(Lição
02 - 14 de Janeiro de 2018)
TEXTO
ÁUREO
“E
porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito
por ele, para sua expiação.”(Lv 1.4).
VERDADE
APLICADA
O
sacrifício de Cristo proporcionou a reconciliação entre Deus e o
homem.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
►INCENTIVAR
o cristão a ter por princípio de vida a voluntariedade;
►MOSTRAR
que Cristo é a realidade do sacrifício da expiação;
►ENSINAR
que Deus sempre provê meios para que todos possam dEle se aproximar.
TEXTOS
DE REFERÊNCIA
Lv
1.2 – Fala
aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando algum de vós oferecer
oferta ao Senhor, ofereceis as vossas ofertas de gado, de vacas e de
ovelhas.
Lv
1.3 – Se a sua oferta for
holocausto de gado, oferecerá macho sem mancha; à porta da tenda da
congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o
Senhor.
Lv
1.4 – E porá a sua mão sobre
a cabeça do holocausto, para que seja aceito por ele, para sua
expiação.
Lv
1.6 – Então esfolará o
holocausto e o partirá nos seus pedaços.
Lv
1.7 – E os filhos de Arão, os
sacerdotes, porão fogo sobre o altar, pondo em ordem a lenha sobre o
fogo.
INTRODUÇÃO
Os
sacrifícios de animais foi instituído por Deus, eram a única forma
de se aplacar a ira divina contra o pecado e aproximar o homem do seu
Criador. Apesar disso, tais sacrifícios demonstraram ser ineficazes
porque apenas aplacavam temporariamente a ira de Deus, mas não
removiam o pecado. Sendo assim, era necessário um sacrifício único
e perfeito, que propiciasse aos homens a certeza da reconciliação
com Deus.
1.
UMA OFERTA VOLUNTÁRIA
A
oferta que agrada a Deus é aquela de livre e espontânea vontade, ou
seja, tem de ser uma oferta voluntária. Aquilo que se oferta sobre
alguma imposição, já não é oferta e sim uma obrigação, sendo
assim, não agrada nenhumas das partes porque contraria o princípio
da voluntariedade. O sacrifício oferecido a Deus só agradaria se
fosse feito com alegria e total entrega. O sentido mais profundo da
palavra “sacrifício” é dádiva, ou seja, um presente oferecido
por amor a Deus. O holocausto era um sacrifício voluntário.
Observe: “Se sua oferta for holocausto...” (Lv 1.3). Deus não
quer nada forçado de ninguém, pelo contrário, Ele deseja que lhe
ofereçamos nossos sacrifícios livremente.
1.1.
Uma oferta de animal limpo
A
separação de animais em categorias limpos e impuros veio pelo
desejo soberano de Deus. Isto denota que Ele quer que seu povo viva
de forma diferente dos outros povos no mundo. Preocupa-nos
corretamente o pecado e seu poder destruidor. Por isso, como Igreja
do Senhor precisamos fazer distinções entre o santo e o iníquo,
entre o limpo e o imundo. Nossas meditações feitas no coração,
podem ser representadas pelo ruminar, através da digestão do nosso
alimento espiritual. Assim como a unha fendida, que denota a firmeza
do nosso caminhar diante de Deus e da sociedade que convivemos. Jesus
disse que somos o sal da terra e luz do mundo, (Mt 5.13,14). O sal é
essencial para a comida. Sem sal, a comida fica incompleta, sem gosto
e sem graça. Uma
pitada de sal pode dar sabor a muita comida! O
sal é tão importante que todas as ofertas de comida dedicadas a
Deus deveriam ser temperadas com sal (Lv 2.13).
1.2.
Uma oferta sem mancha
O
animal a ser ofertado deveria ser um macho, e sem mancha, e ainda,
teria de ser o melhor que ele tivesse em seus pastos. Sendo
inteiramente destinado à honra Daquele que é infinitamente
perfeito, ele deveria ser o mais perfeito de sua espécie. Isso
apontava o poder e a pureza perfeitos que existiam em Cristo, que se
ofereceu para morrer como o sacrifício perfeito, e a sinceridade de
coração e a inculpabilidade da vida que deveria existir nos
cristãos, que são oferecidos a Deus como sacrifícios vivos. Como
o sacrifício devia ser sem mancha, perfeito, assim Cristo foi o
“Cordeiro imaculado e incontaminado”, que “nos amou, e Se
entregou a Si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus em
cheiro suave” (1 Pe 1.19; Ef 5.2).
1.3.
A mão sobre a cabeça
O
ofertante deve colocar a sua mão sobre a cabeça de sua oferta, (v.
4). “Ele deve colocar ambas as mãos”, dizem os estudiosos
judeus, “com toda a sua força, entre os chifres do animal”. Esse
ato, ao colocar a sua mão sobre a cabeça da oferta, representava o
seu desejo e a sua esperança de que esta pudesse ser aceita para que
lhe trouxesse a expiação de seus pecados. Embora os holocaustos não
dissessem respeito a algum pecado específico como ocorria com a
oferta pelo pecado, ainda assim eles deveriam representar a expiação
do pecado em geral. E aquele que colocava a sua mão sobre a cabeça
do holocausto deveria confessar que havia deixado de fazer o que
deveria ter feito, e que havia feito algo que não deveria ter feito.
