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AS BÊNÇÃOS INCOMPARÁVEIS DE VIVER OS PLANOS DE DEUS - Comentários Adicionais (Pr. Osmar Emídio)

 AS BÊNÇÃOS INCOMPARÁVEIS DE VIVER OS PLANOS DE DEUS
Lição 13 – 25 de Junho de 2023


TEXTO ÁUREO
“Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem" (Gn 50.20a).


VERDADE APLICADA
Um relacionamento com o Senhor conforme as Escrituras faz a diferença na vivência de todas as situações da vida.


OBJETIVOS DA LIÇÃO
► MOSTRAR que Deus tem o controle de todas as coisas;
► ENSINAR que precisamos ver Deus em nossa dor;
► FALAR que Deus tem sempre coisas melhores para nós.


TEXTOS DE REFERÊNCIA
Gn 48.11 – E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver também a tua descendência.
Gn 48.12 – Então José os tirou dos joelhos de seu pai, e inclinou-se à terra diante da sua face.
Gn 48.13 – E tomou José a ambos, a Efraim na sua mão direita, à esquerda de Israel, e Manassés na sua mão esquerda, à direita de Israel, e fê-los chegar a ele.
Gn 48.14 – Mas Israel estendeu a sua mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, que era o menor, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as suas mãos propositadamente, não obstante Manassés ser o primogênito.


INTRODUÇÃO

A lição de hoje visa mostrar os desafios e as bênçãos de se viver os planos de Deus (propósitos, conselhos, decretos, vontade de Deus - todas essas designações, na maioria das vezes, são expressões sinônimas para falar do plano de Deus). Diante disto, algumas perguntas se tornam básicas: Qual é o propósito ou a vontade de Deus para a minha vida? Como viver o plano ou a vontade de Deus? As Escrituras Sagrada, em regra geral, revelam quais os propósitos de Deus para a nossa vida. Embora, saibamos que ela revela o que Deus tem de melhor para nós, quando adentramos no nível pessoal encontramos inúmeras desafios, pois acham que Ele irá frustrar os seus planos, outros porque já tem seus próprios planos, outros porque querem impor suas condições a Deus, outros, porque querem manipular os planos de Deus, como fez Balaão (Nm 22.12-19), outros porque tem dificuldades de tomar decisões apropriadas, etc. A forma como José conduziu as questões que lhe foram submetidos, mostra o grau de sua visão, fé e comprometimento na sua relação com Deus. O autor de Hebreus, ao escrever mostra a necessidade e o valor da fé para que sejamos aprovados por Deus: “Por meio da fé os antigos alcançaram aprovação de Deus” (Hb 11.2). Aqui está o segredo para o seu sucesso e resultados alcançados!


1. DEUS REVELA O QUE ESTÁ PARA FAZER

Deus revela tudo o que vai fazer? Nem sempre. A Bíblia diz de forma clara e objetiva que nem toda a vontade de Deus foi revelada: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, o nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta Lei” (Dt 29.29). Perceba que nesse texto Moisés fala de “coisas encobertas” e “coisas reveladas”. As Escrituras diz que Deus tem planos e propósitos que não sabemos, mas que tem coisas que já foram reveladas à nós e nossas gerações para que sigamos, se referindo é claro, à sua Palavra. Nas Escrituras já revelações claras, por exemplo, do que Deus quer de nós, como nos manter santos (1 Pe 1.15-16; Lv 11.44-45; 20.26), ou ordens positivas e negativas que nos dizem o que deus espera de nós (Mt 18.15: 1 Co 7.10-11; 2 Co 6.14), ou ainda princípios gerais que são importantes para tomarmos decisões (Lc 12.13-15; 1 Tm 3.15; Jo 17.17; 1 Tm 4.8); Em relação as que estão encobertas, poderão ou não ainda serem reveladas. Só vamos obter conhecimento, à medida de nossa fé e submissão a vontade D'ele (At 16.6,9-10). Assim, a exemplo de José, nós cristãos devemos ter o compromisso de viver no centro da vontade divina, submetendo nossa vontade própria à vontade de Deus. Quando agimos assim, Deus vai nos revelando paulatinamente seus projetos e propósitos, garantindo bênçãos inefáveis: "Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança.” (Jr 29.11-13).

 
1.1. Os Sonhos de Faraó
A Bíblia diz que Faraó sonhou duas vezes. Em seu primeiro sonho Faraó, viu sete vacas gordas e vistosas que subiram do rio e começaram a pastar entre os juncos. Depois, do mesmo rio saíram mais sete vacas, mas dessa vez elas eram magras e feias. Essas vacas foram para junto das outras à beira do Nilo e algo muito estranho aconteceu: as vacas magras comeram as sete vacas gordas; e mesmo após tê-las comido, as vagas magras continuaram magras e feias. Com isso, Faraó imediatamente acordou. O texto informa que na mesma noite Faraó voltou a dormir e teve outro sonho. Dessa vez ele viu sete espigas de trigo graúdas e boas que cresciam no mesmo pé. Mas na sequência brotaram outras sete espigas de trigo que estavam mirradas e queimadas pelo vento oriental. Então novamente algo improvável aconteceu: as sete espigas graúdas foram engolidas pelas espigas mirradas. Pela manhã, Faraó convocou todos os magos e sábios do Egito para que eles pudessem interpretar os seus sonhos, mas nenhum conseguiu. Os povos do antigo Oriente acreditavam que os sonhos podiam servir como presságios do futuro. De fato, os sonhos de Faraó tinha a ver com o que Deus haveria de fazer na terra de acordo com a sua soberana vontade (Gn 41.28). Foi quando José, servo de Deus, entra em cena. Ele inicia deixando claro que Deus já havia decidido aquela questão, e se apressava em realizá-la. Em outras palavras, nada poderia impedir que o plano de Deus fosse executado. 


1.2. José: posto sobre toda a terra do Egito
A adversidade vem em nossas vidas para nos provar, nos ensinar um caminho diferente daquele que estamos acostumados a viver. Como um terremoto, tudo balança ou sai do lugar, mas não podemos desistir de continuar. Assim foi José. Ao chegar à prisão se abateu é claro, quem não se abateria. Afinal, tudo que ele queria era ser fiel a Deus e ao seu senhor, que o colocou como mordomo de sua casa. Mas não deixou ser dominado por este sentimento, nem desanimou, nem entregou os pontos, nem ficou ali só reclamando ou perguntando o que será de mim? Interpretando os sonhos dos colegas de cela ele não apenas usou seu dom, como também disse ao copeiro que não esquecesse dele, ou seja, diga que eu estou aqui. Que ainda estou vivo e pronto para dar a volta. Como os planos são nossos e o executar vem de Deus, ele teve que esperar dois anos. Faraó entendeu que havia sido o próprio Deus quem revelou a José todas aquelas coisas. Isso significava que Faraó havia reconhecido que José agia sob o poder de Deus. E foi assim que José foi colocado como governador de todo o Egito. 


