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Moisés, um líder excelente - Comentários Adicionais (Pb Ancelmo)


MOISÉS, UM LÍDER EXCELENTE
Lição 03 – 15 de Julho de 2018

TEXTO ÁUREO
“E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera cara a cara.” (Dt 34.10).

VERDADE APLICADA
O diferencial na vida de um líder está em sua submissão á vontade de Deus e desejo de ter comunhão com Ele.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
MOSTRAR o cuidado de Deus para com Moisés desde o seu nascimento;
APRESENTAR o comissionamento de Deus para Moisés;
EXTRAIR lições para efetuar uma liderança debaixo da vontade de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Êx 3.1 – E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe.
Êx 3.2 – E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
Êx 3.3 – E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima.
Êx 3.4 – E, vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui.

INTRODUÇÃO
Depois de um período de tanto sofrimento do povo de Deus no Egito, a Bíblia diz que eles clamaram a Deus pedindo por socorro. Êxodo 2.24,25 diz que “Deus ouviu o seu gemido e lembrou-se Deus do seu concerto com Abraão, Isaque e Jacó. E atentou Deus para os filhos de Israel e conheceu-os Deus”. Aqui começa a chamada de Deus a Moisés para libertar seu povo da escravidão no Egito. Desde seu nascimento, Deus estava preparando Moisés para essa importante missão. Pela providência divina Moisés foi tirado das águas, na infância foi criado por sua mãe para filha de Faraó. No Palácio, no livro de Atos 7.22, declara que Moisés foi instruído em toda ciência dos egípcios; e era poderoso em palavras e obras Atos. Mesmo diante de todo conhecimento, ainda faltava outro nível de conhecimento e assim, devido um crime, Moisés fugiu para o deserto onde como pastor aprendeu sobre o costume do povo que viria a conduzir. Deus queria prepará-lo para libertar Israel da escravidão egípcia.

1. O NASCIMENTO DE MOISÉS
Na época do nascimento de Moisés, Faraó havia ordenado que lançassem todos os meninos no rio Nilo (Gn 1.22). Mas quando Deus tem um plano na vida de quem é escolhido ninguém poderá impedir o agir de Deus. Assim, foi com Moisés. Deus havia escolhido para uma grande missão e nada pode frustrar os planos de Deus. “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá”? (Is 43.13). Deus tem o controle de tudo em suas mãos e no percurso da história faz com que os homens e circunstâncias cumpram o seu desígnio. O destino de Moisés exigia uma longa série de vitórias, muitas delas impossíveis, segundo a mente humana. “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).

1.1. A educação de Moisés
Moisés foi adotado pela princesa, o que permitiu ter duas mães: sua mãe natural, Joquedebe que foi quem o criou, e sua mãe adotiva, a princesa egípcia, que o adotou oficialmente como seu próprio filho. É lindo quando uma criança tem duas mães, pois há tantas crianças que não têm ao menos uma. O trecho de Atos 7.22 conta que Moisés foi educado nas escolas do Egito, tendo absorvido toda a sabedoria dos egípcios. Filo nos dá uma informação similar. Moisés recebeu uma educação de primeira classe como parte de sua preparação para a missão que lhe competiria realizar. Afinal, depois de quarenta anos, Moisés rejeitou a sua herança egípcia, porquanto, em sua vida, já havia ultrapassado aquele estágio preparatório (Hb 11.24,25). Mas durante os primeiros quarenta anos, tal educação lhe era necessária, tendo-lhe sido útil para o resto de seus dias, embora ele não quisesse viver como egípcio.

1.2. A fuga de Moisés
Moisés, ainda que educado no Egito, não se deixou absorver por essa cultura. Desde bem cedo, Moisés mostrou ser homem dotado de visão, espírito de sacrifício e determinação. Só um homem assim poderia livrar os israelitas do exílio no Egito. Ele observou a pesada servidão deles, e teve compaixão de seu povo. E, ao defender um compatriota hebreu, matou o egípcio agressor. Por essa atitude impensada teve que fugir do Egito. Foi um ato lamentável, que não pode ser justificado. No entanto, apesar de sua ação precipitada, o propósito de Deus prosseguiu em sua vida. Os caminhos de Deus estão acima dos nossos, e os vasos especiais, apesar de acidentes de percurso, finalmente triunfam. Nós havíamos de pensar que a educação de Moisés estava terminada tão logo que se tornou mestre de toda a sabedoria do Egito. Todavia, ninguém é verdadeiramente educado se­não aquele a quem Deus educa. Foi em tempos sombrios que Deus qualificou Moisés para ser um grande líder, é preciso saber esperar o tempo de Deus e submeter-se a Sua vontade.

