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 JACÓ – QUANDO UM PECADOR QUER MAIS DE DEUS

Lição 10 – 4 de junho de 2023

TEXTO ÁUREO
“Acordado, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia.” Gênesis 28.16

VERDADE APLICADA
Para sermos bem-sucedidos na jornada cristã, precisamos ter consciência de que, em todo o tempo, dependemos das bênçãos de Deus, concedidas por graça.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Falar sobre os movimentos de Jacó: fuga e busca;
Ensinar que Deus tem coisas melhores para nós;
Mostrar que Deus estava com Jacó.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 28
12. E sonhou: e eis uma escada era posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela.
13. E eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaque. Esta terra, em que está deitado, ta darei a ti e à tua semente.
15. E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra, porque te não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito.
16. Acordado, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia.
17. E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus. 

COMENTÁRIO ADICIONAL

INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo, abordaremos a história de Jacó e sua trajetória dentro dos propósitos determinados por Deus para cumprimento do eterno plano de Redenção.

A vida de Jacó é detalhada nas Escrituras nos dando a oportunidade de realmente conhecê-lo. Nós sabemos sobre o seu nascimento, juventude, maturidade, sonhos, aspirações, decepções, velhice e morte. A Palavra de Deus nos apresenta uma fotografia sem filtros ou retoques da vida de Jacó. Ele teve boas e más atitudes de acordo com a motivação do seu coração. 

1- FUGINDO DO HOMEM EM BUSCA DE DEUS
1.1. Jacó crê na importância da bênção. 1.2. Fugindo para o encontro com Deus. 1.3. Um encontro com o Deus de Abraão. 

A Bíblia relata várias facetas e acontecimentos na trajetória e vida de Jacó, se examinarmos atentamente essa história veremos que Jacó foi o filho gêmeo mais novo de Isaque e Rebeca. Ele é um dos três principais patriarcas do povo judeu, ao lado de seu pai, Isaque, e seu avô, Abraão. Certamente a história de Jacó é uma das mais conhecidas da Bíblia. A descendência de Jacó deu origem as doze tribos de Israel.

A Bíblia conta que Jacó nasceu agarrado ao calcanhar (hebraico ‘aqeb) de seu irmão gêmeo mais velho, Esaú. Daí, o nome “Jacó” vem do hebraico ya’aqob e significa “ele agarrava” ou “ele agarra”. Devido a esse episódio e uma variação do substantivo hebraico que significa calcanhar, o nome Jacó é geralmente traduzido por “apanhador de calcanhar” ou “suplantador”, que é derivado de “dominar” ou “segurar pelo calcanhar”.

O nascimento de Jacó está registrado em Gênesis 25:21-28. Sua mãe, Rebeca, assim como sua avó, Sara, era estéril e esperou por filhos durante vinte anos. Seu esposo, Isaque, intercedeu ao Senhor em favor dela. Então Deus ouviu suas orações e abriu a madre de Rebeca, e ela gerou os gêmeos Esaú e Jacó.

Com o nascimento dos filhos de Isaque, a promessa de Deus estava sendo renovada. Esaú era o primogênito dos gêmeos, então naturalmente era de se esperar que ele fosse o herdeiro da promessa de Deus aos seus pais. Mas, se observarmos o verso 23 do capítulo 25 de Gênesis, vemos que antes mesmo do nascimento de Esaú e Jacó, Deus, pela sua soberana vontade, já havia determinado que Jacó herdaria a promessa, ou seja, a ordem da benção de primogenitura seria invertida: “...e o maior servirá ao menor”.

2- COISAS MELHORES DE DEUS
2.1. Promessas imutáveis de um Deus imutável. 2.2. Um pecador se converte.  2.3. O pai de príncipes. 

Jacó era o preferido de sua mãe e Esaú de seu Pai. Isaque tinha preferência por Esaú, porque gostava da caça. Mas Rebeca amava mais Jacó, por ser “varão simples, habitando em tendas” (Gn 25.27,28). Quando Isaque quis dar a bênção a Esaú, o primogênito (Gn 27.1-5), Rebeca, numa demonstração clara do seu caráter astucioso, chamou Jacó e o induziu a enganar seu pai (Gn 27.11,12,14,15). Enganado, Isaque abençoou Jacó (Gn 27.27-29). Ao retornar da caça, Esaú descobriu que seu irmão tomara sua bênção. Desesperado, recebeu do pai uma bênção menor (Gn 27.39,40). Cheio de ódio, planejou matar seu irmão (Gn 27.41). Jacó teve que fugir ameaçado por Esaú. Isaque percebeu que Deus tinha um plano na vida de Jacó, e o despediu com uma bênção profética de grande significado (Gn 28.1-4).

A escolha de Jacó é um caso especial de presciência divina face aos desígnios de Deus. Deus não tem filhos privilegiados, nem escolhe uns para a salvação e outros para a condenação, Deus condena quem faz acepção de pessoas (Tg 2.9; 1Pe 1.17). Mas, em sua soberania, em casos especiais, Ele escolhe pessoas para serem instrumentos para a realização de determinados propósitos. Jacó foi um desses escolhidos, ainda no ventre (Rm 9.9-13).

“Era o terceiro no plano de Deus para iniciar uma nação descendente de Abraão. O sucesso deste plano se deu mais ‘apesar de’ do que ‘em razão’ da vida de Jacó. Antes de Jacó nascer, Deus prometera que seu plano se desenvolveria através dele, e não de seu irmão gêmeo, Esaú. Ao acompanharmos sua vida desde o nascimento até à morte, vemos a mão de Deus trabalhando”.

Em sua fuga, no meio do deserto, Jacó teve um sonho dado por Deus. Ele viu uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus, e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. E Deus reiterou a bênção que lhe prometera (Gn 28.13-15). Deus não aprovou seus arranjos e enganos, mas também não retirou a bênção prometida a seus pais. Naquela noite, ele descobriu a presença de Deus, que se apresentou como o Deus de Abraão e de Isaque. Ele ouviu Deus reiterar suas promessas.

Deus buscou Jacó e se revelou como o Deus de seus pais. Uma prova do quanto a graça de Deus é profunda. Sem dúvida alguma, a história de Jacó se divide em dois períodos. Antes de Deus encontrá-lo e depois daquele encontro especial. Tão impactante na sua vida foi aquele episódio, que ele chamou aquele lugar deserto de Betel, que significa “Casa de Deus”. Ali, naquela madrugada, Jacó ouviu Deus lhe falar; sentiu a presença divina e teve uma mudança extraordinária em sua vida.  

3- DEUS CONOSCO
3.1. O Deus abençoador. 3.2. Foge, eu estarei com você. 3.3. Marcado por Deus. 

