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Lição 01 - O verdadeiro discípulo anda na verdade (Pr. Osmar Emídio de Sousa)

 O VERDADEIRO DISCÍPULO ANDA NA VERDADE

Lição 01 – 01 de Outubro de 2023


TEXTO ÁUREO
“Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram, e testificaram da tua verdade, como tu andas na verdade" (3 João 3).

VERDADE APLICADA
Nossa conduta, em todas as áreas, deve refletir o comprometimento pessoal com a Palavra da verdade que recebemos.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
MOSTRAR que quem anda na verdade anda em santidade;
RESSALTAR a importância de falar e andar na verdade;
REVELAR o padrão de Deus recomendado a seus discípulos.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
João 17.15 - Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
João 17.17 - Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
João 17.18 - Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
João 17.19 - E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.
João 17.20 - E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim;
João 17.21 - Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.


COMENTÁRIOS ADICIONAIS DA LIÇÃO


INTRODUÇÃO
A palavra chave desta lição é a verdade. É a verdade que fundamenta a nossa autoridade ministerial e espiritual. Andar na verdade é um dos elementos básicos que deve estar presente e que identifica o verdadeiro discípulo de Cristo. "Se vós permanecerdes na Minha Palavra. Sois verdadeiramente Meus discípulos" (Jo 8.31). O verdadeiro discípulos, a exemplo de João, Gaio e Demétrio (3 Jo 3), carrega impresso em seu caráter e virtudes um modelo de imagem semelhante ao de seu mestre. O próprio apóstolo João vai dizer: “Aquele que diz que permanece nele, esse deve andar assim como Ele andou” (1 Jo 2.6).

1. JOÃO, GAIO, DEMÉTRIO E DIÓTREFES
A Terceira Epístola de João é o menor livro do Novo Testamento, mas é um importante testemunho de como era a igreja cristã do primeiro século. Os personagens desta carta escrita por João, são Gaio, Demétrio e Diótrefes (v. 1, 9, 12). João apresenta um contraste entre Gaio, um discípulo cristão para quem efetivamente o apóstolo escreve fazendo recomendações, e Diótrefes, um líder ímpio e arrogante a quem João tenazmente denuncia. Enquanto Gaio tinha uma liderança centrada na Bíblia, Diótrefes mantinha uma liderança autocrática. Na igreja há salvos e perdidos. Há os que amam a Deus e buscam a sua glória e aqueles que amam a si mesmos e estão interessados apenas na sua própria glória. Esta carta foi escrita com o propósito de motivar a Gaio, um verdadeiro discípulo, a quem João elogiou por ter demonstrado devoção altruísta à causa de Cristo(3 João 1.5–8). Seu principal objetivo é encorajar Gaio a perseverar no seu serviço, mesmo enfrentando a resistência de Diótrefes, influente líder, que além de não o apoiar, ainda procurava impedir o trabalho dos fiéis.

1.1. Quem foi João
João foi um dos primeiros discípulos que Jesus chamou para segui-lo. Posteriormente, se tornou um líder proeminente na igreja cristã primitiva. Seu pai se chamava Zebedeu e sua mãe Salomé. Se tornou discípulo junto com seu irmão Tiago(Mt 4.21-22). Ele se tornou conhecido como o discípulo a quem Jesus amava. Foi destacado por Jesus entre os discípulos, assim como seu irmão Tiago e Pedro (Lc 9.28; Mc 5.37; 14.32-33) João é o autor do Evangelho que leva seu nome. Também escreveu três epístolas (Jo 1,2 e 3) e o livro do Apocalipse. Era o mais jovem de todos os apóstolos. Foi o único apóstolo que acompanhou Cristo até a sua crucificação. Depois da ascensão de Jesus e de receberem o Espírito Santo, João e Pedro pregaram com muita autoridade e foram peças fundamentais na formação da igreja. A pregação de João e Pedro perante o conselho judaico resultou na conversão de cinco mil homens (At 4.1-4). Após a destruição de Jerusalém, João começou a ministrar em Éfeso. Foi capturado, levado a Roma e por ordens do Imperador Domiciano foi enviado para a Ilha de Patmos. Foi durante o exílio de nesta pequena ilhota do leste do mar Egeu que João recebeu a revelação do Apocalipse (Ap 1.1-2). A Bíblia não relata sobre a morte de João. Segundo uma tradição antiga, após a morte de Domiciano, João retornou a Éfeso onde permaneceu até falecer de morte natural no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos. Foi o único dos apóstolos a morrer de morte natural. Todos os demais foram martirizados por sua fé.
 
1.2. Quem foram Gaio e Demétrio
O apóstolo João o chama de “amado” por três vezes (vs. 1, 2, 5). É pouco provável que esse fosse um tratamento formal. Ele era um homem especial. Gaio era o tipo de cristão que atraía as pessoas por sua bondade, generosidade e amabilidade. Gaio era reconhecido como um discípulo que obedecia a Palavra de Deus e andava na verdade. As pessoas que iam visitar João davam bom testemunho do exemplo de Gaio. Será que as pessoas que nos conhecem podem dar bom testemunho a nosso respeito? O que levou Gaio a dar um bom testemunho? Gaio andava na verdade e isso trouxe grande alegria a João (v. 4). Gaio era um cooperador da verdade – Ou seja, ele ajudava as pessoas a fazer a obra de Deus. É possível que a influência negativa de Diótrefes estivesse contaminando a Gaio, mas João o exorta a que não imite o mau exemplo daquele, mas sim seguir o exemplo positivo de Demétrio: “Todos dão testemunho de Demétrio, até própria verdade. Nós também damos testemunho dele, e sabemos que o nosso testemunho é verdadeiro” (3 Jo 12). Que gloriosa recomendação de João! Todos os membros da igreja conheciam Demétrio, amavam Demétrio e agradeciam a Deus pela sua consistente vida e ministério. Sua vida servia de exemplo para os membros da igreja. Os de fora da igreja também lhe davam bom testemunho. A verdade que ele professa estava encarnada nele. Isso não significa que era perfeito, mas sim que levava uma vida coerente, procurando honrar ao Senhor. O apóstolo João sabia por experiência própria e não se envergonhava de confessar que tanto Gaio como Demétrio eram homens de Deus. Será que as pessoas podem falar da mesma forma de nós?

1.3. Quem foi Diótrefes
Diótrefes é o avesso de um bom discipulo, ele é egoísta, manipulador e dominador. Empunhava sua liderança pela força e pela intimidação. Sua vontade era lei. Ninguém podia ocupar o seu espaço. Cada pessoa que chegava na igreja era uma ameaça à sua liderança. Por isso, ele não dava acolhida e ainda impedia que os membros de sua igreja também dessem, chegando a expulsá-los da igreja, por assim procederem (v.9-10). Esse tipo de disciplina aplicada era visivelmente abusiva. As pessoas estavam sendo disciplinadas não porque haviam desobedecido a Palavra de Deus, mas porque discordavam dele (v.10). Portanto, os motivos que governavam a sua conduta não eram teológicas ou eclesiásticas, mas morais. Ele estava ávido por posição e poder. Ele trabalhava não pela glória de Deus, mas pela projeção do seu próprio nome. Além do mais, a fim de manter sua posição de liderança, estava disposto a atentar contra a honra daqueles que eram ameaça ao seu orgulho e à sua posição de liderança, fazendo falsas acusações, principalmente ao apóstolo João (v.10). Esse tipo de conduta fazia com que ele desprezasse a liderança apostólica de João, e rejeitar uma autoridade apostólica, era rejeitar o conjunto de orientações, ensinamentos e correções que dava base doutrinária ao Evangelho (Cl 1.18). Há muitas igrejas que têm líderes que insistem em ser “donos”, e fazer tudo a seu modo. Esquecem que a palavra ministro significa “servo”. Na igreja de Cristo não há espaços para "mandachuvas", para "chefes" ou "caciques espirituais", todos estamos nivelados no mesmo patamar: somos todos igualmente servos. O mais triste é que esses “ditadores” são cristãos que acreditam, de fato, estar servindo a Deus e exaltando o nome de Jesus. Mas, cristãos como Diótrefes não podem ser chamados de discípulos, muito menos de ministro de Deus.

2. O QUE É A VERDADE
"Que é a verdade?" (Jo 18.38). O conceito da "verdade" vem desafiando a humanidade por milhares de anos. Hoje, a mesma pergunta surge continuamente em várias situações. Onde está a resposta? Na ciência ou na religião? Será que ela é real e absoluta, ou relativa e ilusória? De uma forma comum, podemos conceituar a verdade como sendo uma afirmação que está conforme a realidade ou fatos (Pv 12.17; Ef 4.25). Ela não depende dos nossos sentimentos ou preferências. Pois, gosto, opinião ou perspectiva não muda a realidade sobre as coisas. A verdade continua sendo verdade, mesmo quando não acreditamos que ela seja a verdade. O fato de um daltônico, por exemplo, enxergar um objeto numa cor diferente, não muda a verdade sobre a cor original daquele objeto. A verdade é absoluta, imutável, transcultural, completa e exclusiva. Se alguma coisa é verdadeira, ela é verdadeira para todas as pessoas, em todos os momentos, em todos os lugares. Biblicamente falando, a verdade é a fidelidade de Deus que se cumpriu plenamente em Cristo Jesus. Deus revelou a verdade ao mundo através de Jesus e do evangelho(2 Co 4.1-2; Rm 16.25-27; Cl 1.25-26). Na experiência cristã, mais do que uma simples concepção teórica, a verdade é uma concepção existencial e corresponde a um desejo prático de conhecimento para a vida.

2.1. Andar na verdade
Não há bênção maior do que andar na verdade. João diz que estava alegre porque Gaio andava na verdade (3 Jo 3-4). Mas o que significa andar na verdade? Em primeiro lugar, é importante destacar que a fé em Cristo e no seu evangelho é imprescindível para conhecer e andar na verdade (Rm 14.7-8). Assim, andar na verdade é andar em Cristo (I Jo 2.6; Cl 2.6). É andar de modo digno de nosso chamado. O apóstolo Paulo disse: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz" (Ef 4.1-3). Andamos na verdade quando não somos influenciados pelos valores deturpados do mundo à nossa volta, mas quando vivemos de forma obediente a Deus e à sua Palavra, independente da situação que estivermos enfrentando. Da mesma forma, andar na verdade significa que vivemos aquilo que pregamos, ou seja, nossas palavras e nossas atitudes são um testemunho do agir de Deus em nossas vidas. A partir do momento em que andamos na verdade, oferecemos a nossa vida, com tudo o que somos, em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Quando não nos moldamos ao padrão deste mundo em que vivemos, mas buscamos a transformação da nossa mente pelo poder do Espírito Santo estamos também andando na verdade (Rm 12.1-2). A proposta de Deus para cada um de nós é que estejamos em constante desenvolvimento e contínua transformação na imagem de Cristo. Andemos, pois, na verdade.

2.2. Defender a verdade
Já dizia São Tomás de Aquino: "Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é negá-la". Vivemos numa época em que estamos cercados por modernas correntes de ensinos, descomprometidas com a verdade, que querem induzir-nos a caminhos que podem levar-nos à destruição. É preciso firmeza para evitar esses tenebrosos caminhos. Será que temos coragem e determinação para defender firmemente nossa fé, nossos valores e princípios? Como cristãos, necessitamos nos posicionar com firmeza para que possamos defender e sobrepujar essas falsas verdades. As armas para defender a verdade não devem ser carnais, nem forjadas no calor da ira, e nem à base da valentia, mas na verdade: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo, e estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.” (2 Co 10.4-6). O evangelho não exige a performance do ego. Por isto, sem conversão, sem renúncia, sem experiência com Deus, sem fé, sem o Espírito Santo e sem as armaduras espirituais, ninguém está apropriado para defender a verdade do Evangelho.

