DISCERNINDO AS BÊNÇÃOS DE DEUS
(Lição
01 – 1º de Abril de 2018)
TEXTO
ÁUREO
“Bendito
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as
bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.” (Ef 1.3).
VERDADE
APLICADA
As
bênçãos de Deus atestam Seu amor, cuidado e interesse por nós, visando alcançar
toda a humanidade, para Sua glória.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
► DESTACar a atitude
abençoadora que caracteriza o relacionamento de Deus com Sua criação;
► ANALISAR a bênção de Abrão e como a
Igreja é alcançado pelas bênçãos;
► MOSTRAR aspectos de uma vida
abençoada.
TEXTOS
DE REFERÊNCIA
Gn 12.2 – E
far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu
serás uma bênção.
Gn 12.3 – E
abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em te
serão benditas todas as famílias da terra.
Nm 6.24 – O Senhor te
abençoe e te guarde
Sl 67.1 – Deus tenha
misericórdia de nós e nos abençoe; e faça resplandecer o seu rosto sobre nós.
Sl 67.7 – Deus nos abençoará,
e todas as extremidades da terra o temerão.
Lc 24.50 – E levou-os fora,
até Betânia; e, levantando as suas mãos, os abençoou.
INTRODUÇÃO
No primeiro trimestre tivemos a
oportunidade de conhecer melhor o livro de Levítico que foi muito proveitoso
para nós. Agora, neste trimestre, o autor da revista, o pastor Marcos Sant’Anna
da Silva aborda diversos temas relacionados ao dia a dia do povo de Deus, que
analisados sob a luz de Sua palavra são relevantes para o aperfeiçoamento
cristão. Nesta primeira lição, estudaremos sobre o discernimento das bênçãos de
Deus. Salientando que em Deus há muitas promessas de bênçãos para seu povo.
Mas, também há muitas advertências para esse mesmo povo, caso venha a
desobedecer a Deus. Os capítulos 27 e 28 de Deuteronômio, embora destinados aos
israelitas, deveriam ser lidos por todos os crentes, pois os seus princípios
são universais. Em ambas as passagens, somos alertados quanto ao perigo da desobediência.
Mas, lembre-se de uma coisa muito importante: não devemos obedecer a Deus
apenas para ser abençoados, mas porque o amamos com todo o nosso ser e com toda
a nossa alma.
1. O DEUS ABENÇOADOR
Concordo plenamente que Deus é abençoador, e para
que isso aconteça, é de suma importância que possamos ter um relacionamento
sincero e agradável perante a Sua presença. Deus nos abençoa sim, mas toda a
bênção recebida de Deus tem como propósito de sermos uma bênção nas vidas das
pessoas. Foi exatamente assim na vida de Abraão, Deus fez a ele grandes
promessas, todavia ele mesmo, além de ser obediente a voz de Deus, também teria
que ser uma bênção na vida de seu povo. (Gn 12.2) “Farei de você
um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção”.
1.1. Abençoando desde o início
Precisamos discernir as bênçãos de Deus em nossas
vidas, pois o fato de sermos abençoados não é meramente um acaso. Deus em tudo
tem um objetivo, Ele abençoa o homem para que este venha a ser um canal de
bênção e, dessa forma, os desígnios de Deus se cumprem conforme Sua soberana
vontade. Nota-se desde a criação, conforme relata o autor da revista, que Deus além
de criar, abençoa e instrui para que vivamos conforme o Seu querer. Isso denota
claramente que o Eterno Deus é soberano de toda criação, tudo que existe seja
nos céus e na terra, depende de Deus para continuar a sua existência. Sem o
poder mantenedor de Deus, todas as coisas criadas, tanto as animadas quanto as
inanimadas, deixariam de existir. Como o apóstolo Paulo disse aos atenienses, “ele mesmo é quem a todos dá vida,
respiração e tudo mais... Nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At
17.25,28).