1.3. O propósito providencial de Deus
Muitas pessoas têm medo de orar e perguntar a Deus qual é a vontade dEle, pois acham que Ele irá frustrar os seus planos. A história de José mostra que mesmo em situações adversas devemos dar o nosso melhor, ainda mais, quando sabemos quem está do nosso lado e os seus desígnios providenciais. Não devemos temer em nossas tomadas de decisões! Está também passando por lutas e adversidades? Posso imaginar o quanto está sendo dolorido, mas não feche seus olhos para o que de bom pode acontecer. Podemos ver, desde o inicio de sua história, que José tinha fé e compromisso com Deus. Foi isso que o manteve firme mesmo nas provações e a passar por tantas desventuras, mas que como recompensa, veio a se tornar o segundo homem mais importante do Egito (Gn 45.7). Meus queridos! Precisamos aprender a identificar as bênçãos disfarçadas de provações.

 
2. VIVENDO SEGUNDO OS PLANOS DE DEUS

José tinha dezessete anos ao ser vendido como escravo por seus irmãos (Gn 37.2). A seguir, passou treze anos como escravo, e pelo menos três desses anos foram passados no cárcere. Desse lugar, Deus o exaltou a uma posição de honra e autoridade. Aos trinta anos, porém, José continuou sendo fiel ao seu Deus. À medida que vivenciamos os altos e baixos da vida, podemos aprender muito com o exemplo de José. José sabia que Deus tinha um plano para sua vida, e por isto não se desesperou e não se deixou abalar pelas circunstâncias e adversidades. Já estudamos nas lições anteriores, quantas e quantas provações ele teve que passar para poder viver a realização das promessas e dos planos de Deus em sua vida. Mesmo depois de grandes humilhações e perseguições, ele sempre levantou a cabeça, sacudiu a poeira e seguiu em frente em obediência à vontade de Deus. 


2.1. A preservação do povo da aliança

A história de José é tão cheia de peripécias e aventuras emocionantes que cor­remos o risco de ficar entretidos com elas e perder o seu sentido mais rico e profundo. Porém, como qualquer outra história bíblica, ela não foi incluída nas Escrituras sem intuito. Embora o Egi­to seja o palco para uma boa parte do rela­to, a lição teológica a ser aprendida tem a ver com o cumprimento das promessas de Deus quanto à descendência, à terra e quanto ao relacionamento de Israel com as nações. Uma breve análise do texto, nos mostra a ação de Deus de modo claro e coerente, agindo em favor de seu povo em meio a dificuldades humanamente intransponíveis, de acor­do com os seus planos eternos e suas graciosas promessas. Essa mensagem apresenta uma continuação do modo como o reino de Deus, seu pacto e o ofício do mediador continuam a ser revelados pelo Senhor. Apesar das falhas e aberrações por parte de Jacó e seus filhos, Deus preservou sua família e a guiou para uma área onde estaria protegida e prosperaria, tornando-se, finalmente, o povo numeroso que Deus havia garantido a Abraão que sua descendência seria (Gn 15.1-6; 45.5-15; 46.31; 47.12; 50.17-20,24; Sl 105.17-23).


2.2. Exaltado por um propósito
José andava com Deus e Deus estava com José (Gn 39.2, 3, 21, 23). O Senhor sempre esteve com José, nos bons e maus momentos. Mesmo quando José estava confinado no cárcere, por exemplo, suas interpretações dos sonhos, por revelação do Espírito de Deus resultaram em oportunidade para sua libertação e ascendência à posição de autoridade. Podemos deduzir, por essa narrativa, que embora Deus não seja a causa de tudo que acontece (Gn 39.7-23), Ele pode usar até circunstâncias adversas para fazer cumprir a sua vontade, visando ao nosso bem, segundo os seus propósitos (Rm 8.28). Acha que sua vida não está de acordo com a vontade de Deus e gostaria de torná-la parecida com a do jovem José? O sucesso de nossa caminhada cristã está fundamentada em nossa total obediência aos propósitos e à vontade de Deus. 


2.3. O príncipe abençoando o rei

Jacó, agora se chamava Israel - o príncipe de Deus! No alto de seus 130 anos, Jacó saiu do Egito com toda sua família e com tudo o que possuía. Parou no caminho para adorar a Deus e, durante a noite, teve uma visão. O Senhor lhe chamou pelo nome, e Israel respondeu(Gn 46.1-2). Foi com esta convicção que Israel se aproximou de Faraó. A presença de Jacó foi impactante. O homem já chegou abençoando o Faraó! (Gn 47.7). Imagino José perplexo, mas Faraó mais perplexo ainda, tentou se desfazer do "velhinho", perguntando-lhe a idade: "Quantos anos você tem?" Jacó então respondeu: "São 130 anos da minha peregrinação". Jacó mostrou a Faraó que esses 130 anos eram apenas um caminho, uma jornada, uma busca. Aquele que conhece o Deus da Eternidade sabe que toda a sua vida é apenas um balde no oceano. Israel sabia que ao deixar esta vida, ele se encontraria com o Deus de seus pais. Ele não temia a morte, pois para ele era apenas um fechar de olhos (Gn 46.4). Imagino depois desta resposta, Jacó, cheio do Espírito Santo, repetindo sem temor as bênçãos sobre o Faraó, e retirando-se da sua presença sem ser despedido. Não em uma atitude de rebeldia, mas em uma atitude de determinação, postura, confiança, certeza que só tem aquele que sabe quem ele é. Em Cristo, somos maiores do que Faraó do Egito! Maior do que o presidente de nosso pais!


3. QUANDO UMA PESSOA SE SUBMETE AOS PLANOS DE DEUS
Deus não tem duas vontades, uma hoje e outra amanhã. A vontade de Deus é somente uma. Cabe a nós descobri-la e submetermos  humildemente ao que Deus deseja. A Palavra de Deus nos ensina que quando o homem não atenta para a vontade soberana de Deus, Ele proverá os meios para que sua vontade se cumpra, mesmo que seja como aconteceu com a nação judaica. Lutar contra a vontade de Deus não é inteligente e só conduz ao sofrimento. Não podemos tomar para exemplo da nossa vida a atitude de Jonas que procurou fugir da presença de Deus, mas aprendeu de modo doloroso, vendo que tudo era inútil (Jn 2.7-8). Deus tem um plano para com o homem que abrange não só os efeitos, mas também as causas; não só os fins a serem assegurados, mas também os meios necessários para assegurá-los. Deus está no controle, no começo, meio e fim. 


3.1. Abençoando o menor
Depois de 17 anos que Jacó estava morando no Egito, fica doente e José vai visitá-lo na companhia dos seus filhos Manassés e Efraim. Nesse momento, Jacó fala da promessa de Deus em abençoar a semente dele e diz: “Agora, pois, os teus dois filhos, que te nasceram na terra do Egito, antes que eu viesse a ti no Egito, são meus: Efraim e Manassés serão meus, como Rubem e Simeão” (Gn 48.5). Com isso, Jacó quis dizer que a perpetuação da sua descendência seria através dos dois filhos de José. Assim, a tribo que seria de José foi dividida em duas correspondentes aos seus dois filhos. A tribo de Levi não foi contada, por causa da sua missão espiritual. As doze tribos ficaram assim compostas: Rubem, Simeão, Judá, Zebulom, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali, Benjamim, Manassés e Efraim. Outro fato interessante é que Jacó dispensou uma bênção maior em Efraim, dizendo que o mesmo seria maior em número que o Manassés, o primogênito de José. De fato, isso ocorreu como vemos no censo de Moisés no qual a tribo de Efraim era maior em número (Nm 1.33-35).


