RECONHECER E LIDAR COM CASOS DE BIPOLARIDADE
(Lição 07 – 17 de fevereiro de 2019)
TEXTO
ÁUREO
VERDADE
APLICADA
A
perseverante prática da comunhão entre os discípulos de Cristo é um importante
auxilio no cuidado de quem sofre com bipolaridade.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
·
MOSTRAR
o que é bipolaridade;
·
ENSINAR
como identificar as características da bipolaridade;
·
APRESENTAR
a similaridade de sintomas.
TEXTO
DE REFERÊNCIA
Sl
42.1 - Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim
suspira a minha alma por ti, ó Deus!
Sl
42.2 - A minha alma tem sede
de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
Sl
42.5 - Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas
em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.
Sl
42.6 - Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso
lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno
monte.
INTRODUÇÃO
O
transtorno bipolar é uma doença muito comentada hoje em dia: toda pessoa que
vivencia muitas variações de humor é chamada de "bipolar". No
entanto, saber identificar quando uma pessoa está com transtorno bipolar pode
ajudar muito quem busca tratamento. No transtorno bipolar, as pessoas alternam
entre períodos de muito bom humor (mania) e períodos de irritação ou depressão.
As chamadas "oscilações de humor" podem ser muito rápidas e ocorrer
com muita, ou pouca frequência. No transtorno bipolar clássico e sem
tratamento, cada fase de depressão dura em geral de três a seis meses. Depois
existe uma fase de normalidade que é variável, e posteriormente uma fase de
euforia que também pode durar entre três e seis meses. Com tratamento adequado
este período pode ser abreviado.
1.
CONHECER O QUE É A BIPOLARIDADE
O transtorno
bipolar é uma doença cerebral que causa alterações no comportamento do
indivíduo, fazendo com ele oscile entre momentos de felicidade e depressão
repentinamente. As chamadas "oscilações de humor" significam
alternâncias entre a mania (estado eufórico) para um estado depressivo. A
frequência é variada, assim como a intensidade do quadro que pode ser leve,
moderada ou grave. Existem diferentes tipos de transtorno bipolar e todos eles
afetam os níveis de humor, energia e eficiência do indivíduo. Sendo assim é
possível que a pessoa manifeste estados de humor variados, que podem ser
extremamente enérgicos (conhecidos como episódios maníacos) ou muito tristes e
sem energia (fase depressiva) podem ocorrer estados mais brandos, também
conhecidos como hipomania. Os episódios
de alteração de humor podem acontecer em espaços de tempo variados, - raramente
ou várias vezes ao ano. Ainda que o
transtorno bipolar seja uma condição que não tem cura, é possível controlar as
alterações de humor com medicamentos específicos e acompanhamento psicológico
(psicoterapia). Quando um paciente com transtorno bipolar está sem tratamento
cada fase pode durar de três a seis meses, depois existe uma fase de
normalidade que é variável e posteriormente uma fase de euforia que também pode
durar de três a seis meses. Com tratamento adequado este período pode ser
abreviado.
1.1.
Como se apresenta a bipolaridade
Há um consenso de
que o transtorno bipolar envolva apenas períodos de extrema alegria, seguidos
por muita tristeza, porém, a verdade é que os episódios dentro do espectro
podem apresentar características não tão simples de identificar:
Mania - A euforia (ou mania) é uma das fases do Transtorno Bipolar e
caracteriza-se por um estado de exaltação do humor, com aumento de energia, sem
qualquer relação com o momento que o indivíduo está vivendo. Nesse período do
transtorno bipolar, o paciente não está deprimido e nem alegre por um motivo
especial, mas apresenta humor eufórico, irritável ou mesmo jocoso ou arrogante.
Mania de grandeza também é muito comum. Em geral, a mudança do comportamento na
euforia é súbita, mas o indivíduo não percebe a sua alteração ou a atribui a
algum fator do momento. O senso crítico e a capacidade de avaliação objetiva
das situações ficam prejudicados ou ausentes, com explosões de raiva e fúria.
Hipomania - Uma outra fase que uma pessoa bipolar
pode experimentar é a chamada hipomania, que seria um estado de mania mais leve
e que traz menos prejuízo. Geralmente, a hipomania acarreta em um funcionamento
acelerado, porém produtivo para o paciente. Muitos não identificam que estão em
fase hipomaníaca, nivelando esse período como a fase eutímica. Esse ponto é
importantíssimo, pois muitos pacientes, quando estão entrando em hipomania
(podendo evoluir para a mania ou não) são resistentes quanto a manter o
tratamento e muitas vezes param com a medicação, o que se torna um grande problema
para estabilizar o transtorno.
