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Usando as lentes da fé e dos propósitos de Deus - Comentários Adicionais (Pb Ancelmo)


     USANDO AS LENTES DA FÉ E DOS PROPÓSITOS DE DEUS
(Lição 03 – 15 de abril de 2018)

TEXTO ÁUREO
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto. ” Rm 8.28.

VERDADE APLICADA
Enquanto estão “debaixo do sol”, os discípulos de Cristo precisam ter sempre em mente a importância de usar as lentes da fé e dos propósitos de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
EXPLICAR a importância e o significado da cosmovisão;
DESTACAR a postura de José diante de realidades adversas e favoráveis;
MOSTRAR que a base da cosmovisão do discípulo de Jesus Cristo é a revelação de Deus nas Escrituras Sagradas.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Gn 45.4 – E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então disse ele: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendeste para o Egito.
Gn 45.5 Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para a conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face.
Gn 45. 7 Pelo que Deus me enviou diante da vossa face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida para um grande livramento.
Gn 45.8 Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.

INTRODUÇÃO                                                     
Atualmente, o desvio doutrinário está mais amalgamado, e de certa forma mais forte, pois são muitas as inovações surgidas dentro das igrejas baseada numa cultura pós- modernista. Como servos de Jesus Cristo, precisamos ter uma visão mais clara do mundo, através das lentes da fé e dos propósitos de Deus. A cultura e a cosmovisão de uma sociedade não cristã são opostas aos valores ensinados pela Palavra de Deus. Por isso, o cristão deve discernir, julgar, avaliar e confrontar os valores ensinados pela sociedade de nosso tempo com os princípios expostos na Palavra de Deus.

1. COSMOVISÃO: SIGNIFICADO E IMPORTÂNCIA
No presente século é de muita valia para o cristão refletir um pouco como está sendo sua visão em relação ao mundo. Na dinâmica da pós-modernidade, devemos resistir à tendência de sermos absorvidos nas modas e modismos da cosmovisão do pensa­mento humano. Nós precisamos enfatizar, não diminuir, o que torna o Cristianismo único. E para fazer isso de modo eficaz nós precisamos ter uma melhor compreensão de como o pensamento do mundo está ameaçando a sã doutrina na igreja. A doutrina das Escrituras não pode adequar com nossas opiniões, pelo contrário, somos nós que devemos concordar e nos moldar a Palavra de Deus.

1.1. Significados e conceitos
Todo ser humano possui uma forma de visualizar o mundo, é a maneira subjetiva de ver e entender o mundo. Considerando as relações e os papeis das pessoas inseridas na sociedade, envolve questões filosóficas básicas, como a finalidades da existência humana, tanto em vida como depois da morte. De acordo com o dicionário informal é o modo pelo qual a pessoa vê ou interpreta a realidade. Esse termo costuma ser reportado ao termo alemão weltanschau-ung”, que significa uma visão de mundo, um conjunto de crenças e opiniões fundamentais, isto é, a orientação fundamental de um indivíduo, de uma coletividade, ou ainda, de toda a sociedade, num dado espaço de tempo, numa dada época e cultura sobre de tudo que existe. Uma visão do mundo influencia a forma da pessoa enxergar Deus, origens, mal, natureza humana, valores e destinos. Pela cosmovisão de um cristão, Jesus Cristo foi a encarnação do próprio Deus e ressuscitou ao terceiro dia. Já pela cosmovisão de um ateu, ele foi um mestre, um carpinteiro que foi crucificado pelo Império Romano.

1.2. Diferentes cosmovisões
Cada pessoa tem seu modo de visualizar, interpretar e agir no mundo de acordo com suas crenças e realidades da vida da qual está inserida. Todavia, como se forma uma cosmovisão de cada pessoa? Esse processo de formação da nossa cosmovisão inicia no momento em que nascemos e começamos a interagir com o mundo ao nosso redor, especialmente no contato com a cultura da época e do lugar onde crescemos, incluindo nossa família, nossa etnia, a região do país em que vivemos, o continente e assim por diante, do menor para o maior e vice-versa. Por isso, existe diferentes cosmovisões, cada pessoa tem a sua. Assim, há aqueles que buscam como base da vida o materialismo, não valorizam a realidade espiritual. Outros acreditam que o sentido da vida está na satisfação pessoal, realizando seus projetos de vida. Os teístas são os que creem em Deus como Criador de todo o universo e que nos criou à sua imagem e semelhança. O teísmo cristão vê Deus agindo no mundo que o mesmo Deus criou e sustenta. Já o deísta, apesar, de parecer com o teísmo, é diferente. São os que acreditam em Deus como criador, mas que não está presente, não age mais sobre a criação e que, portanto, não é pessoal nem providente para os homens. O deísmo, em sua forma mais básica, é um filho do Racionalismo e do Iluminismo (Séc. XVI e XVII). Os humanistas valorizam a capacidade do homem para mudar a realidade, o homem é o centro da razão independente da vontade de Deus. Ainda, tem o naturalismo que é um filho do deísmo, estes afirmam categoricamente que Deus não existe. Ainda de forma resumida, o niilismo – nome que vem do latim “nihilis”, que significa literalmente “nada” Nesta cosmovisão, qualquer busca por um sentido deve ser abandonada, pois não existe sentido para a existência. O existencialismo é uma tentativa de superar o niilismo. O sentido que existe não é o sentido da realidade objetiva, mas da realidade subjetiva. Todas essas cosmovisões são de homens falíveis e não de Deus. A Escritura Sagrada é o sólido fundamento da verdade de Deus, nunca muda, nunca é abalado e nunca desvanecerá, devemos seguir a verdade de Deus.

