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Vencendo o desespero e o medo - Comentários Adicionais (Ev. Ancelmo)


VENCENDO O DESESPERO E O MEDO
(Lição 05 – 3 de fevereiro de 2019)

TEXTO ÁUREO
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27).

VERDADE APLICADA
Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos a vivenciar várias situações difíceis, porém sempre poderemos contar com o socorro de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
MOSTRAR qual é a origem do pânico;
ENSINAR o que ocasiona a Síndrome do Pânico;
REVELAR como a Síndrome do Pânico deve ser tratada.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Sl 46.1 – Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia.
Sl 46.2 – Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares;
Sl 46.10 – Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra.
Pv 1.33 – Mas o que me der ouvidos habitará seguramente e estará descansado no temor do mal.
Is 34.4 – Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos, não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus; ele virá, e vos salvará.

INTRODUÇÃO
Nessa lição vamos estudar mais um dos problemas que aflige o ser humano, trata-se da Síndrome do Pânico que têm tirado a paz interior e o sossego de muitas pessoas.  Síndrome do pânico é um termo usado para descrever ataques de pânicos repentinos, aterrorizantes e extremamente violentos que acometem pessoas aparentemente normais, geralmente sem qualquer aviso e quando menos se espera.

1. ORIGEM DO PÂNICO
Segundo a mitologia, a palavra "pânico" vem do grego "panikon", que significa "susto" ou "pavor repetitivo". Na mitologia grega, o deus Pã, que possuía chifres e pés de bode, era o senhor dos sustos e provocava bastante medo nos pastores e camponeses que o viam. Quem sofre do Transtorno de Pânico sofre crises de medo agudo de modo recorrente e inesperado. Além disso, as crises são seguidas de preocupação persistente com a possibilidade de ter novos ataques que a dificulta a rotina do dia a dia, seja por medo de perder o controle, enlouquecer ou ter um ataque no coração. Vemos em João 14.27 que Jesus nos deu a paz, mas temos de apropriar-se dela, e não permitir que o nosso coração seja perturbado ou com medo exagerado. Quem sofre desse mal deve confiar e buscar a paz de Deus e recusar-se a viver sem ela.

1.1. O que é a Síndrome do Pânico?
A Síndrome do Pânico é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais de perigo iminente. O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. O medo pode se transformar em uma doença (a fobia) quando passa a comprometer as relações sociais e a causar sofrimento psicológico.

1.2. Sintomas perigosos
Os sintomas são perigosos, pois ataques de pânico geralmente acontecem de repente e sem aviso prévio, em qualquer período do dia e também em qualquer situação, ás vezes a pessoa pode está dirigindo, fazendo compras no shopping, em meio a uma reunião de trabalho ou até mesmo dormindo. As crises de pânico geralmente duram cerca de 10 a 20 minutos, mas pode variar dependendo da pessoa e da intensidade do ataque. Além disso, alguns sintomas podem continuar por uma hora ou mais. É bom ficar atento, pois muitas vezes um ataque de pânico pode ser confundido com um ataque cardíaco. As crises de pânico geralmente manifestam os seguintes sintomas: Sensação de perigo iminente, Medo de perder o controle, Medo da morte ou de uma tragédia iminente, Sentimentos de indiferença, Sensação de estar fora da realidade, Dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto, Palpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia, Sudorese, Tremores, Calafrios e outros. Uma complicação frequente é o medo do medo, ou seja, o medo de ter outro ataque de pânico. Esse medo pode ser tão grande que a pessoa, muitas vezes, tem medo da morte ou de uma tragédia iminente, assim, ela evitará situações em que essas crises poderão ocorrer novamente. Os ataques de pânico podem alterar o comportamento em casa, na escola ou no trabalho. As pessoas portadoras da síndrome muitas vezes se preocupam com os efeitos de suas crises e possa, até mesmo, despertar problemas mais graves, como alcoolismo, depressão e abuso de drogas. Não há como prever as crises de pânico. Pelo menos nos estágios iniciais do transtorno, parece não haver nada específico capaz de desencadear o ataque. Mas há indícios de que lembrar-se de ataques de pânico anteriores possam contribuir e levar a uma nova crise.

