AS ADVERSIDADES GERAM OPORTUNIDADES
Lição 2 – Domingo, 12 de julho de 2020
TEXTO
ÁUREO
“E o Senhor estava com José, e foi varão próspero; e estava
na casa de seu senhor egípcio”. Gênesis 39.2
VERDADE
APLICADA
Uma íntima comunhão com Deus faz a diferença no enfrentamento
das crises desta vida.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
► EXPOR que as crises
nos tornam mais fortes.
► DESTACAR que a bondade de
Deus sempre nos alcança.
► mostrAR que nada pode
nos afastar de Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 37
19. E disseram uns
aos outros: Eis lá vem o sonhador-mor!
20. Vinde, pois,
agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma besta-fera o
comeu; e veremos que será dos seus sonhos.
23. E aconteceu que,
chegando José a seus irmãos, tiraram a José a sua túnica, a túnica de várias
cores, que trazia.
24. E tomaram-no e
lançaram-no na cova; porém a cova estava vazia, não havia água nela.
28. Passando, pois,
os mercadores midianitas, tiraram, e alçaram a José da cova, e venderam José
por vinte moedas de prata aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.
INTRODUÇÃO
A
história de José é sem igual, ela relata
como Deus se mostrou soberano ao fazer o filho mais novo (com a exceção de
Benjamim) de toda a família de Jacó ter prioridade sobre os seus irmãos. Mesmo diante das provações, José manteve-se confiante
e fiel a Deus porque tinha a certeza que o Senhor se fazia presente em sua
vida. Vemos aqui a especial providência de Deus ao fazer uso das
adversidades vividas por José para cumprir os seus propósitos.
1.
A INVEJA DOS IRMÃOS DE JOSÉ
José
detinha um comportamento diferente dos seus irmãos, além de ser um filho
obediente ao seu pai, o que fazia dele um filho predileto. Também, ele contava
a seus irmãos seus sonhos que prefiguravam para sua futura grandeza. Seus
irmãos ficavam enfurecidos de ciúmes quando ouviam os sonhos de José. Por isso,
movidos pelo ódio e inveja premeditaram matar a José, mas Deus não deixou
consumar esse terrível plano; porque tinha em Sua mente melhores planos para
José, conforme o tempo revelaria.
1.1. A crise na
família
O fato de Jacó apreciar mais a José que os outros filhos fez gerar crises no seio da família. Ser maltratado pelos estranhos parece ser menos dolorido que maltratado pelos familiares que, na verdade, deveriam protegê-los. A hostilidade e o ciúme dos irmãos de José foram praticamente por três motivos: o fato de ser fofoqueiro (assim eles o viam); o favoritismo por parte de Jacó; e por último a implicação dos sonhos.
O fato de Jacó apreciar mais a José que os outros filhos fez gerar crises no seio da família. Ser maltratado pelos estranhos parece ser menos dolorido que maltratado pelos familiares que, na verdade, deveriam protegê-los. A hostilidade e o ciúme dos irmãos de José foram praticamente por três motivos: o fato de ser fofoqueiro (assim eles o viam); o favoritismo por parte de Jacó; e por último a implicação dos sonhos.
1.2.
A inveja não pode te parar.
José recebeu de Deus sonhos de
grandeza, entusiasmado com seus sonhos ele revela a seus irmãos, que de forma
contrária não compartilham de seu entusiasmo (Gn 37.5). Assim, movidos pela
inveja eles o venderam como escravo, o que fez José suportar muitos anos longe
dos pais e difíceis experiências. Mas, a inveja de seus irmãos não fez parar os
sonhos de José. Deus estava na vida dele, e, assim, capacitou-o para o chamado
de sua vida. Então, como José, Deus nos levantará em Seu tempo (veja Gn 39.2-5). Continue fiel, e as pessoas vão ver que a mão
de Deus está sobre você para sempre.