1.3. A importância da cosmovisão
Cada pessoa tem sua própria cosmovisão de ver o mundo em sua volta. Mas para os cristãos existe um parâmetro de analisar, interpretar e visualizar a realidade na qual estamos inseridos. Conforme o autor da revista disse, não devemos decidir escolher ou tomar decisões somente pelo que vemos, ouvimos, pensamos ou sentimos, mas sim, tomar as decisões baseadas em razões. Não agir de maneira precipitadas, é preciso ter cautela e discernimento para não errarmos em nossas escolhas. A questão de qual é a nossa cosmovisão é muito importante, pois ela se liga aos nossos valores, nossos ideais, nossas prioridades e nossos anseios. A nossa cosmovisão deve orientar a maneira como vivemos. Afinal, qual é a nossa cosmovisão?

2. O EXEMPLO DE JOSÉ
José foi um exemplo de pessoa que soube lidar com diferentes realidades, mesmo diante das provações, sua cosmovisão era diferente de seus irmãos. Além de ser obediente a seu pai, era um homem de fé e procurava fazer o que era certo. Ele mesmo disse que tudo que passou tinha um propósito, Deus enviou José para o Egito para preservar vidas e preparar o caminho para o início da nação de Israel. “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós”. (Gn 45.5; 50.20).

2.1. José e a realidade no lar
José, um dos doze filhos de Jacó, era obviamente o preferido. Era um jovem justo e obediente ao seu pai. Talvez por sua imaturidade, José era autoconfiante e também pelo fato de ser o filho predileto de Jacó e conhecer o desejo de Deus para sua vida. Porém era odiado pelos irmãos mais velhos (Gn 37.18). Foi rejeitado (v. 19) e abandonado, vendido como escravo a estrangeiros (v. 27). Mesmo diante das realidades vividas em seu lar, José confiou em Deus e não se deixou abater pelas circunstâncias adversas. Através da vida de José, aprendemos que o sofrimento, não importa quanto seja injusto, desenvolve um caráter forte e uma visão profunda.

2.2. José e a realidade longe do lar
O início da vida de José distante de seu lar não seria tão diferente em sua casa. Vendido por seus irmãos foi levado para o Egito pelos mercadores e lá o venderam a um dos dignitários do faraó, chamado Potifar. Mas o Senhor estava com José, e vendo seu senhor que tudo o que fazia o Senhor prosperava em suas mãos, ele achou graças a seus olhos e o fez administrador de seus bens. Agora, parecia que era o fim de seu sofrimento! Mas não foi bem assim. José foi tentado pela esposa de seu senhor e por não ceder as tentações foi encarcerado injustamente (Gn 39. 20). Mas, o carcereiro mor se agradou de José e entregou em suas mãos todo o controle dos presos que estavam no cárcere (Gn 39.22). Depois de todas as provas José chegou ao topo. Dos muros da prisão para o palácio de Faraó. Seu treinamento para esta importante posição envolveu ser primeiro escravo, e então prisioneiro.

2.3. José e a mudança da realidade
A vida de José é uma bela lição de vida para nós, José mesmo passando momento difíceis nunca esqueceu de servi a Deus. José tinha 30 anos quando se tornou a segunda pessoa no comando do Egito. Aos 17, ele havia sido vendido como escravo por seus irmãos, e deve ter passado 11 anos como escravo egípcio e dois na prisão. O importante não são apenas os acontecimentos ou as circunstâncias da vida, mas é a atitude com relação a eles. Com a ajuda de Deus, qualquer situação pode ser usada para o bem, mesmo quando as pessoas desejam utilizá-la para o mal. Em cada situação, ele aprendeu a importância de servir a Deus e aos outros. Como prisioneiro e escravo, José poderia ter perdido as esperanças na situação em que se encontrava. Porém, sua visão estava em Deus que lhe capacitava, por isso, ele deu o melhor de si em cada tarefa referida.

