ENFRENTANDO E VENCENDO AS ADVERSIDADES
(Lição 01 – 6 de Janeiro de 2019)
TEXTO
ÁUREO
“Amados,
desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai
a tua alma.” (3Jo 2)
VERDADE
APLICADA
Permanecendo
em Cristo, mesmo no presente século, é possível enfrentar e vencer as muitas
aflições e adversidades.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
► APRESENTAR o que está levando
as pessoas a sofrerem tanto;
► MOSTRAR que nem tudo é de origem
espiritual;
► ENSINAR o que fazer para identificar
o que está atormentando o indivíduo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Sl 13.1 – Até quando te esquecerás de mim, Senhor? Para
sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?
Sl 13.2 – Até quando consultarei com a minha alma, tendo
tristeza no meu coração cada dia? Até quando se exaltará sobre mim o meu
inimigo?
Sl 13.3 – Atenta em mim, ouve-me, ó Senhor, meu Deus;
alumia os meus olhos para que eu não adormeça na morte;
Sl 13.4 - Para que o meu inimigo não diga: Prevaleci
contra ele; e os meus adversários não se alegrem, vindo eu a vacilar.
Sl 13.5 - Mas eu confio na tua benignidade; na tua
salvação, meu coração se alegrará.
INTRODUÇÃO
Neste primeiro trimestre teremos a
oportunidade de estudarmos um assunto de suma importância para todos, trata-se
das “Enfermidades da Alma". Esse tema já foi estudado no segundo trimestre
de 2014, onde foram esclarecidas diversas enfermidades pertinentes ao dia a dia
da igreja. No entanto, devido a sua importância, o autor da revista pastor
Israel Maia aborda nesta revista outras enfermidades para o conhecimento dos
leitores. As lições apresentadas serão de grande valia para conhecermos,
lidarmos e ajudarmos uns aos outros no enfrentamento dessas adversidades que estão
inseridas em nosso meio.
1.
UMA QUESTÃO PRESENTE
A tecnologia e os avanços tecnológicos, apesar de trazerem ao
ser humano muitas facilidades para a resolução de seus problemas do cotidiano,
infelizmente tem gerado na sociedade algum tipo de
adversidades. Até mesmo nos lares e nas igrejas, esses problemas têm criado uma série de doenças e síndromes no
seio familiar. Por isso, a importância da discussão deste tema para o
esclarecimento e os devidos cuidados que a Igreja deve pensar e adotar no
tratamento dessas questões.
1.1.
Uma visão extraordinária
Devido à importância do tema. A Escola
Dominical é um lugar ideal para debater o assunto, pois poderá ser estudado com
mais clareza e o aluno tem a oportunidade de perguntar e tirar suas dúvidas,
bem como, interagir com a turma, onde no final todos aprendem. Sabemos que
essas enfermidades podem estar presentes na vida de qualquer pessoa e assim,
vindo a comprometer a comunhão com Deus, bem como da família a qual pertence.
Nós cristãos devemos ter conhecimento dessas enfermidades a fim de oferecer
algum suporte. O apóstolo Paulo, que era extremamente sensível às necessidades
das pessoas marcadas pela vida, escreveu que nós, que somos fortes, devemos
suportar as debilidades dos mais fracos e ajudá-los a levar suas cargas (Gl
6.2). Provavelmente, Paulo estava falando de pessoas que tinham dúvidas,
sentiam temores e viviam em pecado, mas sua preocupação compassiva englobava
quase todos os problemas que hoje podemos encontrar.
1.2.
