Lição
01 – 01 de Julho de 2018
TEXTO
ÁUREO
“Disse
mais eu: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de
Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o rosto, porque temeu
olhar para Deus." (Êx 3.6).
VERDADE
APLICADA
O
maior legado de um pai para seu filho sempre será ensinar acerca do
verdadeiro Deus.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
►
ENSINAR
que
Deus escolhe e capacita pessoas para Sua obra;
►
EXPLICAR
que Deus sempre cumpre Suas promessas;
►
RESSALTAR
que Deus é poderoso para transformar vidas.
TEXTOS
DE REFERÊNCIA
Hb
11.8 – Pela
fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia
de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.
Hb
11.9 –
Pela fé,
habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em
cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.
Hb
11.17
–
Pela
fé,
ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que
recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.
Hb
11.18
–
Sendo-lhe
dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que
Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar.
INTRODUÇÃO
Neste
trimestre, teremos a oportunidade de conhecer a história de um povo
que foi escolhido por Deus para apregoar seus propósitos a outras
nações: a nação de Israel. É muito importante conhecer a
história de Israel, através dela extraímos importantes lições
para a Igreja de hoje. A história de Israel tem início com uma
chamada de Deus ao patriarca Abrão, que pela fé, foi obediente e
atendeu a chamada de Deus. O objetivo não se resume em apenas
conhecer a história de um povo que se formou em terra estranha, e
sim, aprender a respeito de um Deus que age, conforme o desenrolar da
humanidade.
1.
A CHAMADA DE ABRAÃO
Deus
planejou formar uma nação santa e temente a Ele. A partir da
chamada de Abraão e sua descendência surge essa nova nação. Por
causa de sua fé e obediência, Abraão ficou marcado como um dos
patriarcas mais conhecidos na história do povo de Deus. Abraão é,
ao mesmo tempo, uma figura histórica e um exemplo. Nós devemos ver,
na sua resposta de fé a Deus, a chave para um relacionamento pessoal
com o Senhor, o qual todos somos convidados a vivenciar em Jesus. Seu
testemunho de vida nos mostra nossa própria caminhada com Deus.
Assim como Deus assumiu grandes compromissos com Abraão, também
assume compromissos com todos os que demonstrem fé e confiança de
Abraão no Senhor.
1.1.
A renúncia de Abraão
Abraão
atendeu prontamente a chamada de Deus, mas não podemos pensar que
ele viveria da mesma forma. Afinal, não é fácil deixar
inteiramente tudo (renúncia total), família e a comodidade para um
lugar ignorado. Isso é somente para quem tem fé, (Hb 11.8). Deus
exige não só sair da terra, mas também deixar tudo que estava em
sua volta, segurança, idolatria, e família, (Js 24.2; Lc 14.33). A
promessa de Deus para Abraão seria de bênçãos e de ser famoso,
porém havia uma condição: ele teria de ser obediente a Deus em
tudo. Isto significava deixar casa e amigos e viajar para uma nova
terra, onde Deus prometera estabelecer a grande nação que seria
formada por seus descendentes. Abraão obedeceu e partiu em direção
à promessa de Deus, para um futuro de bênçãos ainda maiores. Deus
pode estar tentando levar você a um lugar onde poderá ser de grande
proveito para Ele. Creia na promessa de Deus e não deixe que o
conforto e a segurança o façam perder o plano de Deus para a sua
vida.
1.2.
Homem de uma fé extraordinária
Não
devemos pensar que a vida de Abraão seria fácil, desde a sua
chamada, pela fé que tinha, foi obediente à voz de Deus em todos os
momentos. O supremo teste da fé e obediência de Abraão ainda
estava por vir, quando todas as esperanças para o futuro estavam
centradas em Isaque que seria a sua descendência. Obedecer a Deus
costuma ser uma luta porque pode significar abrir mão de algo que
amamos, e isso era exatamente o que aconteceu com Abraão, ele
deveria tomar o seu único filho, Isaque a quem amava e oferecer em
holocausto sobre umas das montanhas que Deus mostraria (Gn 22.2). Sem
dúvida alguma, seria a prova mais severa do que Deus lhe impunha. E
nenhuma obediência seria mais perfeita do que a de Abraão. Quando
Deus o chamou, o patriarca respondeu imediatamente. Observe como
Abraão depositava toda fé e confiança em Deus, mesmo na hora de
levar Isaque ao local do sacrifício ele disse calmamente aos seus
servos: "Esperai
aqui... eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos
para junto de vós.”