2.3. Amar a verdade
O amor à verdade é algo que a maioria de nós prontamente professamos ter. Mas, quão profundo é realmente nosso amor à verdade? Será que estamos disposto a investir recursos e tempo no estudo bíblico para se aprender a verdade? De forma poética, clara, e em poucas palavras, Salomão, nos aconselha: "Compre a verdade e não abra mão dela, nem tampouco da sabedoria, da disciplina e do discernimento." (Pv 23.23). Combinadas entre si, essas quatro coisas nos levam e nos aproximam de Deus, por Jesus, e, ainda, nos tornam pessoas melhores a cada instante vivido. A Verdade é o ponto culminante da coisa toda, o ponto de partida, visto que sem Ela as virtudes que a acompanha são anuladas, especialmente a sabedoria e o entendimento. É claro que dinheiro nenhum pode pagar pela verdade, cujo valor é infinito e ela só pode nos ser dada graciosamente por Deus. Mas devemos ter esse sentimento de que seu preço é alto e não querermos abrir mão dela por nada deste mundo. Vender a verdade significa desprezá-la e passar a achar que outras coisas desta vida têm mais valor. É por isto, que depois de adquirido, ele continua o conselho dizendo para não vendê-las a ninguém. Muitos lhe farão ofertas para adquiri-la. Como? Oferecendo-lhe prazeres ou distrações em troca da verdade. Mas, se você ama a verdade não abri mão dela, mas guarde-a, seja qual for a oferta! (Pv 3.18; 14.13).

3. O PODER DE UM DISCÍPULO DE CRISTO
Jesus dedicou boa parte de seu ministério à formação de discípulos. Mas o que significa ser um discípulo? Nos dias atuais, o termo discípulo pode ser descrito como um mero seguidor. Porém, o Novo Testamento distingue discípulos daqueles indivíduos que seguiam Jesus por causa dos milagres que realizava (Mt 12.15; 14.13-14­; 20.30-34; Jo 6.2,26). Um discípulo se esforça para tornar-se como Ele é, guardando Seus mandamentos, assim como um aprendiz procura tornar-se como seu mestre. Os discípulos vivem de modo que as características de Cristo estejam entrelaçadas nas entranhas do seu ser. O mero seguidor não tem o nível de comprometimento que tem o discipulo. Os discípulos tinham um acesso privilegiado a Jesus, porque tinham um compromisso sério com ele, ao contrário do resto da multidão que apenas o seguiam. Em seu ministério, Jesus estendeu dois convites principais para as pessoas se tornarem Seus discípulos: A uns Ele os convidou dizendo: “segue-me” (Mc 2.14; Mt 16.24; 19.21; Lc 18.22; Jo 1.43; 12.26); a outros os convidou dizendo: “vinde a mim” (Mt 11.28–30). Cada um desses convites tem ênfases diferentes. Os discípulos certamente eram seguidores de Jesus, mas nem todos os seguidores eram discípulos. "Jesus reuniu os Doze e lhes deu poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar enfermidades. Depois, enviou-os para anunciar o reino de Deus e curar os enfermos" (Lc 9.1-2). Tornar-se um discipulo é mais do que ser apenas um seguidor. Você é um discipulo de Jesus, ou apenas um seguidor?

3.1. O poder para ensinar
O verdadeiro discipulo não é apenas aquele que tem a verdade, mas é aquele que a ama e proclama com os lábio e com a vida a Palavra de Deus! Jesus determinou aos seus discípulos que fossem por todo mundo e que ensinassem a cada um guardar todas as coisas que ele tinha ordenado: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.19-20). O discipulado que nos faz crescer de verdade só é possível se sua base for a Palavra de Deus. Por isso, o discipulador deve ensinar o discípulo a amar a Palavra, adquirir o hábito de ler, respeitar e seguir as Escrituras. É isso que vai gerar discípulos maduros e um discipulado profundo. Outro ponto importante é que os conselhos do discipulador precisam estar alinhados ao que a Palavra de Deus nos instrui e não em suas próprias experiências pessoais. Não podemos esquecer que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm 10:17).

3.2. O poder para liderar
Gaio como Demétrio são reconhecidos pelo apóstolo João por serem verdadeiros discípulos e de uma liderança exemplar (3 Jo 3, 12). Eles se destacavam por suas condutas e submissão. Diferente de Diótrefes que se achava autossuficiente e insubmisso. No Novo Testamento a relação entre discípulo e mestre era de profundo comprometimento e lealdade, tanto do mestre quanto do discípulo, cujo objetivo era que um dia o último pudesse se tornar um mestre e líder. O verdadeiro discipulo foi chamado para fazer as coisas que Jesus fez: ensinar, proclamar liberdade, restaurar os doente e contritos, etc: “E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai" (Mt 10.7–8). Quando Jesus confere aos discípulos poder sobre os espíritos imundos, faz deles colaboradores de Sua missão e participantes de Sua autoridade. Tal poder dá credibilidade à Palavra que haverão de anunciar (Mc 6.12). Naquele momento, a missão dos discípulos restringia-se à região da Galileia, porém, o evangelho por eles anunciado devia chegar ao mundo inteiro (Mc 13.10).

3.3. O poder para servir
O serviço está ligado a uma atitude prática da vida cristã. Gaio era um discípulo que servia aos irmãos com sua hospitalidade, mesmo sem conhecê-los, marca do poder de um servo fiel ao seu chamado. Deus nos chamou para fazermos a diferença! Assim, antes de pensarmos em serviço ou ministério, precisamos pensar se somos ou não servos. Servo não é um título que se ganha, mas sim um estilo de vida de entrega total como Jesus ensinou. Temos que sentir em nosso coração uma urgência em relação ao mundo sobre a salvação que há em Cristo Jesus, para então levarmos as Boas Novas àqueles que ainda não O conhecem. O próprio Jesus deixou-nos o maior exemplo de serviço voluntário. Ele disse dele mesmo: “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” (Mt 20.28). Nossa oração deve ser: “Senhor, usa-nos para a Tua glória e para ajudar as pessoas que necessitam de nós”. Esse desejo deve nos consumir todos os dias e deve ser o clamor do nosso coração!

CONCLUSÃO
Deus não se agrada daqueles que andam na soberba, como ocorreu com Diótrefes. Sigamos os exemplos de Gaio e Demétrio que andavam em amor, obediência e submissão. Embora enfrentemos desafios e obstáculo não devemos deixar de estender as mãos a todos que necessitam. Desse modo, apesar das dificuldades, vamos continuar andando na verdade.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
REVISTA BETEL DOMINICAL: Jovens e Adultos. TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 129. Lição 01 – O verdadeiro discipulo anda na verdade.

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Matthew Henry. Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro. Editora Central Gospel. 1ª Edição, 2014.

https://prandrelda.wordpress.com/a-identidade-de-um-verdadeiro-discipulo-de-cristo/. Consultado em 18.09.2023.
https://www.respostas.com.br/quem-foi-joao-evangelista/.
Consultado em 18.09.2023.
https://www.filhosdeezequiel.com/epistola-de-joao/. Consultado em 18.09.2023.
https://www.jorgealbertacci.com.br/em-defesa-do-evangelho-de-cristo.html. Consultado em 20.09.2023.
https://www.thechurchnews.com/pt/fe-viva/2022/12/29/23528627/ser-discipulo-mais-do-que-ser-apenas-seguidor. Consultado em 22.09.2023.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

Pr. Osmar Emídio de Sousa. Servidor Público Federal; Bacharel em Direito; bacharel em Teologia Pastoral, pela FATAD (Faculdade de Teologia das Assembleias de Deus de Brasília).

Lição 13 - MALAQUIAS - UM ALERTA SOBRE O PERIGO DA PRÁTICA RELIGIOSA VAZIA E SEM VIDA (Profª Emivaneide Silva)

 MALAQUIAS - UM ALERTA SOBRE O PERIGO DA PRÁTICA RELIGIOSA VAZIA E SEM VIDA

Lição 13 - 24 de Setembro de 2023


TEXTO ÁUREO

“Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que o não serve.” Malaquias 3.18

VERDADE APLICADA

É preciso permanente vigilância e andar em Espírito para o discípulo de Cristo não se tornar frio, indiferente, superficial e relaxado na vida de adoração a Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Malaquias 1.1 - Peso da palavra do Senhor contra Israel, pelo ministério de Malaquias.
Malaquias 3.1 - Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos.
Malaquias 3.6 - Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.
Malaquias 4.6 - E converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição

INTRODUÇÃO
O livro de Malaquias é o último livro do Antigo Testamento na Bíblia cristã e também faz parte do Tanakh, a Bíblia hebraica. Este livro profético é atribuído ao profeta Malaquias, cujo nome significa "meu mensageiro". Acredita-se que tenha sido escrito no período pós-exílio da história de Israel, por volta de 430-400 a.C. Malaquias é conhecido por transmitir as mensagens de Deus ao povo de Israel, abordando questões relacionadas à fé, ao culto e à conduta moral. Sua obra é marcada por diálogos entre Deus e o povo, onde são feitas advertências, exortações e promessas de bênçãos para aqueles que se voltam para Deus com sinceridade. O livro de Malaquias desempenha um papel importante na compreensão da teologia do Antigo Testamento e na relação entre Deus e seu povo.

1 -  O CENÁRIO DO PROFETA MALAQUIAS

O profeta Malaquias foi uma figura importante no contexto histórico do Antigo Testamento, atuando em um período crítico da história de Israel, aproximadamente no século V a.C. Seu nome, que significa "meu mensageiro" em hebraico, reflete a natureza de sua missão como porta-voz de Deus. Malaquias profetizou após o retorno dos judeus do exílio babilônico, quando Jerusalém e o Templo estavam sendo reconstruídos. No entanto, a nação estava enfrentando desafios espirituais e morais significativos. A corrupção religiosa, a negligência das leis divinas e a apatia espiritual estavam se espalhando entre o povo de Israel. Malaquias foi chamado para repreender essas práticas e restaurar a fidelidade ao Deus de Israel. Malaquias confrontou temas como a profanação do culto, a quebra das alianças matrimoniais e o desrespeito às leis divinas. Ele também anunciou a vinda do Messias, que traria julgamento e salvação. O contexto histórico de Malaquias é fundamental para compreender suas mensagens e seu chamado à reforma espiritual. Suas profecias não apenas convocaram os israelitas de sua época a uma vida mais justa e piedosa, mas também forneceram vislumbres da esperança messiânica que seria cumprida com o advento de Jesus Cristo, que é considerado pelos cristãos como o cumprimento das profecias de Malaquias.