Afetando relacionamentos
As pessoas geralmente que sofrem de enfermidades, principalmente
relacionados às enfermidades da alma, tendem ao isolamento afetando a comunhão
com a igreja e o relacionamento até mesmo com seus familiares. Esses traumas
podem ocorrer de diversos fatore que enfrentamos nos caminhos da vida, sejam
eles físicos, emocionais ou genéticos como citado pelo pastor Israel Maia. É de
suma importância que a igreja esteja atenta e tenham pessoas capacitadas a
prestar ajuda a quem está sofrendo desses males. Um gabinete de aconselhamento nas
igrejas com pessoas preparadas poderá contribuir nesses e em outras questões e estimular
o desenvolvimento sadio da personalidade; ajudar as pessoas a enfrentar melhor
as dificuldades da vida, os conflitos interiores e os bloqueios emocionais;
auxiliar os indivíduos, famílias e casais a resolver conflitos gerados por
tensões interpessoais. E assim, trazendo uma melhoria na qualidade de seus
relacionamentos.
1.3.
Conhecer para ajudar
É verdade que ter mais fé, orar mais e ler mais a Bíblia é
orientações comuns para solucionar os problemas de traumas, depressão e outras
enfermidades da alma. Mas é necessário ter conhecimento do problema para poder
ajudar. Dessa forma, a igreja está preparada para lidar com essas situações, ou
então quando não puder auxiliar, deve encaminhar a pessoa para um profissional
devidamente competente que fará um atendimento de qualidade.
2.
NEM TUDO É DE ORIGEM ESPIRITUAL
Por falta de maturidade e discernimento, ainda existe pessoas
que associam qualquer transtorno emocional com questões espirituais, o que nem
sempre é verdade. É preciso ter cuidado ao afirmar que alguém estar sofrendo
devido à ação de satanás. Não são todas as pessoas que estão possessas
precisando ser libertas. Algumas precisam de tratamentos terapêuticos e medicamentos,
conforme é sugerido em 1 Timóteo 5.23. “Não
bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e
das tuas frequentes enfermidades”. A ciência tem sido uma bênção divina,
e não uma inimiga do Evangelho (Mt 9.12). A boa ciência tem contribuído e muito
para a saúde integral dos homens há muito tempo.
2.1.
Tratando enfermidade como enfermidade
As enfermidades físicas não podem ser confundidas com problemas espirituais,
infelizmente muitos são os casos que têm causados constrangimentos nas pessoas,
talvez até por falta de sabedoria e maturidade de alguns que não tem a devida
capacidade para avaliar o caso, agravando mais ainda a situação. Nem todos os
irmãos que apresentam algum tipo de anormalidades estão de fato sofrendo influências
demoníacas, por isso, cada caso deve ser considerado com cuidado e muita
prudência. Uma forma importante para superação desses traumas é a assistência
do Espírito Santo “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa
fraqueza” (Rm 8.26) O Apóstolo Paulo salienta que o Espírito Santo atua na vida
do cristão. Ele assiste, ou seja, acompanha em conjunto, passo a passo todo o
processo de restauração de cada um. O Espírito Santo se torna companheiro,
trabalhando ao lado de quem sofre, participando de todo o processo de cura (At
15.28).
2.2.
Sintomas patológicos confundidos com possessão demoníaca
Existem patologias com sintomas muito parecidos com a de alguém
que está sofrendo de possessão demoníaca. Se a pessoa não tiver conhecimento,
maturidade e discernimento espiritual podem confundir entre um caso do outro.
Se a pessoa responsável não tem certeza do problema, ante de optar por um
ritual de exorcismo, também chamado de libertação, o ideal seria encaminhar
essa pessoa “doente” que apresenta tais sintomas a um médico especializado, até
porque na maioria das vezes trata-se de doenças psiquiátricas ou psicológicas. Os
problemas espirituais têm causas e soluções que, em sua maioria, estão descritas
nas Escrituras. Mesmo, que a Bíblia não se propôs a ser um manual de
diagnóstico psiquiátrico ou um livro texto de aconselhamento. Embora, em última
análise, todos os problemas sejam decorrentes da queda do homem, nem todos os
problemas do homem são espirituais. Alguns problemas, por exemplo, podem ser
causados por aprendizado errado, falta de informação, traumas de infância,
enfermidade física, percepções equivocadas ou outros fatores.
2.3.