Ele deveria orar para que, embora ele próprio merecesse morrer, a
morte do animal que estava sendo oferecido em sacrifício pudesse ser
aceita pela expiação de sua culpa.
2.
UMA OFERTA PARTIDA
A
Preparação da oferta de holocausto chama atenção pela sua
característica, o animal ao ser partido, todas as suas partes
ficavam visíveis no altar. “Então ele esfolará o holocausto, e
cortará em seus pedaços” (Lv 1.6). Isto significa que o Senhor
não quer o exterior, Ele não quer a pele, o que é visto, mas o
oculto, o interior. Nos chama atenção mais uma característica: o
Senhor olhava não somente o sacrifício, mas principalmente para a
pessoa que trazia. As aparências podem nos enganar, mas diante de
Deus não há como esconder algo, pois aquilo que está oculto é
revelado, Ele sabe a intenção do coração de cada um nós.
2.1.
Uma oferta para ser aceita
O
sacrifício no Antigo Testamento eram uma parte secundária, mas
vital, da religião de Israel. Por meio dos sacrifícios, o povo
expressava a fé e aprendia a natureza de um Deus santo, de uma
humanidade pecadora e da necessidade da expiação. Através de sua
fé e obediência, o povo também recebia perdão (Lv 1.4;4.20,
26,31,35; 5.10), baseado no sacrifício definitivo de Cristo (Rm
3.25; Hb 9.9-10; 10.1-4). No entanto, Deus se compraz com a
sinceridade, quando nos apresentamos diante de Sua presença, Ele
observa a maneira com
que nos aproximamos do santo altar; o que nos motiva a comparecer.
Isto tem peso ante Deus. Deus não está interessado em sofisticadas
oferendas, Ele atenta para o nosso gesto de gratidão (Pv 21.3).
Esses
sacrifícios
de animais não podiam tirar os pecados, eles forneciam apenas um
modo temporário para lidar com o pecado até que Jesus viesse
resolver de modo definitivo a questão do pecado. As pessoas do
Antigo Testamento que estavam seguindo os mandamentos de Deus em
relação a oferecerem sacrifícios. Ele graciosamente os perdoava
quando, pela fé, ofereciam tais sacrifícios. Mas esta prática
antecipava o sacrifício perfeito de Cristo. A
verdadeira cobertura do pecado é obra de Deus, mas isso era
simbolizado pelo ato expiatório com os animais, o homem é aceito
pela vontade de Deus, assim, seus pecados são cobertos, limpos e
pagados.
2.2.
Uma oferta esfolada e partida
Conforme
a ordem de Deus a Moisés, era necessário observar a risca a maneira
como se oferecia sacrifícios. Havia uma regra como fazer o
sacrifício, não podia ser de outra forma. O ofertante sacrificava o
animal, esfolava e partia em pedaços, (v.
12). (Cf. Lv 8.20 e Ex 19.17). O sacerdote recebia o couro por seus
serviços (Lv 7.8), mas o resto tinha de ser totalmente queimado, se
fosse holocausto, para que fosse eficaz no perdão de pecados. Alguns
estudiosos veem os grandes sofrimentos de Cristo simbolizados no ato
de esfolação e de despedaçamento do animal. A verdadeira cobertura
do pecado é obra de Deus (Jr 18. 23; Sl 78. 38), que era
representado pelo ato expiatório com o animal. 0 homem é aceito
pela vontade de Deus, e assim seus pecados são cobertos, limpos e
apagados. Naturalmente, em Cristo, temos a realidade, verdade essa
que era representada por aqueles atos simbólicos.
2.3.
Uma oferta em Ordem
Várias
porções do
animal sacrificado eram postas sobre a lenha, a fim de serem
queimadas, incluindo a gordura,
sempre
tão escolhida para propósitos de oferta. Os sacerdotes tinham de
fazer esse trabalho, visto que estava diretamente ligado ao serviço
do altar. Alguns estudiosos pensam que isso representa a crucificação
de Jesus. O (v. 12) deste capítulo mostra que os pedaços do animal
eram postos sobre o altar em determinada ordem. Os pedaços eram
postos mais ou menos na mesma posição que tinham ocupado no animal
vivo. O despedaçamento do animal servia para que a queima fosse mais
fácil. Um animal inteiro precisava de muito mais tempo para ser
consumido no fogo.
3.
UMA OFERTA PARA APRECIAÇÃO DE DEUS
Por
esse meio de ofertas, a pessoa também expressava completa submissão
e dedicação ao Senhor. Outras passagens bíblicas mostram que esses
sacrifícios eram realizados em diversas ocasiões. Os holocaustos
representavam o sacrifício imaculado de Cristo a Deus. Sobre o altar
do Calvário, o Cordeiro de Deus foi totalmente consumido pelo fogo
da justiça do Senhor. A oferta era trazida para que ambos, oferta e
ofertante, fossem apreciados e aceitos por Deus.