3. A FÉ E OS PROPÓSITOS DE DEUS
Como servos do Senhor Jesus, reconhecemos que Deus é soberano e tem o controle de tudo o que acontece em nossas vidas. Assim, nas horas difíceis que passarmos não se pode perde o controle, se desesperar sem saber o que fazer. Nosso socorro vem do Senhor, é preciso confiança e fé. Não estamos sozinhos, temos a certeza que Deus nos ajudará a vencer as adversidades. “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça”. (Is 41.10). José sabia que Deus estava em sua vida, por isso ele se mantinha equilibrado em todas as circunstâncias.  

3.1. A lente da fé
O ambiente que José foi criado permitiu que ele tivesse uma visão apurada da realidade de vida no presente.  Como citado pelo autor da revista, José conhecia a história de sua família. Abraão seu bisavô, usando a alente da fé, creu na promessa de Deus e em obediência a Sua voz saiu da sua terra, de seus parentes e foi para um lugar que ainda nem sabia. (Gn 12.1). A mesma promessa de Abraão foi dada a Isaque e Jacó e José vivia nesses ambientes onde todos acreditavam e servia a Deus criador de todas as coisas. Portanto, mesmo não sabendo o desfecho de tudo que acontecia, José tinha fé suficiente para viver os propósitos de Deus em sua vida.

3.2. A lente dos propósitos de Deus
Mesmo que não compreendemos, o Senhor não faz nada em vão, tudo que Deus faz tem um propósito. Ele conhece o passado, presente e o futuro, assim Deus age na vida de seus servos porque tem um propósito a se cumprir. Penso que José não sabia o que seria dele depois que foi vendido como escravo e levado para o Egito. Mas uma coisa tenho certeza, a fé que possuía em Deus nunca foi diminuída diante dos sofrimentos que passou, pelo contrário, cada prova que José passava, adquiria mais experiência e sua fé se fortalecia ainda mais, porque a presença de Deus era constante em sua vida. Deus usou até as más ações dos irmãos de José para cumprir seu plano definitivo. Ele enviou José adiante para preservar vidas, salvar o Egito e preparar o caminho para o início da nação de Israel. Deus é soberano. Seus planos não são ditados por ações humanas. Quando outros intentarem mal contra você, lembre-se que eles são apenas ferramentas de Deus. Como disse José a seus Irmãos: “Vos bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê nesse dia, para conservar em vida a um povo grande” (Gn 50.20).

3.3. A importância das Escrituras Sagradas
Nossa melhor lente é a Palavra de Deus, a Bíblia contém todas as orientações que precisamos, ela é a bússola que norteia o caminho dos cristãos. Davi o homem segundo o coração de Deus disse: ”Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119.105). A Palavra de Deus é a luz que nos mostra o caminho adiante, de forma que não tropecemos. Ela revela o enganoso emaranhado das raízes dos falsos valores e das falsas filosofias. Estude a Bíblia; assim você enxergará com clareza suficiente para permanecer no caminho certo.

CONCLUSÃO
Apesar de tudo que José passou, ele jamais deixou de confiar no amor e na graça de Deus. Fossem quais fossem as circunstâncias, José trabalhava com afinco, da melhor forma, servindo a seu senhor como a Deus, buscando dar bom testemunho de tudo. Ele foi humilhado pelos homens e exaltado por Deus, um jovem que levou às últimas consequências a sua fé e o temor do Senhor. José é um exemplo para todos nós cristãos de hoje, que vivemos num mundo tão perdido, tão cheio de pecado, mas isto não pode servir de desculpas para nossas quedas, pois José foi agressivamente atacado, tal qual nos dias de hoje, e manteve-se fiel a Deus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.

Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2014.

Bíblia de Estudo MacArthur. Edição Revista e Atualizada, tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Vida Nova, 2003.

John MacArthur, Jr. Princípios para uma cosmovisão bíblica. Rio de Janeiro: Editora Cultura Cristã, 2003.

Revista do professor: Jovens e Adultos. Aperfeiçoamento Cristão. Rio de Janeiro: Editora Betel – 2º Trimestre de 2018. Ano 28 n° 107. Lição 3 – Usando as lentes da fé e dos propósitos de Deus.
SILVA, Marcos Sant`Anna da. Aperfeiçoamento Cristão: Propósito de Deus para o discípulo de Cristo. Rio de Janeiro: Editora Betel, 2018.
www.ipbarreto.org.br/escola-biblica/ Cosmovisões.


COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Pb. Ancelmo Barros de Carvalho. Servo do Senhor Jesus.

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