3.2. Jacó abençoa seus netos: Deus está atento a cada um
Jacó abençoa os netos colocando as mãos sobre as cabeças deles, a mão direita sobre a cabeça de Efraim e a mão esquerda sobre a cabeça de Manassés e disse: “O Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia. O anjo que me livrou de todo o mal abençoe estes rapazes, e seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais Abraão e Isaque, e multipliquem-se como peixes, em multidão, no meio da terra” (Gn 48.15-16). José quis trocar a mão de Jacó, fazendo a direita repousar sobre a cabeça de Manassés, que era o primogênito, mas seu pai não permitiu e falou: “Eu o sei, meu filho, eu o sei; também ele será um povo, e também ele será grande; contudo o seu irmão menor será maior que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações” (Gn 48.19). 


3.3. Um homem separado e preservado para ser canal de bênção
Existem algumas semelhanças impressionantes entre José e o Senhor Jesus Cristo. Consideremos o que aconteceu com José, e como ele foi tratado pelos seus irmãos. Agora consideremos como Jesus foi tratado de forma semelhante pelos seus irmãos. “Ele veio para os seus e os seus não o receberam” (Jo 1.11); e “Foi desprezado e o mais rejeitado entre os homens… (Is 53.3); Ambos foram vendidos por um preço. José foi vendido por 20 peças de prata. Jesus, o Filho de Deus, foi vendido por 30 peças de prata (Mt 26.14-16); José e Jesus ​​foram enviados para preservar vidas. José via o plano de Deus em tudo que ele tinha sofrido. Nada havia sido em vão. Ele não reclamou de quão difícil e dolorosa sua vida havia sido, mas entendia que Deus tinha um propósito para cada episódio pelo qual passou. José sabia que tudo isso era para preservar e salvar vidas. Jesus Cristo também foi enviado para preservar e salvar vidas. Esse era o perfeito Plano de redenção de Deus para buscar e salvar o perdido; José e Jesus ​​perdoaram de fato seus agressores. Mesmo que os irmãos de José não acreditassem, eles foram perdoados pela graça divina manifestada por seu irmão mais novo (Gn 50.15-21). Eles sabiam que não mereciam ser tratados com tanta graça, mas foi assim que José fez. Houve perdão, paz e provisão na terra para provar isso.


CONCLUSÃO
Escravo ou Senhor, José sempre se destacou por uma vida de excelência e fidelidade aos  planos de Deus. Descansar na vontade de Deus é bom e traz conforto para o salvo, pois estamos colocando toda a nossa vida nas mãos daquele que sabe o que faz e tem todo o poder para fazê-lo. É gratificante servir ao Senhor e buscar a sua vontade para a nossa vida, pois é bom para nós e em tudo glorifica a Deus que deu o seu Filho para morrer em nosso lugar. Busquemos a graça de Deus e descansemos em suas promessas, confiando sempre na sua gloriosa Palavra.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BETEL DOMINICAL - Revista do professor: Jovens e Adultos. Gênesis. Rio de Janeiro. Editora Betel – 2º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 127. Lição 13 – As bênçãos incomparáveis de viver os planos de Deus.
LIÇÕES BÍBLICAS - Jovens e Adultos. Gênesis. O princípio de todas as coisas. Editora CPAD - 4ª Trimestre de 1995.
LIÇÕES BÍBLICAS - Jovens e Adultos. O Começo de Todas as Coisas. Editora CPAD - 4ª Trimestre de 2015.
Bíblia de Estudo MacArthur. Edição Revista e Atualizada, tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Vida Nova, 2003.
LINKS:
https://estiloadoracao.com/jose-interpreta-o-sonho-de-farao/ > Acessado em 15.06.2023.
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/religiao/suportando-adversidade-um-breve-relato-vida-joseegito-.htm > Acessado em 15.06.2023.
https://blog.atos6.com/2021/12/06/5-licoes-de-gestao-que-aprendemos-com-jose-do-egito/ > Acessado em 16.06.2023.
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/601700/2/Editora%20BAGAI%20-%20Os%20Filhos%20de%20Jac%C3%B3.pdf > Acessado em 18.06.2023.
https://missionaldocaminho.com.br/sermons/jose-e-jesus-semelhancas-que-revelam-amor-e-graca/ > Acessado em 18.06.2023.


COMENTÁRIOS ADICIONAIS

Pr. Osmar Emídio de Sousa - Bacharel em Direito; Bacharel em Missiologia pela antiga Escola Superior de Missões de Brasília; bacharel em Teologia Pastoral, pela FATAD (Faculdade de Teologia das Assembleias de Deus de Brasília).

 ­­­­­­­­­­­­­O CUSTO PESSOAL DE VIVER OS PLANOS DE DEUS

Lição 12 – 18 de junho de 2023

TEXTO ÁUREO
“Muitas são as aflições dos justos, mas o Senhor o livra de todas”. Salmo 34.19

VERDADE APLICADA
A nossa confiança na bondade de Deus não pode depender das circunstâncias do momento.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Falar que adversidades não impedem os planos de Deus;
Mostrar que as provas fazem parte da vida cristã;
Destacar que Deus está vendo e cuidando de tudo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 39
1.E José foi levado ao Egito, e Potifar, eunuco de Faraó, capitão da guarda, varão egípcio, comprou-o da mão dos Ismaelitas que o tinham levado lá.
2. E o Senhor estava com José, e foi varão próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio.
3. Vendo, pois, o seu senhor que o Senhor estava com ele e que tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em sua mão,
4. José achou graça aos seus olhos e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa e entregou na sua mão tudo o que tinha.

COMENTÁRIO ADICIONAL

INTRODUÇÃO
Sem dúvida alguma, a história de José tem sido explorada por muitos líderes mundiais religiosos de todos os tempos, e até por grandes líderes do empreendedorismo mundial, pela sua constância e firmeza no servir a Deus, e como se deixou levar a maneira de Deus às aflições e tribulações sofridas, sempre acreditando que Deus estava no controle de sua vida, nesta lição veremos o trabalhar de Deus, ao conduzir José no centro de sua vontade.      
           
1. CIRCUNSTÂNCIAS ADVERSAS NÃO IMPEDEM OS PLANOS DE DEUS
Em uma mensagem do Pastor Cláudio Duarte sobre a vida de José, me despertou a atenção, quando ele fala que as adversidades e tribulações pelas quais José passou, não passavam de estágios, para o que Deus estava preparando para o futuro Governador do Egito.      

1.1- Sonhos ou pesadelos?
O primeiro estágio, vivido por José, foi sua nova experiência aos 17 anos quando ele, já invejado pelos irmão pela forma que seu pai Jacó o tratava e, de forma ingênua, contou para eles dois de seus sonhos que lhes causaram revolta e o desejo de se livrarem dele. Esse foi seu primeiro estágio de sofrimento. Sob a presciência e o trabalhar de Deus, nesse seu estágio, José aprendeu que, em sua carreira de sucesso como herói da fé, não poderia contar sequer com os mais chegados, sendo desprezado e maltratado pelos irmãos.