Estes nomes bíblicos Betel e Peniel, em seu contexto original, se referem a cidades de Israel, localizadas onde Jacó teve encontros marcantes com o Senhor (Gn.28.10-22; Gn.32.22-30). Apesar das semelhanças, é grande o contraste entre aquelas experiências. Betel significa “casa de Deus”. Peniel significa “face de Deus”. Estes dois sentidos nos mostram o maior impacto e profundidade do segundo encontro, apesar da indiscutível importância do primeiro.

O primeiro encontro, em Betel, ocorreu quando Jacó fugia de Esaú, indo para Harã. O segundo encontro, em Peniel, aconteceu quando Jacó voltava para encontrar-se com Esaú. A expectativa era de um acerto de contas, com grave risco à vida de suas mulheres e seus filhos. O desafio era tão grande, que Jacó não conseguiu dormir naquela noite, mas lutou com um homem que, de acordo com o texto, era o próprio Deus em manifestação visível (teofania) (Gn.32.30).

Em Betel, o encontro aconteceu por iniciativa de Deus que, por amor a Jacó, manifestou-se a ele. Naquele tempo, o jovem Jacó não possuía coisa alguma, mas queria ganhar. No segundo encontro, Jacó tomou a iniciativa de agarrar o “anjo”. Agora, tendo numerosa família e servas e bens, estava apavorado diante da possibilidade de perder tudo. Na primeira experiência, Jacó queria coisas naturais, principalmente pão, roupa e segurança na viagem. Na segunda, queria uma bênção superior, bem expressa na frase “tenho visto a Deus face a face e a minha alma foi salva”.

Betel é o contato indireto, distante, uma apresentação inicial do “Deus de Abraão e de Isaque”. Peniel é a “colisão transformadora” entre Jacó e Deus. Jacó torna-se Israel, o “príncipe de Deus”. Além disso, o Senhor passou a se apresentar como o “Deus de Jacó” (Ex.3.6). Entre os dois encontros, houve um intervalo de 20 anos (Gn.31.38).

A experiência de Betel foi maravilhosa, mas insuficiente. Muitos anos antes, quando Jacó apresentou-se a Isaque para receber a bênção da primogenitura, disse ao pai: “Eu sou Esaú”, mas, em Peniel precisou confessar “Eu sou Jacó”, nome que significa “enganador”. Então, disse Deus: “Não chamarás mais Jacó, mas Israel, porque como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste” (Gn.32.28). A mudança do nome de Jacó simboliza a transformação do seu caráter. Encontros com Deus envolvem mudanças necessárias, profundas e definitivas. Em Betel, Jacó foi abençoado, mas em Peniel, ele foi transformado.

CONCLUSÃO
Jacó, por causa do seu caráter deformado, foi necessário trilhar uma longa jornada até se tornar um homem transformado e apto. Apesar da sua vida de enganos e de mentiras, Jacó encontrou-se com Deus de uma forma maravilhosa no vau de Jaboque (Gn.32:22-32), quando, então, teve o seu caráter transformado.

Referências Bibliográficas
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD.
► Revista Betel Dominical, adultos, 2º Trimestre de 2023, ano 33, nº 127. Gênesis – A segurança de viver pela fé nas promessas de Deus. Lição 10 – Jacó – quando um pecador quer mais de Deus.

Comentarista adicional – Professora Emivaneide

 

 ESAÚ – AS BÊNÇÃOS DA PROMESSA POR UM PRATO DE LENTILHAS

Lição 9 – 28 de maio de 2023

TEXTO ÁUREO
“Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6.33

VERDADE APLICADA
Não podemos trocar os preciosos banquetes de Deus pelas migalhas deste mundo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar as bênçãos da primogenitura;
Mostrar o desprezo de Esaú à bênção da primogenitura;
Citar os efeitos de desprezar as bênçãos de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
MATEUS 22
2. O reino dos céus é semelhante a certo rei que celebrou as bodas de seu filho.
3. E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir.
4. Depois enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo está pronto; vinde às bodas.
5. Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o campo, outro para o seu negócio.

INTRODUÇÃO
Nem sempre compreendemos os caminhos de Deus no cumprimento de Suas promessas. Porém, estudando a história dos patriarcas é possível atestarmos a fidelidade, o poder, a soberania e graça de Deus no desenvolvimento de Seu perfeito e glorioso plano divino de redenção.

Comentário Adicional
Quão pouco Esaú valorizou a sua primogenitura: menos do que um prato de lentilha. Por livre escolha, optou por trocar as bênçãos de Deus por prazeres momentâneos e efêmeros. Jacó ao contrário de seu irmão, desejou as bênçãos de Deus para sua vida e dele vieram as doze tribos de Israel, e da tribo de Judá veio o Salvador do mundo: Jesus Cristo, o Filho de Deus.

1. AS BÊNÇÃOS DA PRIMOGENITURA
Dois aspectos principais estão associados aos direitos de primogenitura na cultura hebraica: a liderança da família e a dupla porção da herança. No caso dos patriarcas, incluía também ser portador das promessas de Deus a Abraão.

Comentário Adicional
Esaú trocou sua primogenitura por um prato de lentilhas, porque estava com fome e não soube esperar um pouco mais pela provisão do Senhor. Esaú desprezou a sua herança. Esaú vendeu o seu “direito de primogenitura” por um prato de lentilhas, A primogenitura dava a ele o direito de:

Liderar a adoração a Deus e chefiar a família;
Dupla porção da herança paterna, (2/3 da fazenda);
Direito à benção do concerto, conforme Deus prometera a Abraão.

1.1- Bênçãos de prosperidade
Um dos direitos de primogenitura era o de receber o dobro da herança da família na morte do pai [Dt 21.17]. J. A. Thompson (Deuteronômio – Introdução e comentário, Vida Nova, 1982, p. 220-221): “Um dos temas do Velho Testamento era que o filho mais velho podia ser substituído por um filho mais novo em circunstâncias especiais, como, por exemplo, Jacó e Esaú, Isaque e Ismael, Efraim e Manassés, Davi e seus irmãos mais velhos […] Estes casos, porém, são exceções à regra geral […] Naqueles exemplos do Velho Testamento em que um filho mais novo era escolhido em lugar do primogênito, fica claro o fato de que a escolha divina fora completamente imerecida e baseada somente na graça”.

Comentário Adicional
“Nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado” (Hb 12.16-17).

