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mt 28.20). Além do mais, no sermão do monte, Jesus frisou: “Não andeis cuidadosos com a vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber, nem quanto ao vosso corpo pelo que haveis de vesti ... não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que  nos vestiremos? (Porque todas essas coisas os gentios procuram). Decerto, vosso pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vós serão acrescentadas” (Mt 6.25,31-33). Paulo enfatizou: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp. 4. 19).

“Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos. Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor. Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e suplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.4-7).

CONCLUSÃO

Que possamos buscar a Deus a tempo para podemos reparar nossa alma, a fim de mantemos comunhão com o Senhor e sermos agradáveis à Deus e as pessoas que cercam.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

► Bíblia Viva

► Bíblia com anotações A. W Tozer.

► Pastor como conselheiro. Paul Holff. Editora Vida

► Psicologia pastoral. Jamiel de Oliveira Lopes. Editora CPAD

► O homem corpo, alma e espírito. Severino Pedro da Silva. Editora CPAD

► O poder da mente transformada pela palavra de Deus. Helio Peixoto.

► Revista Betel

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

Presbítero Charles Pereira da Silva