1.3. A família e a profissão de Moisés
A fim de escapar do castigo por ter matado o egípcio, Moisés fugiu para Midiã e tornou-se um alheio em terra estranha, separado de sua casa e família. Somente muitos anos após este imprevisto, Moisés ficou pronto para servir a Deus. Os midianitas eram descendentes de Abraão por meio de sua segunda esposa Quetura. Eles moravam no deserto, de modo, que, nesses anos de vida nômade, Moisés conheceu sua esposa Zípora, foi preparado por Deus através de um bom treinamento que durou quarenta anos cuidando das ovelhas de seu sogro. Ao viver como pastor e peregrino. Moisés aprendeu sobre o costume do povo que viria a conduzir e sobre a vida no deserto. Talvez Moisés não desejasse esta lição, mas Deus estava capacitando Moisés para cuidar de Seu povo durante a futura peregrinação rumo à terra prometida.

2. O COMISSIONAMENTO DE MOISÉS
Muito tempo havia passado e tudo parecia normal na vida de Moisés, mas eis que chega o momento mais impactante em sua vida. Por meio de uma inesperada fonte: uma sarça ardente. Deus atrai a atenção de Moisés. Ao vê-la. Moisés foi averiguar o que era aquela visão, porque a sarça não se queimava (Êx 3.3). Deus também pode usar meios imprevistos para falar conosco, sejam pessoas, pensamentos ou experiências. Portanto, precisamos estar atento e disposto a investigar as surpresas de Deus.

2.1. Deus chama Moisés
Deus tinha propósito na vida de Moisés, agora, Moisés era enviado de volta ao Egito, não como um filho exilado da filha do Faraó, mas como um representante dos hebreus. Era chegada à plenitude do tempo para a libertação dos filhos de Israel. Apesar das desculpas apresentadas por Moisés se sentindo incapaz para a missão, Deus haveria de valer-se da audácia e da autoridade natural de Moisés, paralelamente a seu profundo senso de justiça, adicionaria a isso o Seu próprio poder, e faria dele um Libertador. Moisés não era apenas Moisés; ele era o Moisés em quem Deus estava cumprindo o Seu propósito. Esse é um segredo universal de homens verdadeiramente grandes. Eles são capacitados mediante a presença e o poder divino. O projeto era de Deus, e não de Moisés. Moisés seria apenas um instrumento. É evidente que suas habilidades naturais e seu conhecimento seriam usados no plano de Deus.

2.2. Deus envia Moisés
"Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito" (Êx 3.10). Nestas palavras havia verdadeira autoridade. Existe uma grande diferença em ser enviado de Deus e agir sem ser enviado. Ora, é evidente que Moisés não estava apto para o serviço quando ao princípio se dispôs a atuar (Êx 2.11-14). Se nada menos que quarenta anos de disciplina secreta eram precisos, como poderia ter feito a sua obra de outra maneira. Moisés precisava ser ensinado por Deus e enviado por Ele; e o mesmo deve ser com todos aqueles que tomam a carreira de serviço e testemunho por Cristo. Precisamos ter essa lição gravada em nosso coração, de modo que todas as nossas atitudes devem estar sob a autoridade e aprovação de Deus.

2.3. Consciência de sua missão
Deus se revelou a Moisés de maneira pessoal e com propósito específico a fim de libertar e guiar esta nova nação e provar a sua confiabilidade de Sua mensagem verbal. A chamada divina torna-se eficaz quando o Espírito de Deus os torna particulares, chamando-nos pelo nosso nome. O fogo na sarça simbolizava a presença e santidade purificadora de Deus (Gn 15.17; Dt 4.24), e a sarça representava a Israel em sua baixa condição. Como a sarça ardia sem consumir-se, assim Israel não foi consumido no forno da aflição. Moisés foi preparado por Deus para ser o homem que tiraria os hebreus da escravidão egípcia? Mas esse preparo não foi no espaço de um dia, mas ao longo do tempo; não através de um acontecimento, mas com um processo. Tudo acontece no tempo determinado (Ec 3.1). Mais importante do que a espera da meta é o trabalho que Deus realiza em nós enquanto esperamos. A espera nos aprofunda e amadurece, aplaina a nossa perspectiva e amplia o nosso entendimento. Testes de tempo determinam se podemos suportar períodos de preparação aparentemente difíceis e indica se podemos reconhecer e aproveitar as oportunidades que se apresentarão em nosso caminho.

3. A LIDERANÇA DE MOISÉS
Sem dúvida alguma, ser líder não é fácil como muitos imaginam e também o processo de formação do líder não acontece rapidamente.  Quando Deus falou com Moisés para libertar o povo do Egito foi um grande desafio para ele, Moisés não apenas devia convencer o povo de sua missão, mas inclusive Faraó, para que o deixassem liderar os escravos hebreus na saída do Egito.  Moisés passou longos anos sendo preparado por Deus para essa missão. Quando Deus o chamou ele já tinha oitenta anos, e todo êxito de sua missão, só foi possível porque Deus estava com ele, e era chegado seu tempo de agir.