1.1 - Um pouco mais sobre o profeta Malaquias
A biografia do profeta Malaquias é relativamente escassa e se baseia principalmente nas informações disponíveis dentro do Livro de Malaquias. Portanto, as informações sobre sua vida são limitadas, e muitos detalhes de sua história pessoal permanecem desconhecidos. Seu nome "Malaquias" significa "meu mensageiro" em hebraico, refletindo sua função como mensageiro de Deus.  Malaquias viveu e profetizou por volta do século V a.C., após o retorno dos judeus do exílio babilônico. Malaquias foi escolhido por Deus para ser um profeta, um porta-voz divino encarregado de transmitir mensagens e advertências ao povo de Israel. Sua principal missão era confrontar a corrupção religiosa, a quebra das alianças matrimoniais e a apatia espiritual que afligiam a nação naquela época.  O único registro significativo sobre Malaquias é o livro que leva seu nome no Antigo Testamento. Este livro contém uma série de oráculos e mensagens que Malaquias recebeu de Deus para comunicar ao povo. Suas mensagens abordam questões como a profanação do culto, falta de respeito pelas leis divinas e promessas de julgamento e restauração.  Uma das partes mais conhecidas do Livro de Malaquias é a promessa da vinda do Messias. Malaquias profetizou que um "mensageiro" prepararia o caminho para o Senhor, uma referência que os cristãos interpretam como uma previsão do precursor de Jesus, João Batista. Ele também anunciou a vinda de um "sol de justiça" que traria cura e justiça.  Embora a biografia de Malaquias seja limitada em detalhes, seu papel como profeta e suas mensagens permanecem significativos tanto para a história religiosa quanto para a compreensão do contexto espiritual e moral de seu tempo. Suas profecias continuam a ser estudadas e consideradas importantes para a tradição religiosa judaica e cristã.

1.2 - A mensagem do profeta
A mensagem do profeta Malaquias, como registrada no Livro de Malaquias no Antigo Testamento da Bíblia, abrange uma série de temas importantes que foram relevantes para o povo de Israel em seu tempo e têm implicações espirituais duradouras. Malaquias começou sua mensagem repreendendo os sacerdotes e o povo por seu comportamento corrupto no culto a Deus. Eles estavam oferecendo sacrifícios impuros, demonstrando desrespeito pelas ordenanças divinas e negligenciando suas responsabilidades religiosas. Outro ponto enfatizado por Malaquias foi a quebra das alianças matrimoniais entre os israelitas. Ele condenou o divórcio e a infidelidade conjugal, destacando a importância da fidelidade nos relacionamentos e a relação simbólica entre o casamento humano e a aliança entre Deus e Israel. Malaquias instou o povo a retornar à fidelidade e obediência a Deus. Ele enfatizou a necessidade de cumprir as leis divinas, adorar a Deus com corações sinceros e oferecer sacrifícios de qualidade em reverência ao Senhor. Malaquias também profetizou um dia de julgamento, quando Deus faria justiça e distinguiria entre os justos e os ímpios. No entanto, ele também ofereceu esperança de restauração e cura para aqueles que retornassem ao Senhor e buscariam Sua vontade. No geral, a mensagem de Malaquias destaca a importância da obediência a Deus, a necessidade de reverência no culto e a promessa de um Messias que traria esperança e justiça ao povo de Israel. Suas mensagens continuam a ser relevantes para a compreensão da fé e da moral dentro das tradições judaica e cristã, lembrando-nos da importância da fidelidade a Deus e da esperança na redenção divina.

1.3 - Israel e sua falta de amor a Deus
A falta de amor a Deus por parte do povo de Israel é um tema recorrente nas Escrituras do Antigo Testamento da Bíblia e está relacionada a diversos momentos da história do povo escolhido. Vários profetas, incluindo Malaquias, repreenderam o povo de Israel por sua infidelidade e falta de amor a Deus. Uma das principais acusações contra Israel foi a prática da idolatria. O povo frequentemente se afastava de Deus para adorar ídolos feitos por mãos humanas, desviando-se dos mandamentos divinos. Isso enfureceu os profetas e foi considerado uma traição à aliança com Deus. Além da idolatria, a apatia espiritual também era um problema comum. Muitas vezes, o povo de Israel mostrava indiferença em relação às práticas religiosas, tornando-se negligente em suas obrigações de adoração e justiça social. Outra expressão da falta de amor a Deus era o descumprimento das leis divinas. Os israelitas frequentemente desobedeciam aos mandamentos de Deus, ignorando as regras de justiça, misericórdia e compaixão estabelecidas por Ele. Em resposta a essas atitudes, Deus muitas vezes enviava profetas para advertir o povo sobre as consequências de sua falta de amor e fidelidade. As consequências incluíam julgamento divino e exílio. No entanto, os profetas também ofereciam a oportunidade de arrependimento e retorno a Deus. Apesar da infidelidade do povo, a Bíblia também oferece uma mensagem de esperança. Deus continuava a prometer Sua misericórdia e a possibilidade de restauração e renovação da aliança, se o povo se voltasse sinceramente para Ele.

2 - AS OFERTAS CONTAMINADAS
As "ofertas contaminadas" mencionadas no Livro de Malaquias, no contexto do profeta Malaquias, são uma parte significativa da repreensão que ele fez ao povo de Israel. Essas ofertas contaminadas eram sacrifícios ou oferendas trazidas ao Templo em Jerusalém como parte dos rituais religiosos, mas eram consideradas inaceitáveis aos olhos de Deus devido à sua falta de qualidade e sinceridade. O profeta Malaquias acusou o povo de Israel de oferecer sacrifícios que eram impuros, defeituosos e sem valor espiritual, o que representava uma falta de devoção e reverência a Deus. Malaquias repreendeu os israelitas por trazerem sacrifícios que eram de má qualidade. Isso incluía animais defeituosos, cegos, mancos ou doentes como ofertas. Essas ofertas não cumpriam os padrões de pureza e santidade exigidos por Deus na lei. Ao trazer ofertas inadequadas, o povo estava demonstrando falta de respeito pela santidade de Deus. Eles estavam tratando as coisas sagradas de forma leviana, como se Deus não merecesse o melhor que tinham a oferecer. As ofertas contaminadas refletiam a indiferença espiritual do povo. Eles estavam cumprindo rituais religiosos sem corações sinceros, apenas por obrigação, e não estavam buscando um relacionamento genuíno com Deus. Malaquias repreendeu o povo por suas ofertas contaminadas e advertiu que Deus não aceitaria tais ofertas. Isso resultaria em julgamento divino sobre a nação. Apesar da repreensão, Malaquias também chamou o povo ao arrependimento e à restauração. Ele incentivou-os a trazer ofertas dignas e a se voltar sinceramente para Deus, reconhecendo Sua grandeza e santidade.

2.1 - Os pecados dos sacerdotes
O livro de Malaquias traz uma série de mensagens e acusações divinas direcionadas aos sacerdotes e ao povo de Israel. Uma das principais críticas feitas aos sacerdotes em Malaquias está relacionada ao seu comportamento e suas práticas no templo. Os sacerdotes eram responsáveis por oferecer sacrifícios no templo como parte do serviço religioso, mas muitos estavam oferecendo animais doentes, defeituosos ou de baixa qualidade, em vez de animais sem defeito, como a lei exigia. Os sacerdotes não davam a devida importância às ofertas e aos sacrifícios apresentados pelos adoradores. Eles tratavam essas ofertas com indiferença, em vez de considerá-las sagradas. Alguns sacerdotes estavam se divorciando de suas esposas injustamente, o que era visto como uma violação do compromisso matrimonial. Os sacerdotes não estavam conduzindo o culto de maneira reverente e adequada, o que resultava em um ambiente de adoração irreverente e desrespeitoso. Malaquias enfatiza que essas ações dos sacerdotes estavam desagradando a Deus e minando a fé e a adoração do povo. As acusações feitas contra os sacerdotes refletem a importância da integridade, da obediência à lei divina e do serviço reverente no contexto religioso do Antigo Testamento. É importante notar que o livro de Malaquias também oferece mensagens de esperança e exortações ao arrependimento, chamando tanto os sacerdotes quanto o povo a retornarem à fidelidade a Deus e a viverem de acordo com os princípios da justiça e da retidão.

2.2 - O Mensageiro de Deus e o Anjo da Aliança
Uma das mensagens mais marcantes de Malaquias é a promessa da vinda do Messias. Ele anunciou que um "mensageiro" prepararia o caminho para o Senhor e antecipou a chegada de um "sol de justiça" que traria cura e retidão. Os cristãos veem essas profecias como prenúncios de João Batista e Jesus Cristo, respectivamente. No livro de Malaquias, encontramos referências ao "mensageiro de Deus" e ao "anjo da aliança," que desempenham papéis significativos no contexto das mensagens divinas e da relação de Deus com o povo de Israel. O Mensageiro de Deus: Em Malaquias 3:1, lemos a seguinte passagem: "Eis que envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim." Este mensageiro é entendido por muitos estudiosos como uma referência a João Batista, que desempenharia o papel de preparar o caminho para a vinda do Messias, Jesus Cristo. Ele é descrito como aquele que endireitará os caminhos e preparará o povo para a chegada do Senhor. O Anjo da Aliança: Em Malaquias 3:1, a passagem continua: "E logo virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo da aliança, a quem vós desejais." O "anjo da aliança" é uma referência a uma figura celestial que representa a presença e o cumprimento das promessas de Deus com o povo de Israel. Nesse contexto, o "anjo da aliança" é identificado com o próprio Senhor, que virá ao templo. Essas referências têm uma importância profética e messiânica. O mensageiro prepararia o caminho para a vinda de Jesus Cristo, que é identificado como o Senhor e o cumprimento da aliança de Deus com Seu povo. Portanto, o livro de Malaquias aponta para a chegada do Messias e a renovação da aliança divina como parte central de sua mensagem.

2.3 - O dia vindouro do Senhor

O "dia vindouro" é um tema importante no livro de Malaquias e está associado com o Dia do Senhor, um evento futuro que marca o juízo divino e a recompensa para os justos. O livro de Malaquias faz referência a esse dia várias vezes ao longo de seus capítulos. Aqui estão algumas das principais características do "dia vindouro" conforme apresentadas em Malaquias: No "dia vindouro," Deus virá como um fogo refinador para purificar e purgar os pecadores e aqueles que praticam o mal. Este é um momento de julgamento divino, onde as ações de cada indivíduo serão avaliadas. Simultaneamente, o "dia vindouro" também trará recompensas para aqueles que temem a Deus e obedecem aos Seus mandamentos. Eles serão considerados como propriedade especial do Senhor, e Ele mostrará misericórdia para com eles. O "dia vindouro" é associado à vinda de Elias, que é considerado o precursor desse evento. Ele desempenhará um papel importante na restauração e na reconciliação. O "dia vindouro" também envolverá a restauração das relações familiares, onde os corações dos pais e dos filhos serão reconciliados, restaurando a unidade. Malaquias enfatiza a importância do temor a Deus como um requisito para a preparação para o "dia vindouro." Aqueles que temem a Deus e buscam a justiça serão preservados. O "dia vindouro" em Malaquias está relacionado à esperança e à promessa de um tempo em que Deus fará justiça, purificará Seu povo e recompensará os fiéis. Essa mensagem de julgamento e recompensa é uma parte fundamental da profecia de Malaquias e do contexto do Antigo Testamento.

3- MALAQUIAS PARA HOJE
A mensagem do profeta Malaquias permanece relevante nos dias de hoje, oferecendo importantes lições espirituais e morais para indivíduos e comunidades. Assim como Malaquias repreendeu o povo por suas ofertas contaminadas, isso nos lembra da importância de trazer integridade e sinceridade em nossas práticas religiosas e espirituais. Em um mundo onde muitas vezes estamos ocupados com formalidades, a mensagem de Malaquias nos lembra de manter uma devoção autêntica a Deus. Malaquias nos lembra que Deus é santo, e devemos tratar Sua santidade com reverência. Em um mundo onde muitas vezes desvalorizamos a espiritualidade, a mensagem de Malaquias nos encoraja a reconhecer a grandiosidade de Deus em nossas vidas. Malaquias também repreendeu o povo por quebrar alianças matrimoniais e desrespeitar as leis divinas. Hoje, isso nos faz refletir sobre a importância de vivermos vidas justas e morais, honrando nossos compromissos e respeitando os princípios éticos. Da mesma forma que Malaquias chamou o povo ao arrependimento e à restauração, sua mensagem nos incentiva a reconhecer nossos erros e buscar uma jornada de crescimento espiritual e moral. O arrependimento e a restauração podem ser caminhos para cura e renovação em nossas vidas. A profecia de Malaquias sobre a vinda do Messias nos lembra da esperança em tempos desafiadores. Para os cristãos, essa profecia se cumpriu com a vinda de Jesus Cristo. Hoje, nos lembra da importância de manter a esperança em um mundo muitas vezes tumultuado.

