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Família: Princípios e Valores - Comentários adicionais (Ev. Ancelmo Barros)


FAMÍLIA: PRINCÍPIOS E VALORES
Lição 2 - 12 de janeiro de 2020

TEXTO ÁUREO
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” Salmos 127.1

VERDADE APLICADA
O primeiro ato divino após criar a família foi abençoá-la. Além disso, Ele também estabeleceu princípios e valores para protegê-la e fortalecê-la.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
ENSINAR acerca dos fundamentos que edificam a família.
APRESENTAR os princípios divinos para o matrimônio.
MOSTRAR os valores que devem ser agregados ao matrimônio.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 14.28 – Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?
Lc 14.29 – Para que não aconteça, que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que virem comecem a escarnecer dele,
Lc 14.30 – Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.
Lc 14.31 – Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro de quem vem contra ele com vinte mil.

INTRODUÇÃO
Estamos em tempos trabalhosos, principalmente no que refere à família, A crise da sociedade de hoje acontece porque algumas famílias não estão mais fundamentadas nos princípios e valores citados na Palavra de Deus. Por isso, há lares enfrentando diversos tipos de problemas: contendas, discussões, iras, gritarias, ofensas, ressentimentos, amarguras e até, separações e divórcios. Para superar essas dificuldades o casal deve buscar se aproximar de Deus, quanto mais perto de Deus, mais intimidade e mais força terão para vencerem os problemas.

1. CASA ALICERÇADA NA ROCHA
É exatamente isso que precisa ser feito, esta comparação utilizada pelo autor da revista, Bispo Abner Ferreira retrata muito bem o fundamento do matrimônio. O casamento precisa estar firmado na rocha para resistir todas as adversidades que possam surgir. O alicerce que sustenta é Jesus Cristo.

1.1. Uma casa se edifica na rocha.
Uma casa para oferecer resistência e confiança é muito importante que seja construída numa excelente base. O alicerce é o apoio que sustenta todo peso e faz com que a casa seja resistente a todas as intempéries da natureza. Em Mateus (7. 24-25), Jesus diz “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem, prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, a assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.” A rocha é representada como a pessoa de Jesus Cristo, bem como, de Sua Palavra. Aqui Cristo está dizendo que quem ouve a Sua Palavra e as coloca em prática está construindo sobre a rocha da Palavra.

1.2. Uma casa edificada na areia
As famílias edificam suas casas, e as sentinelas guardam as cidades, porém ambas as atividades são inúteis se o Senhor não estiver presente. Na verdade, uma família sem a presença Deus jamais poderá experimentar o laço espiritual que Ele prende os relacionamentos. De igual forma, uma cidade sem Deus se desintegrará devido à sua impiedade e corrupção. Não podemos cometer o erro de deixar Deus fora de nossa casa e de nossa família. Se o fizer, todas as suas realizações serão inúteis. Façamos de Deus a nossa prioridade mais elevada, e deixe que Ele edifique nossas vidas. Uma casa construída na areia não tem firmeza, seu fundamento não garante nenhuma segurança para se construir. Isso representa uma vida sem obediências aos princípios bíblicos, onde impera a vontade do homem com seus pensamentos e desejos carnais. O resultado de uma vida sem princípios e disciplina leva ruína. O fundamento saudável de toda família é Cristo. Ele é o construtor da família, sem Jesus no centro não há casamento sólido e nem família com felicidade. É Deus que sustenta, capacita e fortalece os cônjuges para que vivam em amor e unidade.

1.3. Uma casa edificada pelo Senhor
A Bíblia Sagrada afirma: "Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam" (Salmo 127.1). Foi o próprio Deus o criador do casamento. Assim podemos entender melhor o termo “casa” referindo-se ao casamento. Se o Senhor não edificar o casamento, todos os esforços humanos serão inúteis. Um bom casamento não é apenas um contrato entre duas pessoas, mas uma aliança sagrada entre três pessoas - Deus, a esposa e o marido. Se não nos dedicarmos a dar honra a Deus, não há muito que possamos fazer para resistir à crescente degradação e destruição do laço conjugal hoje em dia. Assim, é relevante edificar a casa sobre a Rocha. (Mt 7.24; Sl 127.1). Isto significa edificar o casamento, o lar e a família, sobre Cristo Jesus, que é a “a pedra”, ou a rocha dos séculos (Mt 21.42; Lc 20.17; 1 Pe 2.7). Porém existem crentes que edifica sua casa sobre a areia (Mt 7.27), e depois sofrem amargas consequências.