Esse texto da carta aos Hebreus descreve o momento em que Esaú, percebendo que perdera a bênção, chora copiosamente. Esaú, ao negociar seu direito de primogenitura por um prato de comida, zombou de Deus, pois este estabeleceu a lei da primogenitura como um princípio espiritual. É nesse sentido que se deve entender os textos de Gênesis e de Hebreus. João Calvino comentou o texto de Hebreus na seguinte perspectiva:

Enquanto estava faminto, Esaú preocupou-se apenas com seu estômago. Depois de se alimentar, riu de seu irmão e o julgou um tolo porque voluntariamente se absteve de uma refeição. Esse é o comportamento dos ímpios que ardem em depravadas paixões ou se entregam aos prazeres da carne: depois de um tempo, entendem como lhes foram fatais as coisas que desejavam com tanta intensidade.

1.2- Bênçãos de autoridade
Além de riqueza, o direito de primogenitura passava ao primogênito autoridade sobre o clã da família que pertencia ao pai. Com a morte do pai, o primogênito seria responsável por cuidar da sua mãe, irmãos menores e todos os seus servos e animais. Isso dava ao filho primogênito, além de grande honra, o poder de decidir o destino da tribo como local de moradia, acordos comerciais, casamentos das mulheres da família e até os deuses que seriam cultuados pela família. Esaú, e não Jacó, tinha as qualidades naturais para esta função [Gn 25.27]. Mas sua necessidade de satisfação imediata parece tê-lo deixado indiferente a estes privilégios.

Comentário Adicional
Como um filho primogênito, do sexo masculino, Esaú era consagrado ao Senhor. Isso significa que ele tinha privilégios respaldados pela legislação judaica, que somente os filhos mais velhos possuíam. Ele perdeu esses direitos ao ser levado pelos prazeres momentâneos. Por causa de uma refeição, que levamos em média 15 minutos para consumir, Esaú sofreu por toda a sua vida.

Muitos também não valorizam as bênçãos concedidas por Deus, desprezando-as e trocando-as por qualquer “prato de lentilhas”. Isso significa lançar fora as bênçãos do Senhor!

Agir com precipitação também é um fator que contribui para nos distanciarmos do favor de Deus. Precipitação é antecipar-se ao tempo do Senhor. O relógio da providência divina não anda atrasado, nem adiantado, mas sempre na hora certa. Saul foi um exemplo claro de que antecipar-se ao tempo de Deus é uma forma rápida de perder as bênçãos que Ele tem preparado.

1.3- Bênçãos de representatividade
Em se tratando dos patriarcas de Deus havia um elemento extra nos direitos de primogenitura. O primogênito teria também o privilégio de ser o portador das promessas patriarcais. As bênçãos e promessas que Deus fez inicialmente a Abraão seguiram os primogênitos futuros conforme temos visto [Gn 26.3-5]. Tais homens seriam um tipo de sacerdotes da família e representantes dela diante de Deus. Seria através deles que Deus governaria aquela família segundo Seu propósito. Este modelo de representatividade patriarcal divino por meio dos direitos de primogenitura preparava Israel para o sacerdócio levítico que nasceria mais tarde com Moisés.

Comentário Adicional
A posição privilegiada do primogênito do pai era garantida pela lei de Moisés, que proibia o pai de preferir o primogênito de sua esposa favorita. O primogênito sucedia ao pai como chefe da família e tinha autoridade patriarcal sobre seus irmãos. A ele era atribuída uma bênção especial do pai, tal qual fez Isaque com Jacó. O direito da primogenitura era mais importante que toda a herança do pai, porque significava assumir a própria autoridade deste.

A benção da primogenitura pode também ser interpretada como uma aliança que Deus se dispõe a fazer com todos os homens através do sacrifício do Senhor Jesus. E como Esaú, também os homens têm menosprezado essa oferta gratuita porque confiam mais no seu braço forte, na sua sabedoria e inteligência que na fé nas promessas de Deus.

2. O DESPREZO ÀS BÊNÇÃOS DA PRIMOGENITURA
Mesmo diante de todos os privilégios que vimos nos tópicos anteriores, precisamos perguntar: como Esaú pode abrir mão deles? Como pode deixar de dar valor a algo tão importante?

Comentário Adicional
O que aconteceu com Esaú tem acontecido com milhões de seres humanos, infelizmente. Muitos somente se dão conta do desprezo que têm pelo amor a Deus quando não há mais tempo de salvação.

“Então, respondeu Isaque a Esaú: Eis que o constituí em teu senhor, e todos os seus irmãos lhe dei por servos; de trigo e de mosto o apercebi; que me será dado fazer-te agora, meu filho? Disse Esaú a seu pai: Acaso, tens uma única bênção, meu pai? Abençoa-me, também a mim, meu pai. E, levantando Esaú a voz, chorou. Gênesis 27.37-39.

2.1- Desejou um prato imediato a um banquete futuro
Nossos primeiros pais, Adão e Eva, foram tentados exatamente com a comida, numa busca de satisfação imediata e passageira sem Deus no lugar de uma satisfação futura e abundante com Deus. A história de Esaú parece nos fazer voltar ao início. Ele chega da sua rotina de caçada faminto e sente o cheiro do cozido de Jacó. Ele pede um pouco de comida e Jacó, percebendo a oportunidade, lhe faz uma proposta indecente. Meu prato de ensopado por seu direito de primogenitura [Gn 25.30-31]. Tão absurda quanto a proposta de Jacó foi a autojustificativa de Esaú: “Eis que estou a ponto de morrer, e para que me servirá logo a primogenitura?” [Gn 25.32].

Comentário Adicional
Não troque aquilo que Deus tem reservado para você, seu direito de filho (a), sua posição na igreja hoje, seu crescimento espiritual e as bênçãos recebidas no lugar que Deus tem te colocado. Não troque o seu “direito de primogenitura” por algo MOMENTÂNEO – “prato de lentilhas”, pois é isso o que o diabo através de muitas pessoas nos oferece: uma amizade interesseira, uma alegria passageira, um almoço pra te fazer refém de seus objetivos, visitinha na sua casa pra te desestruturar da fé, tapinhas nas costas dizendo “aqui te amamos mais” vem pra cá aqui é melhor! Cuidado! Quem te chamou foi Deus, não saia da sua posição para seguir a homens!

Cuidado! Debaixo dessa revelação devemos seguir confiantes na fé e sóbrios em tudo, pois Satanás nos ronda como um leão querendo nos tragar, e as vezes as artimanhas dele vão de encontro com nossa “fome”, sim a fome das nossas almas (mundo, amizades, carências, relacionamentos, cargos na igreja, fome, futuro), mas vigie, e olhe as brechas, feche elas, vigie e ainda mais: “Não troque o melhor de Deus na sua vida pelo prato de lentilha”.