(Gn 22.5). Sua fé em Deus que vê e se encarrega de tudo,
garantiu-lhe que tudo estava bem. Ele confiou em Jeová para a
execução de Suas promessas. “Pela
fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que
recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em
Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era
poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar”
(Hb. 11:17-18). A fé de Abraão via além do sacrifício e estava
pronta a obedecer.
1.3.
O caráter de Abraão
Abraão
foi um dos primeiros homens a ser chamado por Deus. Obediente a Sua
voz, vivia segundo o que Deus exigia. Somente alguém que é
possuidor de caráter pode ser chamado de amigo de Deus (Tg 2,23).
Assim como Abraão foi chamado e foi obediente, também cada um que
está aqui, tem uma chamada, embora diferente da chamada de Abraão,
devemos viver de forma digna, de modo que as bênçãos de Deus se
multipliquem em nossas vidas. Em Isaías 51.2 diz: “Olhai
para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz, porque ele
era único, quando eu o chamei, o abençoei e o multipliquei”.
O primeiro comando recebido por Abraão, depois de seu chamado foi:
Anda na minha presença e sê perfeito. Isto representa um chamado
para relacionamento e interatividade. Através de um relacionamento
espiritual e de amor, podemos tratar o caráter das pessoas, para que
elas assimilem o caráter de Cristo. Estudo bíblico:
2.
ISAQUE: CUMPRIMENTO DE UMA PROMESSA
Deus
havia prometido a Abraão que ele seria pai e que a sua descendência
seria como as estrelas no céu ou como os grãos de areia na praia
(Gn 15.4,5; 23.17), ou seja, seria numerosa demais para contar.
Acontece que Abraão e Sara já estavam adiantado em idades, sem
contar a esterilidade de Sara. Mas Deus vela por sua palavra para
cumprir. Ao
contrário do que afirma o mundo em ditado popular, segundo o qual,
“Deus tarda, mas não falha”, Deus jamais tarda, sempre vem na
hora certa, no tempo determinado.
Como
afirmou o sábio Salomão, “há
um tempo determinado para cada propósito debaixo do céu”
(Ec 3.1). Devemos confiar no Senhor e saber que tudo tem o seu tempo
determinado. O capítulo 21 do livro do Gênesis começa com uma
afirmação firme e sem qualquer dúvida da parte do escritor: “E o
Senhor visitou a Sara, como havia dito e fez o Senhor a Sara como
havia falado”. Isto revela que Deus é fiel e que vela sobre a Sua
Palavra para cumpri-la (Jr 1.12). Deus não fez coisa alguma
diferente do que havia prometido fazer a Abraão e a Sara. Pouco
importou se Sara era estéril e se já não era mais fértil. (Gn
11.30; 21.1,2). Nosso Deus é o Soberano do Universo e tem o controle
de tudo em Suas mãos.
2.1.
A revelação de Deus a Isaque
Isaque
nasceu num ambiente religioso, Deus já havia se revelado a seus
pais, eles eram submissos à voz de Deus. Isaque cresceu presenciando
o agir de Deus na sua família. E na vida dele não seria diferente,
como também era obediente, Deus foi se revelando a ele conforme a
ocasião exigia. Assim, também Deus se revela a nós quando
precisamos, basta que tenhamos fé e busquemos a Sua presença. (Jr
29.13) “E
buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso
coração”.