3.1.
Fressura e pernas lavadas
As
ofertas podem representar muitos sentidos de acordo com o texto
estudado. A lavagem da fressura(entranhas)e pernas do sacrifício com
água. (v. 9 e 13). A lavagem Ilustra a pureza de Cristo, a água
fala da Palavra de Deus, a fressura do seu interior (motivos,
desejos, vontade e coração) e as pernas da sua maneira de viver e
andar. Jesus guardou sempre perfeitamente a Palavra de Deus no seu
coração e no seu andar. Indica que só Jesus Cristo poderia ser o
substituto pelo pecado aceitável ao Pai.
3.2.
Uma oferta que todos podiam oferecer
As
leis relativas aos holocaustos, se referiam aos rebanhos e às aves.
E todas as pessoas podiam levar suas ofertas a Deus, as que não
podiam se dar ao luxo e oferecer um boi, trariam uma ovelha ou uma
cabra. Já os que não tinham condições de fazer isso seriam
aceitos por Deus se trouxessem uma pomba ou um pombinho. Essa foi a
oferta que Maria e José ofereceram quando apresentaram Jesus no
templo. Pois Deus em sua Lei e em seu Evangelho, assim como em sua
providência, contempla toda classe de pessoas, Ele não faz
distinção entre o rico e pobre. Percebe-se que essas aves foram
escolhidas para sacrifícios por serem brandas e pacificas, inocente
e inofensivas, simbolizando a simplicidade e a humildade que havia em
Cristo, também para ensinar a simplicidade e a humildade que deve
haver na vida de cada cristão.
3.3.
Uma oferta totalmente queimada
O
holocausto era uma queima total, excetuando o couro, que era dado aos
sacerdotes, como uma espécie de salário por seus serviços (Lv
7.8). Assim acontecia porque havia o envolvimento de pecado nessa
oferta, e o sacrifício precisava ser consumido totalmente. O ato
simbolizava tanto expiação
quanto
santificação.
O
holocausto tornava-se uma espécie de incenso,
e
esperava-se
que o cheiro de carne queimada fosse agradável a Deus, Alguns
intérpretes, supõem que a fumaça/incenso
só
tivesse um significado simbólico, tal como o incenso é usado em
alguns segmentos atuais da cristandade. De fato, ninguém deveria
imaginar que
Deus
realmente viesse cheirar e gostar do cheiro de incenso. Mas sabe-se
que
o
incenso
é um
emblema da oração. A declaração de que o aroma era agradável a
Yahweh, seja como for, é uma forma de pensamento. O foco aqui é a
ideia de aceitação
do
sacrifício terminado, por ter Deus ficado satisfeito em que o homem
reconhecera sua culpa e pedira perdão. Assim também, em Cristo, o
sacrifício é, ao mesmo tempo, completo e aceitável, e Nele temos
vida, e não morte. No trecho de Efésios 5.2, lemos que o sacrifício
de Cristo foi, para Deus, um “aroma suave”.
CONCLUSÃO
Os
sacrifícios do Antigo Testamento demonstraram ser ineficazes porque
apenas aplacavam temporariamente a ira de Deus, mas não removiam o
pecado. Desta forma, havia a necessidade de um sacrifício único e
perfeito, que propiciasse aos homens a certeza da reconciliação com
Deus. O sacrifício de Cristo, oferecido uma só vez, garante-nos a
certeza da eterna salvação. Agora já não precisamos continuar
fazendo os sacrifícios levíticos. O que aqueles sacrifícios não
podiam fazer, foi feito pelo sacrifício de Cristo sobre a cruz.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Revista
do professor: Jovens e Adultos. Levítico.
Rio de Janeiro:
Editora Betel – 1º Trimestre de 2018. Ano 28 n°
106. Lição 2 – O sacrifício da expiação.
Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução
de João Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.
Bíblia
de Estudo MacArthur. Edição Revista e Atualizada, tradução de
João Ferreira de Almeida. Barueri, SP: SBB, 2013.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Ph.
D.
O
Antigo Testamento interpretado versículo
por versículo,
volume
2, São
Paulo: Hagnos, 2001.
DAVID
S. Dockery. Manual
Bíblico Vida Nova.
São Paulo: Editora Vida Nova, 2010.
Site.
Estudos bíblicos para cristãos
e as igrejas, Palavra Prudente.
HENRY’S,
Mathew. Comentário
Bíblico Novo Testamento.
Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
LAWRENCE,
O Richards. Comentário
Devocional da Bíblia.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
Lições
Bíblicas CPAD Jovens e Adultos. Lição 10: A
eficácia do sacrifício de Cristo. 3º
Trimestre de 2001.
MACDONALD,
William. Comentário Bíblico Popular. Antigo Testamento.
São Paulo, Mundo Cristão. 1995.
UNGER,
Merrill Frederick. Manual
Bíblico Unger.
São
Paulo: Vida Nova, 2006.
COMENTÁRIOS
ADICIONAIS
Pb.
Ancelmo Barros de Carvalho. Servo do Senhor Jesus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário