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Lição 14 - O verdadeiro discípulo e a sua saúde emocional

O VERDADEIRO DISCÍPULO E A SUA SAÚDE EMOCIONAL
Lição 14 – 31 de dezembro de 2023

TEXTO ÁUREO
Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma. 3 João 2

VERDADE APLICADA
Cabe ao cristão observar os princípios bíblicos sobre o cuidado pessoal de todas as áreas da vida, visando uma melhor qualidade de vida.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Ensinar que todos devem cuidar da saúde emocional;
- Apontar os cuidados com a saúde emocional;
- Mostrar o que a Bíblia diz sobre saúde emocional.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
FILIPENSES 4
6. Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.
7. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
8. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
9. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.

COMENTÁRIO ADICIONAL

INTRODUÇÃO
Prezados irmãos, graça e paz de nosso Senhor e Salvador Jesus! Na presente lição, veremos como um verdadeiro discípulo de Cristo lida com eventuais problemas relacionados à saúde mental. Este assunto é de suma importância para todos os membros da igreja, uma vez que problemas como ansiedade, síndrome de burnout e depressão são percebidos com certa frequência. É precisamente acerca desses assuntos que apresentaremos uma abordagem bíblica, coerente e eficaz, tendo em vista que a Palavra de Deus não falha. Vale ressaltar que o objetivo desta lição é trazer uma orientação bíblica, de cunho espiritual. Cremos que o poder de Deus é infinito, capaz de curar qualquer enfermidade que seja, pois não há nada impossível para Deus. Contudo, caso algum irmão necessite de acompanhamento profissional, recomendo que se procure um psicólogo, de preferência que seja cristão. Assim como Deus nos deixou médicos, nutricionistas e demais profissionais na área da saúde, no campo da mente não é diferente. Muitas pessoas, inclusive cristãs, sofrem com doenças mentais, que necessitam tanto de oração quanto de acompanhamento profissional. Isto posto, desejo uma ótima leitura, e que a graça de nosso Deus Pai esteja com você, te dando uma excelente saúde mental, espiritual e física.

1. O DISCÍPULO DE CRISTO E A SÍNDROME DE BURNOUT
Segundo o Ministério da Saúde, a Síndrome de Burnout (ou Síndrome do Esgotamento Profissional) é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, e, no nosso caso, os pastores.

Traduzindo do inglês, "burn" quer dizer queima; e "out" exterior. Então é algo como uma queima exterior mesmo, no sentido de sem energia para continuar, que é visivelmente evidenciada exteriormente.

O cristão tem uma agenda normalmente muito mais intensa que uma pessoa ímpia. Precisamos orar, jejuar, tem ensaios dos grupos, EBD, cultos no meio de semana, visitas, retiros, cuidar do lar, filhos, marido, esposa, trabalho, faculdade, enfim. Com todos esses compromissos, é de fundamental importância que o cristão se cuide, para que não desencadeie em um esgotamento físico e mental, ou seja, a síndrome de Burnout.

1.1- Sintomas do burnout
A Síndrome de Burnout envolve nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas. Além disso, outros sintomas são: dor de cabeça frequente; alterações no apetite; insônia; dificuldades de concentração; sentimentos de fracasso e insegurança; sentimentos de derrota e desesperança; sentimentos de incompetência; alterações repentinas de humor; isolamento; fadiga; dores musculares.

Na Bíblia, podemos destacar alguns casos em que percebemos sobrecarga de responsabilidades, e devemos observar essas histórias para que fiquemos alertas. Uma delas é o caso de Moisés: “E aconteceu que, ao outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até a tarde. O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer.” (Êxodo 18:13,17,18)

1.2- Causas do Burnout
Valquíria Salinas, psicóloga cristã, irmã na Assembleia de Deus na cidade de Sorocaba-SP, diz o seguinte: “O Indivíduo com a Síndrome de Burnout tem um perfil no qual ele acredita que ninguém pode fazer como ele o trabalho, e que seus amigos são incompetentes ou preguiçosos. São pessoas que possuem dificuldade em se desligar por um momento e deixar a autoridade relacionado ao seu trabalho de lado.”

Irmãos, o problema da centralização em uma só pessoa é, além de antibíblico, uma das causas da síndrome de Burnout. Jesus escolheu discípulos para o trabalho de espalhar o Evangelho, e, mais tarde, enviou os 70 por toda a região (Lc 10:1-24). Moisés, também neste exemplo que citei no tópico anterior, precisou de ajuda no ministério (Êx 18:13-18). Podemos citar também Atos 6:1-7, quando os apóstolos estavam muito ocupados com a ministração da Palavra, e a comunidade cristã elegeu 7 diáconos para auxiliá-los nas questões da igreja. O que não falta na Bíblia são exemplos de divisão de tarefas, para que ninguém se sobrecarregue.

Outra causa para desencadear no Burnout é a expectativa muito alta não correspondida. Muitas vezes, esperamos muitos convertidos numa preleção, por exemplo, e nada acontece. Não ter tempo para família e lazer também leva uma sobrecarga das atividades.

Devemos nos atentar para que façamos o melhor para o reino de Deus, de forma organizada, descentralizada, preservando nossa saúde mental, com muito zelo, para a honra e glória de Deus.

1.3- Ajuda no esgotamento físico-emocional
O primeiro passo, com certeza, é reconhecer que está esgotado. Com isso, deve-se mudar o seu estilo de vida: Começar a fazer exercícios físicos, procurar ter mais qualidade de vida, cuidar da sua saúde mental e espiritual, escutar a palavra de Deus e refletir nela, montar um projeto na igreja mais tranquilo, que demande menos tempo de sua rotina, tirar férias e passar a ter mais momentos de lazer com a família. Aprender a dizer NÃO para muitas coisas, também é fundamental. Devemos também aprender a tolerar frustrações, não se cobrar tanto quanto antes.

Por fim, mas não menos importante, dar início a um tratamento de psicoterapia, caso julgue necessário. “Vale lembrar que esse tratamento depende de cada caso, mas pode incluir uso de medicamentos, como antidepressivos, em alguns casos, como maneira de prevenir esse fenômeno”, ressalta a Dr.ª Valquíria.
Pessoas exaustas não tem condições de oferecer nada a ninguém. A exaustão atrapalha a pessoa, dificultando, inclusive, na sua espiritualidade, não conseguindo oferecer carinho, amor e até mesmo uma palavra amiga a alguém. Burnout não é falta de fé, como muitos julgam. A Bíblia inclusive mostra o exemplo de Elias que chegou a fugir, apesar de não resolver nada, pois achou que estava só no ministério dos profetas (1Rs 19:4).

