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O fiel experimenta socorro divino mesmo em tempos de crise

 

O FIEL EXPERIMENTA SOCORRO DIVINO MESMO EM TEMPOS DE CRISE

 Lição 12 – Domingo, 20 de setembro de 2020

 

TEXTO ÁUREO
"Os justos clamam, e o Senhor os ouve e os livra de todas as suas angústias." Salmo 34.17.

VERDADE APLICADA
O ­fiel vivencia o cuidado e a presença de Deus, mesmo no dia mau.

 OBJETIVOS DA LIÇÃO

EXPLICAR que o Senhor fecha as bocas dos leões.

MOSTRAR  a importância de termos uma vida de oração.

RESSALTAR que o Senhor sempre nos dá o escape.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

DANIEL 6

04. Então os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma, porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa.

08. Agora, pois, ó rei, confirma o edito e assina a escritura, para que não seja mudada, conforme a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar.

21. Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre.

22. O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.

INTRODUÇÃO
A importância deste enfoque será atestada por meio da biografia de Daniel. 
Daniel (em hebraico: דָּנִיּאֵל), ou Beltessazar, é um dos vários profetas do Antigo Testamento. ...  Daniel foi um jovem príncipe judeu levado como prisioneiro de guerra pelas tropas do Império Babilônico, em meio a Rebelião para Independência de Judá.

 

1. DANIEL NÃO ABRIU MÃO DE SUA IDENTIDADE.
Vamos aprender alguns desafios enfrentados por Daniel e como superou tudo se consagrando a Deus:

1- Superar Perdas: v.3,4
Nabucodonosor Levou como escravos os mais nobres do povo (v.3,4). Jovens inteligentes que foram feitos eunucos (castrados) para servir ao rei. Em torno de 10 mil pessoas (II Reis 24.14). Dentre os cativos havia centenas de jovens judeus. Daniel, Hananias, Misael e Azarias estavam entre os prisioneiros (v.6,7). Eles perderam tudo, família, amigos e dignidade, mas mesmo assim foram fiéis a Deus.Na vida passamos por muitas perdas. A juventude moderna vem de uma geração mimada e acostumada a conseguir tudo o que quer. Por isso vários jovens que não estão preparados se desesperam ao ouvir um simples não de uma entrevista de emprego ou de alguém que se interessa para se relacionar. Quando um jovem cristão sofre uma perda, consegue superar porque tem a ajuda do Consolador que é o Espírito Santo (João 14.16,26). Mesmo que perder tudo, nunca perderá sua fé.

2- Controlar Desejos: v.5 e 8
Os jovens cativos deveriam comer a mesma comida do rei. Uma alimentação especial, mas baseada em carnes de animais sacrificados aos ídolos da Babilônia. A decisão de Daniel foi de não se contaminar comendo os banquetes do rei que eram comidas sacrificadas a ídolos, além de nada saudáveis. Preferiram comer legumes, frutas e verduras. Daniel e seus amigos resolveram o problema com muita oração, mas com firmeza (v. 9-14). O resultado da obediência foi que Daniel e seus amigos ficaram mais fortes e saudáveis que todos os outros jovens. O hedonismo é uma filosofia de vida que ensina a fazer tudo o que sentir vontade. Este tem sido o lema da juventude atual, mas é algo perigoso porque em muitos casos os seus desejos se tornam incontroláveis. Um jovem cristão precisa buscar o domínio próprio, que somente o Espírito de Deus pode nos dar (Gálatas 5.23). Jesus ensinou que “se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9.23) para mostrar que na vida cristã precisamos aprender a controlar os impulsos da carne.

3- Manter sua Identidade: v.6,7
Daniel e seus amigos foram submetidos a uma troca de seus nomes hebreus para nomes da religião babilônica. Em cada um dos casos o nome hebraico tinha o nome de Deus (EL ou YAH, abreviaturas de YAHWEH e ELOHIM para terminação de nomes) e os nomes babilônicos também traziam os nomes de seus deuses. Mesmo esta mudança radical de seus nomes não foi capaz de mudar sua personalidade. Em momento algum assumiu sua identidade babilônica, mas se conservou como judeu e acreditando no Senhor.