3.1. Tempo para Deus
Se Moisés tivesse continuado morando no palácio, será que ele teria dado ouvidos a Deus quando este o chamou? Quem sabe? Mas o exílio de Moisés em Midiã lhe proporcionou 40 anos de tempo para reflexão. Quando Deus, finalmente, lhe apareceu na sarça ardente, Moisés havia crescido e amadurecido o suficiente para ouvir a voz de Deus. Líderes de nossos dias reservam pouco tempo para ficarem sozinhos com Deus. A maioria parece sempre em movimento e raramente se recolhe consigo. Se nessa descrição você se enquadra, mude os seus hábitos e reserve algum tempo para estar a sós com Deus.

3.2. Amor pelos liderados
Um líder por excelência tem que ser alguém que vê as necessidades de seus liderados. Ele procura, na maneira do possível, ajudá-las a superar os seus obstáculos, é alguém que demonstra um amor genuíno, comparado um amor de pai para filho. Afinal de contas, eles são o rebanho que Deus lhe confiou nas mãos e um dia prestará contas disso. Deve ser possuidor de caráter e ser digno de confiança. Para Jesus, liderar era reproduzir nos seus seguidores o seu próprio caráter. Por esta razão, Ele disse: Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas(Mt 11.29). O líder precisa interagir com o povo, na convivência se ensina e se aprende melhor. Aquilo que a gente aprende com o líder, é um registro que levamos para o resto da vida. É bom lembrar que conhecimento é informação compartilhada. O líder deve viver ensinando e ensinar vivendo (Mt 5.2;9.35; 11.1).

3.3. Humildade para ouvir conselhos
Falando de liderança, não podemos esquecer de que, no Reino de Deus, além de ser um servo, uma característica indispensável no líder cristão é a humildade. A sabedoria prática de Jetro foi de imenso benefício para Moisés e Israel. Moisés gastava seu tempo e energia ouvindo as reclamações dos hebreus (Êx 18.13-23). Com isso, não conseguia realizar outro trabalho importante. Jetro observou que o fardo da liderança de Moisés era bastante pesado para ele sozinho fazer, assim sugeriu que ele delegasse boa parte do trabalho a outros e direcionasse seus esforços apenas para questões mais importantes, mas os negócios pequenos seriam compartilhados aos homens escolhidos para dividir as responsabilidades. Moisés com muita humildade aceitou o conselho de seu sogro o que lhe ajudou a aliviar o peso do encargo (vv. 24-26). Algumas pessoas em posição de responsabilidade sentem que são as únicas capazes de cumprir suas tarefas, mas a verdade é que outros estão aptos a carregar parte da carga. O ato de delegar aliviou o estresse de Moisés e aumentou a qualidade de seu governo, o que ajudou a prepará-los para o sistema de governo estabelecido em Canaã. Delegar apropriadamente pode multiplicar a eficiência, além de proporcionar a outras oportunidades de crescer.

CONCLUSÃO
Moisés foi escolhido e preparado por Deus para libertar o povo da escravidão egípcia, o segredo da excelência de sua missão foi porque sempre esteve na presença de Deus. Precisamos de Deus, não só quando estamos no início de nosso trabalho, mas também no progresso dele, para termos sempre a ajuda contínua Dele. Podemos ter certeza de uma coisa, de que o Senhor estar sempre conosco enquanto estivermos com Ele. Um excelente líder é aquele que se espelha na liderança de Jesus Cristo - O maior líder que de todos os tempos. Nenhum de nós pode se igualar ao Bom Pastor, mas podemos aprender, através de seu exemplo, a cuidar melhor do nosso rebanho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS                                    Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.

Bíblia de Estudo MacArthur. Edição Revista e Atualizada, tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Vida Nova, 2003.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, CPAD, 2013.

Bíblia da Liderança Cristã. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, 2007.
CHAMPLIN, Russell Norman, Ph. D. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo, volume 1. São Paulo: Hagnos, 2001.

DAVID, Pat Alexandre. Manual Bíblico SBB. Barueri, SP: SBB, 2008.
Revista do professor: Jovens e Adultos. Israel 70 anos – O chamado de uma nação e o plano divino de redenção. Rio de Janeiro: Editora Betel – 3º Trimestre de 2018. Ano 28 n° 108. Lição 3 – Moisés, um líder excelente.

Revista do professor: Jovens e Adultos. Moisés, O Legislador de Israel. Rio de Janeiro: Editora Betel – 2º Trimestre de 2015. Ano 25 n° 95. Lição 3 – O comissionamento de Moisés

COMENTÁRIOS ADICIONAIS                                           Pb. Ancelmo Barros de Carvalho. Servo do Senhor Jesus.

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