1.3. Um mal que atinge a alma
A síndrome do pânico geralmente deixa a pessoa desorientada sem noção de quando ocorrerá à próxima crise, e ainda qual será a sua duração, leve ou demorada e se vai acontecer uma crise de complicação grave. Destarte, a pessoa vive o medo do medo, ou seja, o medo ter outro ataque de pânico. Esse medo atinge profundamente a alma da pessoa, com isso, ela fará de tudo para evitar situações em que essas crises poderão ocorrer novamente. Certa vez os discípulos entraram em pânico porque a tempestade ameaçava destruir a todos, enquanto Jesus parecia despreocupado e indiferente. A tempestade que enfrentaram era manifesta no mundo físico, mas também existem outras. Pense nas “tempestades” em sua vida nas situações que lhe trouxeram grande ansiedade. Quaisquer que sejam suas dificuldades, você tem duas opções: pode afligir-se e supor que Jesus não se importa mais com a sua vida. Ou pode resistir ao medo e confiar nEle. Quando sentir que está entrando em pânico, confesse que precisa de Deus e confie que Ele cuidará de você.

2. O QUE LEVA A SÍNDROME DE PÂNICO?
As causas exatas da síndrome do pânico são desconhecidas, embora a ciência acredite que um conjunto de fatores possa desencadear o desenvolvimento deste transtorno, vejamos no tópico seguinte quais são as possíveis causas.

2.1. Possíveis causas
Embora não se tenha uma resposta conclusiva sobre o que leva uma pessoa a ter a síndrome do pânico, os especialistas acreditam que esses transtornos estão relacionados a questões Genéticas e possíveis traumas ocorridos na infância. Fatores como: Temperamento forte e suscetível ao estresse, Mudanças na forma como o cérebro funciona e reage a determinadas situações. Alguns estudos indicam que a resposta natural do corpo a situações de perigo esteja diretamente envolvida nas crises de pânico. Apesar disso, ainda não está claro por que esses ataques acontecem em situações nas quais não há qualquer evidência de perigo iminente.

2.2. Doenças não é sinônimo de pecado
Segundo as Escrituras Sagradas sabemos que uma das consequências do pecado é a morte (Rm 6.23). O corpo se degrada gradualmente, até cessar a vida. A maldição que caiu sobre o mundo, por causa do pecado, significa que nessa vida enfrentamos dor e sofrimento. Assim, a doença faz parte da vida. Todavia, isso não significa que toda doença é por algum pecado, ou sinal de falta de fé. Uma doença pode ter várias origens: Física - a degradação do corpo ou o contato com algo nocivo para a saúde, Mental - nossos pensamentos podem afetar o funcionamento de nosso cérebro, Espiritual - pecados ou ataques de demônios. Em alguns casos, uma doença pode ser o resultado de vários fatores. Por exemplo, uma pessoa com uma doença crônica de ansiedade pode desenvolver a síndrome do pânico, pois este mal está associado com a ansiedade, ela pode perder a esperança de melhorar. Essa pessoa vai precisar de ajuda psicológica, para tratamento e encontrar esperança, mas também de ajuda médica para melhorar sua condição física.

2.3. O perigo da falta de tratamento
É muito importante que a pessoa procure ajude médica o mais rápido possível. Porém, nessa hora a pessoa enferma provavelmente precisará de ajuda para buscar tratamento, já que ela tende a se retrair deixando suas atividades normais. A família, bem como os irmãos da igreja local deve prestar ajuda necessária, a fim de buscar socorro médico o quanto antes. Os ataques são difíceis de controlar por conta própria e podem piorar se não houver acompanhamento médico e tratamento adequados. A ajuda médica é indispensável. Não precisa ter medo ou vergonha de procurar auxílio de um profissional. O trabalho de um especialista é importante para encontrar meios seguros para tratar a síndrome do pânico. Nosso maior anseio deve ser a presença de Deus e a busca de seu Reino (Sl 42.1; 130.6). Não se preocupe com as demais coisas! Descanse no Senhor! Coloque um fim a toda ansiedade que procura tirar sua paz e prejudicar sua comunhão com Deus (Sl 37.7). Saia imediatamente do labirinto da escuridão e do medo! Liberte-se das correntes que o prendem a esse mal! Permaneça em Cristo pela fé (Sl 55.22; 1 Pe 5.7) e aceite o amoroso convite de Jesus (Mt 11.28-30).

