DEUS CUIDA DOS QUE SE DEDICAM A
ELE
(Lição
02 – 8 de Abril de 2018)
TEXTO
ÁUREO
“Mas
buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas.” (Mt 6.33).
VERDADE
APLICADA
A
razão da nossa existência é estarmos em comunhão com Deus e servi-Lo em todo o
tempo.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
► INCENTIVAR a busca da sabedoria divina quanto à administração do tempo;
► DESTACAR a necessidade de estabelecer
prioridades;
► MOSTRAR que precisamos estar sempre
avaliando a verdadeira motivação de nossa dedicação a Deus.
TEXTOS
DE REFERÊNCIA
Mt 6.31 – Não andeis, pois,
inquietos, dizendo: Que comeremos? Ou: Que beberemos? Ou: Com que nos
vestiremos?
Mt 6.32 – (Porque todas estas coisas os gentios
procuram). Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que
necessitais de todas estas coisas;
Mt 6.33 – Mas, buscai primeiro o reino de Deus,
e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Mt 6.34 – Não vos inquieteis,
pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a
cada dia o seu mal.
1 Pe 5.7 – Lançando sobre ele toda a vossa
ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
1. O Uso do
tempo dado por Deus
Quando
tratamos de tempo no quesito aplicação, apenas uma palavra nos surge na mente:
Mordomia, e isso nos faz lembrar que estamos tratando da capacidade de
administração e manejo dos recursos dados por Deus a nós. O texto sugerido em
Atos 17.26 deixa claro e evidencia que a administração do tempo nos foi dado
também com a finalidade de adoração ao Senhor, pela busca daquele que é
supridor de todas as coisas.
1.1.
Voltando
ao princípio da humanidade.
É
interessante observar que, em toda historia da humanidade sobre a terra, o
homem sempre buscou explicações que justificassem a sua existência. Partindo
deste prisma nos é perceptível às muitas “doutrinas” que surgiram inclusive com
a defesa que até o acaso foi responsável pela nossa existência; contudo é
importante destacar que Deus é o sustentador e criador de todas as coisas, é
impossível o homem se manter sem a presença de Deus, ainda que ele não creia.
Paulo afirma em 2 Coríntios 2.15 “Porque
para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam
e nos que se perdem.” E isso retrata a essência da criação de Deus, pois
ainda que muitos não creiam, o próprio “ser humano” se torna a coroa da criação
de Deus, servindo inclusive de referencial para aqueles que se aproximam de
Deus e experimentam uma mudança de comportamento, de caráter e personalidade.
1.2.
Deus
supre as necessidades
É
curioso observar o que a história nos mostra pelos ciclos das gerações, em
todas as épocas e tempos mostrando que os homens sempre foram inquietos quanto
à garantia de ter em abastança para não se preocupar. Isso não é diferente
conosco, pois desde o pecado original somos condicionados ao trabalho para nos
manter, vide: Gênesis 3.19 ”Com o suor
do teu rosto comerás o teu pão!”, contudo as palavras do
nosso Mestre em Mateus 6.34 “Não vos
inquieteis” ainda é um desafio para nós, pois nos tornamos autossuficientes,
esquecendo-nos de Deus. Ter as necessidades supridas é entender que Deus pode
nos dar tanto o suficiente para o dia, como também o bastante para o amanhã,
uma porção dobrada. Observe o relato de Deuteronômio 8.3 “Sim, ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná,
que nem tu nem teus pais conhecíeis; para te dar a entender que o homem não
vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor disso vive o homem”
E como consequência .....todas estas coisas vos serão acrescentadas: Comida, bebida e roupas, Mt 6.31.
1.3.
Faraó
associou adoração com ociosidade
Conforme
no relato de Êxodo, Faraó aqui, representa o mundo e suas mais diversas
manifestações, nos aprisionando, criando cargas ainda maiores para que o nosso
tempo seja minado. Adoração é uma forma de gratidão para reconhecermos a
soberania, suficiência e nossa dependência de Deus; quando na administração do
meu tempo não faço isso, estou dizendo que a minha suficiência é bastante e que
não preciso de Deus, me torno ingrato por tudo aquilo que o Senhor me concedeu.
2. É preciso estabelecer prioridades
Nossa
trajetória nesta terra é rápida e passageira, a Bíblia afirma que somos peregrinos
nesta terra, não temos casa, não temos bens, mas precisamos passar por ela;
neste contexto muitos estão esquecendo-se das promessas e querendo fixar “tendas”
por aqui, mas não nos esqueçamos: Nosso lar é o céu!
2.1.
A garantia dada pelo Senhor
Em
Salmo 103.14 existe uma citação muito interessante, vejamos: “Pois ele conhece a nossa
estrutura; lembra-se de que somos pó” e em sequência cita: Quanto
ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce.
Passando por ela o vento, logo se
vai, e o seu lugar não será mais conhecido. Entendemos com isso que toda a
garantia, certeza e convicção devam vir apenas do nosso Deus. Diante das
dificuldades da vida, da preocupação com o futuro, com o bem estar resta-nos
uma certeza: “Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, ora diga
Israel” (Salmo 124.1). A garantia está no Senhor, portanto devemos sempre
clama-lo para que “Cheguemos com confiança ao trono da graça para que possamos
alcançar misericórdia e achar graça a fim de sermos atendidos em tempo oportuno”
(Hebreus 4.16).
2.2.