Se você se identificou com esse texto, não perca sua fé. Tente tomar essas providências sugeridas, busque ajuda se necessário. Gostaria de destacar que a oração deve estar em primeiro lugar. Devemos sim orar, mas também agir. A palavra de Deus diz em Mateus 11.28: “Vinde a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”.
 
2. O DISCÍPULO DE CRISTO E A DEPRESSÃO
Por muitos anos, no meio evangélico, o cristão não podia ter depressão porque era considerado coisa do demônio. Se algum crente tivesse com depressão, era falta de fé. Assim como qualquer outra doença, o cristão está sujeito à depressão. Os cardiologistas cuidam do coração, ortopedista cuida dos ossos, e os psicólogos cuidam da saúde mental. Se um crente não pode ter depressão, então também não pode ter gripe, falta de ar, miopia e tantas outras enfermidades que qualquer pessoa tem.

Então a pergunta é: existe caso de depressão na Bíblia? Sim! temos o caso de Ana, mãe de Samuel, em 1Sm 1:7. Tem também o profeta Jeremias, em Jr 20:14-18. Elias também, em 1Rs 19:1-18. Jó também, em Jó 6:2-23. O salmista também, em Sl 42:1-7. Veja que todos esses homens tiveram os mesmos sintomas, e eram grandes homens de Deus. Além desses exemplos na Bíblia, podemos citar também grandes homens como Charles Spurgeon, pregador batista, além de outros irmãos.

Acho muito interessante o que Salomão escreve em Ec 9:2-3: “Tudo acontece igualmente com todos: o mesmo acontece com o justo e com o ímpio, com o bom e com o mau, com o puro e com o impuro, com o que oferece sacrifícios e com o que não os oferece, com o bom e com o pecador, tanto com o que faz juramentos como com aquele que tem medo de fazê-los. Este é o mal que há em tudo o que se faz debaixo do sol: a mesma coisa acontece com todos. Também o coração das pessoas está cheio de maldade; está cheio de loucura enquanto elas vivem; depois, rumo aos mortos.”

Não é porque uma pessoa é serva de Deus que está isenta de passar por doenças ou quaisquer outros males. Os defensores da teologia da prosperidade que defendem este absurdo, de que a vida do crente é só vitória, não fica doente, é de classe média para cima, não tem crente pobre etc. Crente também fica doente, sofre perseguição, até morre de maneira injusta como aconteceu com Estêvão e tantos outros mártires. Dessa forma, o cristão também está sujeito a sofrer todo e qualquer tipo de mal, inclusive depressão.

2.1- Sinais da depressão
Acredito que seja bom definir o que vem a ser depressão, para entendermos legal os seus sinais. Primeiro, devemos entender que não é uma tristeza profunda. Todo mundo sente tristeza em algum grau, mas por mais que seja elevadíssimo, não é depressão. Sofremos perda de parentes queridos, ou desemprego, ou uma dívida muito grande, que podem dar uma tristeza amarga. Mas não é depressão, pois tem um aparente motivo.

A depressão é uma profunda falta de esperança, uma tristeza aguda sem motivo aparente, ausência de encontrar alegria alguma em coisas legais de se fazer, não encontrar prazer em absolutamente nada neste mundo, não encontrar paz, alegria, valor, propósito. A pessoa fica dias trancado em casa sem fazer nada, absolutamente isolado sem graça nenhuma no mundo. Com isso em mente, vejamos os principais sinais de depressão: Sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa.

Pessoas depressivas acreditam que perderam, de forma irreversível, a capacidade de sentir prazer ou alegria. Tudo parece vazio, o mundo é visto sem cores, sem matizes de alegria. Muitos se mostram mais apáticos do que tristes, referindo “sentimento de falta de sentimento”. Julgam-se um peso para os familiares e amigos, invocam a morte como forma de alívio para si e familiares. Fazem avaliação negativa acerca de si mesmo, do mundo e do futuro. Insônia, falta de apetite, dores físicas também podem ser percebidas em vários casos.

2.2- Causas da depressão
Então o que pode causar a depressão? Uma possibilidade é de natureza física mesmo. O cérebro pode estar com algum problema genético, alguma falta de compensação hormonal, alguns problemas do cérebro que estão relacionados à alegria que precisam ser resolvidos com remédio mesmo. Nesse caso, a ajuda de um profissional como psiquiatra é fundamental.

Outra causa da depressão é uma questão de cosmovisão, de como a pessoa enxerga o mundo e lida com alguns problemas. Nesse caso já não é mais um problema físico, e remédio nenhum vai ajudar. São casos que a pessoa vê a maldade no mundo, por exemplo, e acredita que não há nada que possa resolver, e por isso se culpa de tal forma que chega a uma depressão.

Sabendo a origem possível da depressão, algumas outras causas podem ser: Histórico familiar; Transtornos psiquiátricos correlatos; Estresse crônico; Ansiedade crônica; Disfunções hormonais; Dependência de álcool e drogas ilícitas; Traumas psicológicos; Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, neoplasias entre outras; Conflitos conjugais; Mudança brusca de condições financeiras e desemprego; Cobrança por resultados inalcançáveis no trabalho, dentre outros.

É de fundamental importância que nós, irmãos em Cristo, cuidemos uns dos outros, nos atentando a qualquer um desses sinais nos irmãos. Caso perceba, chame pessoas sábias e capacitadas para ajudar, pois o irmão não terá forças suficiente para buscar ajuda, muitas vezes dependendo mesmo de uma pessoa para se importar com ele.

2.3- Compartilhando as angústias
Queridos, apesar de muitos casos a pessoa não ter forças para buscar ajuda, compartilhar o que está passando, é muito importante que se procure ajuda. Tentamos cuidar uns dos outros, mas muitas vezes os sinais de depressão passam desapercebidos pelos irmãos, infelizmente. Então ao invés de fugir e se isolar, como Elias fez (1Rs 19:4), busque ao Senhor em primeiro lugar (1Rs 19:11a). Não abandone seu ministério (1Rs 19:3b) mas persevere e obedeça ao Senhor (1Rs 19:15). Não pense que você está só (1 Rs 19:10b) mas saiba que você está cercado de servos de Deus (1 Rs 19:18). Saiba que Deus se importa com você, Ele cuida de você (1 Rs 19:7).

