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Atitudes coerentes com o pacto firmado - Comentários Adicionais (Pr. Altevi Oliveira)


ATITUDES COERENTES COM O PACTO FIRMADO
Lição 10 – 09 de dezembro de 2018

TEXTO ÁUREO
Firmemente aderiram a seus irmãos, os mais nobres dentre eles, e convieram num anátema e num juramento, que andariam na lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus, e que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Deu, e os juízos e os seus estatutos.” (Ne 10.29).

VERDADE APLICADA
O verdadeiro arrependimento é acompanhado pelo firme propósito de procurar viver de acordo com a Palavra de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Identificar a fidelidade de Deus no decorrer dos séculos;
Mostrar as responsabilidades do pacto;
Relembrar que, enquanto estivermos aqui, teremos o cuidado de Cristo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ne 10.1 – E os que selaram foram Neemias, o governador, filho de Hacalias, e Zedequias,
Ne 10.28 – E o resto do povo, os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, os netineus e todos os que se tinham separados dos povos da terra para a lei de Deus, suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os sábios e entendidos.
Ne 10.29 - Firmemente aderiram a seus irmãos, os mais nobres dentre eles, e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus, e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Deus, e os seus juízos e os seus estatutos.

INTRODUÇÃO
Amados de Deus é tempo, tempo de fazer um concerto com Deus, buscar um avivamento sem emocionalismos momentâneo, centrado nas palavras do salmista: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. Jurei, e o cumprirei, que guardarei os teus justos juízos.” (Sl 119.105 e 106). O concerto com Deus (todo dia é dia) significa conserto em nossas vidas e é o caminho para o genuíno avivamento. Que Deus nos abençoe na sua infinita misericórdia para andarmos segundo a Sua Palavra com muita convicção, pois o genuíno avivento vem com o firme propósito de vivermos de acordo com a Palavra de Deus.

1. A BASE DO PACTO
A reconstrução dos muros trouxe dignidade, proteção e paz para a cidade de Jerusalém. Mas o trabalho não parou por aí, pois o mais lindo foi que Neemias colaborou para o povo de Deus voltar-se a dar ouvidos as Escrituras Sagradas (Cap. 8), Ela foi a base de todo sucesso da empreitada. A Palavra de Deus produziu um grande avivamento espiritual! O povo fez um pacto (9.38) no sentido de priorizar as coisas de Deus: “Não negligenciaremos o templo de nosso Deus” (10.39). O povo se comprometeu com a construção das muralhas e agora está também comprometido com a edificação da Casa de Deus! O povo de Deus é povo do pacto, povo aliançado com Deus, povo comprometido com a Missão! Não podemos ser cristãos nominais, não podemos servir a Deus de qualquer maneira. Como Jesus, Neemias purificou o templo! Ele mostrou-se também muito zeloso quando a necessidade de santidade no ministério sacerdotal (13.26-30).

1.1. A Importância da Aplicação
Neemias liderou os israelitas a um grande respeito e amor pelo texto da Escritura. Neemias, por causa de seu amor por Deus e seu desejo de ver Deus honrado e glorificado, conduziu os israelitas à fé e obediência que o Senhor havia desejado para eles por tanto tempo. Da mesma forma, os Cristãos devem amar e respeitar as verdades da Escritura, memorizá-la, nela meditar de dia e de noite e dela depender para o cumprimento de todas as necessidades espirituais. Segundo Timóteo 3:16 nos diz: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” Se quisermos ter a mesma experiência do renascimento espiritual que os israelitas (Neemias 8:1-8), devemos começar aplicando o que ensina a Palavra de Deus em todos os momentos de nossa vida.

1.2. Compromisso com a obediência
Deus não nos chama só para receber sua vida através da fé, mas também para manter sua autoridade através da obediência. Ele aconselha-nos, aos que estamos na igreja, a obedecer às autoridades que ele estabeleceu – no lar, na escola, na sociedade e na igreja – como também a obedecer e priorizar à Sua autoridade direta. Não é necessário destacar especificamente a que pessoa seria preciso obedecer. Simplesmente significa que preciso obedecer. Simplesmente significa que quando nos encontramos com a autoridade de Deus, direta e indireta, devemos aprender a obedecer. A diferença está na obediência. Como está escrito: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.” (1Sm 15.22). Além disto, Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mt 7.21). Tiago, em sua epístola, alertou sobre esta confissão de fé vã, sem obediência, sem geração de fruto: Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o creem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?” (Tiago 2:19-20).