2.2- Preferiu o que é escasso ao que é abundante
Jacó revela o interesse pelas coisas sagradas que o seu irmão Esaú não tinha [Gn 32.24-30]. Isso com certeza é valorizado por Deus. O problema de Jacó está nos caminhos que ele está disposto a tomar para obter tais coisas. Ele é oportunista em um momento de necessidade do seu irmão [Gn 25.31]. Por sua vez, seu irmão é profano. Ignora o sagrado. Despreza valores. Vende algo precioso por uma satisfação efêmera. Ambos erraram. Deseje o que Jacó desejou, mas não tome caminhos como os dele. Não podemos de forma alguma passar por cima da necessidade dos outros para chegar a lugares mais altos. Por sua vez, não podemos “vender” o que Deus reservou para nós por coisas tão banais.

Comentário Adicional
Muitos cristãos hoje, são como Esaú, impacientes, tentamos conseguir algo por nosso próprio esforço, e não esperamos pelo tempo do Senhor. (seja um emprego novo, ministério, família, relacionamentos…) Isso nos impede de receber a sabedoria de Deus e perdemos bênçãos maravilhosas que Ele providenciaria no tempo dEle. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” (Eclesiastes 3:1).

Esaú certamente não tinha noção daquilo que estava abrindo mão, ao vender sua primogenitura (Na ausência do pai o filho primogênito era revestido de autoridade; sua posição era inferior apenas a de seu pai; herdava uma dupla herança em relação a qualquer outro filho (2 Reis 2:9); Entre os reis a primogenitura garantia ao primogênito a sucessão do governo de seu pai; tinha direito a uma benção especial a ser proferida pela pai; liderança na adoração a Deus e no caso de Esaú teria direito à benção Abrâmica (Gn 12:2-3,7).

2.3- Priorizou o prazer pessoal que o propósito espiritual
Além de desprezar as bênçãos da primogenitura, Esaú se casa com mulheres estrangeiras [Gn 26.34], o que não era aceito para as sucessões sacerdotais. Hebreus 12.16 diz que Esaú era imoral e profano. A profanação é o pecado de tratar comum aquilo que é sagrado. E foi exatamente isso que Esaú fez ao estipular o valor da primogenitura por um prato de lentilhas. Já sua imoralidade, obviamente estava relacionada a sua ligação com mulheres estrangeiras em cultos pagãos, que envolviam orgias cultuais [Gn 36.2]. Não há registro de Esaú ter tido estas práticas, mas não é impossível, visto que é condenado por sua imoralidade.

Comentário Adicional
A forma como reagimos a um dilema moral costuma revelar nossos verdadeiros motivos. Em geral, ficamos mais preocupados em ser pegos do que em fazer o que é certo. Jacó não pareceu preocupado quanto ao plano enganoso de sua mãe; sua única preocupação era apenas a de ser pego enquanto o executava. Se você tem a preocupação de ser apanhado, está provavelmente em posição não muito honesta.

Faça deste medo um alerta e aja de forma íntegra. Jacó pagou um alto preço por executar um plano desonesto. Jacó hesitou ao ouvir o plano enganoso de Rebeca. Embora o houvesse questionado pelo motivo errado (medo de ser pego), ele protestou e ainda lhe deu uma chance para reconsiderar. Rebeca, porém, estava tão envolvida no plano que não conseguia mais ver com clareza o que fazia […]. [Por fim], embora Jacó tivesse recebido a bênção desejada, o fato de ter enganado seu pai custou-lhe muito caro. Eis algumas consequências daquele engano:

(1) Jacó nunca mais viu sua mãe;

(2) seu irmão quis matá-lo;

(3) ele foi enganado por seu tio, Labão;

(4) sua família dividiu-se devido a conflitos;

(5) Esaú tornou-se o fundador de uma nação inimiga;

(6) Jacó ficou exilado de sua família durante anos”

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 48

3. EFEITOS DE DESPREZAR AS BÊNÇÃOS DE DEUS
Deus nos abençoa para revelar Seu valor a nós e Seu amor por nós. Quando desprezamos as bênçãos de Deus, desprezamos o próprio Deus que nos abençoa.

Comentário Adicional
Eis algumas atitudes que são semelhantes a “desprezar” a bênção de Deus:

Não crer que a bênção exista ou valha a pena. Podemos perder a bênção por não crer nela. A Bíblia registra que Deus responde as nossas orações, mas nós não oramos e não buscamos a Deus regularmente. Ela fala que devemos obedecer ao mandamentos para vivermos bem, mas insistimos em tentar viver bem quebrando-os todos.

Não esperar o tempo correto para usufruir a promessa. Alguns até creem e, por isso mesmo, querem-na agora. Mas Deus tem seu plano para nós e o tempo determinado para as coisas acontecerem. Será que a vida de José faria sentido se os sonhos que ele recebeu tivessem se cumprido logo que eles ocorreram? No tempo certo, José viu que os sonhos se realizaram no momento em que eles puderam abençoar a todos.

Não trabalhar pelo cumprimento da promessa. Tem gente que acha que tudo que Deus promete cai do céu de mão beijada. Ledo engano. Na maioria absoluta das vezes, o sonho ou a promessa que Deus dá implica, na verdade, que você deve trabalhar (e muito) por ele, porém, com a fé de que Deus o abençoará e o ajudará a conquistá-lo. Jacó demonstrou esta atitude ao trabalhar pelas suas esposas, garantir a descendência e aumentar seu patrimônio, pois esta era a forma de usufruir as bênçãos de seu pai e de Deus.

Desistir. Esta é uma das formas mais comuns de desprezar a bênção de Deus. Começar e não perseverar até conseguir ver o cumprimento da promessa. O teste do tempo, das dificuldades do trabalho e das adversidades faz muitos abandonarem a caminhada. Já imaginou se Jacó, ao descobrir que a mulher desejada havia sido trocada no casamento, desanimasse, desistisse e ficasse por isso mesmo? Não teria casado com Raquel, não teria José, que não teria sonho, não teria Egito e todos poderiam ter morrido quando veio a fome sobre a terra. O fato de não ter desistido, fez a história registrar a intervenção de Deus e a salvação de muitos. 

3.1- Buscar o que não pode mais ter
Para Esaú, os direitos da primogenitura e as bênçãos de Deus através do seu pai Isaque eram coisas distintas. Por isso, ele buscou ser abençoado por seu pai mesmo depois de ter vendido a primogenitura para Jacó, a quem diz que dele tomou [Gn 27.36]. Mas, nos propósitos de Deus na história de Israel, estas coisas são inseparáveis. Quando Esaú desprezou os privilégios do seu nascimento, desprezou também as bênçãos especiais para o seu futuro. Nem mesmo suas lágrimas de remorso puderam restituir aquilo que por natureza já lhe pertencia, mas que desprezou [Gn 25.34].

Comentário Adicional
Ao vender a primogenitura (o direito de herança pertencente ao irmão mais velho), Esaú demonstrou não valorizar aquilo que não fosse imediato, já que este direito só seria usufruído quando o pai morresse. Fazê-lo por um valor tão pequeno e por motivo tão espúrio, fez o autor do texto escrever que ele o “desprezou”.