Desde seu nascimento de forma milagrosa, da providência de Deus no
monte Moriá na hora de seu sacrifício e como disse o autor da
revista, e a revelação de Deus a ele mesmo depois da morte de seus
pais. Isaque aprendeu com seus pais a confiar e viver de acordo com a
vontade de Deus. É no ambiente familiar a melhor educação, como
pais devemos instruir nossos filhos a serem pessoas honestas,
obedientes e tementes a Deus. Desde o Antigo Testamento Deus ordenou
os pais de família dizendo:
“Estas
palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração; tu as
inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e
andando pelo caminho, e ao deitar-se e ao levantar-se. Também as
atarás como sinal na tua mão e serão por frontal entre os teus
olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas”.
(Dt 6.6-9). De modo semelhante o apóstolo Paulo escreveu: “Pais,
não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na
admoestação do Senhor.” (Ef
6.4).
2.2.
Vencendo as dificuldades
Isaque
herdou tudo de seu pai incluindo a promessa de Deus de tornar os seus
descendentes uma grande nação. Ainda menino, Isaque foi submisso e
não resistiu enquanto seu pai preparava-se para sacrificá-lo e,
como homem, aceitou com alegria a esposa que outros escolheram para
ele. Isaque e sua esposa também passaram por momentos difíceis na
vida, mas nunca deixaram de acreditar e confiar na providência
divina. Através da vida de Isaque, aprendemos a deixar Deus guiar a
nossa vida e fazer a Sua vontade ao invés da nossa.
2.3.
Isaque e o seu legado
A
vida de Isaque não poderia depender exclusivamente do que Abraão
tinha feito. Seus pais tinham deixado um legado a Isaque de como
viver na presença de Deus. Embora os pais devam preparar o caminho
dos filhos, a responsabilidade individual não pode ser eliminada. É
evidente que a experiência que os pais têm com Deus vai servir como
exemplo, todavia, os filhos precisam ter suas próprias experiências.
Abraão ouviu a voz do Senhor (Gn 12.1), mas Isaque também precisava
ouvi-la (Gn 26.2-5). Ninguém pode viver dependendo sempre da fé, da
experiência e da oração dos pais. É
uma alegria constatar que os filhos estão servindo ao Senhor como os
pais serviram, ou até de modo mais excelente. Assim aconteceu na
vida de Isaque, representou a continuidade do propósito de Deus para
Abraão. Afinal, Deus estava trabalhando numa descendência que
continuaria com Isaque e depois dele, tornando-se numerosa como as
estrelas do céu e como os grãos de areia da praia (Gn 22.17).
Através de sua descendência, haveria de nascer o Messias, tornando
realidade a promessa feita a Abraão: “Em ti serão benditas todas
as famílias da terra” (Gn 12.3). Deus deseja abençoar, não
apenas as pessoas, mas as famílias. Portanto, o ensinamento da
verdade aos nossos filhos fará com que esta bênção encontre
guarida em nossos lares e em nossa descendência, para a honra e
glória do Senhor.
3.
JACÓ,
TRANSFORMADO EM ISRAEL DE DEUS
Nesse
tópico vamos comentar sobre a vida de Jacó, ele era
o terceiro elo no plano de Deus para iniciar uma nação descendente
de Abraão. Filho de Isaac e de Rebeca, neto de Abraão, e irmão
gêmeo de Esaú. Ao contrário do irmão,
Jacó era mais pacato e era o filho preferido pela mãe.
Alguns
estudiosos vêm nessa predileção um desígnio divino,
pois
a ele cabia à missão de gerar o “povo eleito”.
Embora os métodos de Jacó nem sempre fossem respeitáveis, suas
habilidades, determinação e paciência tinham de ser reconhecidas.
Ao acompanharmos sua vida desde o nascimento até a morte, vemos a
mão de Deus trabalhando.
3.1.
Uma vida de engano Jacó
foi uma pessoa de muita astúcia, ele fez de tudo, tanto o certo como
o errado. Aproveitando da fraqueza de seu irmão Esaú, conseguiu a
primogenitura e também com ajuda de sua mãe, foi capaz de enganar
seu pai, Isaque. Lutou com um anjo e trabalhou catorze anos para se
casar com a mulher que amava. Aprendemos com Jacó como um grande
líder pode ser também um servo. Todavia, observamos como as más
ações sempre retornam contra nós. Nada justifica nossos erros para
adquirir alguma vantagem indevida, Deus já havia dito que Jacó
seria o herdeiro da promessa. “E o Senhor lhe disse: Duas nações
há teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um
povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirão ao
menor” (Gênesis
25.23).