2. PRINCÍPIOS DIVINOS PARA O MATRIMÔNIO
Antes de estabelecer a Igreja, Deus criou a família e determinou princípios para o seu desenvolvimento. As famílias estão passando por diversas mudanças, mas os princípios divinos devem permanecer, pois estes são inegociáveis. Quando compramos um objeto novo, devemos sempre ler o manual do fabricante para solucionar possíveis problemas, bem como em certas bulas de remédios há advertências: para obter melhores resultados, siga as instruções do fabricante. Assim, também devemos ler o manual para saber quais os princípios que devemos seguir. Todas as instruções estão na Bíblia. É Ela que nos orienta sobre nossos compromissos e responsabilidades de cuidar da família.

2.1. O princípio do novo relacionamento
“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24. Deus estabeleceu a primeira instituição humana através do matrimônio. Quando o casal “deixa, sai” da casa de seus pais para unir-se entre marido e mulher, começa um novo relacionamento iniciando uma nova família. Apesar de ser difícil, essa mudança é necessária, pois, somente assim o novo casal irá adquirir suas próprias experiências na construção de um novo lar. Todavia, a responsabilidade com nossos pais ainda permanecem (Êx 20.12). Segundo R.N. Champlin diz que não devemos sermos negligentes no tocante a nossos pais. Continuemos a servi-los, na medida do possível. O amor aos pais continuará rebrilhando. Mas ele diz: “Sai da casa de teus pais!". Uma mãe é como a terra natal de um homem. Uma esposa é como um país para onde ele migrou. Ninguém pode viver em dois países ao mesmo tempo. Tal homem ama a ambos, mas sua presença física manifesta-se na sua nova pátria. “Por ordem de Deus, haverá uma conexão mais íntima, entre o homem e a mulher, do que pode subsistir até mesmo entre pais e filhos".

2.2. O princípio da unidade
O matrimônio deve ser o princípio de uma união permanente, o divórcio não é coisa a pensar. A expressão “uma só carne” fala de uma união completa de partes perfazendo um todo; por exemplo, um cacho de muitas uvas (Nm 13.23) ou um Deus em três pessoas (Dt 6.4); assim, essa união marital era completa e integral com duas pessoas. Isso também implica a complemento sexual. Um homem e uma mulher formam o par que reproduz. A expressão "uma só carne" é principalmente visto no filho nascido dessa união, o perfeito resultado da união dos dois. Veja os usos desse versículo em (Mt 19.5-6; Mc 10.8; Ef 5.31. “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" Mateus 19.6).

2.3. O princípio da permanência
O casamento deve possuir uma unidade para toda a vida. Somente a morte deve cortar este laço (Romanos 7.1-3). Quando um homem e uma mulher se casam, faz um pacto, uma aliança. Comprometem a sua vontade para viverem unidos até que a morte os separe. Deus os responsabiliza pela decisão (Ec 5.4-5; Ml 2.14; Mt 5.37). Às vezes é difícil controlar os nossos sentimentos, mas podemos controlar a nossa vontade. Quando os sentimentos “sacudirem”, o casamento se manterá firme pela lealdade da aliança matrimonial. Cristo é o nosso Senhor e nossa vontade está sujeita à dele. Desta forma, ainda que atravessemos momentos difíceis, a unidade matrimonial permanece firme. No casamento o casal alcança uma unidade, porém isto não se adquire de forma imediata, às vezes leva anos para que o casual se entenda. Entre o marido e a mulher a compreensão surge na medida da convivência, desde que tenha Deus como seu ajudador. Assim, convém que o cônjuge procure entender o outro, buscando em Deus Sua graça a fim de permanecerem unidos para sempre.

3. AGREGANDO VALORES AO MATRIMÔNIO
O matrimônio divulga o amor de Deus por seu povo. Assim como Cristo se entregou em sacrifício por amor à Igreja e permanece eternamente fiel a ela, do mesmo modo os cônjuges se entregam um ao outro totalmente, imitando o amor de Cristo. Penso que um dos valores fundamentais no matrimônio é o amor, sem ele não há paz e unidade entre os cônjuges, não somente o amor, mas valores como fidelidade, temor, perdão e respeito, dentre outros, são indispensáveis para que o matrimônio seja abençoado por Deus e a felicidade da família.