Autor: Pr. Welfany Nolasco Rodrigues

1.1. Decida não se contaminar com o mundo.
Daniel e seus amigos se mantiveram firmes na presença de Deus e foram revestidos de sabedoria especial da parte de Deus (v.17 e 20). O rei fez testes de conhecimentos e viu que a sabedoria deles era muito superior aos outros jovens do reino. Daniel ainda recebeu o dom da interpretação de sonhos e visões que o destacaram como profeta de Deus. Daniel era um jovem que buscava ter uma vida santificada. Não media esforços para sacrificar algo. Não aceitava o pecado. Era um guerreiro de oração. E você? Estaria disposto a abrir mão de algum prazer para pagar o preço da santificação?

1.2. O espírito excelente de Daniel.
Autor: Pr. Welfany Nolasco Rodrigues

1- PROPÓSITO
Daniel orava três vezes ao dia em sua janela olhando para Jerusalém (v.3-19). “Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza” (Daniel 9.3). Daniel orava por Jerusalém pedindo ao Senhor que “inclina, ó Deus meu, os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias. Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome” (v.18,19). O anjo Gabriel disse que “no princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a coisa e entende a visão” (v.23). Assim como Daniel orava persistentemente pela sua nação e teve resposta, também sabemos que se formos determinados, Deus nos ouvirá.

2- CONFISSÃO
Daniel faz a sua parte pagando o preço de oração e confessando o pecado de seu povo e declarando que “a ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós, o corar de vergonha...por causa das nossas transgressões...a nós pertence o corar de vergonha, porque temos pecado contra ti. Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois nos temos rebelado contra ele” (Daniel 9.7-9).

Daniel ainda nomeou os pecados do povo:

REBELDIA:  ...fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos (v.5).

DESPREZO: ...e não demos ouvidos aos teus servos, os profetas (v.6).

DESOBEDIÊNCIA: ...e não obedecemos à voz do SENHOR (v.10).

NÃO ORAR: ... apesar disso, não temos implorado o favor do SENHOR (v.13b).

Não adianta apenas pedir bênçãos para nosso país. Precisamos pedir perdão pelos pecados de nosso povo para que toda maldição seja quebrada.

1.3. Um Homem notável.
Daniel 5:12,14
Comprovou-se que esse homem, Daniel, a quem o rei dera o nome de Beltessazar, fora aquinhoado com extraordinário raciocínio e também com uma especial capacidade de interpretar sonhos e solucionar enigmas e mistérios. Ordena, pois, que Daniel seja chamado, e ele, com certeza, te revelará o segredo e o sentido dessa escrita na parede!

2. INTEGRIDADE EM TEMPOS DE CRISE
Na Cova dos Leões (Dn 6.16-24)
Então, o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará. E foi trazida uma pedra e foi posta sobre a boca da cova; e o rei a selou com o seu anel e com o anel dos seus grandes, para que se não mudasse a sentença acerca de Daniel. Então, o rei dirigiu-se para o seu palácio, e passou a noite em jejum, e não deixou trazer à sua presença instrumentos de música; e fugiu dele o sono. E, pela manhã cedo, se levantou e foi com pressa à cova dos leões. E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e, falando o rei, disse a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões? Então, Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum. Então, o rei muito se alegrou em si mesmo e mandou tirar a Daniel da cova; assim, foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus. E ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado Daniel e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova quando os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos. Por uma intervenção divina na história, os leões de dentro da cova não tocaram em Daniel. O instinto animal deles foi neutralizado, de maneira que Daniel ficou intacto. Um mensageiro de Deus fechara a bocas dos leões. Covas de leões não são lugares confortáveis de se estar, mas às vezes são indispensáveis para o nosso crescimento integral. Na cova o Senhor demonstra o seu poder e a sua fidelidade para com os seus filhos amados. Conforme o testemunho do rei, de fato Daniel era um servo do Deus vivo, do Deus que intervém. Quanto aos leões que ficaram fora da cova, falo dos covardes invejosos, os tais colheram o que semearam. Para eles nenhum anjo foi enviado, e consequentemente, as bocas dos leões de dentro da cova não foram fechadas. Morreram desgraçadamente. No intuito de matar os outros, os invejosos acabam se matando. No desejo de acabar com a ascensão profissional e eclesial de alguns, os invejosos do alto daquilo que já conquistaram desabam. Os da história aqui narrada perderam os seus assentos de príncipes e presidentes, e acabaram dentro de uma cova, tornando-se ração de feras, tendo os ossos esmigalhados.