O perigo da interpretação errada
Como citado no tópico anterior, como os
sintomas de algumas doenças patológicas são parecidas com as enfermidades da
alma, requer-se muita atenção e discernimento, a fim de evitar interpretação
errônea. Erros assim causa constrangimento e há relatos de pessoas afastadas da
igreja por motivos assim. Portanto, é preciso cautela no diagnóstico. Muitos problemas espirituais que
serão abordados nesta revista surgem e permanecem porque os crentes tentam
resolver suas dificuldades e crescer sozinhos. Mas sabemos que o Espírito Santo
pode dá entendimento para distinguir se a pessoa está com problemas espirituais
ou não. É importante salientar que o Espírito Santo fortalece e capacita à pessoa
vencer os problemas espirituais da vida. Precisamos entender esta verdade
fundamental.
3.
TEMPOS DIFÍCEIS E TRABALHOSOS
O Apóstolo Paulo considera esse tempo
como sendo dias trabalhosos e difíceis de serem vivenciados (2 Tm 3.1). Serão
dias marcados pela apostasia, não apenas no campo teológico ou doutrinário (1
Tm 4.1), mas, principalmente no campo da moralidade onde o modo de vida dos
homens é resultado de inversões de valores espirituais, morais e éticos,
inclusive, entre os que se dizem piedosos (2 Tm 3.5). Como autênticos cristãos,
precisamos estar alicerçados na Palavra de Deus para resistir às forças do mal
que estão vindos com força total sobre nós, sobre nossas famílias e contra o
Evangelho (1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1; 2 Pe 3.3-7).
3.1.
A relevância da prática devocional
As práticas devocionais são exercícios de sobrevivência e de
plenitude espiritual. No critério de Paulo, “o exercício corporal é bom, porém
o exercício espiritual é muito mais importante, e é um revigorante para tudo o
que você faz” (1 Tm 4.8, BV). As práticas devocionais abarcam todos os
exercícios que produzem, aperfeiçoam e sustentam a perfeita comunhão do pecador
salvo e redimido por Jesus Cristo com o próprio Deus. Elas acabam com a
distância que há entre Deus e o homem e levam o crente ao ponto máximo da
comunhão, tornando-o amigo de Deus (2 Cr 20.7; Jo 15.14, 15). Em Efésios 5.16, Paulo diz que “Os dias são maus”, por esse motivo precisamos encarar essa
realidade. Para poder superá-la deve ser levada em consideração a prática da
oração e leitura constante da Palavra de Deus. Observe os conselhos de Paulo em
fazer uso da a “armadura plena de Deus”.
Essa armadura deve ser revestida, da mesma forma como um soldado se prepara
para a batalha, ele equipa-se com as peças de proteção e de defesa de seu
equipamento.
3.2.
A importância do papel da família
Todo ser humano, ao longo da vida pode se
deparar com problemas de
diversas naturezas, sejam eles físicos ou de natureza espiritual. Nessa hora a
ajuda familiar é muito significativa para que a pessoa venha superar
e vencer essas adversidades. Existem problemas que se agravam e vão além do
transtorno que começa a se desenvolver em suas vidas, eles são uma barreira que
surge em seu caminho e os impede até mesmo de voltar com autoconfiança à vida
em sociedade. É justamente nessa hora que a família é de fundamental
importância, pois além dos cuidados essenciais, ela será o sustento para que
essas pessoas retornem com maior confiança e superem todas as barreiras e
possam viver da melhor forma possível. As relações familiares são tão
importantes aos olhos de Deus, que Paulo diz que uma pessoa que negligencia
suas responsabilidades familiares nega a fé, e é pior que o infiel (1Tm 5.8).
3.3.
A importância da comunhão na igreja
Segundo a Bíblia, todo cristão deve ter uma
solicitude prática e sacrificial com as necessidades dos seus semelhantes.