Por fim, não pense que só você é capaz de fazer a obra de Deus, pois isso trará uma sobrecarga maior que você pode aguentar e fatalmente vem a frustração de não conseguir realizar bem o trabalho. Dessa forma, vem o desânimo e o sentimento de fracasso, levando a uma possível depressão. Por isso saiba que existem pessoas que Deus escolheu para dar prosseguimento ao seu trabalho na igreja (1Rs 19:16b).

Descanse no Senhor, confie nele, pois sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Rm 8:28)
 
3. O DISCÍPULO DE CRISTO E A ANSIEDADE
A ansiedade é uma coisa que todos nós temos, seja em grau mais elevado ou não. Na verdade, ansiedade não é um problema até certo ponto. Por exemplo, quem nunca deu um frio na barriga antes de se expor em público? Ou ficou nervoso numa prova de CNH? A ansiedade nos acompanha, e é normal em todas as pessoas de todas as idades. É isso mesmo: de crianças até idosos, não há nenhuma pessoa que não tenha ansiedade por mais mínima que seja.

Contudo, quando se passa desse limite normal, aí é um problema. É um problema para todas as pessoas, mas para nós, cristãos, a Bíblia trata como incredulidade. A pessoa que vive ansiosa, ela antecipa um problema que PODE acontecer no futuro, mas nem sabe se vai acontecer. O resultado é que a pessoa sofre no presente, e caso aconteça futuramente, sofre novamente. Jesus nos ensina a viver um dia de cada vez, pois a cada dia basta o seu mal (Mt 6:34). Jesus também nos ensina a confiar no Pai, pois se Deus cuida de plantas e animais, imagina seus próprios filhos (Mt 6:25-27).

Dessa forma, queridos irmãos, não andem ansiosos por coisa alguma. Confie em Deus, pois somente os ímpios é que vivem ansiosos. Confiar em Deus é ter paz na alma. Quem confia em Deus sabe que Ele é soberano, nada foge do seu controle, tudo acontece somente debaixo de sua permissão, e Ele tem uma vontade que é boa, perfeita e agradável para nós!

Por que o ímpio sofre de ansiedade excessiva? Porque eles não têm Deus no coração. Eles não creem que Deus está no controle, eles não sabem o fim da história, que está revelada no livro de Apocalipse; confiam em suas próprias forças, e não têm esperança.

Assim, irmãos, a ansiedade excessiva é incompatível com a fé cristã, e as Escrituras condenam esse tipo de atitude marcada pela incredulidade e falta de confiança em Deus.

3.1- Sintomas da ansiedade
Charles Spurgeon disse: “A ansiedade não resolve os problemas de amanhã, ela simplesmente tira a paz de hoje.” Quem sofre com esse transtorno tende a apresentar uma mente mais acelerada, com excesso de preocupações e pensamentos. Por isso, a inquietação é um sintoma comum. A pessoa pode ter dificuldade em ficar parado, focar em uma tarefa ou relaxar. Além disso, a pessoa pode buscar múltiplos afazeres ao longo do dia.

Os principais sintomas de ansiedade são: sensação de perigo iminente, pânico ou desgraça; aumento da frequência cardíaca; respiração rápida (hiperventilação); sudorese e tremedeira; fraqueza ou cansaço; dificuldade de concentração; insônia; problemas gastrointestinais; dificuldade em controlar a preocupação.

Nos cristãos, os sintomas normalmente são: Não quer mais ler a Bíblia; Falta de interesse na palavra de Deus; Perdem o ânimo para orar; Fogem da comunhão com os irmãos, inclusive faltam os cultos deliberadamente; Sentem que Deus o abandonou; Se sentem incapacitados para qualquer atividade na comunidade.

Devemos ter em mente o salmo 94:19 “Multiplicando-se em mim as inquietações, as tuas consolações me alegram a alma.”

3.2- Causas da ansiedade
A inclusão de muitas tarefas no dia pode gerar uma sensação de frustração quando não é possível realizá-las. A frustração, por sua vez, pode deixar a pessoa mais ansiosa. Vejam, irmãos, que a síndrome do Burnout tem muita relação com a ansiedade. Inclusive os sintomas são muito parecidos. 

A multidão de pensamentos futuros também é uma das principais causas, como se vê no Salmo 94:19 e Mateus 6:25-34.Problemas de saúde também podem ocorrer ansiedade, uma vez que a pessoa vive enferma, ela tende a imaginar se vai ficar nessa situação a vida toda.

Todo e qualquer tido de problema, em qualquer área pessoal da vida pode ocorrer ansiedade. Por exemplo, nas crianças: são frequentemente bombardeadas com excesso de informações e desenhos animados que não são indicados, acarretando a ansiedade. Jovens e adolescentes têm a pressão dos pais e amigos para irem bem na escola, faculdade, arrumar um emprego, ter as coisas que desejam, e por nem sempre conseguirem, ficam ansiosos. Os adultos têm problemas financeiros, de saúde, no casamento, familiar, e tudo isso pode causar ansiedade.

Mas, para nós, cristãos, vale lembrar de que temos Deus conosco. Toda e qualquer preocupação com o futuro nós deixamos nas mãos de Deus, como veremos no próximo tópico.

3.3- Práticas de autocuidado
Para combater a ansiedade excessiva, analisemos o que Paulo diz no texto de Fp 4:6- 9, onde temos 3 ensinamentos para lidar com isso.

Primeiro: no verso 6, veja que o texto nos ensina a ter nossas súplicas e orações conhecidas diante de Deus: “Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. Está preocupado com o que vai acontecer futuramente? Coloque diante de Deus, confie Nele, e tenha paz, pois absolutamente nada foge do seu controle. Uma vida de oração é o primeiro conselho do apóstolo Paulo.

Segundo: no versículo 8, vemos uma lista do que precisa ocupar nossa mente: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês”. Vejam que para isso, é necessário ter um relacionamento com Deus. Como um ímpio vai ocupar sua mente com tudo isso? Não tem como, por isso vive ansioso, ao contrário do crente, que tem uma vida de oração, de leitura bíblica, de intimidade com Deus.

Terceiro: vemos que o verso 9 diz que devemos agir corretamente: “O que também aprenderam, receberam e ouviram de mim, e o que viram em mim, isso ponham em prática; e o Deus da paz estará com vocês.” Quer se ver livre da ansiedade exagerada? Tenha o seu modo de agir correto, santo, que agrada a Deus, pois só um verdadeiro discípulo pode viver e praticar a Palavra de Deus. Isso é maravilhoso, irmãos! No lugar da ansiedade, dessa agonia e sofrimento futuro, no lugar disso, entra nosso Senhor Jesus para nos dar a paz que só Ele é capaz de nos dar, no verso 7: “E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus”.