2.1. Separado de seu povo e de sua terra.
Na história do povo de Israel, existem várias ocasiões em que os hebreus estiveram longe de sua terra. Se considerarmos o período que ficaram no Egito como um tipo de cativeiro, já que não tinham permissão para partirem, então desde antes de se estabelecerem na Palestina os israelitas já experimentaram essa realidade. Assim, podemos entender que a Bíblia menciona três grandes cativeiros que o povo de Israel precisou enfrentar: o cativeiro no Egito (apesar de haver algumas distinções com os demais), o cativeiro na Assíria e o cativeiro na Babilônia. Desde muito antes das grandes quedas frente à Assíria e a Babilônia, alguns hebreus já eram levados cativos em algumas situações. Um exemplo disto é a própria invasão do Faraó Sisaque a Palestina em aproximadamente 930 a.C. (1Rs 14:25-28). Mais tarde, em aproximadamente 733 a.C., os membros das tribos de Naftali, Ruben, Gade e alguns de Manassés, também foram levados para a Assíria (2Rs 15:29; 1Cr 5:26). No entanto, foi em aproximadamente 722 a.C. que a cidade de Samaria caiu frente ao domínio da Assíria de Sargão II. Lembrando que naquela época o reino de Israel já havia sido dividido em reino do norte, Israel, e reino do sul, Judá. Saiba mais sobre os reis de Israel e reis de Judá. Samaria era a capital do reino do norte, portanto sua queda representava uma derrota total para Israel. Documentos assírios indicam que pelo menos 27.290 israelitas foram deportados para outras cidades, como Hala e as cidades dos medos (cf. Ob 1:20; 2Rs 17:6; 18:11). Vale ressaltar que o cativeiro imposto ao povo de Israel era a consequência da idolatria que praticaram ao adorarem deuses pagãos. Esse comportamento atraiu o castigo do Senhor sobre eles (2Rs 17:7-23). Após cerca de 135 anos da queda de Samaria e do exílio imposto aos habitantes do reino do norte, em 586 a.C. foi a vez do reino do sul ser derrotado, e Jerusalém cair sob o domínio de Nabucodonosor II da Babilônia (2Rs 25:1-7). Antes disso, alguns pequenos grupos já tinham sido capturados e exilados, mas a grande deportação ocorreu mesmo a partir de 587 a.C. Na verdade houve três invasões significativas de Judá por parte dos babilônicos. A primeira ocorreu em 605 a.C., quando Nabucodonosor avançou contra Jeoaquim (2Rs 24:1-24; 2Cr 36:5-7). Foi nessa invasão que o profeta Daniel e os amigos Hananias, Misael e Azarias foram levados cativos para a Babilônia. A segunda invasão ocorreu em 597 a.C. (2Rs 24:10-14) e a terceira, a maior de todas elas, ocorreu em 586 a.C. É interessante saber que dos últimos cinco reis que Judá teve, três foram levados em cativeiro, sendo: o rei Jeoacaz, para o Egito; o rei Joaquim e o rei Zedequias para a Babilônia. Contemporâneo a isso, também precisamos destacar que o profeta Jeremias, e seu escriba Baruque, foram também levados, juntamente com um grupo de judeus, para longe de Judá, na ocasião, para a terra do Egito. É verdade também que Jeremias foi levado contra sua própria vontade. O cativeiro babilônico não foi nada fácil para os judeus. Eles foram humilhados, maltratados e insultados, e a lembrança da queda de Jerusalém e da destruição do Templo esmagava-os. O Salmo 137, ao mesmo tempo em que relata a tristeza dos judeus no cativeiro babilônico, também mostra o quão distante eles estavam da presença de Deus, a ponto de nos revelar que o grande lamento daquele povo era por sua adorada Jerusalém e não por estarem arrependidos pela desobediência aos mandamentos do Senhor. No cativeiro, os judeus choraram com saudade de Jerusalém, choraram pelo Templo destruído, mas não choraram por terem se esquecido da Palavra do Senhor. Eles oraram pedindo vingança, mas não oraram pedindo perdão (Sl 137:5-9).