Depressão - As fases de depressão dentro do transtorno bipolar também são
consideradas um subtipo de depressão. Existe a depressão bipolar tipo 1, que é
intercalada com episódios de mania, e a tipo 2, na qual os episódios fora da
depressão tem uma euforia um pouco menos intensa. Os sintomas apresentados na
fase de depressão são os mesmos de um episódio depressivo: humor deprimido,
falta de energia, falta de iniciativa e vontade, falta de prazer, alteração do
sono, alteração do apetite, lentidão do pensamento, lentidão motora. Já nas
fases de euforia, o paciente pode apresentar sintomas como: agitação, ocupação
com diversas atividades, obsessão com determinados assuntos, aumento de
impulsividade, aumento de energia, desatenção e hiperatividade. A pessoa com
esse quadro geralmente acha que está bem e saudável.
1.2.
Tipo de bipolaridade
Pessoas com episódios maníacos podem manifestar comportamentos
que destoam do habitual, como gastar muito dinheiro, ter mais relações sexuais,
ter planos e idéias irreais e perder o contato com a realidade. Vejam alguns
tipos de bipolaridades, suas causas e peculiaridades:
Bipolar tipo 1: Nesse tipo de transtorno bipolar, o paciente apresenta ciclos
definidos, no qual é possível identificar pelo menos um episódio maníaco e
períodos de depressão profunda. Durante um episódio maníaco uma pessoa com
transtorno bipolar pode manifestar tanto euforia quanto irritabilidade. Muitas pessoas com transtorno bipolar 1
passam longos períodos sem sintomas entre os episódios da doença. Algumas
pessoas podem manifestar sintomas rápidos de mania e depressão. Também é
possível que manifestem características mistas, com sintomas maníacos e
depressivos ocorrendo simultaneamente ou podem alternar entre um pólo e outro
no mesmo dia. Os episódios depressivos são similares à depressão convencional,
com baixa energia, sentimentos de culpa e tristeza.
Bipolar tipo 2: Pessoas com transtorno bipolar tipo 2 não possuem ciclos de
oscilação tão definidos quanto os pacientes tipo 1. Isso porque nesse tipo de
condição as mudanças de humor são mais sutis. Além disso, é importante dizer
que nesse ciclo o paciente não atinge a mania completa e manifesta com mais
frequência episódios de depressão. Durante um episódio de oscilação a pessoa
com transtorno bipolar tipo 2 pode achar que está melhorando da depressão, por
estar mais sociável e com disposição. No entanto, esse aumento de euforia, na
verdade, são desequilíbrios bioquímicos que contribuem para que aconteçam novas
depressões no futuro. Como nesse tipo de transtorno as alterações não são muito
evidentes, pode acontecer de o psiquiatra pedir para conversar com um parente
ou uma pessoa próxima do paciente, a fim de obter um outro ponto de vista sobre
o caso em questão.
Ciclotimia - Uma forma leve de transtorno bipolar chamada ciclotimia envolve
oscilações de humor menos graves. Pessoas com essa forma alternam entre
hipomania e depressão leve. As pessoas com transtorno bipolar do tipo II ou
ciclotimia podem ser diagnosticadas incorretamente como tendo apenas depressão.
Causas - A causa exata do transtorno bipolar ainda é desconhecida, mas a
ciência acredita que diversos fatores possam estar envolvidos nas oscilações de
humor provocadas pela doença, como:
Peculiaridades biológicas: Pessoas com transtorno bipolar
parecem apresentar diferenças físicas em seus cérebros, o que pode levar os
cientistas a descobrirem as causas exatas da doença;
Neurotransmissores: Um desequilíbrio entre os neurotransmissores parece ser um
importante fator nas causas do transtorno bipolar;
Hormônios: Desequilíbrio
hormonal também está entre as possíveis causas;
Hereditariedade: Pessoas que tenham parentes com histórico
de transtorno bipolar são mais suscetíveis à doença, o que leva muitos
cientistas a acreditarem que a genética possa estar envolvida nas causas da
doença;
Meio ambiente: Fatores exógenos, como estresse, abuso sexual e outras
experiências traumáticas (como a morte de algum ente querido), também podem
estar relacionadas ao desenvolvimento do transtorno bipolar.