3.1. O temor a Deus
“Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos” (Sl 128.1). O temor ao Senhor é indispensável para que os lares sejam abençoados. As promessas de que trata o salmo são bênçãos extraordinárias sobre a família, incluindo o líder, a esposa, os filhos e os filhos destes conforme promete Deus. Mas é preciso andar nos Seus caminhos, ou seja, ser obediente e disciplinado. Em Provérbios 9.10 diz que “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria e o conhecimento do santo a prudência”. O temor ao Senhor é um importante conhecimento, precisamos que nossa mente seja tomada pela uma reverência sagrada a Deus e que cada pensamento em nós nos leve a obediência. Temer é ter atitude de reverência e respeito. Quando há temor, temos a consciência de que Deus é o dono de nossas vidas e que Ele está continuamente vendo tudo que pensamos, falamos e fazemos e que Ele tem o poder de nos recompensar ou punir de acordo com a nossa conduta. Esse temor faz que tenhamos um ardente desejo de agradar a Deus em todos os nossos atos.

3.2. O amor e o respeito mútuo
O relacionamento conjugal deve ser regado pelo amor e respeito, afinal não há nada mais belo do que a intimidade do casal quando ambos se amam. Quando cada um dá a sua vida pelo outro, e há um entendimento entre eles. Isto é maior do que as próprias palavras. O amor e respeito inspiram confiança e reflete em todas as áreas da vida, produzindo uma bela harmonia no lar. O respeito entre na relação é algo que deve sempre ser buscado a cada dia, trabalhando com delicadeza, dedicação, reciprocidade e com uma vontade sincera de quem entende que amar não é somente em palavras, mas postas em práticas todos os dias. O amor nunca acaba a verdade de Deus é que todos os cônjuges devem se amar. Isto é um mandamento de Deus. (Cl 3.19, Tt 2.4). O amor (ágape) existe quando a pessoa pensa no bem do outro, quer fazê-lo feliz, nega-se a si mesmo, ser, suporta, perdoa, etc. Com este entendimento, o verdadeiro amor aflora, cresce e se torna estável. Este tipo de amor não anula o amor romântico, mas santifica, embeleza e o faz durável (Cl 3.14).

3.3. O exercício do perdão
O perdão é muito importante para a permanência douradora do casamento, sem o perdão não há reconciliação e paz. É vital a presença do Senhor em nosso relacionamento para produzir para enriquecer a relação. Assim, se cria um ambiente onde pode ser praticado o perdão e a restauração de comunhão. Em 1 João 3.18 diz “Meus filhinhos não amemos de palavras, nem de língua, mas por obra e em verdade.” À medida que perdoamos, que temos paciência com os erros do cônjuge, que somos gentis e cuidamos do casamento e da família, mostramos o amor verdadeiro. “Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. Colossenses 3.13-14.

CONCLUSÃO
Deus designou o casamento e a família como a mais fundamental das relações humanas, o casamento é algo sublime e uma bênção, a intensão de Deus em relação ao casamento é para a felicidade do casal e não o sofrimento. Os cônjuges precisam está biblicamente comprometido com a integridade e a felicidade da família. É a vontade de Deus que a família seja preservada das malévolas influências culturais, sociais, políticas e filosóficas de uma sociedade secular, ateia e anticristã. É necessário que Deus e as Escrituras sejam o centro da família. A Bíblia diz em Efésios (4.2-3) “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito Santo no vínculo da paz”. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS    
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.
FERREIRA, Abner. Família: valores e princípios cristãos para relacionamentos frutíferos e Igreja sadia. Rio de Janeiro: Editora Betel, 2019.
Revista do professor: Adultos. A família natural segundo os valores e princípios cristãos. Rio de Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2020. Ano 30 n° 114. Lição 2 – Família: princípios e valores.
Revista do professor: Jovens e Adultos. Casamento e família. Rio de Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2016. Ano 26 n° 98. Lição 02 – Família: princípios e valores.
Nascimento, Adão Carlos. Oficina de casamentos. Editora: Apoio Pastoral. 2002.
Lições Bíblicas Mestre Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: CPAD. Família, alicerce da sociedade. 4º Trimestre de 1993.
Lições Bíblicas Mestre Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: CPAD. Família, Tempos trabalhosos - Como enfrentar os desafios deste século. 2º Trimestre de 2007.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS                                           
Ev. Ancelmo Barros de Carvalho. Servo do Senhor Jesus.



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