1.3. Seus adversários irão tentar fazer você parar.
Uma das experiências mais difíceis que
temos que lidar é ser tratado de maneira injusta. José era odiado por seus
invejosos irmãos que tentaram de todas as formas parar os sonhos de José; ou
melhor, ceifar a sua vida. Mas pela providência de Deus ele foi vendido como
escravo (37.1-36), embora seus irmãos fossem muito menos devotos do que ele
(38.1—9.23). Deus recompensou a fidelidade de José com uma capacidade de
interpretar sonhos (40.1-23), fazendo que ele saísse da prisão ao poder
político no Egito (41.1-57). A mesma coisa acontece hoje em dia, se você é fiel
a Deus e faz todo trabalho da melhor forma possível, é bem provável que os
adversários movidos pela inveja se levantarão contra você tentando fazer você
parar. Mas lembre-se que a fidelidade de José possibilitou que Deus o usasse
grandemente. E assim, será conosco, se permanecermos fiel e confiante, o Senhor
nos recompensará.
2. A TRAIÇÃO DOS IRMÃOS DE JOSÉ
Imagino como foi difícil para José
ser tratado daquela forma, nada de errado ele havia feito, era apenas um jovem que
possuía boas intenções e era usado por Deus. Seus irmãos traíram não somente a
José, mas também seu pai Jacó, de maneira insensível ao sofrimento do pai e do
próprio irmão que devia ter cerca de dezessete anos, ou seja, ainda jovem.
Mesmo assim, eles mentiram dizendo que José certamente tinha sido devorado por
alguma fera, tirando a alegria de viver de seu pai Jacó, (Gn 37.33,34). José
foi vendido como escravo e ficou longe de sua família, mas Deus o preparou para
ser aquele que seria o sustento de toda família e também do povo. Como é
maravilho que Deus inclua as histórias de homens e mulheres como José, para nos
dar o discernimento do que Ele pode estar fazendo em nossas próprias vidas.
2.1. Primeira crise: afastado de quem amava.
Nossos
adversários podem nos separar das pessoas que amamos, mas a sabedoria e a graça
de Deus não podem ser-nos tiradas. Os irmãos de José movidos pela inveja e
ciúmes o afastaram da presença de seu pai Jacó, o que certamente fez José
sentir muita saudade. Mas uma coisa eles não conseguiram: afastar José da
presença do Senhor. Deus abençoou José de forma maravilhosa.
2.2. Segunda crise: acusado injustamente.
A
Bíblia narra que de modo injusto os irmãos de José o fizeram passar por muitas
provações: foi lançado em uma cova vazia (Gn 37.17-24), mas, pela providência
de Deus foi vendido como escravo aos ismaelitas (Gn 37. 26-28), e depois
vendido a Potifar que era comandante da guarda real egípcia (Gn 39.1). A Bíblia
também relata que José era um jovem de bela aparência (Gn 39.6). Certo dia a
esposa de Potifar atraída pela beleza de José queria que ele se deitasse com
ela (Gn 39,7,10), todavia, José fortalecido pela graça e temor ao Senhor não
cedeu as invertidas da mulher que certamente estava sendo usada pelo inimigo de
nossas almas (Gn 39.12; Pv 6.20-35). Por não ceder aos desejos da mulher, ele
foi acusado injustamente de ter tentado abusar dela, por isso, seu senhor
ordenou que fosse levado ao cárcere (Gn 39.11-20). Esta injusta acusação
poderia levar José a ser condenado de morte, mas isso não aconteceu porque
Potifar sabia o verdadeiro caráter de sua esposa e não acreditou totalmente na
sua conversa.
2.3. Segunda crise: esquecido por todos.
A
vida de José no cárcere não era agradável, mas a narrativa declara que o
Senhor, porém, era com José. Como isto fazia diferença! Ele se sentia
confortado e fortalecido. José interpreta os sonhos do copeiro chefe e do
padeiro que se encontravam presos no mesmo local que ele, as interpretações se
cumpriram conforme dito por José. O copeiro ficou livre e o padeiro foi
condenado à morte. José pediu ao copeiro que se lembrasse dele ao ser
libertado: “Porém lembra-te
de mim, quando te for bem; e rogo-te que uses comigo de compaixão, e que faças
menção de mim a Faraó, e faze-me sair desta casa”. Porém, o copeiro
chefe quando foi libertado e voltou ao palácio, se
esqueceu de interceder por José, conforme prometera (v. 23). José queria ficar livre para
viver e realizar toda a vontade de Deus em sua vida. Contudo, o Senhor não se esqueceu de José e
tornou realizada sua vontade.
3. FÉ EM MEIO ÀS INJUSTIÇAS.
Apesar
de todas as adversidades vivenciadas por José, sua fé permaneceu centrada no
Senhor. Em momento algum a Bíblia descreve que José esmoreceu ou fez algo
errado, pelo contrário, todos os sofrimentos foram porque se comportava e agia
como um servo fiel a Deus. Ou seja, ele foi injustiçado. Mas por ser honesto e
fiel José venceu todos os problemas porque confiava no Senhor.