Tiago nos relembra repetidas vezes que nossa fé será morta se não se demonstrarmos
solicitude prática para com os outros (Tiago 2.14-20). Esta mesma ideia é
enfatizada noutras partes das Escrituras. Todos nós recebemos ordens no sentido
de alegrar-nos com os que se alegram, e de chorar em empatia apoiadora com
aqueles que choram (Rm 12.15). Também somos instruídos para edificar-nos
mutuamente, para admoestar uns aos outros, para encorajar os desanimados, para
ajudar os fracos, e para ter paciência com as pessoas entre as quais vivemos (1
Ts 5.11, 14). Todos os homens e mulheres espirituais têm a responsabilidade de
suavemente sarar ou restaurar aqueles que sofrem algum tipo de enfermidades
ou outros problemas. A igreja é um lugar de comunhão, apoio e amparo, deve ser
um ambiente acolhedor, portanto, devemos envolver-nos na tarefa de ajudar uns aos
outros. Sempre quando surge a oportunidade, devemos “fazer o bem a todos” e
especialmente aos que são crentes juntamente conosco (Gl 6.10).
CONCLUSÃO
O fato de sermos servos do
Senhor não significa que estamos livres de sofrimento de qualquer natureza, não
estamos imunes de nenhum tipo de enfermidades ou outras preocupações que tanto
tem afligidos a sociedade em geral. Em João 16.33, Jesus disse que no mundo
tereis aflições, assim, acontecimentos ruins podem acometer a qualquer cristão
e deixá-lo triste. Nessa lição aprendemos que as enfermidades espirituais da
alma estão levando muitos sofrimentos às pessoas, que também é importante saber
diferenciar que nem toda doença é de origem espiritual. Por isso, precisamos
identificar a causa do sofrimento para prestar a devida ajuda e quando não
puder ajudar diretamente, encaminhar a pessoa para um profissional competente. Todavia,
mesmo buscando ajuda
de profissionais no assunto, não podemos esquecer que o Espírito Santo é o
terapeuta espiritual e eficaz que nos auxilia, orientando naquilo que é preciso
fazer (Jo 14. 26).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista
e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.
COLLINS,
Gary R. Ajudando uns aos outros. São Paulo: Vida Nova, 2011.
COLLINS,
Gary R. Aconselhamento cristão: edição século 21. São Paulo: Vida Nova, 2004.
MAIA, Israel. Enfermidades da alma vol. II. Rio de Janeiro: Editora
Betel, 2018.
Revista do professor: Jovens e Adultos. Enfermidades da
alma vol. II. Rio de
Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2019. Ano 29 n°
110. Lição 1 – Enfrentando e vencendo as adversidades.
Revista do professor: Jovens e Adultos. Enfermidades da
alma. Rio de Janeiro:
Editora Betel – 2º Trimestre de 2014. Ano 24 n°
91. Identificando os distúrbios emocionais e confrontando-os com
soluções divinas e bíblicas.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Ev. Ancelmo Barros de Carvalho. Servo do Senhor Jesus.
3 comentários:
Boa tarde irmãos amados da 316 Samambaia.
Na presente lição, o autor fala que "todo conhecimento é dádiva"...
Bem, a psiquiatria não tem base científica igual a ramos da medicina.
Não há provas de disfunções de substâncias no organismo humano para uso de medicamentos para transtornos (que por definição é doença sem comprovação.
As Assembleias de Deus irão enfrentar um desafio, FATO:
Aconselhamento integracionista (psicologia com a Bíblia) e o Aconselhamento Bíblico (que não usa as bases da psicoterapia e medicamentos).
Entre achismos, acredito que deveríamos mostrar os dois lados, assim como correntes escatológicas, soteorologias (onde ha defesa e refutações).
Não somos "médicos " de alma para mandar cessar remédios porém deveríamos passar como igreja a parte bíblica do aconselhamento.
Sem bíblia não há uma real cura para alma.... o povo de Deus está se conformando com o mundo..
Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12:2 NVI
Tem lições aqui como a lição 3
que eu pensei que estava lendo um livro de piada....
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