1.3. Uma liderança participativa
Neemias sabia liderar com sabedoria, firmeza, coragem, ânimo, determinação e planejamento. Certamente, valeu-se de toda a sua experiência adquirida ao longo dos anos em que serviu ao rei. O capítulo 3 revela detalhes de toda a bela organização de tarefas. Cada um ficou incumbido de uma tarefa específica. Havia muita cooperação como se pode observar através das inúmeras expressões do tipo “ao lado de” ou “ao seu lado” ou “junto a estes”. Eles trabalhavam em equipe e estavam também organizados em turnos, de modo que quando uma equipe terminava o seu turno, logo era substituída por uma outra que dava sequencia ao trabalho (3.16, 17, 21, 24). Grandes coisas acontecem quando não nos importamos com quem é que vai levar a fama! Tem muita gente que age como quem diz: “eu não vou colocar azeitonas na empada de ninguém”. Atitude mesquinha e deplorável. Neemias ia junto, ele fazia, acompanhava, encorajava a equipe e fazia seus liderados se sentirem importantes.

2. AS RESPONSABILIDADES DO PACTO
Neemias reconhecia que, para Deus abençoar a nação e confirmar a restauração de Israel, o povo deveria se voltar à adoração a quem de Direito e voltar a ter consciência de que deveriam viver totalmente, na dependência de Deus; sabia que isso só seria possível se o povo se comprometesse em somente adorar e bendizer ao Senhor dos Exércitos. O pacto, ainda que imperfeito, pois foi feito pelo povo, serve para tranquilizar Neemias e lhes dar a sensação de missão cumprida, ainda que parcialmente.

2.1. Uma vida em constante santificação
Temos de voltar ao exemplo de Jesus sendo tentado no deserto por Satanás em Mateus 4:1-11. Cada uma das tentações de Satanás foi recebida com a mesma resposta: "Está escrito", seguida pela Escritura. Se o Filho de Deus usou a Palavra de Deus para, com eficácia, dar um fim às tentações – o que sabemos que funciona porque depois de três tentativas fracassadas, "o Diabo o deixou" (v. 11) quanto mais nós precisamos usá-la para resistir às nossas próprias tentações? Todos os nossos esforços para resistir serão fracos e ineficazes a menos que sejam movidos pelo Espírito Santo através da leitura constante, do estudo e da meditação na Palavra. Desta forma, seremos "transformados pela renovação da vossa mente" (Romanos 12:2). Não há nenhuma outra arma contra a tentação exceto a "espada do Espírito, que é a Palavra de Deus" (Efésios 6:17). Colossenses 3:2 diz: "Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra." Se as nossas mentes estiverem cheias com os mais recentes programas de TV, música e todo o resto que a cultura tem para oferecer, seremos bombardeados com mensagens e imagens que inevitavelmente levam a paixões pecaminosas. No entanto, se nossas mentes estiverem cheias com a majestade e santidade de Deus, o amor e a compaixão de Cristo e o brilho de ambos refletido em Sua Palavra perfeita, veremos que o nosso interesse pelas concupiscências do mundo diminuem e desaparecem. No entanto, sem a influência da Palavra em nossas mentes, estamos abertos a qualquer coisa que Satanás atirar em nós.