2.2. Decreto de morte.
Dario foi tolo ao promulgar um decreto que ele logo desejou revogar. Ele caiu na armadilha dos oficiais, que foram espertos o suficiente para jogar com as circunstâncias políticas do reino recém-estabelecido. Dario havia descentralizado o governo e estabelecido cento e vinte sátrapas para tornar a administração mais eficiente. Porém, essa ação acarretava riscos em longo prazo. Um governador influente poderia facilmente promover uma rebelião e dividir o reino. Portanto, uma lei forçando todos a fazer petições apenas ao rei durante trinta dias parecia uma boa estratégia para promover a lealdade ao monarca e, assim, impedir qualquer tipo de revolta. Mas os oficiais enganaram Dario, alegando que essa proposta tinha o apoio de “todos” os governadores, administradores, sátrapas e conselheiros – uma evidente imprecisão, uma vez que Daniel não estava incluído. Além disso, a perspectiva de ser tratado como deus pode ter sido atraente para o rei. Não há evidência de que os reis persas tivessem reivindicado status divino. No entanto, o decreto pode ter sido planejado para tornar o rei o único representante dos deuses durante trinta dias; isto é, as orações aos deuses tinham que ser oferecidas por meio dele. Infelizmente, o rei não investigou as motivações por trás da proposta. Assim, ele não conseguiu perceber que a lei que supostamente impediria uma conspiração foi, em si, uma conspiração para prejudicar Daniel. Dois aspectos dessa lei merecem atenção. Primeiramente, a punição ao transgressor era ser lançado na cova dos leões. Como esse tipo de castigo não foi atestado em nenhum outro lugar, ele pode ter sido uma sugestão dos inimigos de Daniel para essa situação específica. Antigos monarcas do Oriente Próximo colocavam leões em jaulas a fim de libertá-los em certas ocasiões para caçar. Portanto, não faltariam leões para despedaçar quem ousasse transgredir o decreto do rei. Em segundo lugar, o decreto não podia ser alterado. A natureza imutável da “lei dos persas e medos” também é mencionada em Ester 1:19 e 8:8. Diodorus Siculus, um antigo historiador grego, mencionou uma ocasião em que Dario III (que não deve ser confundido com o Dario mencionado em Daniel) mudou de ideia, mas não conseguiu mais revogar uma sentença de morte que havia decretado contra um inocente.

2.3. Inveja.
Então, os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa. Então, estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus. O filósofo e escritor Olavo de Carvalho afirma que: “A inveja é o mais dissimulado dos sentimentos humanos, não só por ser o mais desprezível, mas porque se compõe, em essência, de um conflito insolúvel entre a aversão a si mesmo e o anseio da autovalorização. [...] A inveja é o único sentimento que se alimenta de sua própria ocultação.”

A inveja é a podridão dos ossos (Pv 14.30b).

O invejoso é aquele que se entristece, para em seguida arder de ciúmes das conquistas e dos méritos alheios. Ela queria estar, ser e receber o que temos recebido, mas, como não consegue, alimenta silenciosamente esse sentimento nefasto, transformando-o em seguida em ações contra a nossa vida e realizações. No trabalho, na escola, na faculdade, na igreja, na família, em todos os lugares há os invejosos e os vitimados pela inveja. Basta que nos destaquemos em algo e os invejosos logo se assanham, para depois se revelarem. Eles não conseguem ficar ocultos, nem ocultar seus sentimentos por tanto tempo. Acabam traídos por si mesmos. Você já foi vítima da inveja de alguém? Se já realizastes grandes e excelentes feitos, se de alguma forma te destacastes em algum contexto, com certeza o olhar e a mente dos invejosos já te fulminaram vivo. Não se preocupe com os invejosos, e continue realizando com excelência o que te chegou às mãos para realizar.

