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Relacionamentos do cristão: Deus e família - Comentários adicional - Professora Emivaneide Lourdes da Silva.


RELACIONAMENTOS DO CRISTÃO: DEUS E FAMÍLIA
Lição 13 – Domingo, 29 de março de 2020

TEXTO ÁUREO
“Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim” Mt 10,37

VERDADE APLICADA
É importante que o discípulo de Cristo saiba discernir os diferentes relacionamentos, priorizando o relacionamento com Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
EXPLICAR os níveis de relacionamento de Jesus.
MOSTRAR alguns aspectos da vida cristã em sua relação com a família.
ENFATIZAR a relevância do relacionamento com Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
LUCAS 2
51 - E desceu com eles, e foi para Nazaré e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no seu coração todas estas coisas.
LUCAS 12
52 - Porque, daqui em diante, estarão cinco divididos em uma casa: três contra dois, e dois contra três.
53 – O pai estará dividido contra o filho, e o filho, contra o pai; a mãe, contra a filha, e a filha, contra a mãe; a sogra contra sua nora, e a nora, contra sua sogra.
LUCAS 14
26 - Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.

INTRODUÇÃO

Essa lição, sendo a última do trimestre, faz a culminância do tema FAMÍLIA, fazendo uma abordagem sobre o relacionamento interpessoal do cristão, tomando como base a vida do Senhor Jesus Cristo, o qual foi um modelo na maneira como lidava com as pessoas de todos os tipos e nas mais diferentes situações.

1. OS DIFERENTES NÍVEIS DE RELACIONAMENTO

A vida de Jesus nos aponta alguns princípios que nos ajudam a estabelecer relacionamentos verdadeiros, tendo como base o amor, já que em sua missão Jesus enfatizou o amor de Deus pelo homem perdido e a prática desse amor se dá por meio dos relacionamentos, por isso o verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo. 1.14).

1.1. Jesus e Sua família terrena

Conforme o propósito divino Jesus vem ao mundo como homem e, sendo assim, como toda criança, nasce em uma família, ele teve Maria como mãe e José como pai e nos evangelhos têm referências até aos seus irmãos e irmãs terrenos. Embora os evangelhos não deem informações detalhadas sobre esse relacionamento familiar, encontramos várias menções à família de Jesus (Mt. 13. 55 e 56).

 

1.2. Relacionamento de Jesus com Maria e José

Em relação ao relacionamento de Jesus com seus pais, Maria e José, podemos ver, pelas escrituras sagradas, o cuidado que ambos tinham por seu filho Jesus, sendo um exemplo para os pais de hoje, pois se preocuparam com a criação de Jesus dentro dos preceitos religiosos da época. José e Maria tinham a preocupação de cumprir toda a exigência da Lei do Senhor (Lc. 2.39); por isso o circuncidaram e apresentaram no templo de acordo com a Lei de Moisés (Lc. 2. 21-24). Devido ao cuidado dos pais de Jesus, Ele crescia e se desenvolvia (Lc. 2.40). Quanto à Jesus como filho, as escrituras relatam que ele era obediente aos pais (Lc. 2.51), servindo de exemplo a todos os filhos de hoje. Além disso, pela leitura dos evangelhos temos a impressão que ele cuidava de Maria sua mãe, pois ela estava sempre seguindo-o e, até no momento de sua morte, Jesus se preocupou em não deixa-la desemparada e nomeou seu discípulo João como responsável por cuidar dela, conforme vemos em Jo. 19. 25-27.

1.3. Relacionamento de Jesus com Seus discípulos

Nesse aspecto é importante salientar que diferente da tradição judaica da época, onde o discípulo escolhia um mestre para seguir; Jesus, o mestre, escolheu e convocou seus discípulos, e não os discípulos escolheram a quem iam seguir. Jesus escolhe 12 discípulos, porém, nesse contexto: mestre e discípulo, Jesus tinha níveis diferentes relacionamento e intimidade com eles, pois, em algumas situações Jesus restringia a presença dos discípulos a apenas 3 discípulos: Pedro, Tiago e João, geralmente isso se dava em contextos mais complexos como na ressurreição da filha de Jairo (Marcos 5. 33), transfiguração de Jesus (Marcos 9. 1-10) e na noite em que Jesus foi ao Getsêmani (Marcos 14. 33).

2. O CRISTÃO E SUA FAMÍLIA

Como cristãos, representamos Cristo no meio de nossa família, então precisamos agir como ele agiria se ali estivesse, para tanto, temos seu exemplo e seus ensinos nas sagradas escrituras.

2.1. A importância da coerência

No contexto familiar, o termo “coerência” está relacionado com uma conduta alinhada aos princípios bíblicos, ou seja, eu preciso viver os princípios bíblicos primeiramente dentro do meu lar para depois transparecer ao mundo esse evangelho, pois, caso contrário, eu me torno um hipócrita como os fariseus que Jesus criticou (Mt 23. 3). Tiago 2. 14 nos adverte a manter ações (obras) coerente e correspondentes com o que cremos e professamos (fé).