Então lembre-se: precisamos ter uma vida de oração (v9); precisamos ocupar nossa mente com o reino de Deus (v8); precisamos colocar em prática tudo o que aprendemos da palavra de Deus (v9). Dessa forma, alcançaremos a paz que só Jesus nos traz (v7).

Reforçando o que disse antes, meus irmãos, além dessas orientações bíblicas, talvez sejam indicados (dependendo do caso) um psicólogo ou psiquiatra. Também alguns hábitos e mudanças no estilo de vida podem ajudar a controlar esses momentos de crise. Dormir bem, por exemplo, é um cuidado importante para a saúde física e mental. Garantir que o corpo descanse a quantidade de horas necessárias contribui para a energia e evita os problemas causados pela privação do sono, como o estresse.

CONCLUSÃO
Prezados irmãos, o mundo por aí pensa que a paz é ausência de problemas. Mas isso não é possível neste mundo, enquanto Jesus não voltar, pois neste mundo teremos aflições: “Falei essas coisas para que em mim vocês tenham paz. No mundo, vocês passam por aflições; mas tenham coragem: eu venci o mundo”. (João 16:33)

Os problemas da vida coexistem com a paz, e isso o mundo não entende. A paz, na verdade, é a segurança que temos em Cristo, é a confiança que nós, como filhos, temos no Pai. Tal confiança deve como uma criança tem nos seus pais: ela não se preocupa com o que comer, onde dormir, horário de passear, não se preocupa com absolutamente nada, porque sabe que os pais vão suprir qualquer necessidade que tiver no porvir.

E essa paz, que excede todo o entendimento, é que faz o verdadeiro discípulo de Cristo ter uma ótima saúde mental: sem síndrome de Burnout, pois vai administrar muito bem seu tempo de forma que glorifique a Deus; sem depressão, pois sabe que Deus nos concedeu médicos também na saúde mental, e assim podemos saber a causa da depressão e tomar as providências necessárias; e sem ansiedade excessiva, pois cremos que nosso Deus é suficiente para nós, suprirá todas a nossas necessidades, por isso não precisamos nos preocupar com absolutamente nada do futuro, vivemos um dia de cada vez, e o futuro entregamos nas mãos do Senhor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
• Bíblia de estudo – Nova Almeida Atualizada, Sociedade bíblica do Brasil, 2017 – Barueri, São Paulo.
• Wiersbe, Warren W. – Comentário bíblico expositivo: Novo Testamento, volume 5. Editora Geográfica, Santo André - São Paulo, 2017
• Revista Betel Dominical, adultos, 4º Trimestre de 2023, ano 33, nº 129. Terceira epístola de João – instituindo o discipulado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã. Lição 14: O verdadeiro discípulo e a sua saúde emocional.
 
COMENTÁRIO ADICIONAL – Fernando Júnio professor da EBD

Lição 13 - O verdadeiro discípulo é um exemplo para futuras gerações

 O VERDADEIRO DISCÍPULO É UM EXEMPLO PARA FUTURAS GERAÇÕES

Lição 13 – 24 de Dezembro de 2023

TEXTO ÁUREO
“Lembrai-vos os vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para sua maneira de viver” Hebreus 13.7

VERDADE APLICADA
Os discípulos de Cristo, por pertencerem ao mesmo Corpo de Cristo, devem exercer, uns sobre os outros, influência que edifica.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar o contraste entre o bom e o mal discípulo;
Ressaltar as características de um bom discípulo;
Expor a importância do legado.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
3 JOÃO
9. Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe.
10. Pelo que, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja.
11. Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus.
12. Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro.

LIÇÃO E COMENTÁRIOS ADICIONAIS

INTRODUÇÃO
Essa lição focada no estudo sobre o verdadeiro discípulo, no contexto da terceira epístola de João, nos desperta para a consciência de que o legado não apenas preserva a história e os feitos do passado, mas também oferece lições valiosas e inspiração para as futuras gerações.

1. O MAU LEGADO DE DIÓTREFES
Diótrefes foi um homem cuja curta biografia, dada por João, descreve-o como o obreiro apegado à mentira, que falava mal de seu próprio líder e que impedia os outros de servirem a Deus [Mt 23.13]. Ele ignorava os Evangelistas que precisavam de apoio e expulsava os crentes Leais que discordavam dele, pois amava a si mesmo e queria ter a primazia. Esse mal testemunho obrigou o João a tomar ações disciplinares contra Diótrefes, que escreve essa carta relatando o problema Gaio.

Comentário adicional - Diótrefes é mencionado na Terceira Epístola de João como alguém que busca proeminência na igreja, seu mau legado reside na busca pelo poder e na recusa em aceitar a autoridade apostólica. O apóstolo João, critica Diótrefes por sua atitude arrogante, sua recusa em receber os irmãos e até mesmo expulsar aqueles que o faziam. Esse comportamento reflete um desvio dos princípios cristãos de humildade, amor e aceitação. O mau legado de Diótrefes serve como um alerta sobre os perigos do egoísmo e da busca desenfreada pelo poder dentro das igrejas, destacando a importância da humildade e da submissão à autoridade espiritual para preservar a unidade e a integridade da fé.

1.1- Uma liderança reprovável
Nos Versículos 9 e 10, João mostra o legado de Diótrefes como um discípulo reprovado. Ele proferia “palavras maliciosas”. O termo malicioso no grego significa “cheio de labores, aborrecimentos, fadigas que causa dor e problema”. O fraco humilha os outros, para sentir-se forte. O fraco não cuida do rebanho, apenas cuida de seus interesses pessoais e enfraquece as ovelhas. É fraco por ocultar pecados em vez de confessá-los [Tg 5.16].

Comentário adicional - Uma liderança reprovável muitas vezes se manifesta através de características como autoritarismo, falta de transparência, falta de empatia e decisões impulsivas. Líderes reprováveis podem priorizar seus interesses pessoais em detrimento do bem-estar de seus liderados.

1.2- Um mau discípulo é hipócrita
Diótrefes era um hipócrita um dissimulado e mentiroso, porque se escondia atrás das funções, fazendo-se de forte sendo fraco. A hipocrisia é uma característica do religioso e foi exposta e repudiada por Jesus publicamente [Mt 15.7-8]. Os ensinamentos de Diótrefes eram diferentes dos que João e demais líderes da Igreja Primitiva transmitiam, e ele fazia isso impedindo que as cartas-meios utilizados para se comunicar e doutrinar a igreja – escritas por seu líder chegassem aos membros. Por agir assim, era preciso uma ação para deter esta influência má sobre a Igreja [Rm 16.17]. Por isso, João expõe seu mau testemunho, em sua Terceira Carta, a Gaio. O hipócrita não é verdadeiro, mas fingido. Esse contraste era evidente entre Diótrefes e os outros dois discípulos cujo caráter foram destacados por João. O hipócrita sorri na frente e apunhala pelas costas, com suas maledicências, como Diótrefes fazia. Ele prega para os outros e nunca para si.

Comentário adicional - Um mau discípulo hipócrita é alguém que finge seguir os ensinamentos ou valores de um mestre ou líder, mas suas ações contradizem esses princípios. Essa hipocrisia pode se manifestar de várias maneiras, como professar lealdade enquanto agindo de maneira desonesta, ou apoiar ideias em público enquanto as nega na prática. A hipocrisia muitas vezes resulta em um mau testemunho, já que as ações contraditórias podem levar a uma perda de respeito e credibilidade.

1.3- Fora dos padrões bíblicos
Diótrefes reivindicava a primazia para si, contrariando os ensinos de Cristo para a liderança da Igreja [Lc 22.26]. João afirma que ele era um mau exemplo, que não devia ser seguido, e faz o contraste de líderes que eram o oposto, como Gaio e Demétrio. Estes andavam na verdade; obreiros vocacionados para conduzir e ajudar a edificar a Igreja como Corpo de Cristo [Ef 4.11-12).

Comentário adicional – Diótrefes é o tipo de discípulo fora dos padrões bíblicos, pois ele não estava disposto a fazer como Cristo que deu a vida por suas ovelhas, Diótrefes agia de modo egoísta e seu mau exemplo poderia minar a integridade da igreja, causando desconfianças e divisões.

2. GAIO, UM VERDADEIRO DISCÍPULO
Gaio honrava a Deus, ao seu líder, o apóstolo João, e ao seu chamado. Com suas atitudes, de alguém que andava na verdade, era leal e altruísta, deixou um legado de um verdadeiro homem de Deus, digno de ser continuado por outros. O legado de Gaio foi ter servido com verdade.

Comentário adicional – Gaio é mencionado especialmente nas cartas de João. Ele é elogiado como um verdadeiro discípulo devido à sua fidelidade aos ensinamentos cristãos e ao seu comportamento amoroso e acolhedor para com os irmãos na fé. O apóstolo João expressa sua alegria ao mencionar como Gaio é conhecido pela verdade, agindo de maneira coerente com os princípios cristãos. Além disso, destaca sua generosidade e hospitalidade ao receber irmãos que eram estranhos. O exemplo de Gaio ressalta a importância da autenticidade, generosidade e amor na vivência da fé. Assim como Cristo ele representa um modelo positivo de discipulado, onde a prática dos valores é tão importante quanto a profissão de fé.

2.1- Um discípulo verdadeiro
A verdade é a marca registrada na vida pessoal e ministerial de um discípulo, porque a “Verdade” é Jesus [Jo 14.6]. Gaio foi saudado por João por “andar na verdade” [3 Jo 3], revelando o caráter de alguém confiável. A verdade traz consigo elementos fundamentais na caminhada cristã: amor, perdão e comunhão. O cristão verdadeiro é aquele que abandonou as trevas para andar na luz, aprovando o que é agradável ao Senhor [Ef 5.10].

Comentário adicional – Um discípulo verdadeiro é alguém que não apenas professa lealdade a um mestre, líder ou conjunto de princípios, mas também vive de acordo com esses ensinamentos. Esse discípulo se destaca por sua dedicação sincera, compromisso prático e uma busca constante pela aplicação dos valores que abraça. A autenticidade é uma característica marcante desse discípulo verdadeiro, refletida em suas ações, atitudes e relacionamentos. Ele busca internalizar os ensinamentos, agindo com integridade mesmo quando ninguém está observando. Além disso, demonstra humildade ao reconhecer suas imperfeições e esforça-se para crescer espiritualmente. Esse tipo de discípulo contribui não apenas para o seu próprio crescimento, mas também para a edificação da igreja como corpo de Cristo. Sua influência positiva transcende as palavras e impacta aqueles ao seu redor, exemplificando os princípios bíblicos que professa e contribuindo para o avanço do Reino de Deus.

2.2- Um discípulo fiel
Gaio foi reconhecido por sua fidelidade, sendo destacado por João, ao dizer que ele procedia “fielmente” em tudo o que fazia. Então, entende-se que o discípulo verdadeiro é fiel em casa, no escritório, na igreja, na sociedade etc. A fidelidade de um verdadeiro discípulo deve ser medida em como ele age em toda a sua vida até a sua morte [Mt 25.21]. A fidelidade é um padrão requerido por Deus a todo discípulo [1Co 4.2]. O discípulo fiel é aquele que recebe o legado para transmiti-lo a outros fiéis [2Tm 2.2]. A fidelidade também é um atributo divino [SI 33.4], por isso exigida de todos que pastoreiam o rebanho de Deus. Deus revela Sua aliança e promete proteção aos fiéis [2Ts 3.3].

Comentário adicional – Um discípulo fiel é aquele que permanece leal e comprometido com seu mestre, líder ou princípios, mesmo diante de desafios, adversidades ou tentações. Essa fidelidade se manifesta na persistência em seguir os ensinamentos bíblicos, na confiança inabalável e na dedicação constante. Esse discípulo não é facilmente desviado por influências negativas ou circunstâncias difíceis. Sua lealdade é profundamente arraigada, refletindo-se em uma vida coerente com os ensinamentos de Cristo. A fidelidade desse discípulo se destaca em tempos difíceis, quando sua resiliência e compromisso são postos à prova. Além disso, um discípulo fiel contribui para a estabilidade e a força da igreja de Cristo, sendo um exemplo inspirador para outros discípulos. Sua constância e devoção inspiram confiança e solidificam os alicerces dos princípios bíblicos, contribuindo para a coesão e o crescimento da igreja.

2.3- Um discípulo altruísta
A hospitalidade de Gaio exibia seu coração acolhedor para os missionários que precisavam de abrigo enquanto se locomoviam para cumprir seus chamados. A Igreja Primitiva vivenciava oposição, desconfiança e limitações e, ao mesmo tempo, um grande crescimento [At 12.24]. Gaio não pensava apenas em sua comunidade local, mas em como as demais cidades poderiam receber o Evangelho. Um discípulo altruísta está conectado ao propósito de Deus e às coisas eternas [2Co 4.18]. O discípulo altruísta deixa um legado para quem convive e para quem nunca o conheceu, assim mostra seu amor a Deus e ao próximo [1Jo 4.20]. Legado não é somente o que se deixa para as pessoas, mas nas pessoas. A vida vai embora, mas o legado é imortal!