2.2. Evitando o jugo desigual
A Palavra de Deus não proibindo toda associação com os incrédulos, o que seria impossível e exigiria, em suas palavras, “sair do mundo”. “Jugo desigual” lembra Deuteronômio 22.10, que proibia que um boi e um burro fossem colocados sob o mesmo jugo para lavrar a terra. Também pode ter o sentido de “desigualdade” e se referir à proibição em Levítico 19.19 contra o cruzamento de animais diferentes. Em ambos os casos, as leis da natureza no Antigo Testamento eram instituídas para ensinar o princípio da separação espiritual. Israel deveria evitar práticas e crenças que levariam o povo a adotar os modos corruptos de seus vizinhos pagãos. Consequentemente, o que Esdras parece ter em mente aqui é a formação de relacionamentos que favoreciam o casamento de uma pessoa crente com uma incrédula e levariam a alguma forma de transigência espiritual com o paganismo, particularmente a idolatria. Para se fazer entender, vejamos o exemplo que paulo registrou Paulo, em I Cor 5.9 e 10, faz cinco perguntas retóricas, que destacam como é radicalmente antinatural e incompatível para crentes e incrédulos formarem pares em um relacionamento íntimo. Cada uma das perguntas apresenta dois opostos, é visivelmente absurda e espera uma negação imediata. O apelo de Paulo é essencialmente um apelo pela santidade. Como o estado especial de Israel exigia a separação daquelas coisas que contaminam ou tornam uma pessoa maculada diante de Deus, assim deveriam proteger sua pureza moral e espiritual não se tornando unidos em um relacionamento com os incrédulos. O propósito desta separação não é ritual ou cerimonial, mas relacional – para preservar a intimidade de nossa relação com o Deus.

2.3. Dispostos a contribuir
Devido o fato da exploração religiosa no Brasil, de pessoas que fazem da Bíblia uma fonte de lucro (2Co 2.17; 2Pe 2.3), nós às vezes, caímos no erro de não falarmos de dízimos e ofertas em nossas igrejas. Parece que ficamos com medo de sermos confundidos com os que, de má fé, exploram os fiéis nos dízimos e ofertas. As contribuições serviam para o sustento dos levitas, manutenção do templo e o socorro aos necessitados em Israel; por isso deveria ser olhado prazerosamente como uma oportunidade que Deus concedia de participar de sua obra. Entregar o dízimo traria bênçãos divinas (Dt 14.28-29); retê-lo, traria maldição (Ml. 3.8-10). Mas sua administração sempre coube aos responsáveis pela obra de Deus (lideranças), não podemos administrá-lo ao nosso bel prazer, pois assim estaríamos contrariando a Palavra de Deus. Também é de grande responsabilidade para as lideranças o bem administrar de nossos dízimos e ofertas, pois tais administradores, são observados e serão julgados pelo Senhor (Mt 24.45-51), não é responsabilidade do dizimista ou ofertante efetuar seu próprio julgamento e nem administrar sua contribuição.

3. A IMPORTÂNCIA DE UM VIVER CONSCIENTE
Andar na presença do Senhor na terra dos viventes consiste em caminhar em gratidão e alegria, um passo de cada vez, todos os nossos dias. É preciso desmistificar certos conceitos, pois a vida no Senhor é uma vida simples e pura. Que hoje, o Senhor produza em nós o fruto do Espírito: “amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança.” Que Sua alegria seja nossa força. Que tenhamos um sorriso em nossos lábios e muita gratidão para Lhe render o devido louvor.

3.1. O arrependimento que humilha e o louvor que estimula
O verdadeiro arrependimento leva-nos a humildade que conduz ao amor e nos faz abandonar o egoísmo, não podemos confundir conversão com arrependimento. Muitas pessoas têm se convertido ao cristianismo, ou à fé evangélica, atendendo a uma filosofia de vida ou uma proposta de vida melhor, neste caso, a conversão é desprovida de arrependimento. Eles fazem isso sem entender o mistério e o poder da cruz. É possível que uma pessoa se converta a uma religião, sem uma mudança de opinião com respeito à natureza do pecado. Mas é impossível uma verdadeira conversão a Deus, sem o verdadeiro arrependimento. Arrependimento bíblico é uma conscientização muito clara de quem eu sou, e deixa muito clara a Santidade Deus em nossa consciência, para que isso ocorra é necessário que o pecador passe a amar a Palavra de Deus e se conscientizar que precisa ingressar no padrão de santidade exigidos por Deus em Cristo Jesus. A Palavra de Deus me leva a saber aonde eu estou e aonde preciso estar para atender os critérios divinos. O arrependimento bíblico tem que ser feito com muita consciência, não é fruto da emoção, nem o resultado da análise de uma decisão tomada antes. Jesus disse: “Qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo”. (Lc 14:33). Isso só pode e deve ser feito de uma forma muito consciente, um arrependimento consciente gera um perdão completo que aflora em profunda alegria e amor.

