A NECESSIDADE DE UM PLANEJAMENTO
FINANCEIRO
Lição 06 – 9 de fevereiro de 2020
TEXTO ÁUREO
“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não
se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?” Lucas
14.28
VERDADE APLICADA
O planejamento financeiro é imprescindível para a
administração das finanças no lar.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► MOSTRAR a importância do planejamento familiar;
► APRESENTAR como manter as finanças sob controle;
► ENSINAR como administrar com sabedoria a mordomia familiar.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ec 5.19 - E quanto ao homem, a quem Deus deu riquezas e fazenda e lhe deu poder
para delas comer, e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isso é dom de
Deus.
Lc 14.28 - Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a
fazer as contas dos gastos, se tem com que acabar?
Lc 14.29 -
Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces
e não podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,
Lc 14.30 -
dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.
INTRODUÇÃO
É de vital importância que a
família cristã entenda que somos mordomos de Deus, portanto, que Ele nos
confiou os seus bens para administrarmos. Nesse sentido, todos os bens que
possuímos pertencem a Deus, nossa vida, família, casa e dinheiro, tudo quanto Ele
colocou em nossas mãos para ser administrado. Por isso, não podemos ser irresponsáveis
no uso do dinheiro que chega a nossas mãos, devemos fazer um bom uso dele para honrarmos
a Deus. Em Isaias 55.2, somos advertidos
a não gastar nosso dinheiro naquilo que não é pão.
1. PLANEJAMENTO, UM PRINCÍPIO BÍBLICO
Todos sabem que a parte
financeira é uma das partes mais complicadas da vida familiar, e que é uma das
maiores fontes de conflitos entre os casais, principalmente os recém-casados. Nós
vivemos em uma sociedade consumista que nos pressiona a mantermos um padrão de
vida que muitas vezes não temos condições. Por isso, existe a necessidade de
que haja um planejamento financeiro no lar para manter um equilíbrio nos gastos
dos recursos disponíveis do casal. O casal deve planejar os objetivos a curto e
longo prazo, priorizando os mais importantes para família.
1.1. Evitar a precipitação
Conforme está escrito na lição é
muito comum o casal tomar decisões precipitadas no início de uma vida a dois,
muitos não se assentam primeiro para analisarem cuidadosamente se aquele é o
momento ideal para se casarem (Ler Lc. 14. 28,31). Outros, logo no início do
casamento fazem dívidas grandes como financiamento imobiliário, compra de
carros, entre outros, se esquecendo de que deverão passar muito tempo pagando por
esses compromissos financeiros. Tudo isso, acaba provocando brigas, crises
financeiras, desgastes emocionais nos cônjuges e consequentemente nas relações,
culminando muitas vezes em separação. Essa situação pode ser evitada se os
casais junto planejarem com muita responsabilidade, de acordo com sua condição
financeira cada compromisso financeiro que irão assumir. Nessa hora é
imprescindível que as emoções sejam colocadas de lado.
1.2. É preciso cuidado com as dívidas
Conforme já dito anteriormente, é
preciso que o casal tome muito cuidado antes de assumir qualquer dívida. Como
mordomos das coisas de Deus, devemos fazer o bom uso daquilo que foi colocado
em nossas mãos para administrar, precisamos usar do bom senso gastando os nossos
recursos com disciplina e simplicidade. Para isso, o casal cristão deve focar
seus gastos no que é realmente necessário para a família, deixando de lado o
uso do dinheiro para atender os nossos desejos de status, glamour ou luxo. Em
Lucas 12.15 somos advertidos: "Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo
tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus
bens". Todas as vezes que o casal for fazer um compromisso financeiro é preciso
analisar se a compra é baseada na sua utilidade para família, não podemos nos endividar
para impressionarmos aos outros, para promoção do status ou para estarmos
simplesmente alinhados com a última tendência da moda.