Os Invejosos e seus Planos Malignos e Covardes (Dn 6.6-9)

Então, estes príncipes e presidentes foram juntos ao rei e disseram-lhe assim: Ó rei Dario, vive eternamente! Todos os príncipes do reino, os prefeitos e presidentes, capitães e governadores tomaram conselho, a fim de estabelecerem um edito real e fazerem firme este mandamento: que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões. Agora, pois, ó rei, confirma o edito e assina a escritura, para que não seja mudada, conforme a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar. Por esta causa, o rei Dario assinou esta escritura e edito. Todo invejoso é um covarde, um traidor, um inimigo disfarçado. Eles geralmente elaboram planos para atingir aquele que é objeto se sua inveja. Com Daniel não foi diferente, nem o será conosco. Não são poucos, assim acredito, dentre aqueles que estão lendo o presente texto, que já foram atingidos por invejosos covardes. Eu mesmo teria mais de uma experiência para relatar. Enquanto você lê este texto, é provável que algum invejoso esteja armando algo contra você, elaborando um plano para destruir tua carreira profissional ou ministerial, lutando com todas as forças para impedir a tua ascensão. Para pavor, frustração e desespero deles, ninguém pode impedir os planos de Deus em tua vida! Mesmo que venhamos a sofrer, por fim a vontade de Deus se realizará plenamente em nós e por nós, par ao louvor e glória do Seu santo nome. A covardia de algum invejoso servirá de testemunho e experiência em sua vida para outros, e para as novas e futuras gerações. Se mantenha firme com o caráter cristão lhe outorgado pela Palavra no poder do Espírito. Infelizmente, há nas empresas e nas igrejas líderes que se deixam levar pelos conselhos dos invejosos, que não pensam antes de agir, que sucumbem diante dos bajuladores. Sim, geralmente os invejosos são também grandes bajuladores dos seus “chefes”. O pior é que tem “chefes” profissionais e eclesiásticos que adoram uma bajulação. Tal realidade acaba provocando juízo, decisões e ações precipitadas por parte dos líderes. Se algum líder já errou, seguindo o conselho maldoso de algum assessor ou delegado mal intencionado, que buscava o mal de um companheiro seu bem sucedido, espero que já tenha aprendido a lição, e que não repita o erro, par que não venha a sofrer com a injustiça cometida.

3. O PERIGO DA VAIDADE

3.1. Fé em meio aos invejosos.
Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer. Então, aqueles homens foram juntos e acharam Daniel orando e suplicando diante do seu Deus. Então, se apresentaram e disseram ao rei: No tocante ao mandamento real, porventura não assinaste o edito pelo qual todo homem que fizesse uma petição a qualquer deus ou a qualquer homem, por espaço de trinta dias, e não a ti, ó rei, seria lançado na cova dos leões? Respondeu o rei e disse: Esta palavra é certa, conforme a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar. Então, responderam e disseram diante do rei: Daniel, que é dos transportados de Judá, não tem feito caso de ti, ó rei, nem do edito que assinaste; antes, três vezes por dia faz a sua oração. Ouvindo, então, o rei o negócio, ficou muito penalizado e a favor de Daniel propôs dentro do seu coração livrá-lo; e até ao pôr do sol trabalhou por salvá-lo. Então, aqueles homens foram juntos ao rei e disseram ao rei: Sabe, ó rei, que é uma lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou ordenança, que o rei determine, se pode mudar. Repito e insisto que não há como ser próspero nas realizações e não ser invejado. A grande questão é como vamos lidar com a inveja e com os invejosos. Daniel respondeu aos covardes invejosos e à equivocada resolução do rei com oração. Ele não relativizou os seus valores morais e espirituais. Há crente que negociam valores morais e espirituais para alcançarem ou se manter em altas posições. Estão dispostos a vender a própria alma ao diabo por isso. Conheço muitos assim. Perderam o temor de Deus. Estão enfeitiçados e dominados por suas intensas e loucas vaidades. Querem poder, cargos, tronos, prestígio e reconhecimento a todo o custo. Daniel não buscou tais coisas, elas vieram em sua direção na medida em que se mantinha fiel a Deus e trabalhava com excelência. Quando conquistou altos patamares de confiança e autoridade no reino, Daniel também não se apegou a estas coisas. Não havia para ele nada mais importante do que a sua comunhão com o seu Deus. Ouvi de um líder conhecido nacionalmente, embriagado por cargos e posições, que o poder não se conquista, se toma. De fato, a ação de tal líder, e de tantos outros embriagados pelo poder, é de que vale tudo para se manter e para se tomar poder. Que o Senhor tenha misericórdia destes. Deve nos chamar também a atenção, o fato de que as atividades políticas e administrativas de Daniel não lhe roubaram o seu tempo de oração, de intimidade com o Pai celestial. Nossas atuais ocupações profissionais ou eclesiásticas tem nos afastado da oração? Se a resposta for positiva, devemos rever urgentemente as nossas prioridades (Lc 10.38-41). 