3.1 - Uma palavra de conforto
Embora o livro de Malaquias contenha mensagens de repreensão e juízo divino, também oferece palavras de conforto e esperança aos fiéis. Uma dessas palavras de conforto é encontrada em Malaquias 3:16-17: "Então, aqueles que temiam o Senhor falavam uns aos outros, e o Senhor atentava e ouvia; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temiam o Senhor e para os que se lembravam do seu nome. E eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia, serão para mim particular tesouro; poupá-los-ei como quem poupa o filho que o serve." Nessas palavras, Deus reconhece aqueles que O temem e se esforçam para viver retamente. Ele promete que essas pessoas serão Seu "particular tesouro" e serão poupadas, assim como um pai poupa seu filho que O serve. Isso é uma mensagem de encorajamento e conforto para os justos, assegurando-lhes que Deus cuida deles e os recompensará por sua fidelidade. Essa passagem também destaca a importância da comunhão entre os que temem o Senhor, indicando que suas conversas e reflexões sobre Deus não passam despercebidas. Em meio às advertências e repreensões no livro de Malaquias, essas palavras de conforto servem como um lembrete do amor e da preocupação de Deus por aqueles que O buscam de coração.

3.2 - Vale a pena servir a Deus?
Em seu livro, o profeta Malaquias destaca a importância da fidelidade e da devoção a Deus, mesmo em face de desafios e dificuldades. Malaquias enfatiza que Deus observa aqueles que O servem com sinceridade e temem o Seu nome. Ele promete recompensar os justos e fiéis. Isso sugere que vale a pena servir a Deus, pois há bênçãos e recompensas reservadas para aqueles que O obedecem e O temem. Malaquias também adverte sobre as consequências da infidelidade e da negligência nas obrigações religiosas. Ele destaca como ações como oferecer sacrifícios impuros e quebrar a aliança com Deus podem resultar em juízo divino. Portanto, servir a Deus adequadamente é visto como uma escolha sábia para evitar a ira de Deus. Malaquias destaca a importância de manter uma relação pessoal com Deus. Ele incentiva a sinceridade na adoração e a busca constante da presença divina. Isso implica que servir a Deus não se trata apenas de cumprir rituais, mas de cultivar um relacionamento genuíno com Ele, o que, por si só, é uma recompensa inestimável. Malaquias também fala sobre o "dia vindouro," quando Deus fará justiça e recompensará os fiéis. Essa promessa oferece esperança e incentivo adicional para perseverar no serviço a Deus. Ou seja, o livro de Malaquias argumenta que vale a pena servir a Deus, apesar dos desafios e tentações que possam surgir. Ele enfatiza as recompensas da fidelidade, as consequências da infidelidade e a importância de manter uma relação pessoal com o Senhor. Portanto, a mensagem geral é que servir a Deus é uma escolha que traz bênçãos e oferece um propósito significativo à vida.

3.3 - O verdadeiro culto

É importante notar que a falta de amor a Deus não foi exclusiva de Israel, e essa mensagem pode ser aplicada a qualquer pessoa ou comunidade que se afaste dos princípios e valores espirituais. A Bíblia ensina que o amor a Deus e ao próximo são os dois maiores mandamentos, e a falta desse amor pode levar a consequências espirituais e morais. Portanto, as histórias e lições do Antigo Testamento continuam a servir como lembretes para todos sobre a importância do amor e da fidelidade a Deus. O ensinamento sobre ofertas contaminadas no livro de Malaquias serve como um lembrete de que Deus valoriza a qualidade, sinceridade e devoção nas adorações e sacrifícios de Seu povo. Ele não se contenta com rituais vazios, mas deseja relacionamentos autênticos e reverência sincera. A mensagem de Malaquias ressoa em muitos contextos religiosos, lembrando-nos da importância de nossa devoção a Deus ser genuína e sincera.

CONCLUSÃO
Em resumo, Malaquias nos desafia a viver vidas que refletem sinceridade espiritual, reverência a Deus e compromisso com a justiça e a moral. Seus ensinamentos nos lembram da importância de manter uma relação autêntica com o divino e de buscar constantemente a restauração e a renovação espiritual. Mesmo séculos após sua vida, as mensagens de Malaquias continuam a inspirar e orientar as pessoas em sua jornada espiritual.

BIBLIOGRAFIAS
Bíblia Sagrada. Nova Almeida Atualizada: 3ª edição, 2017.
Souza, Edilson Marçal de. Profetas menores: Lições para a igreja de hoje. Anápolis: Editora 3E.
Profetas maiores e menores – Tradutor: Timothy Allen Barber.
Lopes, Hernandes Dias – Malaquias: a igreja no Tribunal de Deus. São Paulo: Agnos, 2006.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

Emivaneide Silva

Lição 12 - ZACARIAS - VIVENDO HOJE SEM ESQUECER DAS PROMESSAS PARA O FUTURO (Pb Lenilton)

 ZACARIAS - VIVENDO HOJE SEM ESQUECER DAS PROMESSAS PARA O FUTURO

Lição 12 - 17 de Setembro de 2023


INTRODUÇÃO

Meus irmãos, chegamos a lição 12, que fala sobre o profeta Zacarias. Nesta lição, aprenderemos sobre o cenário do profeta e a realidade do povo após os setenta anos de cativeiro na Babilônia. Conheceremos quem era Zacarias, qual a sua mensagem e as suas palavras proféticas. Por fim, aplicaremos os ensinamentos do profeta para a Igreja de Jesus Cristo nos dias de hoje.  


1. O CENÁRIO DO PROFETA ZACARIAS

O cenário é pós exílio, momento de reconstrução do Templo, também estimulado pelo profeta Ageu. Assim como o seu contemporâneo Ageu, a palavra do SENHOR veio ao profeta Zacarias, no segundo ano do reinado de Dario, mais precisamente no oitavo mês do segundo ano. Dario I nasceu na Pérsia, no ano 550 a.C. Era filho de Hustaspes, pertencente à dinastia dos Aquemênidos. Na época do seu nascimento as tribos persas estavam unidas e organizadas sob a liderança do rei, Ciro II. É neste cenário pós exílico, que o profeta Zacarias começa a anunciar a palavra do Senhor para o povo se arrepender e se voltar novamente para o seu Deus. O povo é chamado a vencer o desânimo, arrepender-se de sua apatia e completar a tarefa que não foi terminada – Reconstruir o templo. O desânimo gerado no coração povo estava relacionado ao novo Templo nem de longe se aproximar a “beleza” do suntuoso Templo construído por Salomão. 


1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta

Zacarias, cujo nome significa “O Senhor se lembra”, ou “aquele de quem Deus se lembra”, filho de Baraquias, filho de Ido, foi um dos profetas pós-exílicos, um contemporâneo de Ageu. O profeta Zacarias foi um homem levantado por Deus para profetizar no tempo da restauração de Israel do exílio na Babilônia. Ele nasceu em uma família de sacerdotes ainda na Babilônia. Sua família estava entre as quase cinquenta mil pessoas que retornaram para Jerusalém sob a liderança de Zorobabel e Josué. 


1.2. A mensagem do profeta

 O Livro está repleto de referências de Zacarias à palavra do Senhor. O profeta não entrega sua própria mensagem, mas ele, fielmente, transmite a mensagem dada a ele por Deus. O povo é chamado para se arrepender de sua apatia e completar a tarefa que não foi terminada. Deus, então, assegura ao seu povo o seu amor e cuidado por eles, através de oito visões. A visão do homem e dos cavalos lembra ao povo o cuidado vigilante de Deus. A visão dos quatro chifres e dos quatro ferreiros trazem à memória o julgamento de Deus, primeiro sobre Judá e depois sobre seus inimigos. Na visão do homem com um cordel de medir, existe uma olhada apocalíptica na bela e pacífica cidade de Deus. Josué, o sumo sacerdote, retrata uma purificação do pecado. A visão grandiosa do castiçal todo revestido de ouro entre os vasos de azeite assegura a Zorobabel que os propósitos de Deus serão cumpridos somente pelo seu Espírito. O rolo voante emite o pronunciamento de Deus contra o furto e contra o juramento falso. A visão da mulher num efa significa a santidade de Deus e a remoção do pecado. A visão dos quatro carros retrata o soberano controle de Deus sobre a Terra. As visões são seguidas por uma cena de coroação na qual Josué é coroado tanto como rei como sacerdote. Isso é poderosamente um simbolismo da vinda do Messias.


1.3. Convocação geral ao arrependimento

Em Zacarias 1.3, está escrito: “Portanto dize-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tornai para mim, diz o SENHOR dos Exércitos, e eu tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos”. O desejo de Deus é que o seu povo se arrependa e se volte para Ele, que o povo escolhido e separado busque ao Senhor porque ele está perto (Isaías 55.6), na parte final do verso 7 de Isaías 55, diz assim: “...torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar”. Em Malaquias 4. 13, diz o Senhor: “As vossas palavras foram agressivas para mim, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti? Verso 14, Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos?, diante de todas essas transgressões contra Deus, o Senhor ainda levanta um homem e lhe dá ordem para clamar por arrependimento, tudo isso tem algumas explicações: o amor, o cuidado, e o zelo de Deus com o seu povo, e uma explicação ainda um tanto contundente encontramos em Malaquias 3.6: “Porque, eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos”.



2. AS PALAVRAS PROFÉTICAS DE ZACARIAS

Ao longo de 14 capítulos podemos observar as mensagens que o Senhor transmitia ao profeta Zacarias através de visões. O profeta revela visões sobre a reconstrução de Jerusalém, do Templo e também da segunda vinda do Senhor. Zacarias se empenha em mostrar a importância e soberania de Deus, que tudo sabe, vê e tem o poder de decisão final sobre todas as coisas. Assim sendo, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém é descrita em detalhes em Zacarias 9.9, está relatado em Mt.21.5; Mc.11.7-10. Um dos versículos mais dramáticos das Escrituras proféticas é encontrado em Zc. 12.10, quando, na maioria dos manuscritos a primeira pessoa é usada: “E olharão para mim, a quem transpassaram. ” Jesus Cristo, pessoalmente, profetizou sua recepção pela casa de Davi.


2.1. O jejum que não agradou a Deus

O objetivo que deve permear a mente e o coração do povo escolhido é agradar a Deus. Porém, às vezes, o povo até realiza rituais sacros, mas da maneira errada. Antes do cativeiro os pais também ofereciam jejuns que não agradavam a Deus, Eis que para contendas e debates, jejuais e para dardes punhados impiamente; não jejueis como hoje, para ouvir a vossa voz no alto. Is. 58.4. Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo, e que deixes livres os quebrantados, e que despedaces todo o jugo? Isaías 58.7. Em Zacarias 7.5, a pergunta “jejuastes vós para mim, mesmo para Mim? ” Revela que esses jejuns não eram mandamentos de Deus, e, portanto, não dava honra nenhuma a Ele. Os profetas que antecederam o período do cativeiro babilônico também alertaram o povo sobre a necessidade de uma adoração verdadeira ao nosso Deus, Isaías 29.13 “Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e os lábios, me honra, mas o coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído. ” O que Deus estava dizendo em Zacarias 7, é que aquele jejum do povo era só mais um ritual a vida e o propósito do ofertante estavam desconcertados. Em Mateus, o Senhor Jesus ensina como jejuar de maneira a agradar a Deus, cap.6.17, “Porém tu, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, 18, para não pareceres aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará”.  