1.3. Ajudando nossos irmãos
O apoio da comunidade cristã é essencial para que pessoas e
irmãos de fé, se sintam seguros e protegidos quando estão em crises de
bipolaridade, a referencia bíblica apresentada em Naum 1.7 “O Senhor é bom, um
refugio em tempos de angústia. Ele protege os que nele confiam”, nos dá a
garantia e certeza que Deus vela e zela por nós. É importante destacar que o
pecado gera em nós a consciência de transgressão contra Deus, e isso pode
acarretar nas nossas vidas o sentimento de distanciamento de Deus. O Salmo 32.4
fala-nos do sentimento experimentado por Davi, quando se cala e não confessa o
seu pecado. Certamente não podemos afirmar categoricamente que é um caso de
bipolaridade, mas as reações descritas no Salmo, nos faz pensar assim, pois
quando lemos sua confissão e resposta de Deus no Salmo 51, vemos que a alegria
foi deixada e a tristeza passou a dominá-lo, a voluntariedade existente deu
lugar a apatia, até que ele experimenta o favor do Senhor e todo o seu
espírito, alma e corpo é restaurado. Aprendemos com isso que, embora a
bipolaridade esteja muito relacionada as experiências e reações que temos ao
longo da vida, precisamos também espiritualmente estarmos sadios, para não
vivermos uma vida bipolar espiritualmente.
2. IDENTIFICANDO CARACTERISTICAS
Existem duas fases predominantes no transtorno bipolar: a depressão e a
mania. A alternância entre uma fase e outra é a característica principal da
bipolaridade. No início, a pessoa pode passar por um quadro chamado hipomania,
no qual os sintomas aparecem de forma mais leve. O indivíduo se sente mais
funcional e com mais energia, tendo uma necessidade menor de descanso, podendo
dormir por pouco tempo e não ser afetado. Mas, esse quadro não se sustenta por
muito tempo, evoluindo para o estágio de mania ou de depressão, os quais podem
ir se alternado e prejudicando a qualidade de vida da pessoa até que ela busque
tratamento. Os sintomas mais comuns de cada
fase são:
Fase maníaca
|
Fase depressiva
|
Facilidade em distrair-se
|
Dificuldade em se concentrar
|
Autoestima muito alta (ilusão sobre
si mesmo ou habilidades)
|
Baixa autoestima, normalmente sentindo-se inútil,
sem esperança ou culpado
|
Aumento de energia
|
Fadiga ou falta de energia
|
Grande agitação ou irritação
|
Desânimo diário ou tristeza
|
Redução da necessidade de sono
|
Problemas para dormir ou excesso de sono
|
Capacidade de discernimento
diminuída
|
Dificuldade de lembrar de fatos ou de tomar
decisões
|
Pensamentos acelerados que se
atropelam
|
Pensamentos sobre morte e suicídio
|
Compulsão alimentar, abuso de
bebidas alcoólicas e/ou drogas
|
Perda de apetite e peso ou compulsão alimentar e
ganho de peso
|
Hiperatividade e grande
envolvimento em atividades
|
Afastamento dos amigos
|
Comportamento sexual com muitos
parceiros
|
Perda de interesse nas atividades que antes eram
prazerosas
|
Gastos excessivos /
|
|
Pouco controle
do temperamento |
Esses sintomas podem variar de intensidade em cada pessoa e a depender da fase do transtorno bipolar em que ela se encontra. Possíveis causas de transtorno bipolar: A causa exata da doença ainda é desconhecida, mas existem diversos fatores que influenciam seu desenvolvimento e estão ligados às oscilações de humor. Confira:
·
Genética: pelo menos até 80
por cento dos casos podem ter ligações com fatores genéticos.
·
Mecanismos neuronais: alterações nos neurotransmissores também são
fatores relevantes que podem ajudar a desenvolver a doença.
·
Eventos ambientais: perdas,
abusos, estresse e experiências traumáticas também aumentam os riscos de ter o
problema.
2.1.
Dificuldade de se concentrar
As
perguntas típicas tentam identificar se o paciente é capaz de seguir uma
conversa ou um programa de televisão, se concentrar no trabalho, etc. Pensamentos
recorrentes de suicídio ou morte por dificuldades de tomadas de decisão: Entre
60% e 80% dos suicídios cometidos ocorrem em pacientes diagnosticados com
depressão. Ter depressão aumenta em cerca de 30 vezes o risco de suicídio
em relação à população geral. Quando uma pessoa estes sintomas, isso não
significa que é possível diagnosticar automaticamente a presença de um “estado
depressivo maior”. Além disso, é preciso haver uma deterioração psicossocial
importante, e toda esta condição não pode se dever a efeitos de substâncias ou
doenças (como, por exemplo, a demência), e nem aos efeitos de uma reação de
luto normal. Para diagnosticar um episódio depressivo maior é necessária a
presença de estado de ânimo deprimido ou perda de interesse ou prazer.