1.3. A relevância do local de moradia
Um detalhe extremamente
importante a ser considerado pelo futuro casal é o local onde vão morar, pois isso
terá uma influência decisiva na relação conjugal. Muitos jovens na pressa em se
casarem acreditam que poderão morar com os pais por algum tempo até comprarem
uma moradia, e se esquecem da passagem bíblica em Efésios 5:31, que diz: “Por
isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão uma só
carne”. O casal que irá se formar precisam entender que são duas pessoas de
hábitos, culturas e criações diferentes que estão se unindo, e por isso, devem
iniciar sua vida conjugal separados de seus parentes para buscar a adaptação e o
amadurecimento de uma relação a dois na presença de Deus. Dessa maneira, o
casal unido com a orientação de Deus deve junto tomar decisões para suas vidas
sem a interferência de parentes, o que não significa que não possam pedir
conselhos aos mais velhos. Portanto, se houver sensibilidade e planejamento o
casal devem iniciar a vida conjugal quando tiver um lugar para morar.
2.
ADMINISTRANDO COM SABEDORIA
Nos tempos atuais é muito difícil
ter dinheiro sobrando, então é necessário que se tenha sabedoria para
administrar os recursos confiado por Deus a nós. Devemos tomar cuidado para não
adquirirmos aquilo de não precisamos, o supérfluo pode ser deixado de lado.
2.1. Arrecadar
mais do que gasta
Todos os economistas são unanimes
ao afirmarem que não devemos gastar mais do que ganhamos e a Bíblia nos adverte
em Pv 22.7 que “O rico domina
sobre o pobre, e o que toma emprestado é servo do que empresta”. Se alguém
gasta mais do que ganha, então, ele estará sempre devendo a outro, sendo,
portanto, servo deste. Pagar juros não é fácil, principalmente no Brasil, onde a
média passa dos 10% ao mês, e se for ao rotativo do cartão de crédito pode
chegar a inacreditáveis 338% ao ano. Já parou para analisar o que significa
isso. Portanto, como despenseiro de Deus não se pode jogar dinheiro fora com
pagamentos de juros, principalmente quando a dívida é motivada por motivos fútil,
na aquisição daquilo que era dispensável ou que podia esperar. Todo casal
precisa fazer um orçamento básico com as devidas anotações para administrar os
gastos mensais, daí será possível ver para onde está indo o dinheiro. Deve-se
priorizar o que é essencial estabelecendo um limite de gastos que não deve ser
excedido, e, criar o hábito de ter sempre uma reserva para as emergências que
surgem.
2.2. Controlar
nossos impulsos
Muitas pessoas gastam compulsivamente, comprando indiscriminadamente
e assim comprometendo a situação financeira da família, trazendo grandes
transtornos para o relacionamento conjugal. Antes de comprar qualquer coisa o
casal precisar avaliar se realmente precisa daquele bem, se será possível
incluir no orçamento, se realmente é uma prioridade. Um bom conselho é nunca
comprar de imediato, ir para casa pensar direito, fazer as contas, conversar
com o cônjuge, pedir orientação a Deus, depois, outro dia decidir se realmente
é conveniente adquirir aquilo. Muitas vezes se chega à conclusão de que não
precisa fazer aquela dívida, ou que pode esperar mais um pouco. O cristão não
pode se submeter à influência do marketing e sair comprando o último modelo de qualquer
objeto, simplesmente porque é o mais moderno. Todos os dias têm lançamento de
um celular, daquele televisor Smart e por aí vai, mas se o que você tem lhe
serve então porque comprar um novo, só para ter o último modelo? Todos nós devemos
buscar ter os meios suficientes para viver, provendo as nossas famílias das
necessidades legitimas e devidamente atendidas.
2.3. A importância da reserva
A Bíblia orienta que devemos fazer uma reserva para o futuro
prevenindo uma situação adversa que pode atingir qualquer família. Isso fica
bem evidente em Pv. 6.6-8, que pega as formigas como exemplo, afirmando que
elas trabalham no verão prevendo um período de escassez no futuro. Em 2 Ts
3:7-12 somos orientados a trabalhar diligentemente e não desperdiçar nosso
tempo com coisas vãs, não podemos ficar parados esperando que tudo caia do céu
para suprir as nossas necessidades, ainda adverte “Se alguém não trabalhar,
também não coma”. Por isso, é importante que do fruto do nosso trabalho,
conforme o que Deus colocou em nossas mãos para administrar, que reservemos um
pouco para os momentos de dificuldade.