Uma experiência que ninguém poderia imaginar passar, mas que o libertou para abraçar uma confiança inabalável nesse Pai que sempre andou com ele, ainda que em terras longínquas. Visto que, seus irmãos, em um ato cruel e, na tentativa de se livrarem dele; primeiramente intentaram matá-lo, depois jogaram em um poço e, por último, o venderam para o Egito.

1.2- A companhia do Deus imutável
A Bíblia deixa claro que Deus sempre andou com José, daí mostrar em suas entrelinhas, a hombridade desse servo de Deus em todas as circunstâncias de sua vida. José estagiou na casa de Potifar, aprendendo a administrar bonança e prosperidade geradas pela sua própria administração na qual, por Deus estar com ele, teve uma ascensão muito rápida, deixando notória a presença marcante de Deus em sua vida, o que levou seu Senhor confiar plenamente nele, de modo que entregou toda a administração da casa em suas mãos.

O estágio de José na casa de Potifar mostrou para nós que, as circunstâncias adversas, quando nos sentimos incapazes e as adversidades tentam nos desanimar, mas decidimos entregar tudo nas mão de Deus, essa adversidades se tornarão em benção para nós.

1.3- Fonte de prosperidade
Deus sempre foi a principal fonte de prosperidade para os seus servos em todas as situações. Desde Abraão, vemos histórias de governantes sendo abençoados e terem suas prosperidades, só por dar guarida e abençoar um servo de Deus. Foi assim com Faraó, com Abimeleque; Jacó levou a casa de seu sogro Labão a ter grande prosperidade. Não foi diferente com José em todos os lugares onde ele pisou e que foi garantido a presença de Deus.

José só não deixou notória essas bênçãos em sua própria casa paterna, pois Deus tinha planos para trabalhar esse dom e deixá-lo mais notórios na terra do Egito; foi lá que Deus mostrou de verdade que “estava com José”. Por isso José prosperou em seu estágio na Bonança em casa de Potifar; prosperou na escassez do cárcere e, por fim, aplicou todos os seus conhecimentos adquiridos nesses estágios onde contou com a saberia divina em sua mente e a presença constante do próprio Deus, levando prosperidade para o Egito como seu governador.   

2. A FÉ PROVADA PELAS CIRCUNSTÂNCIAS DA VIDA
Todos os heróis da fé, para se tornarem heróis, precisaram ser forjados como o ouro no fogo, para se tornarem o que se tornaram, sem exceção. Abraão teve de Deus a sua fé provada em Isaque, Jacó teve vários percalços e com José não foi diferente. Deus sempre nos levará a ter uma experiência profunda com Ele, através de provas que nos levaram a grandes desafios que nos farão confiar cem por cento de nossas vidas em Suas mãos.

2.1- Teste de integridade
Muitos foram os testes pelos quais Deus fez José passar, porém, esses testes mais pareceram fases em que José teve que estagiar, no seu diversos relacionamentos com terceiros, começando pelos de sua família e depois com o senhor de escravos, Potifar e o carcereiro; esses eram testes que provavam sua resistência no convívio social.

Agora José passa enfrentar um teste de resistência à sua própria pessoa, pois a mulher de Potifar passou a tentá-lo diariamente e, após vários dias tentando José para deitar-se com ele, não soube lidar com a rejeição de José e, revoltada com sua recusa, aproveitou-se que, numa de suas tentativas, tinha conseguido ficar com as vestes de José e formulou uma falsa acusação contra ele. Na verdade ela inverteu exatamente toda a situação.

Ela alegou que havia sido José quem tentou se deitar à força com ela traindo a confiança de Potifar ao não a respeitar como a esposa de seu senhor. A mulher sustentou sua acusação até a chegada de Potifar na casa. Então ela contou a ele sua mentira e mostrou como prova de seu falso testemunho as vestes de José. Potifar ficou irado com José e o lançou no cárcere. Em virtude da falaciosa história narrada ao marido; decepcionado, Potifar despede José e encarcera-o por alguns anos. Assim, o jovem José ficou preso por um crime que na realidade ele jamais cometeu.         

2.2- Teste de resistência
A Bíblia deixa claro que a esposa de Potifar instigou José não uma só vez, mas antes "todos os dias" (versículo 10). Isto significa que ela tentou seduzi-lo tanto quando ele estava fraco como quando ele estava forte, porque nós, seres humanos, por mais fortes que nos achemos, temos momentos de baixa autoestima como de alta autoestima; e Satanás observa isso nos servos do Senhor e tenta se aproveitar, assim como tentou se aproveitar de Jesus quando este havia terminado um longo jejum e oração no monte da tentação.

Algumas das mais fortes tentações da vida são aquelas que ocorrem "todos os dias". Para quem está fazendo dieta, não é tanto uma única refeição farta que o "arruína," como são as tentações de todos os dias para apenas mais um bocado. Não admira que a organização dos Alcoólicos Anônimos lute para convencer os alcoólatras em recuperação a que vivam um dia de cada vez; se eles podem passar um dia sem uma bebida, isso é um grande sucesso! Finalmente, a resposta de José à tentação de sua tentadora de impor-se a ele é impressionante.

Uma palavra descreve a resposta: "fugiu" (versículo 12). José tinha uma escolha: ele poderia ficar e tentar justificar-se (pois afinal eram os atos dela e ele não tinha escolha) ou poderia fugir. A Bíblia manda “fugir de toda aparência do mal” (I Ts 5.22), por isso, essa foi a decisão mais certa que José tomou. Nunca se pode dizer "Ele (ou ela) me obrigou a fazer isto, ou até mesmo achar que somos fortes o bastante para resistir à tentação e decidir a não querer fugir para, no final, provar a nós mesmos que somos incapazes. Precisamos estar dispostos a aceitar as consequências de nossos próprios atos. Por isso, “fugir” é a melhor saída.

2.3- Teste de força
“Fugi de toda aparência do mal” (I Ts 5.22), essa foi a recomendação do Espírito Santo inspirando o apóstolo Paulo ao escrever a primeira carta aos Tessalonicenses e também foi a decisão de José diante da esposa de Potifar que tanto o havia tentado. Por que brincamos com o pecado? Achamos que somos forte o bastante para manter o controle da situação e que conseguiremos ir só até onde queremos; mas, isso não verdade!

Não devemos subestimar o pecado, pois ele pode nos derrubar; só quando estamos firmados em Deus e conscientes de que sem Ele não podemos vencer o mal é que estamos seguros.  Deus traça caminhos para nós, mas sempre acreditamos que os que nós escolhemos são melhores. Deus sabe os nossos limites (Lc 22.31 e 32), mas infelizmente nós não! Devemos deixar de ser tão soberbos, e aceitar que somos totalmente dependentes de Deus e que, sem Ele, estaremos entregues ao tentador e ao pecado.

José sabia muito bem disso, por isso fugiu de diante da esposa de Potifar. Não devemos “tentar ao Senhor nosso Deus”, ponha-se inteiramente em Sua dependência, pois só Ele poderá nos garantir a vitória mediante a prova, mas lembre-se, muitas vezes Ele se distancia, para testar sua resistência, por isso recomendação é: “fugi de toda aparência do mal”.

3. SEMEADURA E COLHEITA
Colocar-se nas mãos de Deus é a decisão mais acertada de qualquer ser humano. Muitas vezes, uma promessa divina, parece estar tardando, mas tudo tem que ser no tempo de Deus. O Salmo 37.5-7 diz que devemos confiar e esperar nos Senhor, Ele controla os tempos e as estações e, muitas vezes, o tempo dEle não condiz com nossas perspectivas.