O que Esaú não compreendia, mas Jacó demonstrou ter discernimento, é que junto com a herança vinha a promessa de Deus, a mesma que Deus fizera para seu avô e para seu pai. Prosperidade, riqueza, território, descendência e influência estavam inclusas e Jacó, sabendo que seu irmão não valorizava isso o suficiente para esperar o tempo de Deus, tratou de conquistar para si o direito a essas bênçãos.

3.2- Uma bênção inferior
Quando chega o dia tão esperado de Isaque abençoar seu filho Esaú, Isaque lhe pede cozido preparado com uma caça capturada por ele. Após o prazer desta refeição, a bênção seria impetrada [Gn 27.1-4]. Rebeca ouve tudo e se adianta, tramando um plano para que Jacó recebesse a bênção que Isaque pretendia dar a Esaú [Gn 27.5-26]. Isaque, enganado por Rebeca e Jacó, o abençoa no lugar de Esaú [Gn 27-29]. As bênçãos proferidas por Isaque a Jacó determinarão o destino do povo de Israel. Bênçãos muito superiores às que “sobraram” para Esaú e seus descendentes, os edomitas [Gn 27.38-40], embora estas também fossem enormes [Gn 36.6-8].

Comentário Adicional
Percebemos, pela dinâmica da história, que Esaú era o camarada que agia sem medir as consequências, talvez estimulado pela preferência do pai por causa de seu porte físico e de suas aventuras em caçadas; seu espírito livre, como diriam alguns hoje. O fato de o texto destacar que ao chegar aos 40 anos de idade ele tomou para si esposas dos habitantes do lugar, contrariando o desejo dos pais, demonstra que ele tinha uma vontade independente e não media as consequências dos seus atos.

3.3- Uma mágoa inferior
Esaú bradou [Gn 27.34], chorou [Gn 27.38], passou a sentir ódio por Jacó e planejou matar seu irmão após a morte de seu pai Isaque [Gn 27.41]. Matando Jacó, Esaú recuperaria os direitos cíveis da primogenitura. Porém, não recuperaria em hipótese alguma a bênção de Deus para sua vida. Esaú tenta de alguma forma consertar as coisas casando agora com mulheres da sua parentela, como ouviu ordenar Isaque a Jacó [Gn 28.6-9]. Mas isso não mudava seu espírito mundano. Esaú segue por anos profundamente magoado com seu irmão, vindo a se reconciliar muito tempo depois [Gn 33.1-4]. Mas isso só aconteceu por iniciativa humilde de Jacó [Gn 32.3].

Comentário Adicional
Isaque e Rebeca tinham dois filhos: Esaú e Jacó. Era de se esperar que as bênçãos do concerto fossem transferidas ao primogênito, i.e., Esaú. Deus, porém, revelou a Rebeca que seu gêmeo mais velho serviria ao mais novo, e o próprio Esaú veio a desprezar a sua primogenitura. Além disso, ele ignorou os padrões justos de seus pais, ao casar-se com duas mulheres que não seguiam ao Deus verdadeiro. Em suma: Esaú não demonstrou qualquer interesse pelas bênçãos do concerto de Deus. Daí, Jacó, que realmente aspirava às bênçãos espirituais futuras, recebeu as promessas no lugar de Esaú (Gn 28.13-15).
Como no caso de Abraão e de Isaque, o concerto com Jacó requeria ‘a obediência da fé’ (Rm 1.5) para a sua perenidade. Durante boa parte da sua vida, esse patriarca serviu-se da sua própria habilidade e destreza para sobreviver e progredir. Mas foi somente quando Jacó, finalmente, obedeceu ao mandamento e à vontade do Senhor (Gn 31.13), no sentido de sair de Harã e voltar à terra prometida de Canaã, e, mais expressamente, de ir a Betel (35.1-7), que Deus renovou com ele as promessas do concerto feito com Abraão (35.9-13)’’
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD: 1995, p. 73

CONCLUSÃO
Há lições e avisos para nós no estudo das histórias dos patriarcas [Rm 15.4; 1Co 10.11]. Temos visto como a nossa natureza pecaminosa é capaz de nos levar a tomar decisões erradas! Mas não podemos trocar as preciosas bênçãos de Deus pelas coisas deste mundo caído.

Comentário Adicional
Esta é uma mensagem de alerta para todos nós, e os inteligentes buscam conhecer a verdade. Jesus vem, e precisamos ter discernimento para distinguir que “muitos manjares deliciosos” que o mundo nos oferece, estão ‘rechiados de coisas contagiosas’ vem da cozinha do diabo! O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e gozo no Espírito Santo. Quem deste modo serve a Cristo, agrada a Deus e goza de estima dos homens. Portanto, apliquemo-nos ao que contribui para a paz e para a mútua edificação”. (Romanos 14:17-19)
Não sejamos como Esaú. Não abramos mão das promessas de Deus e dos sonhos que Ele colocou em nosso coração. Persigamos com perseverança aquilo que Deus tem para nós. Se você não fizer isso pelo que Deus te deu, logo ouvirá um Jacó, com uma panela, atrás de você perguntando: Vai um prato de lentilha aí.

Homem de terno e gravata

Descrição gerada automaticamente

Comentarista adicional
Pr Éder Santos - ADTAG SEDE                                                                  
Mestre em Teologia
Graduado em Teologia
Pós-graduado em Hermenêutica
Especialização em Filosofia da Religião
                                                                                    




 ISAQUE – O FILHO DA PROMESSA

Lição 8 – 21 de maio de 2023

TEXTO ÁUREO
“E a sua mão estendida está; quem, pois a fará voltar atrás?” Isaías 14.27b

VERDADE APLICADA
Persevere da fé em Jesus Cristo e na obediência à Palavra de Deus, pois os desígnios do Senhor prevalecerão.

OBJETIVOS DA LIÇÂO
Mostrar como foi a escolha de uma esposa para Isaque;
Apresentar Isaque como a continuação da promessa;
Falar que o Deus de Abraão é o Deus de Isaque.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 26
22. E partiu dali, e cavou outro poço; e não porfiaram sobre ele. Por isso, chamou o seu nome Reobote, e disse: Porque agora nos alargou o Senhor, e crescemos nesta terra.
23. Depois subiu dali a Berseba.
24. E apareceu-lhe o Senhor naquela mesma noite, e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente por amor de Abraão, meu servo.
25. Então edificou ali um altar, e invocou o nome do Senhor, e armou ali a sua tenda; e os servos de Isaque cavaram ali um poço.