 
2.2. A causa do cativeiro

O cativeiro veio porque o povo não deu ouvido as palavras do Senhor, Isaías 1.3 “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, a manjedoura do seu dono, mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende” v.4b ...Deixaram o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás”. A transgressão contra a mensagem de Deus anunciada pelos seus profetas era a causa dos setenta anos de cativeiro na babilônia. Jeremias 25.4 “Embora o SENHOR tenha enviado a vocês os seus servos, os profetas, dia após dia, vocês não os ouviram, nem lhes deram atenção, v.5. Quando disseram: converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o SENHOR deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. V.9 convocarei todos os povos do Norte e o meu servo Nabucodonosor, rei da Babilônia, declara o SENHOR, e os trarei para atacar esta terra, os seus habitantes e todas as nações em redor. Eu os destruirei completamente e os farei um objeto de pavor e ruína desolada, e essas nações e essas nações estarão sujeitas ao rei da Babilônia durante setenta anos. V.12. Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, visitarei o rei da Babilônia, e esta nação, diz o SENHOR, castigando a sua iniquidade, e da terra dos caldeus; farei deles um deserto perpétuo”. Deus, por intermédio do profeta Jeremias, anuncia que viria o castigo por causa da desobediência, mas também deixa claro o seu zelo pelo povo de Israel, anunciando que, após o período de tratamento, logo em seguida virá a restauração.


2.3. Visões do Reino Messiânico

Zacarias é, às vezes referido como o mais messiânico de todos os livros do AT. Os capítulos 9-14 são as seções mais citadas dos profetas nas narrativas dos Evangelhos. Os capítulos 9- 14 contêm muita escatologia (o estudo das últimas coisas). Sião é restaurada e irradiada a glória de seu rei. Duas mensagens proféticas surgem. A primeira profecia ou “peso” está nos caps. 9-11, Deus irá libertar seu povo (cap. 9), haverá uma restauração da prosperidade para o povo de Deus (cap.10), e o Pastor de Israel será inicialmente rejeitado, levando uma grande desolação (cap.11). A segunda profecia está caps. 12-14. Novamente, Deus liberta seu povo, e eles prantearão por Aquele que eles transpassaram (cap.12). Uma fonte, então, é aberta para a purificação do pecado e da impureza (cap.13). Então, o Senhor irá reinar de uma Sião restaurada, como Rei sobre todas as nações. Mesmo em meio as dificuldades, o profeta Zacarias trazia consigo uma mensagem de esperança, a base desta mensagem era a vinda de um Rei e libertador, que reinaria sobre a terra. 

 
3. ZACARIAS PARA HOJE

Zacarias deixou muitos ensinamentos para a Igreja da atualidade. Em Zacarias 8.16-17, encontramos uma das passagens que ilustra claramente o legado profético deste servo de Deus: “Estas são as coisas que deveis fazer: falai a verdade cada um com o seu próximo; executai juízo de verdade e paz nas vossas portas; e nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ame o juramento falso; porque todas estas são coisas que eu aborreço, diz o Senhor”.   Essas palavras de Zacarias têm um poderoso significado até os dias de hoje, pois nos ensina a importância da verdade e da justiça em nossos relacionamentos. Zacarias foi fiel ao que Deus lhe confiou fazer. Em meio ao desânimo do povo, o profeta anunciou a verdade de um Deus zeloso, que conhece todos os acontecimentos vindouros. Por conhecer a vontade do Senhor, Zacarias traz em suas profecias, uma mensagem de esperança.

3.1. Olhar para o futuro com esperança

Em Zacarias 9.9, ele profetiza: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu rei, justo e salvador, humilde montado em jumento, até o potro de uma jumenta”. Zacarias, mesmo séculos antes, foi usado por Deus para a vinda do Messias. Essa passagem, no entanto, nos ensina a confiar nas promessas de Deus, mesmo quando parecem impossíveis. Assim, também devemos nos lembrar que Deus é Fiel em cumprir suas palavras, no tempo certo. Zacarias desafia os seus contemporâneos e nos desafia a completar a tarefa que Deus nos deu. Somos desafiados a fazer o que Deus confiou em nossas mãos. Isso acarreta arrependimento por negligenciar a edificação da Casa de Deus. Sob a nova aliança, nós temos de dar de nós mesmos para a restauração e purificação do templo de Deus, individualmente e coletivamente na Igreja. A medida que vivemos em harmonia com os propósitos de Deus para restaurar o que estava desolado, nós repousamos na segurança de que Deus soberanamente governa toda a Terra. O Pastor ferido será adorado como Rei, e Israel receberá o seu Messias. A tarefa da evangelização no mundo será cumprida. Jesus reinará. HaleluYah!

    
3.2. Reconstruir vidas

O povo foi encorajado pelo profeta Zacarias a reconstruir o Templo. Além disso, suas vidas também precisavam passar por uma grande reconstrução. Agora, o povo precisava confiar em Deus e em suas promessas para voltar a uma nova vida. A exemplo de Neemias, que mesmo tendo enfrentado aparente impossibilidades, confiou em Deus, também precisamos depositar uma confiança sem limites naquele que é maior do que todos os inimigos que tentam destruir nossos sonhos. Nossa confiança no Senhor vai nos ajudar a preservar a objetividade e vencer os nossos temores, além de dar-nos força para reconstruir tudo que, porventura, foi destruído em nossa vida. A confiança que Neemias teve em Deus o capacitou a reconstruir os muros da sua cidade amada em menos de dois meses e, assim, mudar a história de toda uma nação. Que o Senhor nos abençoe para que, por meio dEle, tenhamos coragem e força para reconstruir nossos sonhos.  

  
3.3. Realizar a obra de Deus

No Livro do profeta Zacarias podemos acompanhar a dedicação do profeta em levar a palavra de Deus para a população que havia retornado da Babilônia, lembrando-os da vinda do Senhor e da importância de crer para serem salvos. O Senhor Jesus, autor e consumador da nossa fé, antes de ser assunto aos céus, deixou uma ordem aos seus discípulos: Mateus 28.19, “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20. Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém! Com a vida restaurada, confiante nas promessas de Deus em nossas vidas, podemos trabalhar para Ele que nos tirou das protestardes das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor, Cl.1.13. Nós que recebemos o perdão de Jesus, agora precisamos anunciar esse imenso amor que Deus tem pela humanidade. Como discípulos de Jesus, precisamos anunciar as boas novas de salvação: “Quão formosos sobre os montes são os pés daquele que traz boas novas do bem, que faz ouvir a salvação, e que diz a Sião: O teu Deus reina! ” Isaías 52.7. Atualmente, em nossa sociedade, muito tem se falado em empatia, que significa colocar-se no lugar do outro, ou, experimentar as dores do outro, no Reino de Deus é semelhante, empatia é desejar que aqueles que andam em trevas recebam a Jesus, a luz que alumia a todo homem.


CONCLUSÃO

O profeta Zacarias inicia o seu Livro clamando por arrependimento, e conclui profetizando a restauração operada pelo Salvador, o Messias adorado, desejado das nações, que viria libertar o seu povo da escravidão do pecado. De maneira semelhante, essa esperança profetizada por Zacarias deve estar no coração do povo de Deus hoje, porque Jesus virá segunda vez para nos buscar e nos levar para si mesmo. O avivamento genuíno só virá com um profundo e sincero arrependimento. Que Deus nos dê graça e sabedoria para que as nossas obras tenham o propósito de agradar ao Senhor e não aos homens.


REFERÊNCIAS BIBILOGRÁFICAS

Revista Betel Dominical adultos 3º trimestre 2023, Profetas menores do Antigo Testamento, proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação através do Messias.

BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE

BÍBLIA DE ESTUDO DO EXPOSITOR

https://estiloadoracao.com/quem-foi-o-profeta-zacarias/

https://www.ebiografia.com/dario_i/

https://www.bibliaonline.com.br/acf/zc

https://bibliotecadopregador.com.br/o-legado-profetico-de-zacarias/

https://www.otempo.com.br/opiniao/super-fe/reconstruindo-o-destruido-1.1576639


COMENTÁRIOS ADICIONAIS

Pb Lenilton Ferreira da Silva


Lição 11 - AGEU - UM CHAMADO PARA DESPERTAR DA INÉRCIA - Comentários Adicionais (Pb Dênis Barboza)

 AGEU - UM CHAMADO PARA DESPERTAR DA INÉRCIA

Lição 11 - 10 de setembro de 2023 Lição 11



TEXTO ÁUREO
"Assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai os vossos corações aos vossos caminhos". (Ageu 1.7).
 

VERDADE APLICADA
O discípulo de Cristo precisa estar sempre revendo suas prioridades, se estão de acordo com a Palavra de Deus.


OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Apresentar o cenário do profeta Ageu;

2. Destacar a necessidade de arrependimento;

3. Extrair Lições do livro de Ageu para os nossos dias.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ageu 1.1 - No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo:

Ageu 1.2 - Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor deve ser edificada.

Ageu 1.3 - Veio, pois, a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo:

Ageu 1.4 - É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de ficar deserta?
Comentário adicional.


INTRODUÇÃO

O livro de Ageu, um dos menores livros do Antigo Testamento da Bíblia, é uma obra profética que traz mensagens diretas e impactantes para o povo de Israel. Composto por apenas dois capítulos, Ageu concentra-se em um período crítico da história de Israel, logo após o retorno dos judeus do exílio babilônico, quando eles enfrentavam desafios significativos na reconstrução do Templo de Jerusalém. Esta breve e poderosa obra profética destaca a importância de priorizar a adoração a Deus e a restauração do Templo como um ato fundamental para a renovação espiritual e material da nação. Ageu adverte o povo sobre as consequências de negligenciar a casa de Deus e os encoraja a dedicar seus esforços à sua reconstrução. Em sua simplicidade e clareza, o livro de Ageu oferece valiosas lições sobre a importância da fé, obediência e priorização espiritual em tempos de desafio. Esta introdução serve como um convite para explorar a mensagem atemporal deste livro profético e refletir sobre como suas lições podem se aplicar às nossas vidas hoje.

1. O CENÁRIO DO PROFETA AGEU

O cenário do profeta Ageu se passa após o exílio babilônico, quando os judeus retornaram a Jerusalém e o Templo estava em ruínas. Ageu profetizou para incentivar a reconstrução do Templo e a renovação espiritual do povo, destacando a importância de priorizar a casa de Deus. Suas mensagens focavam na necessidade de confiança em Deus e obediência para alcançar bênçãos divinas.