3.1- Frutos amargos da integridade
Nem sempre, nos manter íntegros garantirá uma vida livre de qualquer mal; poderão surgir, na caminhada de nossas vidas, muitos testes permitidos por Deus, que servirão para nos conduzir mais rápido para o centro da vontade divina. José teve que sofrer as consequências de sua escolha e, por isso, foi acusado pela esposa de Potifar, de assédio sexual, foi lançado na prisão.

Saibamos porém que, a manutenção de nossa integridade no temor do Senhor, garantirá a presença constante dEle em nossa caminhada. Mas, verdade animadora é que “em todas as coisas, Deus age para o bem daqueles que o amam e são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28). Durante esses mais de 21 anos, José lutou com a saudade e diversas frustrações; Jacó amargava a morte do filho e os irmãos eram açoitados pela sua consciência.

Mas, enquanto isso, Deus agia para proteger nações inteiras de uma seca tão severa que poderia ter dizimado até mesmo a linhagem de Abraão. Em José Deus abençoou todas as famílias da Terra (Gênesis 12:3). Assim, José se tornou o governador do Egito, e ainda se casou com Azenate, sendo abençoado com dois filhos Manassés e Efraim. (Gênesis 41:37-57). Às vezes pagaremos um alto preço para manter a nossa integridade cristã num mundo cujo sistema é dominado pelo maligno, mas Deus está conosco assim como esteve com José. 

3.2- Servindo aos homens como ao Senhor
Uma das recomendações da Palavra do Senhor é “servir aos homens como ao Senhor” (Ef. 6.5-8; Cl 3.22-24). Deus era com José e, por fazer tudo com integridade, veio a ser homem próspero em tudo que colocava as mãos; e estava na casa do seu senhor egípcio. “Vendo Potifar que o Senhor era com ele e que tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos, alcançou José favoritismo perante ele, a quem servia; e ele o pôs por mordomo de sua casa e lhe passou às mãos tudo o que tinha” (Gênesis 39:1-4).

No Egito, José foi exposto a todo tipo de tentações nada comuns. Ele estava no meio da idolatria. O culto aos deuses era cheio de requinte e realeza, apoiado pela riqueza e cultura da maior potência política e militar do mundo antigo. O ruído, a sensualidade e o vício estavam ao redor dele todos os dias. Longe dos seus pais, indignado com toda injustiça que sofreu, José poderia ter-se entregado a esse estilo de vida, e pode ser que conseguisse algumas vantagens passageiras.

Mas José lidou com isso com humildade, e foi firme em seus princípios. É óbvio que ele seria obrigado a trabalhar no sábado, a se prostrar diante dos deuses egípcios nas horas do culto. Mas, com humildade, José se negava, mesmo que isso custasse algum castigo em sua escravidão. Sua firmeza e fé foi compensada no fato de ser gentil e fiel ao seu chefe. Além disso, tudo o que ele fazia dava certo, porque José trabalhava com perseverança e energia. O seu sucesso era sempre atribuído ao Senhor Deus de seu pai Jacó.

3.3- A visão espiritual da tribulação
José foi um instrumento de Deus que teve que passar por um processo muito doloroso, até ser exaltado à Governador do Egito. Desde o início da história de José podemos ver como ele tinha fé e sabia qual era sua missão – servir a Deus e ao próximo – isso o manteve firme mesmo nas provações e ele que passou por tantas desventuras veio a se tornar o segundo homem mais importante do Egito.

A história de José mostra que mesmo em situações adversas devemos dar o nosso melhor e quando sabemos o nosso propósito e quem está do nosso lado não temos o que temer. Precisamos aprender a identificar as bênçãos disfarçadas de provações. A adversidade vem em nossas vidas para nos provar, nos ensinar um caminho diferentes daquele que estamos acostumados a viver. Como um terremoto, tudo balança sai do lugar, mas não podemos desistir de continuar a caminhada.

Na adversidade aprendemos que nossos dons e talentos não são para guardarmos em uma gaveta e usá-los quando desejarmos. Mas ele tem que estar à disposição de Deus. Pois é a porta para sairmos de tamanhas lutas que nos afligem. Quando conseguimos enxergar na adversidade a oportunidade de transpassar barreiras estamos enxergando muito além do impossível. Assim foi José. Ao chegar à prisão se abateu é claro, quem não se abateria. Mas não deixou ser dominado por este sentimento, viu ali uma oportunidade de mandar seu recado ao rei. Se José tivesse permanecido na casa de seu pai, em meio a seus irmãos, como teria demonstrado o dom de Deus que havia nele e ser exaltado a um grande administrador?

CONCLUSÃO
Em nossa caminhada cristã, nós devemos entender que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria e a ciência do Santo, a prudência” (Pv 9.10). Devemos entender que, independentemente da situação em que se esteja passando, manter-se fiel ao Senhor garantirá, ao final de qualquer jornada, a vitória em Cristo Jesus, quer nessa vida, quer no por vir. José guardou o temor do Senhor, foi fiel em todas as circunstâncias e foi exaltado no momento certo, cumprindo todo o propósito de Deus que o exaltou soberanamente na hora dEle.

Referências Bibliográficas
Bíblia de Estudo Pentecostal, Revista e Corrigida, Traduzida em português por João Ferreira de Almeida com referências e algumas variantes. Edição 1995.
Bíblia online Revista e corrigida JFA.
Revista DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL do professor: Adultos. GÊNESIS, a segurança de viver pela fé nas promessas de Deus. Rio de Janeiro: Editora Betel – 2º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 127. Lição 12– O custo pessoal de viver os planos de Deus.

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Comentários adicionais 
PASTOR ALTEVI OLIVEIRA DA COSTA - Servo do Senhor Jesus Cristo, Bacharel em administração de empresas públicas e privadas pela Faculdade Católica de Brasília, Bacharel em Teologia pela FATAD- Faculdade Teológica das Assembleias de Deus, pós-graduado em administração de cooperativas pela UNB, MBA em cooperativismo de crédito no Canadá, Estados Unidos e Espanha.

 

 OS PLANOS DE DEUS NOS SONHOS DE JOSÉ

Lição 11 – 11 de junho de 2023

TEXTO ÁUREO
“O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos.” Provérbios 14.30

VERDADE APLICADA
Não devemos compartilhar com qualquer pessoa as coisas que Deus tem revelado a nosso respeito.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar a diferença entre amor e afinidade;
Ensinar que a vida é determinada por Deus;
Conscientizar que José foi preservado por Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 37
2. Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este mancebo com os filhos de Bila, e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai.
3. E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.
4. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente. 

INTRODUÇÃO
Veremos na presente lição que o turbulento contexto familiar de José não foi capaz de corrompê-lo, destruí-lo e fazê-lo abandonar a fé no Deus Todo-Poderoso. O plano de Deus continua se desenvolvendo, mesmo lidando com seres humanos falhos, débeis e limitados.