Comentário adicional – Um discípulo altruísta destaca-se pela sua disposição inabalável em servir e beneficiar os outros. Esse discípulo não apenas absorve os ensinamentos bíblicos, mas os traduz em ações altruístas, demonstrando um compromisso genuíno com Cristo e o amor ao próximo. A característica marcante desse discípulo é a prontidão para colocar os interesses dos outros acima dos seus, praticando a empatia e a generosidade de maneira consistente. Sua motivação reside no desejo sincero de contribuir para o florescimento do Reino e o crescimento da igreja de Cristo.

3. DEMÉTRIO, UM VERDADEIRO DISCÍPULO
João falou pouco sobre Demétrio, mas o que falou mostrou que ele tinha um bom testemunho, baseado tanto nas palavras dos outros como em sua autenticidade cristã, confirmado por sua vida e ministério. João registra que a própria verdade dava testemunho dele. Nosso legado é o reflexo do que somos em vida!

Comentário adicional – Demétrio é mencionado no versículo 12 da terceira epístola de João sendo elogiado por sua boa reputação e pelo testemunho dado pelos outros. Este discípulo transcende as meras palavras, incorporando os ensinamentos que recebeu do evangelho e tornando-se um exemplo vivo dos princípios bíblicos.

3.1- Um discípulo inspirador
Demétrio gozava da confiança de seu líder, por isso, segundo estudiosos, ele foi o portador desta carta de João. O nome de Demétrio encerra essa breve carta, como um bom testemunho descrito a Gaio, o destinatário dela. Demétrio era um discípulo inspirador, que andava na verdade [2Co 13.8]. Ele era bem-visto pelas pessoas e pela liderança, e isso o tornava um discípulo virtuoso. Quando um líder como João testifica sobre o ministério de seu liderado, significa que aquelas ações devem ser seguidas, pois mostram amor a Deus e à Sua obra [1Jo 4.16], Demétrio realizava bem sua missão e era reconhecido por tudo o que fazia [Cl 3.23].

Comentário adicional – Um discípulo inspirador é aquele que, por meio de suas ações e atitudes, motiva e eleva aqueles ao seu redor. Sua inspiração não se limita apenas à conformidade com regras ou dogmas, mas se manifesta na maneira como vive com autenticidade, compaixão e determinação o evangelho. Ao enfrentar desafios, esse discípulo demonstra resiliência, transmitindo uma mensagem poderosa de confiança em Deus e fé nos ensinamentos de Cristo.

3.2- Um discípulo comprometido
Demétrio era comprometido com a obra que estava em suas mãos, o que o fazia ser reconhecido por todos. João diz que ele havia alcançado bom testemunho, mostrando que o verdadeiro discípulo deve buscar crescer no ministério [2Pe 3.18]. Conjectura-se que Demétrio se opôs às obras más de Diótrefes, não se mantendo em jugo desigual com um infiel, o que o fez reconhecido por fazer o bem [2 Co 6.14].

Comentário adicional – Um discípulo comprometido é aquele que dedica sua energia, tempo e esforço de maneira consistente e fervorosa aos ensinamentos de Cristo. Sua dedicação vai além das palavras, refletindo-se em ações concretas e em uma busca constante pela aplicação prática dos princípios bíblicos aprendidos. Este discípulo não é facilmente desviado por tentações ou adversidades, mantendo um compromisso firme com seus valores. Sua consistência cria uma base sólida para seu o crescimento pessoal e espiritual, influenciando positivamente aqueles ao seu redor. Além disso, um discípulo comprometido contribui significativamente para a igreja à qual pertence, sendo uma fonte confiável de apoio e inspiração.

3.3- Um discípulo é reconhecido
Demétrio teve seu nome associado ao bom testemunho da verdade e a confiabilidade de seu líder, o que deveria ser reproduzido como um comportamento aprovado [3Jo 12]. Em poucas palavras João destaca Demétrio como um padrão a ser seguido no Reino de Deus [1Tm 4.12]. A boa reputação de Demétrio, assim como a de Gaio, veio do reconhecimento de outros, não deles próprios, o que já havia sido recomendado por Jesus [Mt 6.5].

Comentário adicional – O impacto e reconhecimento desse discípulo vai além do seu círculo imediato, influenciando positivamente suas comunidades e até mesmo gerações futuras. Sua jornada de aprendizado e crescimento se torna uma narrativa que motiva outros a buscarem a excelência, a autenticidade e a contribuição para o aperfeiçoamento da igreja e a expansão do evangelho de Cristo.

CONCLUSÃO
Nesta lição abordamos a necessidade de o verdadeiro discípulo de Cristo deixar um legado para as futuras gerações, assim como o exemplo de Gaio e Demétrio que foram discípulos reconhecidos pelo bom trabalho em prol do reino de Deus em contraposição ao mau testemunho de Diótrefes.

Ante o exposto vemos que um legado bem construído não apenas preserva a história, mas também inspira e orienta as gerações vindouras. Portanto, precisamos refletir sobre qual legado estamos deixando como filhos de Deus neste mundo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
► Bíblia de Estudo Almeida. Edição Revista e Atualizada, Tradução João Ferreira de Almeida. Barueri, SP: SSB, 2010.

► Revista Betel Dominical: Jovens e Adultos. Terceira epístola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 129. Lição 13 – O verdadeiro discípulo é um exemplo para futuras gerações.

Comentarista adicional - Emivaneide Silva – Professora da EBD


Lição 12 - O verdadeiro discípulo promove o crescimento de outros discípulos (Comentário: Presbítero Lenilton)

 O VERDADEIRO DISCÍPULO PROMOVE O CRESCIMENTO DE OUTROS DISCÍPULOS

Lição 12 – 17 de Dezembro de 2023

TEXTO ÁUREO
E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. 2 Timóteo 2.2

VERDADE APLICADA
Não apenas a liderança, mas cada discípulo de Cristo é chamado ao contínuo aperfeiçoamento, crescimento e amadurecimento até que Cristo venha.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Mostrar as credenciais para um discípulo forte.
2. Ressaltar a importância da maturidade espiritual
3. Destacar o compromisso com crescimento da Igreja.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
1 TIMÓTEO 1
15. Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
16. Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna.
17. Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém.
18. Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS 

INTRODUÇÃO
O verdadeiro discípulo de Cristo contribui para o crescimento da Igreja do Senhor na terra. Temos a promessa e a certeza de que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja, Mt.16.18, mas precisamos cumprir o chamado do Senhor com afinco. Instruir novos discípulos é de extrema importância para que eles cresçam de fé em fé: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”, Rm.10.17. Nesta lição, estudaremos as credenciais bíblicas do verdadeiro discípulo de Cristo, ou seja, as virtudes percebidas facilmente na vida de um homem que segue os passos do Rei. Veremos que ele é um exemplo dos fiéis, apresenta-se com maturidade mesmo com pouca idade. Ele zela pela sã doutrina, ensinando com amor o Evangelho do Reino, e as suas escolhas e atitudes apontam para Cristo e sua grande redenção.

1. CREDENCIAIS BÍBLICAS DO DISCÍPULO CRISTÃO
O discípulo de Cristo tem a Palavra de Deus como um manual que guia todos os seus passos, como ensina o salmista no Salmo 119. “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho”. Como diz também o hino: Guia-me sempre meu Senhor, guia os meus passos Salvador, Tu me compraste por tua cruz, rege-me em tudo meu Jesus. O verdadeiro discípulo de Jesus confia nas Escrituras porque é poder para todo aquele que crê. 1 Co. 1.18. Ele depende de Deus porque entende que o seu redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra. Jó 19.25.

1.1. Confia nas Escrituras
Em muitas passagens, as palavras do Antigo Testamento são apresentadas pela frase: “Assim diz o Senhor” (Ex.4.22, Js.24.2, Is.10.24, Jr.19...) Essa frase entendida como o mandamento de um rei, indicava que o que se seguia deveria ser obedecido plenamente sem objeção ou questionamento. John Stott, citando James I. Parker, diz que o modelo mais satisfatório para descrever a doutrina da Escritura é: “A Bíblia é Deus pregando”. Até mesmo as palavras no Antigo Testamento não atribuídas a citações diretas de Deus são consideradas palavras dele. Hernandes Dias Lopes explica por que o verdadeiro discípulo confia nas Escrituras: “A Bíblia é revelação divina, não resultado de investigação humana. Sua origem não é terrena, mas celestial; sua origem está em Deus, não no homem. Paulo, deixa isso bem claro quando escreve que “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Timóteo 3.16). Se toda a Escritura procede de Deus e seu divino propósito, devemos confiar nas Escrituras, fazendo assim, confiamos no próprio Deus.

1.2. Depende de Deus
O salmista Davi, no Salmo 42.1 diz: “Como uma corça suspira pelas correntes das águas, assim a minha alma suspira por ti, ó Deus”. O salmo 46.1 inicia-se com a seguinte sentença: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Verso 2. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, a ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Verso 9. “Ele (Deus) faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo. 10. “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra”. Lancemos sobre ele toda a ansiedade, porque ele tem cuidado de nós. 1 Pedro5.7. No Salmo 91, o salmista revela a sua dependência de Deus, verso 2. Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. Essa segurança do salmista gera todas as bênçãos que vem na continuação do Salmo 91. A aliança com o Deus Altíssimo, Sublime Deus e Onipotente nos garante todos os livramentos e todas as bênçãos que procedem do próprio Deus.

1.3. Torna-se forte
Na antiga aliança, mais precisamente no livro de Josué, no capítulo 1, verso 6, está escrito: “Sê corajoso e forte, porque fará este povo herdar a terra que prometi com juramento a seus pais que havia de dar”. A palavra de Deus diz ao nosso respeito, nos torna forte, porque Deus é fiel, Ele fala e cumpre o que lhe apraz. O verdadeiro discípulo de Cristo se reveste de toda a armadura de Deus para resistir o dia mau, que vem para todos. Paulo nos adverte para colocarmos toda a armadura de Deus para enfrentar as forças do mal. Colocar a armadura de Deus significa estar preparado para a batalha. “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” Efésios 6.10,11. O verdadeiro discípulo entende que a sua força vem do Senhor: “.... Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu vou a ti em nome do SENHOR dos Exércitos...” 1 Samuel 17.45.

2. REVELA MATURIDADE ESPIRITUAL
Deus tem propósitos com os jovens e chama-os para posições de liderança, autoridade e compromisso com o Evangelho. Paulo instituiu Timóteo como pastor em Éfeso. Timóteo era um jovem, um dos líderes da Igreja primitiva, por causa da sua pouca idade, Paulo escreve: “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza”. 1 Tm. 4.12.

2.1. Na caminhada com Cristo
O apóstolo Paulo ensina em 2 Coríntios 5.17: “Assim que se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. O verdadeiro discípulo de Cristo precisa andar em novidade de vida, clamando a Deus em todo tempo por sabedoria que vem do alto, como diz em Tiago3.17: “Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia”. Ele entende que, agora, sendo justificado por Cristo Jesus e livre de condenação, precisa caminhar segundo o Espírito: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” Rm.8.1. Por fim, em sua caminhada cristã, o verdadeiro discípulo de Cristo deve ter em mente em todo momento um ensinamento do sábio Salomão: “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça”. Ec.9.8.

2.2. No relacionamento com as ovelhas
A Bíblia, em diversas passagens, compara o povo de Deus com um rebanho de ovelhas. O povo adquirido é formado por ovelhas e Jesus é o Sumo pastor. João 10.11. Desde a antiguidade Deus fala aos pais sobre a necessidade de alguém para direcionar e conduzir o seu grande povo. “O Senhor, Deus dos espíritos de toda carne, ponha um homem sobre esta congregação, que saia diante deles, e que entre diante deles, e que os faça sair, e que os faça entrar; para que a congregação do SENHOR não seja como ovelhas que não têm pastor”. Números 27.16,17. O verdadeiro discípulo de Cristo está empenhado em contribuir para que as ovelhas tenham saúde, segurança e alimento, como o faz o seu Senhor Jesus: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens”. Jo.10.9. Segundo John Angell James, em seu livro, A grandeza do Pastorado: “Devemos possuir a sabedoria, a energia e a facilidade de ação para lidar com todos os tipos de caráter e opiniões e moldá-los (através da benção divina) segundo a verdade e a lei de Deus”. Ele continua: “Não há exemplo de influência sobre a mente mais simples e sublime do que um homem de Deus, em zelosa transmissão da mensagem do Evangelho”. 