O Reino de Deus e a Sua justiça em
primeiro lugar
Pra
entendermos essa priorização primeiramente precisamos conhecer algumas
definições básicas sobre “Reino de Deus” e “Sua Justiça.” Primeiramente “Reino
de Deus” fala do governo que Ele exerce sobre TODOS, neste caso a minha vontade
está submetida à vontade D’ele; Falar de reino sem compreender submissão é
ignorar um princípio basilar das Escrituras, pois neste “Reino de Deus” a
vontade (desejo, anseio, preocupação, objetivação e alvo) é a do nosso Deus!
Agora “Sua justiça” é mais confrontante, pois na perspectiva divina, os
critérios não são os meus, por isso o que é justo para mim, segundo a ótica do
mundo, vai de contrapartida com o critério de Deus, observe que na questão de
justiça, a Bíblia vai dizer que a vontade D’ele é, boa, perfeita e agradável,
mas “no momento em que ocorre não nos parece ser motivo de
contentamento, mas de frustração; contudo, mais tarde, no entanto, produz fruto
de justiça e paz para todos aqueles que por ela foram disciplinados” (Hebreus
12.11).
2.3.
Aproveitar as oportunidades
Muitos
nesta vida têm deixado como a água que se esvai entre os dedos, passar as
oportunidades. O sábio Salomão escreve e diz: “A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois a sabedoria, emprega
tudo o que possuis na aquisição de entendimento” (Provérbios 4.7). Muitos
têm negligenciado esse conselho e sobre essa falta de entendimento Tiago 1.5
diz: “E, se algum de
vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e
o não lança em rosto, e ser-lhe- á dada.” Saber aproveitar as oportunidades
é entender que Deus olha para o esforço de cada um e recompensa.
3. A importância do discernimento
Quando
Deus olha para nós ele enxerga pelo crivo da Palavra, “que é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois
gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e
é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. (Hebreus 4.12).
Precisamos pedir à Deus discernimento para entender Sua vontade, seus planos e compreendermos
nossa missão nesta terra.
3.1.
Uma dedicação só de aparência
Não
podemos incorrer no erro de nos tornarmos religiosos fariseus, que tem uma boa
apresentação, um ótimo discurso, uma boa liturgia, mas estamos distantes da real
pratica do evangelho transformador. Lamentavelmente estamos vivendo num
contexto onde precisamos “criar trações” para ter as pessoas nas igrejas e
muitas vezes não há libertação de comportamento, mudança de caráter,
transformação de personalidades, pois estamos mais preocupados com o exterior
que o interior, para esses e para nós o Senhor Jesus já deu o laudo: Sepulcros
caiados; bonitos por fora mais podres por dentro. Precisamos clamar ao Senhor
para que haja um arrependimento constante e uma conversão verdadeira na nossa
forma de viver. Temos uma ordotoxia (A maneira de fazer o culto) até bonita,
nossa liturgia (Esquemas de cultos) até bem elaborados, contudo nossa
ortopraxia (vivência) é deficiente! Não conseguimos expressar o que pregamos, o
que dizemos, mas queremos que os outros pratiquem o que nós não conseguimos.
Que o Senhor tenha misericórdia de nós!
3.2.
“Aplicai os vossos corações”
Um
texto que deve mexer com os nossos corações é a citação de Deuteronômio 8.2 “E te lembrarás de todo o caminho, pelo
qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te
humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os
seus mandamentos, ou não.” Muitas vezes passamos por crises e as
inquietações assolam o nosso coração, mas o texto é bem claro que as provações
que o Senhor nos faz passar, como no texto acima, é para provar se somos fies
ou não a sua vontade e soberania. Aplicar os corações fala de dedicação irrestrita
ao Senhor, entendendo que ele é quem faz segundo sua boa vontade. Cantamos...
Se Deus fizer ele é Deus, se não fizer ele é Deus, mas quando o Senhor nos
passa pelo “vale” questionamos. Precisamos rever os nossos conceitos a cerca de
nós mesmos!
3.3.
Esclarecimentos à luz da Bíblia
Em
todo tempo precisamos colocar em prática a palavra de Deus quando diz: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e
Luz para o meu caminho” (Salmo 119.105). Lâmpada para os meus pés, porque
ela ilumina à minha frente, me mostrando que passo devo dar adiante, e Luz para
o meu caminho me mostrando que lá na frente se eu entender o principio, meus
passos serão bons. Por fim a palavra nos garante que: “Se projetas alguma
coisa, ela te sairá bem, e a luz brilhará em teus caminhos.” (Jó 22.28).
Conclusão
Precisamos
entender nossa dependência de Deus e entender que ele é quem dirige os nossos
caminhos! Que o Senhor pelo seu Espirito, nos faça compreender isso, daí sim,
teremos a paz que excede todo o conhecimento e que nem psicologia, filosofia ou
sociologia explicará, pois essa paz apenas o Senhor nos dá: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou;
não vo-la dou como o mundo a dá.” (João 14.27).
Referencias BIBLIOGRÁFICAS:
Bíblia
do Obreiro, Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida,
CPAD, 1995.
Livro:
Aperfeiçoamento Cristão – Propósito de Deus para o discípulo de Cristo, Editora
Betel, 2018, Autor: Marcos Sant’Anna da Silva – 1ª Edição.
Bíblia
de Jerusalém, Editora Paulus, edição revista e ampliada, 1ª Edição, 2002.
Comentarios Adicionais:
Pr.
Éder Santos –
Ministério Madureira, Professor da EBD na Sede da ADTAG – Assembleia de Deus em
Taguatinga, Teólogo pela FBB e Pós Graduado em Hermenêutica pelo SEBI –
Sociedade de Estudos Bíblicos Interdisciplinares.
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