1.2. Ênfase nas bênçãos temporais A Bíblia
fala que Deus é abençoador, o que realmente é verdade, porém os excessos criados
por algumas teologias que fomenta que o materialismo é a evidência do homem ser
abençoado é antibíblicas. Devemos nos resguardar dos absurdos criados por teologias
que dá mais ênfase nas bênçãos temporais que nas bênçãos eternas. Como exemplos
dessas teologias têm a Confissão Positiva, Triunfalismos e Teologia da
Prosperidade que foram citadas pelo autor, mas existem outras que não têm
respaldos nas Escrituras Sagradas. Essas teologias em suas igrejas utilizam as
mesmas dinâmicas administrativas de uma grande empresa. Aqui a fé torna-se um
bem de consumo. A escatologia bíblica é trocada por uma teologia puramente
utilitarista (Mt 6.33; Cl 3.2). Nenhum crente, a fim de ser abençoado,
necessita aderir às fórmulas inventadas pelos pregadores dessas teologias. A
verdadeira bênção e prosperidade vêm como resultado de um correto
relacionamento com Deus que é fruto de um coração obediente.
1.3. Classificação das bênçãos
As bênçãos são
concedidas por Deus, tanto materiais ou espirituais, e são discernidas conforme
a Sua Palavra, as bênçãos temporais são como pequena nuvem que aparece no céu,
apesar de fazer alguma sombra amenizando o calor do sol trazendo algum tipo de
conforto a pessoa, são afastadas pelo vento. Portanto, não podemos nos apegar a
elas, pois são passageiras. Melhor que elas, são as bênçãos eternas, estas sim,
são relevantes para os servos do Senhor Jesus e devemos buscar em nossas vidas.
As chamadas bênçãos gerais são
concedidas a todos as pessoas, independentes de servi a Deus ou não, como por
exemplo, a chuva, sol e mantimentos (Mt 5.45; At 14.17). Deus também concede bênçãos
individuais (Gn 24. 35,36). Existem
bênçãos específicas ao povo de Israel, (Gn 17.8) e as que são destinadas para a
Igreja, essas fazem referência à justificação (Gl 2.16,21), ao dom do Espírito
Santo (Gl 3.2), à herança espiritual de filho de Deus (Rm 8.14), à vida eterna
(Gl 3.21; Rm 8.2) e à verdadeira liberdade que só encontramos em Cristo (Gl
4.8-10; 5.1). Jesus nos aconselhou a buscar primeiro o Reino de
Deus e a sua justiça. Significa priorizar as bênçãos de
Deus em nossa vida e não as bênçãos dos homens e do nosso “eu”. Que nossos pensamentos
estejam voltados para a vontade de nosso Deus, nosso caráter seja semelhante ao
do Senhor, sirvamos e obedeçamos a Deus em tudo. O que é realmente importante
para você? As bênçãos temporais ou as eternas? Devemos ser firmes e escolhermos
dar ao Senhor o primeiro lugar em cada área de nossa vida e, assim, as demais
bênçãos serão acrescentadas.
2. A BÊNÇÃO DE ABRAÃO E A IGREJA A história de
Israel começa a partir de Abraão, ao chamar Abraão do meio de sua parentela,
Deus fez a ele e sua esposa Sara promessas que somente o Criador seria capaz de
tornar realizadas. “Ora, o SENHOR
disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para
a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e
engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te
abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas
as famílias da terra”. (Gn 12.1-3). Observe que é através de Abraão que a bênção de
Deus chega a todos os povos de uma maneira geral e especificamente até nós como
povo escolhido que forma a igreja do Senhor.
2.1. Identificando a bênção de Abraão
Ao abençoar Abraão, Deus tinha em vista um
propósito bem maior, a bênção não se restringiria somente a ele, mas a vontade
de Deus era redimir e restaurar a comunhão do povo com Ele. Note que através de
Abraão Deus cria um povo exclusivo e abençoado: Israel, a nação formada por
Deus, deveria ser uma nação que anunciaria os planos de Deus a todas as demais nações,
seria uma nação modelo de bênção e prosperidade que atraíssem as outras a servi
o Deus abençoador e criador de todas as coisas. Abraão foi um homem obediente
ao chamado de Deus, tudo que fazia era por meio da fé. Deus prometeu abençoar Abraão e torná-lo famoso, mas
havia uma condição: ele teria de obedecer a Deus completamente. Abraão, movido
pela fé e obediência, saiu de sua casa e viajou para uma nova terra, onde Deus
prometera estabelecer a grande nação formada por seus descendentes. Abraão
partiu em direção a promessa de Deus, para um futuro de bênçãos ainda maiores.