COMENTÁRIO ADICIONAL

INTRODUÇÃO 
Isaque é uma figura importante na história bíblica e é reconhecido como um dos patriarcas do povo de Israel. Ele foi o filho de Abraão e Sara, nascido quando seus pais eram avançados em idade e acreditavam que não poderiam ter filhos. A história de Isaque é uma história de fé, obediência e provação. Ele confiou em Deus mesmo quando seu pai o levou ao monte para ser sacrificado e continuou a obedecer a Deus durante sua vida.

1. UMA ESPOSA PARA ISAQUE
A esposa de Isaque era Rebeca, que é uma figura importante na história bíblica. A história de Rebeca é contada principalmente no livro de Gênesis, na Bíblia. Rebeca nasceu em uma família de Arã, um lugar localizado no nordeste da Mesopotâmia. Ela era a sobrinha de Abraão e foi escolhida por Deus para se tornar a esposa de Isaque.

1.1- Uma esposa para o filho escolhido
Isaque tinha 40 anos quando se casou com Rebeca. Em Gênesis 24, Abraão pediu para que seu servo trouxesse de sua terra, dentre seus parentes, uma esposa para Isaque. Abraão creu que o Senhor garantiria o êxito da missão, e assim foi. Algumas pessoas procuram usar erroneamente o capítulo 24 de Gênesis, especialmente o versículo 67, para tentar defender a possibilidade de um casal morar junto sem se casar. Uma exposição simples do capítulo 24 revela que tal interpretação é totalmente equivocada. Basicamente, o servo que Abraão enviou era seu procurador na missão, e naquela época, casamentos arranjados eram comuns. Rebeca não tinha mais pai, portanto seu irmão Labão era o patriarca da família. Ele tinha autoridade religiosa e civil sobre sua casa.

Diante da família de Rebeca, o servo de Abraão formalizou a proposta de casamento, e entregou presentes valiosos à Rebeca, à sua mãe e ao seu irmão (Gênesis 24:21-53). Em Gênesis 24:58 lemos sobre como Rebeca aceitou a união. Por fim, em Gênesis 24:60, Rebeca foi abençoada por sua família (provavelmente por seu irmão), significando a oficialização legal do casamento dentro dos moldes daquela época. Portanto, quando Isaque levou Rebeca para a tenda, ela já era sua esposa oficialmente.

Um casamento “arranjado” é aquele realizado pelo consentimento dos pais da noiva e do noivo, muitas vezes sem levar em conta os desejos do casal de se casar. A Bíblia não diz que os pais devem arranjar casamentos, nem diz que não devem. No entanto, existem alguns casamentos arranjados na Bíblia, principalmente o casamento de Isaque e Rebeca.

Nesse caso, um servo de confiança foi enviado pelo pai de Isaque, Abraão, para encontrar uma noiva adequada de seu próprio povo, porque ele não queria que Isaque tomasse uma esposa dentre os cananeus pagãos (Gênesis 24). Vemos nas respostas de Rebeca que ela possuía muitos traços piedosos e era claramente a escolha de Deus para Isaque. Sem dúvida, nem todos os casamentos arranjados naqueles dias eram feitos de maneira tão piedosa e submissa.

A prática de casamentos arranjados continuou em muitas culturas, incluindo culturas ocidentais, até os anos 1900. Ainda hoje, em famílias ortodoxas judaicas, islâmicas e hindus, os casamentos arranjados são observados. A Bíblia é silenciosa sobre este assunto. No entanto, a Bíblia descreve o que um cônjuge piedoso deve ser. Para o cristão, o casamento, arranjado ou não, deve ser apenas com outra pessoa na fé. O relacionamento mais importante que qualquer um de nós possa ter é o nosso relacionamento pessoal com o Senhor Jesus Cristo. O cônjuge que escolhemos deve ser aquele que tem o seu foco em andar em obediência à Palavra de Deus e que procura viver para que a sua vida traga glória a Deus (1 Coríntios 10:31).

1.2- Um servo piedoso para uma tarefa preciosa
ELIEZER SERVO DE ABRAÃO
Abraão, devido aos bons serviços prestados por Eliezer, pensou em fazê-lo seu herdeiro universal, antes do nascimento de Ismael e Isaque (Gn 15.2,3). Vejamos, ainda, que sucintamente, as qualidades deste mordomo.

1. Obediente (Gn 24.10; Pv 25.13; Ef 6.5): Sua obediência não o levou a questionar o serviço que lhe estava sendo confiado, no entanto preparou dez camelos, no sentido de apresentar-se como representante de um senhor muito rico. Obediência, que virtude! Os termos traduzidos por obediência, tanto no Antigo Testamento (Shama) como em o Novo Testamento (Hyapokoúo e eiakoúo) denotam a ação de escutar ou prestar atenção (At 5.36,37) ou ainda, peithargéo, que significa submeter-se a autoridade (At 5.29,32; Tt 3.1; 1 Co 14.21). Obediência e fé estão intimamente relacionadas (Gn 15.6; 22.18; 26.5; Rm 10.17-21).

2. Realiza a vontade do seu senhor (Gn 24.2-4,10): Após ouvir as instruções de Abraão, Eliezer, imediatamente, iniciou a viagem para Harã onde habitavam os parentes de Abraão, a fim de encontrar uma noiva para Isaque. A escolha de Rebeca não foi casual, fazia parte do plano de Deus; tudo obedeceu à orientação divina. Abraão planejou (Gn 24.1-8), e o seu mordomo Eliezer orou ao Senhor antes de agir, e em seguida executou o plano (Gn 24.12), que resultou no cumprimento das promessas de Deus para com Abraão e a sua descendência. Quantos jovens estão com suas vidas arruinadas, porque recusaram conhecer a vontade de Deus, na hora de procurar a noiva ou noivo, conforme o caso. A direção de Deus é de grande valor, e é superior aos esforços humanos.

3. Busca a glória do seu senhor (Gn 24.34-35): Um fato curioso aconteceu quando a família se reuniu para ouvir Eliezer. Ele não falou de si mesmo, não falou de seus projetos, nem de sua administração, mas falou do seu senhor Abraão. Como são diferentes os modernos mordomos, que fazem questão de apresentar seus talentos e suas capacidades.

1.3- O encontro marcado por Deus
O encontro de Rebeca e Isaque é um momento de grande expectativa, pois é a primeira vez que os dois se encontram. Quando Isaque vê Rebeca pela primeira vez, ele imediatamente a ama e a toma como sua esposa. É um momento romântico e emocionante, que mostra a confirmação da vontade de Deus de que Isaque encontrasse uma esposa adequada.

A história de Rebeca e Isaque é muitas vezes vista como um exemplo de como Deus providencia e orienta o caminho de seus servos, mesmo em situações difíceis e aparentemente impossíveis. Também é um exemplo de como a hospitalidade e a generosidade podem ser recompensadas, pois, foi a generosidade de Rebeca que a tornou a escolhida de Deus para se tornar a esposa de Isaque.