2.2.
Níveis de energias alterados
Estado
de ânimo deprimido: Pelo menos 90% dos pacientes deprimidos parecem estar
tristes ou abatidos. É importante perguntar qual é o pior e o melhor momento do
dia, ou se há algo que faz com que o paciente se sinta melhor, pois estes
aspectos estão relacionados à melancolia.
Anedonia:
Trata-se da diminuição do prazer nas atividades cotidianas. Assim,
nada faz com que a pessoa se sinta bem (nem sair, nem ver os netos ou
sobrinhos, ver um programa de televisão…). Às vezes os entrevistados dizem não
ter energia, mas na verdade trata-se de uma diminuição do interesse. Sentimentos
excessivos de falta de valor, reprovação de si mesmo e culpa. Um exemplo
clássico que temos é o caso narrado em 1 Reis 18.37-40 quando o profeta Elias,
experimenta após uma grande vitória a diminuição física, mental e acaba se
prostando por achar não ser mais capaz de lutar sozinho. A analise é valiosa,
pois pela entrevista e discurso com o paciente que descreva a si mesmo é que
indique como seus conhecidos ou familiares o descreveriam.
2.3.
Apetite irregular
Mudanças
de apetite e/ou peso: O critério empregado é um aumento ou redução de peso
em um mês de 5% sobre o peso habitual, embora às vezes possa ser complicado
avaliar este sintoma.
3.
SIMILARIDADE DE SINTOMAS
Os
sintomas do transtorno bipolar podem ser confundidos com sinais de outros
quadros e isto ocorre com uma certa frequência - não somente por parte dos
pacientes, mas até por parte de médicos.
3.1.
Perda de horas de sono
Especialistas
dizem que devemos passar, pelo menos, um terço do dia dormindo, mas
algumas pessoas nem chegam perto das oito horas de sono recomendadas,
ou sequer chegam à metade delas. São muitos os distúrbios como
ronco, apneia e sonambulismo. Segundo o neurologista Peter
Salem Júnior, membro da Sociedade Brasileira de Neurologia, os problemas relacionados
ao sono atingem milhões de pessoas em todo o mundo. “Só a
insônia afeta mais de 20 milhões de brasileiros”, diz o especialista,
lembrando que com a rotina cada vez mais intensa, as pessoas acabam
ficando mais estressadas. “É difícil relaxar até mesmo ao chegar em casa. Por
isso, é comum ouvir
que os remédios para dormir e calmantes
estão dominando as cabeceiras. Antes de se auto
medicar, é preciso procurar um médico. Poucos sabem,
mas os distúrbios do sono têm tratamentos e as
técnicas utilizadas têm efeitos satisfatórios”, aconselha Salem,
destacando que é muito comum a insônia estar associada à depressão,
que ela pode afetar até 40% da população e as mulheres
são mais sensíveis a esse problema. Peter Salem explica que geralmente a
insônia pode estar ligada a diversas causas como fator genético, um fato
precipitante, (como uma demissão) ou atividades inadequadas antes de dormir que
promovam uma insônia crônica. Ele lembra também que dormir mal também pode
engordar e que algumas pessoas com problemas de
saúde têm medo de dormir. Segundo o neurologista, é muito
frequente a insônia ser consequência de um transtorno de
ansiedade e o transtorno bipolar, que atinge 8% da população,
pode ser desencadeado pela falta de sono. A pessoa fica
irritada, eufórica ou deprimida. “A privação de sono desestabiliza o humor
da pessoa”, alerta. Pessoas que viajam muito e sofrem
com o fuso horário, podem desencadear insônia e a
necessidade de sono varia de acordo com a idade. “Um bebê recém-nascido
precisa de 16 horas de sono, e a necessidade vai caindo até seis
horas na terceira idade”, explica, complementando: “o sono é vital para a
saúde do cérebro e do corpo. Arritmias cardíacas podem
provocar a
fragmentação do sono e a privação crônica de sono pode
causar hipertensão arterial e até a
morte. O cérebro controla todas as funções do corpo.