1.1. Conhecendo um pouco o profeta

Ageu foi um dos profetas menores do Antigo Testamento da Bíblia. Seu livro é chamado de "Livro de Ageu" e é uma das menores escrituras proféticas, consistindo em apenas dois capítulos. Ele profetizou durante um período crítico da história de Israel, logo após o retorno dos judeus do exílio na Babilônia, por volta de 520 a.C. As principais mensagens de Ageu foram direcionadas aos líderes judeus, especificamente ao governador Zorobabel e ao sumo sacerdote Josué, bem como a todo o povo. Seu principal foco era encorajar o povo a priorizar a reconstrução do Templo em Jerusalém, que estava em ruínas. Ageu argumentava que a negligência em reconstruir a casa de Deus estava ligada às dificuldades econômicas e agrícolas que o povo estava enfrentando. Ele afirmava que a falta de bênçãos divinas era resultado da desobediência e da indiferença em relação ao Templo. Ageu enfatizava a necessidade de confiança em Deus, obediência à Sua vontade e a importância de colocar Deus em primeiro lugar em suas vidas. Ele encorajou o povo a retomar a construção do Templo, prometendo que Deus estaria com eles e os abençoaria por seus esforços. O livro de Ageu também contém algumas profecias sobre o futuro glorioso do Templo, sugerindo que, apesar de sua aparência modesta em comparação com o Templo de Salomão, o Templo reconstruído seria abençoado e honrado por Deus. Em resumo, Ageu foi um profeta que desempenhou um papel crucial na motivação do povo judeu a reconstruir o Templo de Jerusalém após o exílio babilônico, destacando a importância da obediência e da priorização das coisas de Deus em suas vidas. Suas mensagens são registradas no livro de Ageu na Bíblia.

1.2 A mensagem do profeta

O profeta Ageu exortou o povo a reconstruir o Templo de Jerusalém e a priorizar sua devoção a Deus, prometendo que, ao fazer isso, receberiam bênçãos e prosperidade divinas. Sua mensagem enfatizou a importância da fé e da obediência. Ageu também repreendeu o povo por sua negligência na reconstrução do Templo, destacando que suas dificuldades econômicas eram consequência disso. Sua mensagem central era que a priorização das coisas espirituais e a restauração do culto a Deus eram fundamentais para a prosperidade material e espiritual do povo de Israel. Portanto, a mensagem de Ageu era um apelo à ação imediata na reconstrução do Templo e ao retorno à fé e à devoção a Deus como prioridades.

1.3 Convocação a reconstrução do templo

 A convocação para a reconstrução do Templo no livro de Ageu faz parte do antigo Testamento da Bíblia e está centrada em torno das mensagens proféticas de Ageu, um dos profetas menores. O contexto histórico desses eventos ocorreu após o exílio babilônico, quando os judeus retornaram à Judeia com o objetivo de reconstruir o Templo de Jerusalém, que havia sido destruído pelos babilônios.
A mensagem principal de Ageu era uma chamada à ação e à priorização da reconstrução do Templo de Deus sobre outras preocupações pessoais e materiais. Ele enfatizou que o povo estava enfrentando dificuldades e escassez precisamente porque não estavam dando prioridade à casa de Deus. As mensagens de Ageu eram diretas e instigantes, instando o povo a refletir sobre suas ações e prioridades. Os principais pontos destacados no livro de Ageu incluem: 1) Repreensão: Ageu repreendeu o povo por gastar seus recursos e esforços na construção de suas próprias casas luxuosas enquanto o Templo de Deus permanecia em ruínas; 2) Chamado à ação: Ageu convocou o povo a "subir à montanha" e trazer madeira e pedras para reconstruir o Templo. Ele também encorajou o povo a não desanimar diante dos desafios; 3) Promessa de bênçãos: Ageu profetizou que, se o povo se empenhasse na reconstrução do Templo, Deus abençoaria a terra e o abasteceria abundantemente; 4) Início da reconstrução: As mensagens de Ageu motivaram o povo a iniciar a reconstrução do Templo sob a liderança de Zorobabel e Josué, que eram líderes religiosos e políticos da época. Ageu enfatizou que, quando o Templo fosse reconstruído, a presença de Deus retornaria a Jerusalém e abençoaria a nação.

2. A NECESSIDADE DE ARREPENDIMENTO

A necessidade de arrependimento é um tema recorrente na profecia de Ageu. O profeta exorta o povo a considerar sua situação atual e refletir sobre suas ações passadas. Aqui estão alguns versículos que destacam essa mensagem: Ageu 1:5-7 (NVI): "Agora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai o vosso caminho. Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pôr num saquitel furado." Nesses versículos, Ageu desafia o povo a considerar suas ações passadas, que resultaram em dificuldades e falta de prosperidade. Ele os insta a se arrependerem de suas prioridades erradas e a voltarem sua atenção para a reconstrução do Templo; Ageu 1:12-14 (NVI): "Então Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, com todo o resto do povo, obedeceram à voz do Senhor, seu Deus, e às palavras do profeta Ageu, como o Senhor, seu Deus, o tinha enviado; e o povo temeu ao Senhor. Ageu, o mensageiro do Senhor, pregou ao povo a mensagem do Senhor, dizendo: 'Eu sou convosco, diz o Senhor." Nestes versículos, vemos que o povo respondeu ao chamado de Ageu e se arrependeu de sua inação anterior. Eles começaram a reconstrução do Templo e, como resultado, o Senhor prometeu estar com eles. Portanto, a necessidade de arrependimento nos tempos do profeta. Ageu estava relacionada à mudança de prioridades e ao retorno à adoração a Deus por meio da reconstrução do Templo. O arrependimento envolveu reconhecer erros passados e tomar medidas para corrigi-los, obedecendo às palavras de Deus por meio do profeta Ageu.

2.1 O povo obedece a ordem de Deus

Ageu recebeu uma mensagem direta de Deus para confrontar o povo com sua apatia em relação à reconstrução do Templo. Sua mensagem enfatizou que as dificuldades que estavam enfrentando, como más colheitas e pobreza, eram consequência de seu descaso para com o Templo de Deus. Ele os incentivou a considerar suas prioridades espirituais e a agir rapidamente para reconstruir o Templo. Obediência do Povo: A mensagem de Ageu teve um impacto imediato sobre o povo. O livro de Ageu relata que o povo ouviu a voz do Senhor por meio do profeta e começou a reconstruir o Templo. Eles demonstraram obediência, colocando as bases do novo Templo em 520 a.C., logo após as exortações de Ageu.

2.2 O novo templo

Ageu foi um dos profetas que incentivaram o povo judeu a reconstruir o Templo, que havia sido destruído pelos babilônios no século VI a.C. O livro de Ageu fornece informações limitadas sobre o projeto de construção, mas dá uma ideia geral de como foi o processo. Ageu diz ao povo que deveria priorizar a reconstrução do Templo como um ato de devoção a Deus, e ele encorajou o governador Zorobabel e o sumo sacerdote Josué a liderar o esforço de construção. O Templo reconstruído nos tempos de Ageu, conhecido como o Segundo Templo, foi muito menor e menos grandioso do que o Primeiro Templo, construído pelo rei Salomão. No entanto, ele serviu como o centro religioso e espiritual do judaísmo por muitos séculos. O Segundo Templo passou por várias fases de expansão e renovação ao longo de sua história. No entanto, o Templo finalmente foi destruído pelos romanos no ano 70 d.C., durante a Primeira Guerra Judaico-Romana. Portanto, o novo Templo construído nos tempos de Ageu foi um projeto importante para a comunidade judaica, simbolizando sua restauração espiritual e seu compromisso com a fé após o exílio, mas foi menos magnífico em comparação com o Primeiro Templo.

2.3 Deus promete abençoar o povo

Deus promete abençoar o povo de Israel se eles obedecerem e priorizarem a reconstrução do Templo em Jerusalém. Ageu é um dos profetas menores do Antigo Testamento que encoraja o povo a cumprir sua responsabilidade religiosa e a confiar na promessa de Deus de abençoá-los. Um trecho significativo que destaca essa promessa de bênçãos encontra-se em Ageu 2:9, que diz: " 'A glória deste último templo será maior do que a do primeiro', diz o Senhor dos Exércitos. 'E neste lugar concederei a paz', declara o Senhor dos Exércitos." Neste versículo, Deus promete que o Templo reconstruído será abençoado com uma glória ainda maior do que o Primeiro Templo e que Ele concederá paz à terra. Isso é uma forma de incentivar o povo a continuar com o trabalho de reconstrução, mesmo que o Segundo Templo não fosse tão grandioso quanto o primeiro. Deus promete abençoá-los e estar com eles quando eles seguirem Seus caminhos e buscarem Sua vontade.

3. AGEU PARA HOJE

O livro de Ageu, que faz parte do Antigo Testamento da Bíblia, contém mensagens e lições relevantes para os dias de hoje. Aqui estão algumas mensagens chave que você pode aprender com o livro de Ageu: 1) Priorize o relacionamento com Deus: Ageu enfatiza a importância de colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas. Ele lembra que quando as pessoas negligenciam sua relação com Deus, experimentam dificuldades e falta de prosperidade. Portanto, é essencial priorizar a espiritualidade em sua vida; 2) Não adie o que é importante: O livro de Ageu fala sobre a procrastinação e como adiar tarefas importantes, como a reconstrução do Templo, pode levar a consequências negativas. A mensagem é clara: não adie as coisas que você sabe que são importantes e necessárias; 3) Trabalhe com diligência: Ageu incentiva o trabalho árduo e a dedicação. Ele mostra que a prosperidade e o sucesso vêm através do esforço e da diligência. Isso é relevante em nossa sociedade, onde o trabalho árduo é muitas vezes necessário para alcançar nossos objetivos; 4) Confie em Deus em tempos de dificuldade: O livro de Ageu reconhece que as pessoas podem enfrentar tempos difíceis e desafios. No entanto, ele nos lembra de confiar em Deus em todas as circunstâncias e buscar Sua orientação e ajuda nos momentos de necessidade; 5) Compartilhe com os necessitados: Ageu também enfatiza a importância de ajudar os menos afortunados. Isso é relevante nos dias de hoje, onde a compaixão e o auxílio aos necessitados são valores importantes em muitas sociedades; 6) Reconheça a presença de Deus: O livro de Ageu destaca que Deus está presente em nossa jornada e que devemos reconhecê-Lo em nossas vidas diárias. Isso nos lembra de manter uma perspectiva espiritual em nosso cotidiano. Em resumo, o livro de Ageu oferece lições sobre espiritualidade, trabalho árduo, diligência, confiança em Deus e generosidade que são relevantes para os desafios e as decisões que enfrentamos nos dias de hoje. É uma fonte valiosa de orientação espiritual e moral para muitos aspectos da vida contemporânea.

3.1 Prioridades erradas

No contexto do livro de Ageu, as "prioridades erradas" referem-se às escolhas e ações do povo de Israel na época. A principal mensagem do livro de Ageu é que o povo de Israel estava mais preocupado em construir suas próprias casas e melhorar suas próprias condições de vida do que em reconstruir o templo de Deus em Jerusalém. Os versículos do livro de Ageu frequentemente enfatizam a importância de dar prioridade ao trabalho de Deus, como a reconstrução do templo, antes de buscar a prosperidade pessoal. Aqui estão algumas passagens-chave do livro de Ageu que ilustram essa mensagem: Ageu 1:2-4 (NVI): "Assim diz o Senhor dos Exércitos: Este povo diz: 'Não é chegado o tempo de reconstruir o templo do Senhor'. Então, a palavra do Senhor veio por meio do profeta Ageu: 'Acaso é tempo para vocês habitarem em casas de fino acabamento, enquanto a minha casa continua destruída?" Ageu 1:6 (NVI): "Vocês têm semeado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo em um saco furado." Portanto, as "prioridades erradas" no livro de Ageu referem-se à negligência do povo em priorizar a obra de Deus, especificamente a reconstrução do templo, em detrimento de suas próprias preocupações materiais. O livro exorta o povo a mudar suas prioridades e a colocar Deus em primeiro lugar em suas vidas.