3.1. Quando honramos a Deus, somos por Ele honrados.
O copeiro-mor havia se esquecido de José, porém
Deus não se esquece de quem é fiel e preparou a hora certa para honrar a José
pela vida de fidelidade que levava. Dois anos depois da liberdade do copeiro,
Faraó também tem um sonho que lhe deixou muito preocupado porque não sabia seu
significado e não encontrava alguém que soubesse sua interpretação (Gn 41.1,8).
Foi aí que o copeiro lembrou-se de José após dois anos de esquecimento, e disse
a Faraó de sua capacidade de interpretar os sonhos (41.9). Faraó ao perguntar a
José se ele podia interpretar sonhos, a resposta foi que a interpretação vinha
do Senhor: “Isto não está em mim; Deus dará resposta favorável a Faraó” (Gn
41.16). Além de declarar o significado do sonho de Faraó, José ainda deu bons
conselhos, de maneira que Faraó ficou impressionado com a sabedoria que Deus
lhe havia concedido. Observe as palavras de Faraó: “Será que vamos achar alguém
como este homem, em quem está o espírito de divino? Disse, pois, o faraó a
José: Uma vez que Deus lhe revelou todas essas coisas, não há ninguém tão
criterioso e sábio como você” (Gn 41.37-39). Faraó honrou a José, reconheceu
nele um “homem em que há o Espírito de Deus” (Gn 41,38). Faraó fez de José
administrador de todo Egito. José foi honrado de tal forma, que andava de
carruagem e era considerado o primeiro, abaixo apenas do rei.
3.2. Deus nunca se esqueceu de José
O
testemunho da vida de José nos mostra que podemos mesmo em crises permanecer fiel
e íntegro independente da idade e das circunstâncias que o envolvam. José
sempre mostrou virtudes de um caráter forjado através das adversidades, mas
perseverou confiando no Senhor. Assim, como Deus não se esqueceu de José devido
a sua integridade e fidelidade, Ele não se esquecerá dos fiéis que fazem a Sua
vontade.
3.3. O segredo da vitória de José
Mesmo
passando por tantos sofrimentos e decepções, José continuou fortalecido no
Senhor, nenhumas das injustiças sofridas fizeram José guardar amargura em seu
coração porque ele entendeu que tudo isso foi plano de Deus para preservação da
vida. (Veja Gn 45.5-8). Hebreus 11.22 elogia a
fé de José na providência de que Deus levaria o
povo de Israel de volta para Canaã. José deixou instruções para que seus ossos
fossem transportados para a terra prometida. José venceu todas as provas porque
tinha vida de relacionamento com o Senhor.
CONCLUSÃO
A história de José é o retrato
dramático de um homem íntegro e fiel a Deus que superou uma série de tragédias.
José aceitou a posição de escravo, e depois de prisioneiro, serviu fielmente a seus
senhores e conservou a sua confiança em Deus. Deus usou cada tragédia para capacitar
José a ter grande poder e autoridade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
► Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João
Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.
► Comentário Bíblico Moody Antigo
Testamento. Rio de Janeiro: Editora Batista Regular, 2006.
► LAWRENCE O. Richards. Comentário Devocional da Bíblia.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
► Lições Bíblicas Mestre Jovens e
Adultos. A busca do caráter cristão - Aprendendo com homens e mulheres da
Bíblia. Rio
de Janeiro: CPAD. 3º Trimestre
de 2007.
►
Lições Bíblicas Mestre Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: CPAD. 3º Trimestre de 1993.
► Macdonald,
William. Comentário bíblico popular, Antigo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.
►
Revista do professor: Jovens e
Adultos. Transformando as adversidades em cenários de milagres e vitórias. Rio de Janeiro: Editora Betel – 3º
Trimestre de 2020. Ano 26 n° 116.
Lição 02 – As adversidades geram
oportunidades.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Ancelmo Barros de Carvalho. Servo do Senhor Jesus.
4 comentários:
Ótimo trabalho comentarista! Deus continue Abençoando!
Muito obrigado, Deus te abençoe.
Uma lição edificante!
Obrigado Lenilton, Deus te abençoe.
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