Em resumo, o encontro de Rebeca e Isaque é um momento de grande emoção e significado na história bíblica, que destaca a providência e a orientação divina na vida de seus servos e a recompensa pela hospitalidade e generosidade.

2. UM NOVO PATRIARCA
Isaque nasceu quando Abraão já era idoso e sua esposa Sara havia passado da idade de ter filhos. Ele foi o filho da promessa, aquele que Deus prometeu a Abraão como descendência e herdeiro de sua aliança.

Isaque teve dois filhos, Esaú e Jacó. Jacó se tornou o patriarca que sucedeu a Isaque e foi o pai das doze tribos de Israel. Jacó teve doze filhos, cada um deles se tornando o ancestral de uma tribo.

A história dos patriarcas é uma parte importante do Antigo Testamento da Bíblia, pois narra a origem do povo de Israel e a história da aliança de Deus com o seu povo escolhido. Cada patriarca desempenhou um papel fundamental na formação da história de Israel e na revelação da vontade de Deus para o seu povo.

2.1- Contando com um milagre
Gênesis 25:21 relata que Isaque orou ao Senhor em favor de sua esposa Rebeca, porque ela era estéril e ainda, não tinha filhos. Deus ouviu a oração de Isaque e concedeu a Rebeca a capacidade de conceber. Rebeca, então, engravidou e deu à luz gêmeos, Esaú e Jacó.

A esterilidade era uma situação muito comum na época em que a história de Rebeca foi escrita, e ter filhos era uma grande bênção e sinal da graça de Deus. O fato de que Deus concedeu a Rebeca a capacidade de conceber depois de sua oração foi vista como um ato de misericórdia e um sinal da importância de confiar em Deus e buscar a Sua vontade.

A história de Rebeca é um exemplo da graça e do poder de Deus em responder às orações de seus servos e conceder-lhes bênçãos, mesmo em circunstâncias aparentemente impossíveis. A história de Rebeca também destaca a importância de confiar em Deus e buscar a sua vontade em todas as situações da vida.

2.2- Duas nações em um ventre
Gênesis 25:23. E o Senhor disse: duas nações, etc. – Nas profecias entregues respeitando esses filhos de Isaque, mais ampla prova do que foi afirmado anteriormente, de que essas profecias não se destinavam tanto a pessoas solteiras, como a nações inteiras e as pessoas descendiam deles: pois o que é predito em relação a Esaú e Jacó não foi verificado em si mesmos, mas em sua posteridade. Os edomitas eram descendentes de Esaú, como os israelitas eram de Jacó; e quem, exceto o Autor e Doador da vida, poderia prever que duas crianças no útero se multiplicariam em duas nações?

Jacó teve doze filhos, e seus descendentes foram todos unidos e incorporados em uma nação. Que providência dominante era então que duas nações deveriam surgir apenas dos dois filhos de Isaque? Mas eles não deveriam apenas crescer em duas nações, mas em duas nações muito diferentes: dois tipos de pessoas deveriam ser separados de suas entranhas. 

E os israelitas e os edomitas não foram ao longo de duas pessoas muito diferentes em suas maneiras, costumes e religiões, o que os fez perpetuamente divergentes entre si? As crianças lutavam juntas no ventre, o que era um presságio de seu desacordo futuro: e quando cresceram até a idade adulta, manifestaram inclinações muito diferentes. Esaú era um caçador astuto, e se deliciava com os esportes da floresta: Jacó era mais brando e gentil, morando em tendas e cuidando de suas ovelhas e seu gado, Gênesis 25:27.

Nossa tradução para o inglês, de acordo com a Septuaginta e a Vulgata, diz que Jacó era um homem comum. A palavra no original (?? tam) significa perfeito, que é um termo geral; mas, opondo-se às maneiras rudes e rústicas de Esaú, deve importar particularmente que Jacó era mais humano e gentil, como Philo, o judeu o entende, e como Le Clerc o traduz. Esaú menosprezou seu direito de nascimento, e aqueles privilégios sagrados dos quais Jacó desejava, e é, portanto, chamado, Hebreus 12:16, o profano Esaú; mas Jacó era um homem de melhor fé e religião. A diversidade semelhante percorreu sua posteridade.

A religião dos judeus é muito conhecida: mas, sejam quais fossem os edomitas a princípio, com o tempo se tornaram idólatras. Josefo menciona uma divindade idumeana chamada Koze; e Amazias, rei de Judá, depois de derrotar os edomitas, 2 Crônicas 25:14 trouxe seus deuses, e os estabeleceu como seus deuses, e se curvou diante deles e queimou incenso até eles; o que era monstruosamente absurdo, como o profeta reclama no versículo seguinte: Por que você procurou pelos deuses do povo, que não podiam libertar seu próprio povo da sua mão? 

Sobre essas diferenças religiosas e outros relatos, havia um ressentimento e inimizade contínuos entre as duas nações. O rei de Edom não deixaria os israelitas para passar por seus territórios ao voltarem do Egito, Números 20. E a história dos edomitas depois é pouco mais que a história de suas guerras com os judeus. 

2.3- O mais fraco governará o mais forte
De acordo com a história bíblica em Gênesis, Jacó governou sobre Esaú porque ele recebeu a bênção da primogenitura, que era uma posição de liderança e autoridade concedida ao filho mais velho na cultura da época.

A bênção da primogenitura era normalmente concedida ao filho mais velho, mas Esaú a desprezou e a vendeu para Jacó em troca de um prato de comida. Mais tarde, quando seu pai, Isaque, estava prestes a morrer, ele planejou dar a bênção da primogenitura a Esaú, seu filho mais velho. No entanto, Rebeca, a mãe de Jacó, interferiu e fez com que Jacó fingisse ser Esaú para receber a bênção de Isaque.

Quando Esaú descobriu o que havia acontecido, ele ficou furioso e planejou matar Jacó. Jacó fugiu e passou muitos anos longe de casa, antes de eventualmente se reconciliar com Esaú. Durante esse tempo, Jacó se tornou próspero e teve muitos filhos, e quando ele voltou para casa, ele foi reconhecido como o líder da família e da nação. Embora Jacó tenha obtido a bênção da primogenitura por meios enganosos, a história bíblica sugere que Deus usou essa situação para cumprir seus planos para o povo de Israel.

Jacó se tornou o pai das doze tribos de Israel, que formaram a nação escolhida por Deus, e a história de sua vida é vista como um exemplo de como Deus pode trabalhar através de circunstâncias difíceis e até mesmo de pecado para realizar seus propósitos.