2.2. Quando a família não se converte

Há ainda a situação onde a nossa família não professa a mesma fé que nós, nessa situação devemos continuar perseverando na fé, crendo que através de nosso testemunho, eles conheçam ao Senhor e sejam salvos. Nessa situação nossa vigilância e bom testemunho precisam ser ainda maiores para que nossos familiares vejam Deus e seu amor através de nossas boas obras e, assim, sejam alcançados e convencidos pelo Espírito Santo de Deus. Sejamos luz para os que ainda estão em trevas!

2.3. CASAMENTO: instituição divina para a vida na terra

O casamento, embora seja uma instituição divina, é o marco inicial da família terrena, a união do homem e mulher em uma só carne (Gn. 2. 24) é o ponto de partida para uma nova família, porém, essa união está restrita à nossa vida terrena, ou seja, até que a morte os separe, pois, na eternidade não haverá esse nível de relação, conforme Jesus nos ensinou em Lc 20. 27 – 40. A revista destaca ainda que não é obrigatório ao cristão contrair núpcias, mas o é o manter-se puro (Mt 19. 10-12).

3. NOSSO RELACIONAMENTO COM DEUS

No que diz respeito aos relacionamentos há vários níveis de relacionamentos. Precisamos ter sabedoria para distinguir nossos relacionamentos prioritários. Assim como Jesus que se relacionava com todos, mas em níveis diferenciados: multidão, os seguidores, os discípulos, os 12 discípulos escolhidos, os 3 discípulos mais chegados (Pedro, Tiago e João) e seus amigos (João, Lázaro e suas 2 irmãs).

3.1. O amor a Deus

Ora, Deus é o próprio amor (1 João 4. 8, 16) sendo assim, todo amor emana Dele, Ele é a fonte do amor, por isso primeiramente precisamos amar a Deus, para então amar o próximo. Isso é uma questão de princípio, quando as pessoas invertem essa ordem muitos problemas podem surgir, inclusive perder a salvação por se tornar indigno do Senhor (Mateus 10. 37-38).

3.2. Discípulo de cristo: dissensão e aborrecer

Cristo no evangelho de Lucas nos adverte sobre 2 situações que o discípulo de Cristo pode e deve enfrentar no contexto familiar por amor ao evangelho: dissensão e aborrecer. A dissensão está ligada à falta de concordância, desavenças, conflitos ou disputas; já o termo aborrecer está relacionado a causar aversão, desagradar ou até contrariar – dessa forma vemos que para ser discípulos de Cristo precisamos estar dispostos a sofrer pelo evangelho, ou seja, tomar a sua cruz e seguir ao mestre (  Lc 14. 27). Quando Cristo, em Lucas 12. 49-53 afirma que não veio trazer paz, mas, divisão, ele está se referindo aos conflitos que surgirão em nossos relacionamentos, inclusive no familiar, quando nos posicionamos como um verdadeiro cristão, pois, se no meio de sua família houver pessoas que não creem da mesma forma que você, isso poderá e deverá trazer divisão ao relacionamento já que, as pessoas que estão nas trevas não suportam a luz, ou seja, só o fato de você seguir os preceitos e princípios bíblicos, por si só, causa divisão com os entes que não professam a mesma fé. Vejamos o exemplo de Jesus, ele também foi desprezado por seus próprios familiares por causa da Palavra. Outro contexto que a lição traz como importante destacar é em relação ao “aborrecer” onde Cristo nos ensina em Lucas 14. 26 que para ser um verdadeiro discípulo Dele não podemos colocar nada e nem ninguém acima Dele, nem mesmo os entes queridos, pois se assim o fizermos não poderemos ser seus discípulos.

3.3. Expresso no referencial adotado

Finalizando a lição, o comentarista afirma que Jesus é o referencial na vida do Cristão. Biblicamente e originalmente, o significado da palavra Cristãos no grego é “Pequenos Cristos”’- dando o sentido de que o cristão deve ser uma cópia submissa de Cristo, a designação não está relacionada à religião de alguém, mas sim, à identidade que essa pessoa tem com a pessoa de Cristo. A primeira vez que esse termo foi usado está registrado em Atos 11. 26.

CONCLUSÃO

Concluindo, relacionar-se faz parte da dinâmica da vida. É uma impossibilidade pensar na vida à parte dos relacionamentos interpessoais. O Senhor ao nos criar-nos fez seres sociáveis, com a capacidade de interagirmos com o nosso próximo e de estabelecermos relacionamentos relevantes. O próprio Deus, em sua trindade, nos mostra a importância desse tema, dando-nos um modelo de relacionamento interpessoal. A questão a ser considerada é a ordem de prioridade que devemos dar a esses relacionamentos, conforme vimos no decorrer da lição, nosso relacionamento prioritário deve ser com Deus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS    
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.

Revista do professor: Adultos. A família natural segundo os valores e princípios cristãos. Rio de Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2020. Ano 30 n° 114. Lição 13 – Relacionamentos do cristão: Deus e família.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS                                    
Emivaneide Lourdes da Silva, professora da EBD.











Um comentário:

Lenilton Silva disse...

Bela conclusão de mais um trimestre.