3.2 A importância do encorajamento mútuo

A principal importância do encorajamento mútuo no livro de Ageu está relacionada ao incentivo que o profeta dá ao povo para que continuem a obra de reconstrução, mesmo diante de desafios e dificuldades. Aqui estão alguns pontos-chave que demonstram a importância do encorajamento mútuo no livro de Ageu: 1) Estímulo à reconstrução do Templo: Ageu encorajou o povo a priorizar a reconstrução do Templo, que estava em ruínas há muitos anos. Ele os lembrou de que essa obra era importante para a adoração a Deus e para a restauração espiritual da nação; 2) Superar desânimo: O povo estava desanimado devido às dificuldades enfrentadas durante a reconstrução. Ageu os incentivou a não desistirem e a confiarem em Deus, prometendo bênçãos futuras se persistissem em seus esforços; 3) União e colaboração: O encorajamento mútuo também promoveu a união e colaboração entre o povo. Eles se uniram em torno de um objetivo comum, superando diferenças e discordâncias, o que foi fundamental para o sucesso da empreitada; 4) Fé e obediência: Ageu destacou a importância da fé e da obediência a Deus como fundamentais para receber Suas bênçãos. O encorajamento mútuo ajudou o povo a permanecer fiel às promessas divinas; 5) Mensagem de esperança: As palavras de Ageu transmitiram uma mensagem de esperança ao povo, lembrando-os de que Deus estava com eles e os abençoaria se continuassem a trabalhar na reconstrução do Templo. Isso trouxe ânimo e motivação. Em resumo, o livro de Ageu destaca a importância do encorajamento mútuo como uma ferramenta poderosa para motivar e fortalecer o povo em sua jornada de reconstrução espiritual e física. Ele ilustra como a comunhão, a fé e a persistência, alimentadas pelo encorajamento mútuo, podem levar a resultados significativos e à bênção de Deus.

3.3 Promessas valiosas de Deus

As principais promessas valiosas de Deus para o povo, conforme descritas no livro de Ageu, estão relacionadas ao reconhecimento da importância de reconstruir o Templo de Jerusalém, que estava em ruínas na época. Aqui estão algumas das principais promessas: Prosperidade após a reconstrução do Templo: Deus promete que, se o povo se dedicar à reconstrução do Templo, Ele abençoará a terra e o povo, trazendo prosperidade e bênçãos sobre eles. Isso incluiria colheitas abundantes e uma vida melhor para o povo. A presença de Deus: Deus promete que Sua presença estará presente no Templo reconstruído. Ele diz que "Eu estou convosco, diz o Senhor dos Exércitos" (Ageu 1:13), indicando Sua proximidade e cuidado contínuos com o povo. Paz: Deus promete paz à nação de Israel, trazendo tranquilidade e segurança para o povo, desde que eles cumpram Sua vontade e reconstruam o Templo. Honra: Deus declara que Ele trará honra ao Templo reconstruído, tornando-o mais glorioso do que o Templo original. Isso também significa que a nação de Israel será honrada entre as nações. Sacrifícios aceitáveis: Deus promete que os sacrifícios oferecidos no Templo reconstruído serão aceitáveis a Ele, restaurando assim a comunhão entre Deus e Seu povo. É importante observar que essas promessas estão diretamente ligadas à obediência do povo em reconstruir o Templo e buscar a vontade de Deus. Ageu exorta o povo a priorizar a obra de Deus e a deixar de lado suas próprias preocupações egoístas. Portanto, essas promessas são condicionais à fidelidade do povo de Israel em cumprir a vontade de Deus.

CONCLUSÃO

A conclusão do livro do profeta Ageu é uma mensagem poderosa que ressoa até os dias de hoje. Ageu encoraja o povo a confiar em Deus e a obedecer às Suas palavras, prometendo bênçãos e restauração para aqueles que fazem isso. Ao longo do livro, Ageu enfatiza a importância de priorizar a construção do templo, o lugar de adoração a Deus, sobre as preocupações mundanas e materiais. Isso serve como um lembrete atemporal de que, mesmo em tempos de desafio e dificuldade, devemos colocar Deus no centro de nossas vidas. Portanto, a conclusão do livro de Ageu nos lembra que a obediência a Deus e a busca de Sua vontade trazem recompensas espirituais e materiais. Ageu 2:9 resume essa mensagem de esperança e promessa: "A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos." Assim, o livro de Ageu nos deixa com a lição de que, ao priorizarmos nossa fé e obediência a Deus em nossas vidas, Ele nos abençoará abundantemente e nos concederá a paz e a prosperidade espiritual que tanto desejamos. É uma mensagem atemporal de esperança e confiança em Deus.


FONTES BIBLIOGRÁFICAS

https://www.gotquestions.org/Portugues/
https://www.bibliaonline.com.br/ara
https://www.apologeta.com.br/
https://estudosdabiblia.net/
https://www.bibliaonline.com.br/nvt/busca

 

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

Pb. Denis Barboza.

Lição 10 - SOFONIAS - O FIM ESTÁ PRÓXIMO - Comentários Adicionais (Diácono Vagner Delfino)

 SOFONIAS - O FIM ESTÁ PRÓXIMO

LIÇÃO: 10 - 03 de Setembro de 2023


TEXTO ÁUREO
“Naquele dia, se dirá a Jerusalém: Não temas, ó Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos.” (Sofonias 3.16).


Comentário complementar
Vivemos hoje em um momento profético, Deus nos chamou para uma grande obra e quer usar as nossas mãos para realizá-la. Para isso temos que manter as nossas mãos fortes e que o desejo de se dedicar ao senhor não se enfraqueça. Não foi isso que eu ordenei? Seja forte e corajoso! Não tenha medo, nem fique assustado, porque o Senhor, seu Deus, estará com você por onde quer que você andar (Josué 1:9).


VERDADE APLICADA
É preciso vigiar, orar e permanecer fiel, pois o Senhor Deus não está indiferente à iniquidade que se multiplica. O Dia do Senhor.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem de Sofonias
Falar sobre a ira de Deus sobre Jerusalém
Extrair lições de Sofonias para os dias de hoje

INTRODUÇÃO

Sofonias pregou a necessidade de buscar ao Senhor, tendo em vista o iminente juízo de Deus sobre o pecado, mas também transmitiu a esperança de redenção e salvação para os remanescentes fiéis.

1. O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA
Sofonias profetizou nos dias de Josias [Sf 1.1]. O profeta era do reino do Sul e o cenário em que viveu naquela época era de total afastamento de Deus, injustiças, corrupção e o domínio estrangeiro sobre o povo de Deus. Eles foram contaminados em todos os sentidos pelos costumes dos povos que os oprimiam.

Comentário complementar 

Sofonias foi um dos profetas menores e seu livro tem apenas 53 versículos que mostram a situação religiosa, drasticamente deteriorada do povo de Deus. Entretanto é um livro abundante e consistente,que traz  temáticas como arrependimento ,julgamento e restauração ,o que torna este livro  de grande  relevância espiritual.

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta. 

O nome Sofonias significa ‘Yahweh escondeu/ocultou para proteger’, assim como descrito no sentido do Salmo 27.5: “Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; pôr-me sobre uma rocha”. Outros estudiosos consideram a possibilidade do significado do nome do profeta “Jeová ocultou” indicar que ele tenha nascido durante o período truculento que marcou o reinado de Manassés, no reino do Sul [2Rs 21.16]. Este mesmo rei abraçou a idolatria e a corrupção moral, influenciado pela Assíria, e induziu o povo ao sincretismo religioso.

Comentário complementar
O profeta Sofonias foi contemporâneo de Naum e Jeremias,era filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias, esta genealogia  detalhada em Sf 1.1 sugere que era de ascendência nobre ,provavelmente de descendência(tataraneto) de rei Ezequias  e somado a sua   descrição detalhada de Jerusalém que nos levam acreditar que tinha acesso imediato ao  palácio real. Embora a data da composição do livro seja incerta, os estudiosos em sua maioria acreditam que foi escrito durante o reinado do último governante piedoso de Judá ,o rei  Josias (possivelmente eram parentes) Sf1.1, que esteve a frente  Judá entre 640 e 609 aC e implementou severas  reformas religiosas em 622 aC (2Reis23.4-20).

1.2. A mensagem do profeta. 

A mensagem do livro de Sofonias é um chamado de arrependimento para o povo de Judá. Tanto o povo quanto sua liderança apostaram da fé [SF 3.1-4]. Eles estavam distantes do Senhor, influenciados pelos costumes pagãos; isso atingia não somente a religião, mas também o estilo de vida daquele povo [SF 1.2-6]. Havia corrupção e as injustiças sociais eram gritantes. Sofonias denunciou as injustiças que estavam entre as lideranças e em determinados grupos do povo [SF 3.1-5]. O profeta também direcionou suas palavras para outras nações como as cidades da Filisteia [SF 2.4-6], para os etíopes [SF 2.12] e para a Assíria e sua capital Nínive [SF 2.13-14].

Comentário complementar
O objetivo da profecia de Sofonias era anunciar um chamado à nação, advertindo o povo do juízo de Deus pelos pecados e proclamar o Dia do Senhor, o dia do julgamento de todas as coisas e o que era eminente “O “grande dia da ira divina”; falando também sobre o julgamento das nações estrangeiras (Filístia, Moabe e Amom, Egito e Assíria), Sendo assim  condenando idolatria ,corrupção e impiedade de Judá e Jerusalém. Além disso, o profeta reforçou novamente os resultados finais do julgamento de Israel que seria purificado, abençoado e restaurado pelo Senhor e que iria habitar no  meio deles.
“O terrível dia do Senhor” SF 1.15-16
Dia de indignação
Dia de angústia
Dia de alvoroço e desolação
Dia de escuridão e negrume
Dia de nuvens e densas trevas
Dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e contra as torres altas.

1.3. Justiça e esperança. 

Apesar de uma profecia com duras palavras direcionadas ao povo e a sua liderança, havia nas palavras de Sofonias também um anúncio de esperança e justiça: “O Senhor afastou os teus juízos, exterminou o teu inimigo; o Senhor, o rei de Israel, está no meio de ti; tu não verás mais mal algum.” [SF 3.15]. O cativeiro babilônico traria dor e sofrimento ao reino de Judá, que não atentou para as mensagens que os profetas trouxeram, chamando-o ao arrependimento. Mesmo assim, para aqueles que se voltassem para o Senhor havia uma mensagem de esperança [SF 3.13]. A promessa era de que os remanescentes veriam o fim de seus opressores e, a partir disso, teriam um recomeço que os permitiria viver de modo diferente, com uma nova configuração social livre das influências de outras nações.


Comentário complementar
A profecia de Sofonias realçava   que o juízo divino abriria o caminho para uma nova sociedade, na qual a justiça prevaleceria e toda a humanidade adoraria ao Senhor (SF 3: 1-20). Após a purificação do povo, ficaria apenas um remanescente humilde que confiaria no Senhor, pois as sentenças de acusação seriam retiradas por Ele (SF 3: 12).  Sofonias enfatizava que Deus precisava fazer Seu povo atravessar as chamas da aflição, a fim de prepará-lo para ser uma bênção que se estenderia à humanidade inteira.

O que significa idolatria?
A palavra idolatria significa “culto a ídolos”. Essa palavra é uma transliteração do termo grego eidololatria, que é formado por duas palavras: eidolon e latreia. Idolatria é a adoração a ídolos que implica em tudo aquilo que se coloca no lugar da adoração a Deus. Quando estudamos o que é idolatria, percebemos que sua pratica é um pecado claramente repreendido e punido por Deus em toda a Bíblia

O que nós temos colocado no lugar da adoração Deus? 

Peça para o espírito santo te mostrar! “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”. (João 16:8). É através da atuação do Espírito Santo que o homem reconhece seu pecado e o abandona, para tornar-se morada deste santo Ser (1 Coríntios 3:16 e 17).