3.2. Daniel e sua intimidade com Deus.
Daniel tinha uma vida de oração ativa que o impulsionou durante toda a existência e ele não a abandonou. Ele começou quando ainda era adolescente, e não fraquejou nem mesmo quando já estava em idade avançada. No fim das contas, Daniel marcou a história porque orava. No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, o rei teve o sonho da grande estátua (Dn 2.1). Ninguém conseguiu explicá-lo, de forma que ele decidiu matar todos os magos e feiticeiros. Como o primeiro ano do reinado não era contado, o segundo ano de Nabucodonosor correspondia ao terceiro ano da permanência de Daniel na Babilônia e, portanto, ao fim de seu período de estudos de três anos (Dn 1.5). Daniel chegou à Babilônia (Dn 1.1) no ano 605 a.C. Ele ainda era muito jovem, talvez até mesmo um adolescente. Daniel viveu o exílio babilônico até a queda da Babilônia diante dos persas (539 a.C.). Ou seja, Daniel viveu lá durante cerca de 70 anos. Já nos primeiros tempos, Daniel se mostrou um intercessor eficaz (Dn 2.16-19). Todos os magos e feiticeiros estavam “desesperados” de medo (Dn 2.10-11), mas Daniel recolheu-se calma e tranquilamente em sua casa. Uma vida de oração é interação com Deus e por isso dá segurança em meio à insegurança. Daniel contou sua preocupação aos seus fiéis e confiáveis amigos (Dn 2.17-18), porque sabia do poder da oração conjunta. Nós também deveríamos ter a coragem de compartilhar mais os nossos motivos de oração com nossos irmãos no Senhor. Muitas vezes, porém, envergonhamo-nos deles, ficamos sem graça. Algumas pessoas preferem orar sozinhas a compartilhar seus assuntos com pessoas de confiança. Mas a Bíblia e a História estão cheias de exemplos de comunhões de oração e da consequente ação poderosa de Deus. Daniel e seus amigos oraram juntos pedindo revelação e proteção. A comunhão de oração é uma força como a fissão nuclear; ela tem uma promessa no Novo Testamento: “Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.19-20). Por isso, depois da comunhão de oração, o texto relata: “Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite” (Dn 2.19).

3.3. Companhia divina na hora da crise.
Salmos  46:1-11  
DEUS é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza (Selah). Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada: Deus a ajudará, ao romper da manhã. As nações se embraveceram; os reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu. O Senhor dos Exércitos está conosco: o Deus de Jacob é o nosso refúgio (Selah). Vinde, contemplai as obras do Senhor, que desolações tem feito na terra! Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra: quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacob é o nosso refúgio.

CONCLUSÃO
Assim, também os três amigos de Daniel foram convocados a essa cerimônia oficial em suas funções de governadores distritais. Como judeus, consideram-se comprometidos com o primeiro mandamento. Por isso recusam-se a adorar o ídolo. A informação é levada a Nabucodonosor: “Mas há alguns judeus... que não te dão ouvidos, ó rei. Não prestam culto aos teus deuses nem adoram a imagem de ouro que mandaste erguer” (3.12). No fundo, o que se passa aqui é ridículo. O que representam três homens entre milhares, talvez até milhões de pessoas que adoram o deus oficial? O império de Nabucodonosor representa o estado anticristão totalitário. Ele exige submissão total. Quem não se submeter é afastado, excluído, difamado, perseguido ou até morto. Temos aqui as características de uma ditadura. A história está cheia delas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REVISTA DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DO PROFESSOR: Adultos. TRANSFORMANDO AS ADVERSIDADES EM SENÁRIOS DE VITÓRIAS. Lições de como os heróis da fé superaram os desafios em tempo de escassez, guerras e angústias. Rio de Janeiro: Editora Betel – 3º Trimestre de 2020. Ano 30 n° 116. Lição 12 – O fiel experimenta socorro divino mesmo em tempos de crise.

 

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Presbítero, Ismael Paixão.


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