3.2.
Resolvendo pendências do passado
Depois
de muito tempo que Jacó havia fugido da casa dos seus pais por temer
seu irmão Esaú, Deus o manda voltar á sua terra (Gn 31.3). Como
você sentiria se soubesse que está prestes a encontrar a pessoa a
quem trapaceou tomando-lhe o bem mais precioso? Jacó tomara a
primogenitura de Esaú (Gn 25.33) e a sua bênção (Gn 27.27-40).
Agora, encontraria o irmão pela primeira vez em vinte anos, e sentia
muito medo, tanto é verdade que ele envia mensageiro adiante com
presentes, sua intenção era abrandar o coração de seu irmão e
adquirir proteção. Mas nada disso precisava porque Deus já tinha
tirado do coração de Esaú todo ressentimento e amargura. Quando se
encontraram, Esaú saudou o irmão, Jacó, com um forte abraço. Que
alívio em ver a mudança no coração de Esaú quando os dois irmãos
se reencontram. A amargura pela perda do direito à primogenitura e à
bênção (27.36-41) tinha acabado e Esaú está satisfeito com o que
possui. Jacó até disse que era bom ver seu irmão, certamente
contente com ele (Gn 33.10). “Então,
disse Jacó: Não! Se, agora, tenho achado graça a teus olhos,
peço-te que tomes o meu presente da minha mão, porquanto tenho
visto o teu rosto, como se tivesse visto o rosto de Deus; e tomaste
contentamento em mim”.
3.3.
Uma Experiência marcante Após
enviar sua família para cruzar o ribeiro de Jaboque, Jacó passou a
noite sozinho em Peniel, ele estava em perto e com grande pavor
porque Esaú vinha ao seu encontro com quatrocentos homens de guerra,
(Gn 32.6). Nesse lugar Jacó teve uma das maiores experiências de
sua vida. Conforme o texto lutava com ele um homem. Esse homem era um
anjo (Os 12.4), o Anjo de Jeová, ou seja, o próprio Senhor. Durante
a luta, o Senhor deslocou a junta da coxa de Jacó, deixando-o manco
para o resto da vida. Embora tenha perdido a luta física, Jacó
ganhou uma notável vitória espiritual: aprendeu a triunfar sobre a
derrota e a permanecer firme na fraqueza. Nesse encontro Deus mudou o
nome de Jacó para Israel (conforme várias traduções: “Deus
governa”, “aquele que luta com Deus” ou “príncipe de Deus”).
Jacó chamou aquele lugar Peniel (“a face de Deus”), pois
percebeu que vira o próprio Deus, face a face. Jacó persistiu nesta
luta durante toda a noite apenas para ser abençoado. Sim, ele era
persistente. Deus nos encoraja a perseverar em todas as áreas de
nossa vida, inclusive a espiritual. A luta de Jacó representa a vida
de Fé daqueles que seguram as promessas Divinas com firmeza e com
propósito.
CONCLUSÃO
A
história nos mostra o controle de Deus sobre a promessa feita a
Abraão e estendida para Isaque e Jacó de formar um povo
exclusivamente seu, uma nação diferente das outras. A vida de cada
patriarca nos ensina o agir e a providência de Deus. Em cada
circunstância, Deus se revela e trabalha na vida do homem de forma
peculiar.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução
de João Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.
Bíblia
de Estudo MacArthur. Edição Revista e Atualizada, tradução de
João Ferreira de Almeida. São Paulo: Vida Nova, 2003.
Lições
Bíblicas CPAD Jovens e Adultos. Jacó e seu novo nome.
1º
Trimestre de 1976.
MACDONALD,
William. Comentário
Bíblico Popular,
Antigo Testamento.
São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2011.
Revista
do professor: Jovens e Adultos. Aperfeiçoamento Cristão.
Rio de Janeiro:
Editora Betel – 3º Trimestre de 2018. Ano 28 n°
108. Lição 1 – O testemunho dos patriarcas.
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