3. A PRESENÇA DE DEUS NO PLANEJAMENTO
Precisamos entender que tudo
pertence a Deus e que somos apenas mordomos daquilo que está em nossas mãos, então,
devemos sempre recorrer a Ele quando vamos fazer uso do dinheiro. Entretanto,
na maioria das vezes só lembremo-nos dEle quando já estamos endividados, nos
esquecemos de fazer um planejamento sob Sua orientação.
3.1. Reconhecer Deus como Senhor de
tudo
Não te fatigues para
enriqueceres; e não apliques nisso a tua sabedoria. Porventura fixarás os teus
olhos naquilo que não é nada? Porque certamente criará asas e voará ao céu como
a águia (Pv. 23.4-5). Essa passagem bíblica nos adverte que não podemos ficar
todo tempo em busca de riquezas, devemos confiar primeiro em Deus que supri as
nossas necessidades na medida em que Lhe aprouver. É importante salientar, que
Deus não condena o trabalho, ou tampouco a riqueza, mas enfatiza que devemos
buscá-Lo antes de tudo. A nossa segurança deve ser depositada em Suas mãos,
temos que entender que nossa vida não consiste naquilo que possuímos, e que a
riqueza não pode ser o centro de nossas vidas. Em Lucas 12.13-21 Jesus chama de
louco aquele que fica preocupado somente em ajuntar tesouros para si aqui na
terra.
3.2. Administrar com sabedoria a
nossa mordomia familiar
E disse-lhes: Acautelai-vos e
guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do
que possui (Lc 12.15). Nessa passagem bíblica somos advertidos por Jesus Cristo
a não termos apego excessivo ao dinheiro e não sermos ambiciosos. Devemos
entender que a nossa felicidade não depende de termos muita riqueza nesse
mundo, e que o dinheiro de nada serve para a nossa alma. Muitos para terem
dinheiro se metem em negócios desonestos defraudando o seu irmão, trazendo
grande vexame para sua família. Quantos não aparecem nos principais jornais do país
por terem desviados dinheiro público, outros por aplicarem golpes em pessoas
inocentes. Não confieis na opressão, nem vos ensoberbeçais na rapina; se
as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração (Sl 62.10), esse Salmo
nos adverte sobre isso. Outros deixam de prover as necessidades básicas de sua
família para poder juntar dinheiro, se esquecem de que quando morrerem tudo vai
ficar aqui.
3.3. Honrar a Deus também com as
finanças
Alguns há que espalham, e ainda
se lhes acrescenta mais; e outros, que retêm mais do que é justo, mas é para a
sua perda. A alma generosa engordará, e o que regar também será regado (Pv
11.24-25). Esses versículos de Provérbios nos ensinam que devemos ser generosos
com a obra de Deus e para com os nossos irmãos. Em 2 Coríntios 9.6-7 está
escrito: “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que
semeia em abundância em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo
propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao
que dá com alegria.”. Na Bíblia existem muitas outras passagens que no ensina a
honrar a Deus com nossas finanças, nos a lembrando a dar com alegria para obra
do Senhor através de nossos dízimos e ofertas, e não se esquecer dos que estão
necessitados a nossa volta. Existem muitos crentes que são infiéis ao Senhor, na área
financeira e por isso vivem sempre em dificuldades – Sl 37.5.
CONCLUSÃO
A Bíblia nos traz vários ensinos sobre
como administrarmos os recursos financeiros que são colocados em nossas mãos, e
o que devemos aprender é que precisamos ter sabedoria para usá-lo. Devemos ter
equilíbrio no seu uso. Devemos usar o dinheiro com prudência e controle. Temos
que economizar, mas não ficar juntando como um tesouro para o futuro.
Precisamos contribuir na obra do Senhor com alegria e ajudar aos nossos irmãos
mais necessitados. Não é errado ser rico, mas a avareza é pecado contra Deus. Não
devemos gastar o nosso dinheiro com coisas fúteis desse mundo. Precisamos usar
com cuidado os recursos a nós confiados sendo modestos com os gastos pessoais e
generosos para com os outros e com a obra do Senhor. Porque tudo é dEle e para
Ele.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Matthew Henry.