Comentário adicional
Nessa lição, vamos aprender que Jacó mesmo sendo um dos patriarcas tinha uma família bastante complicada, havia se casado com quatro mulheres tendo filhos de cada uma delas, e tinha preferência por José filho da mulher amada, Raquel. Vamos ver que José mesmo sendo odiado e invejados por seus irmãos, ser vendido, escravizado, caluniado pela mulher de Potifar e lançado em uma prisão injustamente, não vai abandonar a fé que tinha no Deus Todo-Poderoso de seu pai Jacó.

1- JOSÉ: AMADO E ODIADO
Não devemos confundir o amor dos pais com o sentimento de afinidade por certos filhos. O amor tem a ver com a filiação. A afinidade tem a ver com relacionamento.

Comentário adicional
Nessa lição podemos ver na prática o mal que o favoritismo por um filho pode causar no seio familiar. Veremos que Jacó não escondia de ninguém sua predileção por José, pois era o primogênito de sua mulher amada, além disso, José apresentava qualificações que os seus irmãos não tinham, como sua fidelidade a Deus sendo correto em tudo que fazia. “Quando os seus irmãos viram que o pai o amava mais do que todos os outros filhos, odiaram-no e já não podiam falar com ele de forma pacífica” (Gn 37.4).

1.1- O filho predileto
O primogênito era geralmente o filho querido do pai, por ser a expressão do seu vigor masculino. Mas, no caso da família de Jacó, o pai amava mais a José, que nasceu de Raquel, aquela que Jacó amou quando chegou a Harã. José era o primogênito de Raquel, quando Jacó já era mais avançado em idade [Gn 37.3]. Esta predileção de Jacó por José lhe rendeu uma túnica colorida de presente e o ódio mortal pela inveja de seus irmãos [Gn 37.4]. A Bíblia está cheia de histórias de como a manifestação da predileção de pais por seus filhos gera conflitos sérios entre os irmãos. Ainda que um pai ou mãe possa ter mais afinidade com determinado filho, deve ter muita sabedoria para não passar a ideia de que ama um mais que outro. Algo desnecessário, mas que revela bem o coração humano em sua necessidade de aceitação e como pode responder à rejeição.

Comentário adicional
Estudamos em lições passadas sobre o mal que o favoritismo pode causar em uma família, vimos que Isaque e Rebeca tinha uma predileção para cada um dos filhos. Isaque amava mais a Esaú por ser o seu primogênito e por suas características de ser um homem forte, caçador e talvez mais corajoso. Por outro lado, vemos Rebeca amando mais a Jacó por ser mais gentil, homem do lar, mais próximo a ela. Isso veio culminar com Jacó enganando Isaque e Esaú buscando matar seu irmão, causando um grande sofrimento e divisões na família dos patriarcas. Por isso, por experiência própria, era de se esperar que Jacó tivesse aprendido a lição e soubesse criar melhor os seus filhos, mas vemos que não foi bem assim, ele repete os mesmos erros de seus pais. “E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores” (Gn 37.3). Portanto, os pais de hoje devem buscar criar os seus filhos sem demonstrar sua predileção por um em detrimento dos outros, se isso ocorrer, certamente abrirá uma porta de amargura trazendo sofrimento para o seio familiar.  

1.2- O irmão odiado
Os escritores da Bíblia não registraram apenas os aspectos pacíficos e positivos do contexto de vida daqueles que foram escolhidos por Deus no desenvolvimento de Seu plano de redenção. Há, também, ódio, inveja, problemas no relacionamento familiar, competição. Vemos que na família de Jacó, com a chegada dos filhos de diferentes mulheres, a harmonia ficou abalada [Gn 37.4]. O relacionamento tornou-se um barril de pólvora. Tudo o que vinha de José agora era motivo de desprezo dos seus irmãos. Não tinha necessariamente a ver com alguma provocação de José. Ser o preferido do pai já era motivo para o ódio que passou só a aumentar dentro deles. José poderia até se perguntar: Por que me tratam assim? Mas nada que ele pudesse fazer poderia mudar isso. Sua existência é o próprio motivo do problema dos seus irmãos.

Comentário adicional
Conforme já dito, José nasceu em uma família complicada, apesar de ser a família escolhida por Deus para dela gerar o seu povo separado (Gn 12.1-3), aprendemos aqui que onde houver relacionamento humano sempre haverá problemas. Para piorar a situação, vemos um patriarca que se casou com várias mulheres que competiam entre si, sendo que Jacó abertamente amava mais a Raquel (Gn 29.30). Além disso, José por ser filho da mulher amada e filho da velhice de Jacó acaba recebendo mais atenção que seus irmãos mais velhos, que eram filhos de suas concubinas (Gn 37.3). Jacó comete um erro gravíssimo ao dar preferência a José, gerando nos seus irmãos o sentimento de vazio, discórdia e competição desnecessária em sua casa (Gn 37.4). Possivelmente por desfrutar mais da companhia de seu pai, José teve maior conhecimento das promessas de Deus para a sua família e isso tenha alimentado em seu coração o desejo de ser fiel aos mandamentos do Deus de seu pai. Por outro lado, seus irmãos mais velhos que desde cedo precisaram trabalhar, e faziam o que era mal aos olhos de Deus (Gn 37.2). Reforço mais uma vez que em família de vários irmãos os pais devem evitar ter favoritismos por um filho, a fim de evitar mágoas e sofrimentos desnecessários.

1.3- Um sonho intimidador
José teve um sonho que veio a piorar ainda mais a situação. Imaturo para a vida e ingênuo em relação à maldade humana [Gn 37.2,14], contou o que viu [Gn 37.5]. É possível que José, até este momento, não tivesse sabedoria para discernir o que Deus estava revelando para ele nos sonhos. Mas seus irmãos, sim. Já desconfiados sobre o futuro do clã, deduziram com rapidez o que aqueles sonhos poderiam significar. No sonho os feixes de trigos dos seus irmãos se dobravam diante do feixe de trigo de José, que estava em pé [Gn 37.7]. Não há como saber se os irmãos de José interpretavam o sonho como sendo um desígnio de Deus. É mais provável que pensassem ser um desejo de José ser o líder da família. Esta revelação despretensiosa, porém, intimidadora, gerou mais antagonismo ainda.

Comentário adicional
Ao que tudo indica, a predileção de Jacó por seu filho José e o interesse deste para com a promessa que Deus havia feito aos seus pais fazia parte dos planos do Todo-Poderoso. Como já estudamos, Deus não segue as convenções humanas, escolheu Isaque ao invés de Ismael (primogênito), escolheu Jacó ao invés de Esaú (primogênito), escolheu a Davi em detrimento de seus irmãos mais velhos, com José não foi diferente. Em Gênesis 37 dos versículos 5 ao 11 Deus dá a José dois sonhos que o mostra sendo superior aos seus irmãos e ele por imaturidade releva os seus familiares. “Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Am 3.7). Vemos nessa passagem Bíblica, que Deus sempre revela os seus planos aos seus escolhidos, no entanto, não devemos revelar aquilo que Deus nos tem prometido aos outros, principalmente aos de fora, pois pode provocar alguma oposição. O inimigo de nossas almas não quer que o quê Deus nos prometeu se cumpra em nossas vidas. Vemos na vida de José que a inexperiência e a imaturidade podem nos trazer muitas dificuldades, por isso precisamos sempre estar buscando a direção de Deus para tomarmos as melhores decisões em nossas vidas.