2.3. Na condução da Igreja
Todos nós precisamos de modelos para viver. Aprendemos pela observação. Quando seguimos as pisadas daqueles que percorrem as veredas da probidade, visamos aos objetivos de uma vida bem-aventurada. A Igreja da atualidade precisa ser direcionada por homens que tem um compromisso com o Evangelho genuíno. O Senhor Jesus alerta em Mateus 15.14. “Deixa-os; são condutores cegos; ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova”. Por isso, o Senhor conta com discípulos dispostos a cuidar e apascentar as suas ovelhas.  John Angell James escreve: “Agora estamos preparados para entender qual é a natureza do verdadeiro zelo de um ministro. Eu me refiro a um reconhecimento distinto, explícito e prático do seu esforço para alcançar a salvação de almas, como o objetivo de seu ofício. Esse discípulo decidiu que esta é a sua vocação, e o seu trabalho. Ele olhou para tudo o que podia ser apresentado à sua mente, avaliou as reinvindicações de tudo, e, com inteligência e firmeza, disse, e está preparado para reiterar a sua afirmação, “Eu velo por almas”. Assim, ele entende a sua tarefa; ele não está sujeito a nenhum engano, nenhuma incerteza, nenhuma confusão. Ele está em comunhão com Deus Pai, em seu eterno propósito de salvação da raça humana; com o Filho, na finalidade de sua encarnação e morte; e com o Espírito Santo, na sua vinda ao nosso mundo desolado”.

3. COMPROMETE-SE COM O CRESCIMENTO
Provérbios 4.18, nos adverte que a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. Não podemos ficar inertes, indiferentes, desanimados, devemos a cada dia buscar maturidade no senhor, para que não sejamos mais “meninos”. O apóstolo Pedro ensina os discípulos de Jesus: “Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados e descaiais da vossa firmeza; Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. 2 Pedro 3.17,18.

3.1. Sendo exemplo
No Evangelho segundo João, o Senhor Jesus dá o exemplo de servo e conclui dizendo: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”. Em 1 Coríntios 9.27, Paulo fala da necessidade de constante renúncia e vigilância: “Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo a servidão, para que pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. Alguém podia pensar que o grande apóstolo Paulo não precisava mais pagar um preço, porém, o apóstolo ressalta que a salvação é individual e intransferível, cada um deve zelar por essa tão grande salvação. Uma das desculpas mais usadas pelos não crente é a desastrosa caminhada de alguns crentes. Com certeza você já ouviu alguém falar: “ser crente como esse aí, deus me livre...”. A Palavra de Deus diz que o verdadeiro discípulo de Cristo deve apresentar-se a Deus aprovado, não tendo do que se envergonhar e que maneja bem a palavra de Deus”. 2 Tm.2.15. Por isso, nós, crentes em Cristo Jesus, precisamos ser exemplos dos fiéis. O escritor aos Hebreus ensina ao verdadeiro discípulo de Cristo: “Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta”.

3.2. Ensinando a palavra
Vivemos em uma era em que somos bombardeados em todo o tempo com muitas informações. Em se tratando de ensinos e doutrinas “bíblicas” não é diferente. Muitos são os ensinos que não levam o homem a lugar algum, senão a perdição. O nosso Senhor Jesus, deixou uma ordem para os verdadeiros discípulos: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Verso 20. Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado...” Mateus 28.19,20.  Em Atos dos Apóstolos, no capítulo 8, as Escrituras Sagradas narram a passagem de um homem de um homem que não era judeu, mas que tinha muito interesse em aprender sobre a ovelha muda que ia ao matadouro: “E ele disse: como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Felipe que subisse e com ele se assentasse”. Verso 35. Então, Felipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus”. O ensino da Palavra de Deus requer de nós dedicação, zelo, compromisso, bom ânimo, por muitas vezes precisaremos de horas de estudo e disciplina para transmitir a palavra com sabedoria. Como nos ensina Paulo escrevendo aos Romanos: “...se é ensinar, haja dedicação ao ensino”. No capítulo 8, do livro de Neemias, verso 5. Esdras abriu o livro diante de todo o povo, e este podia vê-lo, pois ele estava num lugar mais alto. E, quando abriu o livro, o povo todo se levantou. 6. Esdras louvou o Senhor, o grande Deus, e todo o povo ergueu as mãos e respondeu: Amém! Amém! Então eles adoraram o Senhor, prostrados com o rosto em terra”. Neemias 8.2,3,5 e 6. O ensino da Palavra é importante para que o povo de não seja levado por qualquer vento de doutrina. É por intermédio do ouvir e praticar a Palavra de Deus que o crente tem sustentação, fundamento, base sólida: “Todo aquele pois que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha” Mt.7.24. 

3.3. Apontando o Cristo
Em seu livro, Ego transformado, o saudoso Timothy keller escreve: “Paulo foi um homem de estatura impressionante. Acho difícil discordar daqueles que o colocam entre os seis ou sete líderes mais influentes da história humana. Paulo tinha grande estabilidade, profunda influência e uma incrível confiança. O apóstolo seguia adiante e nada o inquietava. Mesmo assim, em 1 Timóteo ele diz: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”. Paulo deixa claro qual é o seu verdadeiro alvo: “Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenho alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio celestial de Deus em Cristo Jesus”. Fp.3.13,14. Paulo chega a um entendimento profundo de Cristo Jesus que ele chega a dizer: “Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo” 2 Co.11.1. O apóstolo não estava apontando para si próprio, mas para Jesus, o que Paulo queria dizer era, não olhem para mim, olhem para como eu cumpro o que o Senhor entregou em minhas para fazer.  

CONCLUSÃO
O discípulo de Jesus confia na sua palavra, porque entende que as palavras do Senhor não voltam vazias, antes cumpre o que lhe apraz, Is.55.11, crê que o seu Deus é fiel em todo o tempo (2 Tm.2.13), por isso vive na sua dependência. Como discípulos amados de Jesus, precisamos ensinar a Palavra em tempo e fora de tempo, “Jesus saiu outra vez para a beira-mar. Uma grande multidão aproximou-se, e ele começou a ensiná-los”. Mc.2.13, ser exemplo dos fiéis, não ter do que se envergonhar, apontar o alvo que é Cristo Jesus. As pessoas estão sedentas de ensinamentos que verdadeiramente as levam para o céu, e durante essa caminhada esses discípulos precisaram ter base para então crescer até alcançar a estatura perfeita.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A grandeza do Pastorado, John Angell James
Bíblia de Estudo Plenitude
Bases da fé cristã, Wayne Grudem
Ego transformado, Timothy Keller
Pregação Expositiva, Hernandes Dias Lopes
► Revista adulto Betel 4º trimestre de 2023, Terceira Epístola de João, instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã.

Comentarista adicional:
Presbítero Lenilton Ferreira da Silva – Servo do Deus Altíssimo.