3.2. Vida cristã não é conto de fadas
A promessa de que aceitar a Cristo é a certeza de uma vida a beira mar em baixo da sobra e água de coco não é verdadeira, nenhum ser humano está isento de tribulação, Jesus deixou claro que “no mundo tereis aflições”(J o 16.33) logo fica claro que todos nós passamos e continuaremos a passar por tribulações em nossa vida. Há momentos em que parece não haver saída, pois para onde quer que olhemos as portas estão fechadas e não encontramos uma solução que venha nos devolver a paz e nos dar livramento. Nesses momentos, muitos que se dizem crentes se afastam de Deus, pois sua fraqueza de fé não lhes permite vislumbrar o que Deus pode fazer em seu favor. O povo de Israel, no entanto, nos dá o exemplo a ser seguido: em meio aos maiores sofrimentos, Deus deve ser o nosso refúgio e fortaleza, como cantava o salmista. Estar perto de Deus quando tudo está caminhando maravilhosamente bem é algo fácil. Quando, porém, o mar da vida se transtorna e nos encontramos em meio a uma violenta tempestade, e nossa atitude com relação a Deus vai fazer toda a diferença, pois se deixarmos que as circunstâncias abalem nossa fé e nos levem pra longe de Deus, certamente naufragaremos. Deus não tem obrigação de te livrar da tribulação, mas Ele, com certeza, estará bem pertinho para cuidar de você em todo tempo.

3.3. Cultivando atitudes edificantes
Jesus, muitas vezes, nos advertiu sobre os falsos ensinamentos, tais ensinamentos podem atrapalhar o servo de Deus, que não tem conhecimento para discernir e combater o falso ensinamentos, por isso devemos buscar sempre o enxame da Palavra de Deus, avivamento de verdade produz conversões, e, geralmente, estas ocorrem em massa, mas são conversões reais, reveladas em vidas radicalmente transformadas pelo poder de Deus e pela Sua Palavra. Ateus, blasfemadores, religiosos formais e inconversos, enfim, em toda classe de pecadores, almas são colhidas e o reino de Deus é ampliado de verdade. Não ocorre apenas uma mudança de pasto ou redil, onde ovelhas de uma comunidade migram para outras e apenas isso. Avivamento não e apenas arrumação de gente, mas acréscimo verdadeiro ao reino através de novas almas convertidas. Avivamento sem mudança de vida não é avivamento, é só agitação humana ou engano demoníaco. E, para que aconteça de forma genuína, esse avimento deve ter, como base, a coluna da verdade que é a Palavra de Deus.

CONCLUSÃO
A Igreja do Senhor deve se posicionar e colocar em xeque qualquer tipo de ensinamento fora do que está registrado no pacto firmado por Deus para com o homem e que ficaram registrados em sua Santa Palavra, nossos líderes devem objetivar sempre a proteção dos fiéis. O verdadeiro líder cristão, não pode abrir mão da Doutrina estipulada pelo próprio Deus registrado em sua Palavra, o líder deve ser coerente ao defender a Verdade Divina e assim, buscar a proteção de seus liderados de qualquer falso ensinamento. Assim, o ensino da Palavra da Verdade, jamais deve ser negligenciado pela igreja do Senhor.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
Revista de escola bíblica dominical, revista do professor: Jovens e Adultos. NEEMIAS, Enfrentando os desafios com oração, ação e perseverança. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2018. Ano 28 n° 109. Lição 10 – NEEMIAS: ENFRENTANDO OS DESAFIOS COM ORAÇÃO, AÇÃO E PERSEVERANÇA.

Bíblia de Estudo Pentecostal, Revista e Corrigida, Traduzida em Português por João Ferreira de Almeida com referências e algumas variantes. Edição 1995.

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COMENTARISTA ADICIONAL:
PR. ALTEVI OLIVEIRA DA COSTA - Servo do Senhor Jesus Cristo, Bacharel em administração de empresas públicas e privadas, Bacharel em Teologia pela FATAD, pós-graduado em administração de cooperativas pela UNB, MBA em cooperativismo de crédito no Canadá, Estados Unidos e Espanha.

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