Deus pode estar tentando levar você a um lugar onde poderá ser de grande
proveito para Ele. Não deixe que o conforto e a segurança o façam perder o
plano de Deus para a sua vida.
2.2. A bênção de Abraão e os propósitos de Deus
O plano de Deus na vida de Abraão não se
limitava somente a sua pessoa, mas o propósito do Criador era que estas bênçãos
abrangessem a toda humanidade. Deus queria se revelar ao seu povo como um Deus
abençoador, redimindo e restaurando a comunhão com Ele. Através da descendência
de Abraão Deus abençoaria todas as famílias da terra. Hoje em dia a Igreja do
Senhor tem essa mesma missão de transmitir as bênçãos do Criador. A Igreja deve
ser luz e sal da terra para todos que ainda não conhecem a Deus (Mt 5.13. Mas para esse
fim, é preciso que cada cristão tenha uma vida digna de confiança, vivendo a
verdade, conforme a vontade de Deus, assim, a igreja será um canal de bênção
para aqueles que desejam ter uma vida abençoada. “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9).
2.3. As bênçãos de Abraão no Novo Testamento
O
apóstolo Paulo mostrou que os verdadeiros filhos de Abraão são aqueles que têm
fé, e não aqueles que obedecem a lei (Gl 3.9). O próprio Abraão foi salvo pela
fé (Gn 15.6), Todos os crentes, em qualquer época e de qualquer nação,
compartilham a bênção de Abraão. Essa é uma promessa que traz muito conforto,
uma grande herança para nós e um sólido fundamento para nossa vida. Observe que
as bênçãos de Abraão no Antigo Testamento estão correlacionadas com o Novo
Testamento. Paulo esclarece que a mesma fé de Abraão é identificada com a dos
cristãos, pois se Abraão creu no que Deus prometeu (Hb 11. 8-10), também os
crentes o fazem o mesmo quando creem nas promessas que Deus fez em seu filho Jesus (Hb 9.15; 10.23; 2 Pe
3.13; 1Jo 2.25). Ademais, Abraão creu que Deus era poderoso para cumprir sua
promessa. Ora, também os cristãos, quando creem na promessa de que em Cristo
receberão o dom da vida eterna não duvidam que Deus é poderoso para cumprir sua
palavra (Fp 3.21). Nesse aspecto, a fé de Abraão e a dos cristãos se harmonizam
plenamente. Entende-se, que por meio de Cristo, passamos a desfrutar das
bênçãos espirituais prometidas a Israel (Rm 15.27; Hb 8.8-12 cp. 9.15). Deus manteve a promessa feita a Abraão (Gn 17 7,8) e
não a revogou, embora milhares de anos tenham se passado. Ele salvou Abraão
pela fé e abençoou o mundo por meio do patriarca ao enviar o Messias como um de
seus descendentes. As circunstâncias podem mudar, mas Deus permanece constante
e não quebra suas promessas. Ele prometeu perdoar nossos pecados através de
Jesus Cristo, e podemos ter a certeza de que o fará.
3. ASPECTOS
DE UMA VIDA ABENÇOADA
As promessas de Deus visam abençoar
seu povo, não com a expectativa errada de algumas teologias, que põe as
riquezas como um fim e faz com que a vida cristã gire ao redor disso como se
fosse a conquista suprema da vida. Tudo quanto recebemos de Deus, seja o que
for, não é para o nosso deleite carnal e sim para a sua excelsa e eterna
glória. As promessas de Deus asseguram-nos que Ele sempre cuida de nós em
quaisquer circunstâncias. Ao mesmo tempo, precisamos compreender que essas
promessas de uma vida de bênçãos estão vinculadas a um pacto, no qual há
cláusulas a serem observadas por nós. Deus faz a sua parte. Ele espera que
façamos a nossa e que entendamos suas promessas à luz de sua soberania.
3.1. Última ação de Jesus Cristo
Diariamente
Jesus Cristo abençoavam seus discípulos com todas as boas dádivas enquanto
andavam com Ele. Agora no momento de sua ascensão, sua última ação não poderia
ser diferente, Jesus era elevado ao céu, mas não deixou de abençoar seus
discípulos. Dessa vez, Jesus abençoou seus discípulos com as mãos levantadas.