2. SONHOS QUE PARECEM SE TORNAR PESADELOS
A infantilidade pode nos fazer determinar supersticiosamente a vida por sonhos bons e maus. Mas, para quem crê em Deus, sabe que a vida não é determinada por sonhos, mas por Deus.

Comentário adicional
Ao estudarmos a vida dos patriarcas, vemos muitas vezes Deus se comunicar com eles através de sonhos, com José não foi diferente (Gn 37.5-7). Aqui Deus através de um sonho estava determinando o futuro de José e nada no mundo poderia frustrar os desígnios do Todo-Poderoso. “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel” (Hb10.23).

2.1- O sonho de José: desejo pessoal ou revelação de Deus? 
É muito comum e popular ouvir pregadores falando de todas as questões do sonho de José como se seus sonhos fossem desejos do seu coração. Desejos de viver e realizar coisas. A narrativa do texto bíblico não fala nem insinua nada disso. Pregadores chegam a usar frases de efeito baseado nesta ideia, dizendo: “Não desistam dos seus sonhos”. Mas a verdade é que os sonhos de José não eram fruto de ambição humana, mas, sim, revelação dos planos de Deus quanto ao futuro da família. E Jacó começa a considerar isso [Gn 37.9, 11]. Eram planos de Deus que incluíam a vida de José e seus irmãos, que, conforme se percebe, inicialmente fizeram da sua vida um inferno. 

Comentário adicional
Conforme já visto antes, os sonhos de José não tinham nada ver com o desejo pessoal de ser grande ou melhor que seus irmãos, era o próprio Deus trabalhando o futuro da família dos patriarcas. Certamente, para Deus que tudo sabe, José preenchia os requisitos para dar continuidade aos propósitos prometidos a Abraão de fazer dele uma grande nação (Gn 12.3). Porquanto, Deus vai trabalhar na vida de José para transformá-lo, talvez, de um jovem ingênuo e presunçoso em um homem sábio e habilitado a prosseguir com a nobre missão que lhe seria outorgada. Aprendemos aqui que o processo de transformação passa por sofrimentos, antes de alcançar a vitória precisamos pagar um preço, uns sofrem mais, outros menos, mas todos temos um preço a pagar. Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? (Hb 12.6,7). A escola de Senhor visa nos amadurecer na fé e mudar o nosso caráter para sermos a cada dia mais parecidos com Cristo.

2.2- O medo da própria maldade
A preferência de Jacó por José mudou a relação dos seus irmãos com ele. Os dois sonhos que Deus concedeu a José e este contou aos seus irmãos tornaram a relação odiosa, ciumenta e perigosa. No seu segundo sonho, Deus está revelando que José alcançará grande destaque em relação à sua família [Gn 37.9-11]. O problema não eram as ambições de José. Ele não as tinha. Mas as ambições dos seus irmãos. Pessoas que possuem uma ambição tóxica veem todo mundo como ameaça. Olham a todos com desconfiança esperando delas o mal que são capazes de fazer a outros. José estava experimentando oposição como resultado do ódio por parte dos próprios irmãos.

Comentário adicional
“Então, lhe disseram seus irmãos: Reinarás, com efeito, sobre nós? E sobre nós dominarás realmente? E com isso tanto mais o odiavam, por causa dos seus sonhos e de suas palavras” (Gn 37.8). Nessa passagem Bíblica, vemos a reação dos irmãos mais velhos diante de José, podemos inferir que seus irmãos entenderam que José em seus sonhos governaria sobre eles. Conforme já sabemos, na cultura da época o irmão mais velho era quem deveria assumir o comando do clã, mas a predileção de Jacó por José diante de seus irmãos já era um prenúncio que essa convenção não seria mais uma vez seguida. Por isso, seus irmãos se sentiram ameaçados e passaram a acredita que era a pretensão de José de governar sobre eles, e isso fez aumentar ódio que já tinham dele. José foi imaturo em revelar os seus sonhos diante de sua família, até Jacó de certa forma se sentiu insultado, mas como homem experiente e sensível as coisas de Deus, passou a considerar os sonhos dele. Mais uma vez, precisamos entender que nossos planos e os sonhos que Deus nos dá devem ser tratados com o maior cuidado, quando os revelamos aos outros pode causar invejas e oposições no trabalho, na igreja e até mesmo entre nossos familiares.

2.3- A imprudência de demonstrar preferência entre os filhos
Jacó não consegue perceber como sua predileção explícita está pondo em risco a vida do seu preferido. Não percebe o ódio dos irmãos contra José e, por isso, o envia, sem saber, a uma emboscada que pode lhe custar a vida [Gn 37.12-14]. Se Jacó tivesse neste caso a sensibilidade necessária, saberia que as coisas não estavam nada bem na sua família. A aparente harmonia externa não significa que tudo está bem. Todas as guerras exteriores começam no interior do coração [Tg 4.1-2]. E os homens se tornaram muito bons em esconder o que sentem e como são por dentro. Tanto que às vezes conseguem enganar até a si mesmos.

Comentário adicional
Como bem sabemos todas as famílias têm problemas, na casa de Jacó não seria diferente. Jacó não consegue esconder a sua preferência por José, filha da mulher amada Raquel, ao contrário, manda fazer para ele uma túnica talar de mangas compridas, isso expressa o seu favoritismo diante de todos. Vemos que o patriarca não tinha a real consciência do mal que fazia a José. Conforme podemos inferir no texto sagrado, os filhos mais velhos de Jacó não viviam exatamente próximo ao seu pai e este não tinha a real noção de como seus filhos mais velhos realmente eram. José apascentava juntos de seus irmãos a trazia notícias ruins deles ao seu pai, por certo, era tido como um fofoqueiro entre os seus irmãos (Gn 37.2). Vemos que Jacó vai repetir os mesmos erros de seus pais, que tinham preferência cada um por um filho, isso veio trazer grande sofrimento para todos, precisando da intervenção de Deus para resolver todos os problemas causados.  A inveja de seus irmãos chegou ao ponto de intentarem matá-lo (Gn 37.20) precisando da intervenção de Rúben, seu irmão mais velho para livrá-lo da morte, lógico Deus estava trabalhando. Não cometamos os mesmos erros em nossas famílias, conforme já estudado, devemos amar nossos filhos igualmente apesar de suas diferenças, senão vai trazer grande sofrimento a todos. As diferenças de nossos filhos fazem parte dos planos de Deus para forjar o nosso caráter, nos aprimorando para lidar com os diferentes tipos de pessoas.

3. PRESERVADO PELA MISERICÓRDIA
O coração humano é um abismo escuro de pecado capaz de esconder as maiores podridões da alma caída. Quando nasce algum sinal de piedade, podemos ter certeza de que Deus está por trás disso.

Comentário adicional
Em Efésios 2.1 diz que o homem antes de aceitar a Cristo como seu Salvador estava morto em seus delitos e pecados, afastado da presença de Deus. Por isso, o homem sem Deus é escravo do pecado e faz tudo o que o inimigo de nossas almas quer (Jo 8.34). Mas em João 8.36 diz “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres,”. Quando Deus verdadeiramente liberta o homem o transforma de uma alma caída e uma alma piedosa, só o poder Dele pode nos fazer isso.