2. A IRA DE DEUS SOBRE JERUSALÉM
Quando aconteceu o julgamento de Jerusalém, sua população foi levada para a Babilônia [2Rs 24-25], No entanto, a mensagem registrada em Sofonias 3.18-20 faz referência a um grupo de pessoas dispersas e aflitas, os remanescentes, a quem Deus traria de volta da Babilônia para Jerusalém depois do exílio de 70 anos. Essa restauração teve início quando Ciro permitiu que os judeus voltassem à sua terra natal. Essa volta dos judeus a Judá, em cumprimento à profecia de Sofonias é uma prefiguração da redenção final da terra.

2.1. A ira do Senhor. 

O dia da ira do Senhor [Sf 1.14-17] sugere um tempo sombrio com as palavras – “indignação”, “angústia”, “desolação” “escuridade” e “trevas” [Sf 1.15]. Para aqueles que viveram no pecado e se voltaram contra Deus não há meios de escapar. Mas esse dia terrível também extinguirá a maldade sobre a terra e também a indiferença daqueles que pensam que Deus permanece alheio às mazelas do ser humano. São aquelas pessoas céticas, que apesar de não negarem a existência de Deus, negam-se a crer em Sua intervenção no mundo [Sf 1.12].


Comentário complementar
Sofonias foi um autêntico profeta do senhor enfrentou uma nação corrupta e ímpia. Os homens de Judá viviam no luxo e negado a intervenção divina; a cidade estava materializada, egoísta. Os regentes, príncipes, profetas e sacerdotes, todos corrompidos. O perigo de servir a dois senhores: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. (Mateus 6:24). O que significa Sofonias? O nome Sofonias significa “Jeová ocultou”, e talvez indique que o profeta tenha nascido durante o período das atrocidades praticadas por Manassés, o qual, segundo a tradição judaica, foi o responsável pela morte do Profeta Isaías, serrando-o ao meio.

2.2. O Dia do Senhor. 
 

O profeta Sofonias é conhecido por alguns estudiosos como o “Profeta do Dia do Senhor”, por causa das várias vezes em que ele utilizou essa expressão em sua profecia [Sf 1.7-10,14-16,18; 2.2-3; 3.8]. A sua mensagem faz várias referências a esse dia como o dia da soberania e do juízo de Deus: “O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso.” [Sf 1.14]. Essa mensagem não determina um dia específico, nem um lugar determinado, mas um tempo. Naquela época, essa palavra estava relacionada à invasão e dominação babilônica sobre Judá, isso aconteceu 20 anos depois da profecia de Sofonias.


Contextualizando:
Houve três invasões significativas de Judá por parte dos babilônicos.A primeira ocorreu em 605 a.C., quando Nabucodonosor avançou contra Jeoaquim (2Rs 24:1-24; 2Cr 36:5-7). Foi nessa invasão que o profeta Daniel e os amigos Hananias, Misael e Azarias foram levados cativos para a Babilônia.A segunda invasão ocorreu em 597 a.C. (2Rs 24:10-14) e a terceira, a maior de todas elas, ocorreu em 586 a.C. É interessante saber que dos últimos cinco reis que Judá teve, três foram levados em cativeiro, sendo: o rei Jeoacaz, para o Egito; o rei Joaquim e o rei Zedequias para a Babilônia. Com reino do norte (Israel) destruído em 722 com a tomada da Samaria pelos assírios (2 Reis18:10/ Is 17/Jr 49:24) e também em 586 a.C, quando Jerusalém foi saqueada e o templo destruído pelos babilônios, grande parte da população foi deportada para a Babilônia, terminando, praticamente, também o reino do sul (Judá) cumprindo as profecias Jr 39 e Is 21. Com isso, chega ao fim a monarquia em Israel.


Comentário complementar
A profecia de julgamento de Sofonias tem um duplo cumprimento, um para o futuro próximo - profetizando a destruição que ocorreu durante a invasão e reinado da Babilônia e, também, profetizando a destruição futura que ocorrerá durante a Grande Tribulação - o tempo do julgamento de Deus e da ira derramada sobre o mundo que rejeitou Seu plano de salvação por meio de Jesus Cristo. Embora Deus repetidamente advertisse Seu povo, o povo não houve arrependimento, eles amavam seus pecados mais do que amavam a Deus. No entanto, a perspectiva de Sofonias se ilumina à medida que ele olha para um novo dia no futuro distante - o reino milenar - quando Israel seria restaurado mais uma vez e desfrutaria de todas as bênçãos de Deus desejou dar ao Seu povo. Deus é fiel para perdoar aqueles que voltem para ele. Não apenas o julgamento de Deus sobre Seu povo seria removido, mas o próprio Senhor se regozijaria com Seu povo com alegria e acalme-os com Seu amor.

2.3. Restauração e alegria. 

Havia a profecia do Dia do Senhor, mas também o profeta anuncia que a alegria em Jerusalém seria restaurada e isso o leva a conclamar a cidade para cantar e se alegrar [Sf 3.14-17]. A razão para isso era que o Deus, o Poderoso, estaria lá para salvá-la. Sua presença era sinal de força e proteção contra todo o mal [Sf 3.5, 17].

Comentário complementar
No entanto, a perspectiva de Sofonias se ilumina à medida que ele olha para um novo dia no futuro distante - o reino milenar - quando Israel seria restaurado mais uma vez e desfrutaria de todas as bênçãos de Deus desejou dar ao Seu povo. Deus é fiel para perdoar aqueles que volta para Ele. Não apenas o julgamento de Deus sobre Seu povo seria removido, mas o próprio Senhor se regozijaria com Seu povo com alegria e acalme-os com Seu amor. Deus chamou Seu povo por meio do profeta. Ele ansiava por reconciliação com Seu povo. Deus se agrada da misericórdia, não julgamento (Miquéias 7:18).  Sua misericórdia é grande para com aqueles que temem e que se voltam para Ele em arrependimento.

3. SOFONIAS PARA HOJE
A coragem e a ousadia de Sofonias são uma inspiração, pois ele ensina que não importa a classe social, status ou prestígio nos ambientes políticos, o problema do pecado é um problema de todos os homens e isso precisa ser anunciado com coragem e ousadia.


Comentário complementar
O que é pecado? Pecado é tudo aquilo que transgride a Lei de Deus sendo contrário ao Seu caráter. Desse modo, o homem peca tanto ao não fazer o que agrada a Deus quanto ao fazer aquilo que o desagrada. O pecado nos leva a morte, assim como na época do profeta Sofonias, o pecado continua sendo o motivo de vivermos essas atrocidades e caos moral da sociedade.  O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. Provérbios 28:13
“ Se você não morrer para o pecado, você morrerá pelo pecado. Se você não matar o pecado matará você” (Charles Spurgeon). “Qualquer que seja a causa natural, o pecado é a verdadeira causa de todos os terremotos”. (John Wesley )

3.1. As injustiças nossas de cada dia.  

Apesar de Judá ter se afastado de Deus e por isso sofria duras consequências, esse afastamento também trouxe insensibilidade e corrupção entre o próprio povo. O profeta denuncia corrupção e dureza espiritual que caracterizavam todas as classes de Jerusalém. Seus líderes, juízes, profetas e sacerdotes eram todos corruptos e endurecidos [Sf 3.3-4], Mesmo Sofonias fazendo parte da classe mais alta de Judá, isso não foi impedimento, como homem de Deus, de exercer o seu ministério como profeta, denunciando o pecado, mas também a corrupção vigente.


Comentário:
A conteúdo da poderosa mensagem trazida pelo profeta Sofonias continua sendo de grande relevância. A necessidade de arrependimento e de reconciliação com Deus são temas evidenciados na atualidade. Hoje também vivemos um tempo onde as pessoas e até mesmo homens que se dizem de Deus amam ´mais o dinheiro, o sucesso, o corpo e o prazer do que a Deus e seu reino. Que eu e você possamos servir somente Deus e nos colocar como profetas, denunciando e pregando com a vida e com os lábios que ele, o todo poderoso, em breve vem para buscar a sua igreja.
 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mateus 6:24). E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. (Apocalipse 22:12).


3.2. Esperança em dias sombrios. 

O profeta Sofonias traz uma palavra de esperança de que, ao final, Deus consertará todas as coisas. Quando a justiça está distorcida, quando o certo e o errado parecem ter o mesmo valor, quando os líderes se tornam corruptos e não há quem confiar, o caminho mais fácil e óbvio parece ser o desânimo. Quando, além disso tudo, os líderes religiosos falham, é preciso lutar para não permitir que o ceticismo tome conta da fé. Sofonias dá garantia de que ainda podemos confiar em Deus [Sf 3.17], Mesmo em dias sombrios a fé do cristão pode ser um raio de luz para iluminar a vida de outros que estão ao seu redor.

Comentários:

O dia do Senhor é seguido de bênção, ele é galardoador (Sf 3.17). O nosso Deus julga com rigor os que escolhem praticar o mal, mas os que aceitam sua a correção, se arrependem e o buscam de todo coração, ele o Senhor restaura e ele diz pra mim e pra você “ Há esperança”. Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó. Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta. (Jó 14:7-9).


3.3. Confiança nas promessas.  

O profeta Sofonias pretendia incentivar os seguidores fiéis do Senhor, assegurando-lhes que Deus conservaria um remanescente e, no fim, cumpriria as promessas feitas aos antepassados. Essa certeza deveria ajudá-los a perseverar em tempos difíceis e enxergar com grande expectativa o período que se seguiria ao juízo iminente. Haveria purificação [Sf 3.9-13] e regozijo [Sf 3.14-17], ou seja, uma restauração completa com bênçãos para os habitantes daquela cidade.


Comentário:
No último capítulo Sofonias 3:9,17, relata a purificação e efeitos, Deus está entronizado no meio do seu povo, cânticos em vez de tristeza, solidariedade em vez de dispersão. O povo é convidado pelo profeta adorar (Sf 3:14). “Canta o filha de Sião”. Em Sf 3:19-20, o profeta salienta o retorno dos dispersos a Jerusalém e os inimigos serão eliminados. Naquele dia, você dirá: Eu te louvarei, Senhor! Pois estavas irado contra mim, mas a tua ira desviou-se, e tu me consolaste. Deus é a minha salvação; terei confiança e não temerei. O Senhor, sim, o Senhor é a minha força e o meu cântico; ele é a minha salvação!" Com alegria vocês tirarão água das fontes da salvação. (Isaias 12. 1-3). 

Purificação: Ato ou efeito de tornar (algo) puro, livre de impurezas. 

Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado. (Salmos 51:1,2).No dia seguinte, João viu Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! (João1:29). Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça (1João 1:9). “A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão.”(John Wesley)

CONCLUSÃO:

A mensagem de Sofonias se destaca e se identifica com os dias atuais. O povo de sua época estava totalmente pervertido e não buscava ao Senhor, por causa disso havia injustiças, corrupção e o pecado imperava.

Comentário complementar
Deus é amor e através do profeta Sofonias advertiu, avisou mas a decisão era do povo e eles escolheram permanecer no pecado e na idolatria. O desejo de Deus é conceder uma vida eterna de bênção. A escolha é nossa, vida eterna ou morte. Escolha com sabedoria! (Ez.33.11/ Lm. 3.33)


REFERÊNCIAS:

BIBLIA ARA – ALMEIDA REVISTA ATUALIZADA
Emcristovivo.blog.espot.com
IBADEP-TEOLOGIAM
PORTAL REVELAÇÃO
WWW.BIBLIAON.COM/PURIFICAÇÃO
WWW.JESUSEABIBLIA.COM/ESTUDO 

 

COMENTÁRIOS ADICIONAIS: 

Diácono Vagner Delfino