3. TRATANDO A SÍNDROME DO PÂNICO
O principal objetivo do tratamento da síndrome do pânico é reduzir o número de crises, assim como sua intensidade e recuperação mais rápida. As duas principais formas de tratamento para esse transtorno são por meio de psicoterapia e medicamentos. Ambos têm se mostrado bastante eficientes. Dependendo da gravidade, preferência e do histórico do paciente, o médico poderá optar por um deles ou até mesmo por ambos, já que a combinação dos dois tipos de tratamento tem se mostrado ainda mais eficaz do que um ou outro operando isoladamente.

3.1. A avaliação médica é necessária
O médico é o profissional responsável para avaliar cada caso e dizer qual vai ser a forma do devido tratamento. Pessoas com esses problemas, assim como outras adversidades, além de procurar ajuda de um profissional da área, não podem esquecer-se de confiar firmemente na provisão divina. (Sl 46.1) ”Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia”. Deus nos socorre nas angústias e tribulações (Sl 107.28-30; 2 Co 1.3,4). Ele é poderoso “para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos” (Ef 3.20 - ARA). Creia que o Senhor “é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6), e “não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho de caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis” (Hb 6.10).

3.2. A terapia é indispensável
A psicoterapia é geralmente a primeira opção para o tratamento de síndrome do pânico. Existem diversas formas de psicoterapia, sendo a mais estudada e que comprovadamente tem efeitos benéficos nesse transtorno à chamada de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Ela poderá ajudar o paciente a entender os ataques de pânico, a como lidar com eles no momento em que acontecerem e como ter uma vida cotidiana normal sem medo de ter um novo ataque. Agora, o tratamento à base de medicamentos inclui antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, como por exemplo, a Paroxetina ou citalopran. Benzodiazepinas também podem ser prescritos pelos médicos. Os sintomas devem reduzir progressivamente em algumas semanas. Se não melhorarem, converse com seu médico. Não suspenda a medicação sem antes consultar seu médico. O Senhor jamais se esquece dos seus filhos (Is 49.15). Seus olhos e ouvidos não estão cerrados à nossa oração (Is 59.1; 65.24).

3.3. A necessidade de uma conduta ideal
Para que haja progresso no tratamento da Síndrome de Pânico é necessária atenção e cuidado durante todo o tratamento. Se possível, a pessoa deve reavaliar sua conduta e adquirir hábitos saudáveis no cotidiano. Uma alimentação sadia é muito importante para a recuperação, bem como para prevenir outras complicações. Atividade física é recomendada pelos profissionais da saúde para todas as pessoas, imagine então para quem está sofrendo dessas enfermidades que afligem a saúde tanto física como espiritual, logicamente toda atividade física deve ser acompanhada pelo um profissional capacitado. Tudo isso ajudará a melhorar de forma significativa a saúde da pessoa. E também não poderia deixar de mencionar a ajuda de Deus que nos ama de forma incondicional. O amor tem sido considerado o mais forte de todos os elementos terapêuticos, mas em nenhuma outra situação essa verdade é tão evidente quanto na redução do medo que leva à Síndrome do Pânico, A Bíblia afirma que “o perfeito amor lança fora o medo”. (1 Jo 4.18).

CONCLUSÃO
A paz concedida por Cristo é uma virtude que afasta qualquer Medo ou Síndrome do Pânico, anula a ansiedade e traz ao coração perturbado a serenidade necessária para tomarmos nossas decisões segundo o propósito de Deus para as nossas vidas. Em todas as situações da vida, inclusive nas incertezas e adversidades, essa paz divina nos proporciona descanso permanente, ela é a nossa segurança para atravessarmos o vale, sabendo que o Senhor sempre fará o melhor a nosso respeito (Sl 23.4; Jo 14.27; 16.33; 20.19,21,26).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.

COLLINS, Gary R. Aconselhamento cristão: edição século 21. São Paulo: Vida Nova, 2004.

MAIA, Israel. Enfermidades da alma vol. II.  Rio de Janeiro: Editora Betel, 2018.

Revista do professor: Jovens e Adultos. Enfermidades da alma vol. II. Rio de Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2019. Ano 29 n° 110. Lição 5 – Vencendo o desespero e o medo.

Revista do professor: Jovens e Adultos. Enfermidades da alma. Rio de Janeiro: Editora Betel – 2º Trimestre de 2014. Ano 24 n° 91.

Identificando os distúrbios emocionais e confrontando-os com soluções divinas e bíblicas.


COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Ev. Ancelmo Barros de Carvalho. Servo do Senhor Jesus.

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