Era função do sumo sacerdote colocar a bênção sobre o povo (Nm 6.23). Agora, ao
se despedir deles, o Senhor revelou-se como seu verdadeiro Sumo-Sacerdote. A
partida de Jesus ao céu não é fim da bênção de seu povo, agora Ele voltou ao
céu e junto ao Pai celestial está intercedendo por nós, ou seja, é a
continuação da bênção na vida de seus seguidores. (Cf. Lc 24.51; Jo 3.13). Os
discípulos do Senhor louvavam e enaltecia a Deus por tudo o que haviam vivenciado.
As bênçãos, ressurreição e exaltação de Jesus à direita de Deus devem ser a
razão dos nossos incessantes louvores!
3.2. A bênção do relacionamento com Deus
Uma vida abençoada não é
resultado do sucesso financeiro e nem de ausência de sofrimento na vida do
crente como muitos pensam, mas sim da obediência e um correto relacionamento
com Deus. O próprio Jesus disse que no mundo teremos aflições (Jo 16.33), mas o
Senhor Jesus nos conforta ao dizer: “Porque para mim tenho
por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a
glória que em nós há de ser revelada”. (Rm 8.18). A bênção divina foi uma
realidade bem presente no ministério dos apóstolos (Rm 15.29), assim como é em
nossas vidas. Vale ressaltar que a bênção de Deus está condicionada a seu povo,
o qual opta pela bênção, ao obedecer, ou pela maldição, ao desobedecer (Dt 30.
15-18; Jr 17. 5,7). A verdadeira bênção na vida do cristão vem como resultado
de um correto relacionamento com Deus que é fruto de um coração obediente.
3.3. Bênção e aprovação divina
A prosperidade é uma bênção de
Deus ao homem (Pv 10.22). Até mesmo os incrédulos enriquecem em decorrência desse
favor. Conhecemos isso na teologia como “graça comum”, um favor divino dado aos
homens indistintamente. É essa graça que faz a chuva vir sobre os bons e os maus
(Mt 5.45). Quando se negligencia esse importante princípio, é fácil transformar
o trabalho em mero ativismo em vez de algo prazeroso. Reconhecer o Senhor como
a fonte de toda bênção é a melhor forma de proteger-se da ganância que persegue
alguns que possui riquezas (Sl 127.1,2).
CONCLUSÃO
O fundamento para uma vida abençoada e frutífera é
reconhecer que Deus é a fonte de toda nossa bênção. Deus nos abençoa para que sejamos
abençoadores de nossos irmãos. A riqueza em si não é má. Porém, o que fazemos dela
pode transformar-se em algo danoso para nós e para os que nos cercam (Sl
62.10). O que Deus reprova é o “amor do dinheiro” (1 Tm 6.10). Mas não a sua
aquisição através do trabalho honesto e responsável. Na História Sagrada,
encontramos várias pessoas ricas e, nem por isso, foram condenadas, pois tinham
a Deus sempre em primeiro plano (Mt 27.57; Lc 19.2). Compreender a nossa
dependência constante de Deus, o Criador, requer de nós oferecermos a Ele a
nossa gratidão e lealdade em todas as áreas da vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista
e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.
Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo: Editora
Cultura Cristã, 2014.
Bíblia de Estudo MacArthur. Edição Revista e
Atualizada, tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Vida Nova, 2003.
Bíblia de Estudo Matthew Henry. Edição Revista
Corrigida, Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2017.
Bíblia de Estudo Nova Versão Internacional, NVI. São
Paulo: Editora Vida, 2003.
Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos. A verdadeira prosperidade. 1º Trimestre de 2012.
Revista do professor: Jovens e
Adultos. Aperfeiçoamento Cristão. Rio
de Janeiro: Editora Betel – 2º Trimestre de 2018. Ano 28 n°
107. Lição 1 – Discernindo as bênçãos de Deus.
COMENTÁRIOS
ADICIONAIS
Pb. Ancelmo Barros de Carvalho. Servo do
Senhor Jesus.
3 comentários:
A Paz do Senhor,
Parabéns por comentar todos os tópicos, que Deus continuem abençoando esse blog EBD, pela dedicação, seriedade e pontualidade.
PARABÉNS PELOS COMENTÁRIOS, E AINDA MELHOR QUE FOI POR TÓPICOS E SUB TÓPICOS, MUITO BOM.
Muito obrigado, está nos ajudando bastante
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