Edição Almeida Revista e Corrigida, tradução de 2009.
Revista do professor adulto. A
família natural segundo os valores e princípios cristãos - 1º Trimestre de 2020.
Ano 30 n° 114. Lição 6 – A necessidade de um planejamento financeiro.
Links pesquisados:
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Dc. Carlos Cezar, servo do Senhor
Jesus.
5 comentários:
De fato. Uma péssima administração financeira causa fatalmente, como adultério, brigas e divórcios, fato.
Lembrando que o comer e o vestir vem , acima de tudo, pela providência de Deus, Jesus lembrou da anciosidade da vida;
Por buscar a felicidade não em Cristo mas no que a sociedade afirma ser fonte de felicidade torna um lar com insatisfações quando começo a olhar a vida do vizinho;
Dizimar não é barganhar; Cuidado com a hermenêutica na hora de regrar fatos do AT com o NT;
Dízimar é princípio e não lei; pois se é lei, vamos DESTINAR PARA ONDE BIBLICAMENTE DEVE SER DESTINADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Primeiro dízimo: Levita sem propriedade;
segundo dízimo: Festas judaicas;
terceiro dízimo: Pobr3e, órfão, viúva e estrangeiro.
Vc trabalha enchendo laje o mês todo, recebe o salário do suor de seu rosto (claro, com a bênção de Deus), oferta com alegria, dizima, entrega cesta ou quilo de alimento, compra revista ebd para família e a liderança veste roupa que vc tão cedo compraria, anda em um veículo 2.0 pesando a igreja, e só vc assiste outro membro passar necessidade e ora para que os recursos arrecadados se destinem para os em aflição...
Tem países em que o cristão morre sem ter possuído uma casa própria (embora no céu já ter a pátria dele)
Líder separados (Ef 4.11) como Pastores não fazem negócio com a palavra, nem demonstram avareza e são gananciosos; Se são algo está errado. Quer boa vida a custa de exploração de pêlo de ovelha é melhor acordar 4h da manhã e ir trabalhar;
Uso de cartão de crédito sem saber usá-lo é um tremendo acelerador de dívidas;
Pode se planejar mas não deposite seus tesouros e felicidade em cima de bens; a sua segurança tem que estar primeiramente em Deus;
Até o ímpio que não dizima tem controlado suas próprias finanças. Cuidado com a interpretação do gafanhoto
Parabéns Dc Carlos Cezar pelos comentários adicionais. Seus comentários vieram enriquecer muito a lição sobre a necessidade de um planejamento financeiro nas famílias cristãs!
Atenção,
vc irmão que está com dívidas e não consegue honrar com seus compromissos, gratuitamente procure o TJDFT junto ao programa Superendividados:
Pessoas superendividadas contam com o apoio judicial, psicossocial e educacional para negociar suas dívidas e aprender a lidar melhor com questões financeiras. Preocupado com o grande número de cidadãos em situação de endividamento, o TJDFT criou, em 2016, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania Superendividados - Cejusc/Super. O objetivo é promover a prevenção, o tratamento e a resolução de conflitos envolvendo consumidores em situação de superendividamento. O serviço é gratuito, está com inscrições abertas e atende todos os cidadãos do DF. Para participar, basta enviar um e-mail para super@tjdft.jus.br, com nome completo, CPF, endereço e telefones para contato.
(transcrevi um pouco do texto do site)
A igreja pode orientar com passagens bíblicas específicas assim como pode propor alternativas, afinal, oramos por cura porém se dirigimos a um hospital ou consulta, então, quem está com dívidas e não precisa gastar com nada em advogado, essa é uma ótima opção!
Cuidado vc irmão, com o pecado do orgulho que consegue poupar e fez bens durante a vida. Lembre-se que o acúmulo as traças comem e que confundirá a segurança nos bens e não no Senhor como Paulo disse a Timóteo.
Quando as igrejas mais prósperas sabem de tais necessidades nas congregações mais pobres, elas podem fazer como as igrejas da Galácia, Macedônia e Acaia fizeram, ou seja, enviar dinheiro para ajudar seus irmãos mais pobres (veja 1 Coríntios 16:1; 2 Coríntios 8:1-4; 9:1-2).
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