Várias substâncias tóxicas ou inúteis que se acumulam
no cérebro são eliminadas durante o
sono. O sono tem uma atividade específica de reparação de
todo o trabalho feito durante o dia”, adverte Salem.
3.2.
Episódio depressivo
As
fases de depressão dentro do transtorno bipolar também são consideradas um
subtipo de depressão. Existe a depressão bipolar tipo 1, que é intercalada com
episódios de mania, e a tipo 2, na qual os episódios fora da depressão tem uma
euforia um pouco menos intensa. Os sintomas apresentados na fase de depressão
são os mesmos de um episódio depressivo: humor deprimido, falta de energia,
falta de iniciativa e vontade, falta de prazer, alteração do sono, alteração do
apetite, lentidão do pensamento, lentidão motora. Já nas fases de euforia, o
paciente pode apresentar sintomas como: agitação, ocupação com diversas
atividades, obsessão com determinados assuntos, aumento de impulsividade,
aumento de energia, desatenção e hiperatividade. A pessoa com esse quadro
geralmente acha que está bem e saudável.
3.3.
Doença não é desvio de caráter
Como lidar com uma pessoa bipolar? É importante que não exista
qualquer discriminação ou rótulo do tipo: "você é doente", "você
é um bipolar", "não dá para confiar, pois nunca sabemos quando vai
adoecer" e outras observações negativas neste sentido. Os cuidados básicos
são conduzi-lo a uma vida normal, sendo suporte nos períodos de crise ou de
surto e ajudando na reinserção social logo que a crise seja controlada. Estarem
atentos aos possíveis "gatilhos" desencadeadores de crises e, através
de um diálogo construtivo, fazer com que o próprio paciente enxergue isto sem
qualquer vergonha. Acompanhá-lo e incentivá-lo a um tratamento seguro e eficaz.
A família deve se lembrar de pedir apoio também ao profissional que cuida de
seu familiar, que poderá orientá-los melhor com todas as dúvidas ou incertezas.
Além disso, a ciência tem evoluído bastante e contamos com novos agentes
terapêuticos que já conseguem dar um nível e qualidade de vida muito bom aos
portadores do transtorno bipolar que efetivamente se tratam e tem a compreensão
e o apoio familiar.
Complicações possíveis: Se não for tratado, transtorno bipolar pode levar a complicações
graves, como:
·
Dependência
física, química e psíquica de substâncias como álcool, cigarro e drogas;
·
Problemas
legais e com a justiça;
·
Problemas
financeiros;
·
Problemas e tensões
em relacionamentos e outras relações pessoais;
·
Isolamento e
solidão;
·
Problemas
profissionais e fraco desempenho no trabalho, na escola e nos estudos em geral;
·
Suicídio.
Transtorno bipolar tem cura? Os medicamentos estabilizadores
de humor podem ajudar a controlar os sintomas do transtorno bipolar.
Entretanto, os pacientes geralmente precisam de ajuda e apoio para tomar os
medicamentos corretamente e garantir que os episódios de mania e depressão
sejam tratados o mais rápido possível. Algumas pessoas param de tomar o
medicamento assim que se sentem melhores ou porque a mania traz uma sensação
boa. Parar de tomar o medicamento pode causar problemas sérios. O suicídio é um
risco real durante a mania e a depressão. Pessoas com transtorno bipolar que
pensam ou falam sobre suicídio precisam de atendimento médico de emergência.
CONCLUSÃO
O texto bíblico em Lc 10,25-37 diz que um homem
descia de Jerusalém a Jericó e caiu na mão de ladrões, e ele pode nos dar um
norte de como a igreja pode ajudar quem sofre com esse transtorno a partir
desta passagem; vejamos alguns passos que podemos tomar com um paciente de
quadro transtorno bipolar:
1. Conhecer a pessoa e te compaixão;
2. Comprometer-se;
3. Compadecer-se;
4. Aproximar-se;
5. Assumir uma postura de ajuda;
6. Amar e servir. Devemos ser dedicados até a
completa restauração.
“Um ao outro ajudou, e ao seu irmão disse: Esforça-te.” (Isaías 41:6
ARF).
BIBLIOGRAFIA:
Revista Betel,
Ano 29 –nº 110 – 1º Trimestre de 2019, Enfermidades da Alma II.
https://www.adeb.pt/publications/category/guias
- Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Pr. Éder Santos – Ministério Madureira, Professor da EBD na Sede da
ADTAG- Assembléia de Deus em Taguatinga – DF, Teólogo pela FTBB, com
especialização em Hermeneutica.
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