3.1- Homicídio premeditado 
José não precisou fazer nenhum tipo de provocação, de atitude aversiva ou atos que prejudicassem os seus irmãos. A inveja e o ódio dos seus irmãos já tornavam sua presença com vida insuportável [Gn 37.18]. Os sonhos de José, e não mais a predileção de Jacó, eram o foco de revolta agora [Gn 37.19]. O compartilhamento de tais piorou ainda mais a relação. Talvez chegassem a acreditar que, misticamente, matando o sonhador, matariam seu sonho. Ou seja, estava eliminando qualquer chance deste sonho maluco acontecer. Mas é mais provável que estavam simplesmente cegos pela inveja. Em seus corações José já estava morto. Então criam um plano [Gn 37.20].

Comentário adicional
Em Genesis 37.18-20 vemos o ápice da inveja dos irmãos de José, o ódio nutrido contra ele era tamanho que chegaram a ponto de planejarem matá-lo, havendo a necessidade do irmão mais velho Rúben agir para o livrar da morte. Nisso, vemos a que ponto a depravação do coração do homem pode chegar, planejar matar o próprio irmão para que o sonho dele não se concretizasse. Assim, age o coração humano afastado de Deus, quando não consegue ter o que o outro tem planeja destruir o seu semelhante.  A ideia é: seu eu não posso ter ele também não terá, ou, eu o destruo e fico com o que é dele. Em provérbios 14.30 está escrito que a inveja é a podridão dos ossos, é um sentimento que tira a paz interior. Esse sentimento vai crescendo dominando a mente e o coração, levando muitas vezes as pessoas a cometerem verdadeiras atrocidades para conseguir o que se deseja. “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.25,26). Podemos ver claramente que a inveja é uma doença da alma que precisar ser tratada, para isso precisamos da ajuda do Espírito Santo em nossas vidas que irá prontamente identificar quando esse mal brotar em nossos corações. “Pois, onde há inveja e rivalidade, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins” (Tg 3.16).

3.2- A misericórdia salvadora
Mesmo que a inveja pudesse também estar no coração de Rúben, ele não estava disposto a levar isso ao ponto de matar o próprio irmão [Gn 37.21]. Sua atitude de misericórdia preservou a vida de José. Rúben sabe que, com Jacó, José estaria seguro [Gn 37.22]. Mas o que vemos neste parêntese não é simplesmente a misericórdia de Rúben, irmão de José, mas de Deus em proteger-lhe a vida. Caso Deus deixasse o corrupto coração humano seguir seu plano, de fato, as intenções malignas se concretizariam em ações de destruição. Portanto, ainda que Deus não vá livrá-lo de sofrimentos por causa do que planeja para José, está decidido a preservar sua vida. A fala limitadora de Rúben nos faz lembrar de Deus falando a Satanás sobre Jó [Jó 1.12]. Sermos escolhidos para os propósitos de Deus não significa que não sofreremos. Mas os limites do nosso sofrimento são sempre determinados por Deus. 

Comentário adicional
Podemos ver claramente Deus trabalhando para preservar a vida de José quando o seu irmão Rúben, o mais velho e primogênito, intervém para livrá-lo do plano maligno de seus irmãos (37.21,22). José tinha promessas de Deus em sua vida, Deus já havia decretado que ele seria o grande líder da família e através dele salvaria a família dos patriarcas de grande fome. Nisso, aprendemos que apesar de haver promessas de Deus em nossas vidas não significa que não passaremos por provações, assim foi com José, ele sofreu e passou por coisas terríveis, mas o Todo-Poderoso estava com ele e o salvou de todas as provações. “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1Co 10.13). Portanto irmãos, como cristãos precisamos entender que Deus em sua grande misericórdia e graça vai nos fortalecer para vencermos os obstáculos, pois a força é Dele, Ele nos dará o escape dando ajuda, força e sustento. Se buscarmos Deus em nossas angústias crendo nEle sem fraquejar ou retroceder venceremos como José venceu, cumprindo em nossas vidas as suas promessas.

3.3- Um pai em luto
Ao invés de matar José, o lançam numa cova, e, por sugestão de Judá, o vendem a mercadores de Midiã que iam para o Egito [Gn 37.23-28]. Mas eles ainda precisariam responder a Jacó que fim teve José. Eles não estão, porém, preocupados em magoar Jacó, seu pai. Estão preocupados em não levar a culpa. A inveja e o ódio eram mais poderosos do que o amor por seus pais. Mas embora José esteja vivo, Jacó sofre seu luto de forma inconsolada [Gn 37.31-36]. Uma túnica ensopada de sangue foi o objeto dilacerador do coração de Jacó. Como a imaginação é poderosa. Quantas coisas horríveis Jacó pensou sobre como poderia ter sofrido seu predileto. Porém, Deus está conduzindo Seu plano na mais perfeita ordem e o que agora é luto, se transformará em júbilo e gratidão.

Comentário adicional
Os irmãos invejosos após pensarem terem se livrado de José, precisam concretizar o seu plano e levam a triste notícia a seu pai Jacó. Nisso, vemos até onde a cegueira da inveja e do ódio pode chegar, em nenhum momento se preocuparam com o sofrimento do velho pai, apenas em esconderem as suas reponsabilidades. Maquinaram o mal de tal forma que convenceram a Jacó da morte de José. “Seis coisas o Senhor Deus odeia, e uma sétima a sua alma detesta: olhos cheios de orgulho, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que faz planos perversos, pés que se apressam a fazer o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia discórdia entre irmãos” (Pv 6.16-19). Nessa passagem Bíblica, vemos que os irmãos de José incorreram em praticamente todas as transgressões que são odiosas para Deus. Assim, age o coração do homem afastado dos caminhos do Senhor, que o Espírito Santo de Deus venha nos auxiliar para que não cometamos os mesmo pecados.

CONCLUSÃO
O estudo sobre a vida de José atesta a relevância de atentarmos para ações que devemos adotar visando construir um ambiente familiar saudável; a necessidade de perseverarmos no cultivo dos valores bíblicos mesmo num ambiente adverso; e a confiança de que Deus é poderoso para levar adiante o Seu perfeito e maravilhoso plano.

Comentário adicional
Aprendemos nessa lição que precisamos aprender a lidar com os filhos com sabedoria e orientação de Deus. Que a diferença no tratamento dos filhos privilegiando um e detrimento dos outros, inevitavelmente vai trazer discórdias e muito sofrimento no seio familiar. Também, aprendemos que quando Deus tem uma promessa para nossas vidas ela vai se cumprir, mas precisamos seguir a nossa caminhada com fé, com muito esforço e esperança na providência divina. Não vimos nas Escrituras Sagradas que José ficou reclamando, questionando todas as coisas ruins que sobrevieram em sua vida. É certo que tinha muitas mágoas, mas no momento oportuno vai curar as suas feridas e perdoar os erros de seus irmãos, entendendo que tudo estava nos planos de Deus.

Referências Bibliográficas
Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Almeida Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, 2015;
Bíblia de Estudo Nova Almeida Atualizada (NAA) – Edição Revista e Atualizada 2017.
BETEL DOMINICAL: Jovens e Adultos. Gênesis – Lição 11: Os planos de Deus nos sonhos de José - 2º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 127. Rio de Janeiro: Editora Betel.

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