3. DEUS DE ABRAÃO, DEUS DE ISAQUE
"Deus de Abraão, Deus de Isaque" é uma expressão comum usada em referência ao Deus descrito no Antigo Testamento da Bíblia. Ela é uma forma de reconhecer e honrar a Deus como o Deus dos patriarcas Abraão e Isaque, que são considerados figuras importantes na história da fé judaica e cristã. Essa expressão também pode ser vista como uma forma de conectar as histórias e tradições dessas duas figuras bíblicas com a crença em um Deus único e poderoso.

3.1- Promessas confirmadas
Quando os homens do lugar lhe perguntaram sobre a sua mulher, ele disse: "Ela é minha irmã". Teve medo de dizer que era sua mulher, pois pensou: “Os homens deste lugar podem matar-me por causa de Rebeca, por ser ela tão bonita”. Gênesis 26:7. Grandes homens também fracassam. Uma grande vitória hoje não é garantia de sucesso amanhã.

Se há um tempo perigoso e vulnerável na vida de uma pessoa, esse tempo é após uma conquista importante. Depois de uma grande vitória, tendemos ao relaxamento e isso nos coloca em perigo quando baixarmos a guarda. Esse tipo de tentação tem diversos ângulos. Às vezes, a pessoa é cuidadosa em uma área, mas não vigia em outra.

Muitas pessoas são honestas no trato com o dinheiro, mas são vulneráveis na área do sexo. Outras são zelosas quando se trata de sexo, mas são relapsas quando se trata de lidar com dinheiro. Há aqueles cujo ponto vulnerável é a sede de poder. Há pessoas confiáveis nos negócios, mas moralmente pervertidas. Esse é o mesmo Isaque que tinha uma longa caminhada com Deus, mas agora comete um sério deslize moral.

Ele passara por provas tão difíceis, mas naufraga em uma prova menor. Depois de triunfar sobre a inexpugnável cidade de Jericó, Israel foi derrotado pela pequena Ai (Josué 7). Davi matou o leão e urso, venceu o gigante, mas caiu na teia da cobiça. Sansão venceu mil filisteus, mas foi incapaz de resistir a sedução da mulher filisteia. Paulo afirma que quando somos fortes somos fracos. Porém, quando reconhecemos nossas limitações e passamos a confiar em Deus e a vigiar, somos fortes. Isaque teme dizer que Rebeca é sua esposa. Pensando em se proteger, ele a expõe e, para salvar a pele, coloca a mulher em perigo.

Isaque cometeu três falhas graves - mentira, egoísmo e medo. Afirmando que Rebeca é sua irmã, além de expor a mulher a cobiça dos homens daquele lugar, ele a desrespeitou como esposa. Rebeca era bonita e poderia provocar desejos ilegítimos. Mas, a mentira tem pernas curtas.

O indivíduo que mente é pego na sua própria mentira. O rei Abimeleque pegou Isaque em flagrante, ao vê-lo acariciando Rebeca, chamou Isaque e o censurou severamente. Aquele que tinha ouvido a voz de Deus abre a boca para mentir. Aquele que obedecia ao Altíssimo agora deixa de confiar no seu livramento, aquele que andava pelo conselho de Deus procura tomar o destino da vida nas próprias mãos. Em qualquer área da vida, mais cedo ou mais tarde, as máscaras caem. Um dia, a farsa acaba. Ele não pôde mais representar.

Também somos tentados a contar certas "mentirinhas" aparentemente inofensivas para nos safar ou para justificar alguma atitude. Porém, o grande perigo da mentira é a verdade. A verdade pode surgir a qualquer momento. Muitas vezes, as máscaras caem nas horas mais inesperadas. A vida não é um teatro. Viver com máscaras não é seguro. Não importa quão elaborada seja ou com que motivação foi contada, uma mentira sempre será um recurso reprovado. "Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo." Efésios 4:25

"Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador." Col. 3:9-10

"Fora ficam os cães, os que praticam feitiçaria, os que cometem imoralidades sexuais, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam a mentira." Apocalipse 22:15.

Isaque havia praticado um grande mal a si, à esposa e ao povo filisteu. Foi um ato precipitado e irresponsável. Abriu as portas para que a cunha da infidelidade entrasse em seu casamento. A mentira tem um grande poder de destruição. Ela pode devastar um casamento, pode arruinar uma família, pode desestabilizar um relacionamento, pode custar uma carreira ou destruir um ministério.

Os valores morais de Isaque se afrouxaram. É triste saber que essa semente maldita não morreu no casamento de Isaque e Rebeca. Se observarmos ao longo de suas vidas, depois de velhos, eles não conseguem dialogar. (Gen. 27). Os planos de Isaque não são compartilhados com a esposa, mas com o filho mais velho. Rebeca, por sua vez, faz de Jacó, seu filho mais novo, o centro da sua vida. Rebeca não consegue mais confiar no marido, ela escutava as suas conversas às escondidas. O diálogo morreu na vida deles.  A velhice de Isaque foi marcada pela ausência de Jacó, a revolta de Esaú e a falta de diálogo com Rebeca.

Isaque falhou como marido e fracassou como pai. Foi um grande homem, teve grandes virtudes, demonstrou ousadia em alguns momentos da vida, mas colheu na família o amargo fruto da mentira semeada. Aquele que transige com a mentira é louco. Aquele que faz concessão ao erro abre uma cova para os seus próprios pés. O pecado de Isaque deve ser um sinal de alerta para nós e foi registrado para não cometermos os mesmos erros.

3.2- A bênção da prosperidade
Quando houve uma grande fome na terra de Canaã, Isaque, filho de Abraão, foi para a terra dos filisteus em busca de alimento e recursos. Enquanto estava lá, ele enfrentou vários desafios, mas também prosperou de várias maneiras.

Uma das razões pelas quais Isaque prosperou nos filisteus foi sua obediência a Deus. Mesmo em meio a situações difíceis, ele continuou a confiar em Deus e seguir Seus mandamentos. Isso lhe trouxe a bênção de Deus e permitiu que ele se tornasse próspero, apesar das circunstâncias desfavoráveis.

Além disso, Isaque era um homem sábio e estratégico. Ele era cauteloso em suas negociações com os filisteus e não se envolvia em conflitos desnecessários. Ele também era trabalhador e diligente, cultivando a terra e criando gado. Essas habilidades lhe permitiram prosperar e se tornar um líder respeitado entre os filisteus.

Outro fator que contribuiu para o sucesso de Isaque foi sua paciência e perseverança. Ele não desistiu quando enfrentou dificuldades e continuou a buscar maneiras de se adaptar às circunstâncias e crescer. Isso lhe permitiu superar os obstáculos e prosperar ainda mais. Em resumo, Isaque prosperou nos filisteus por sua obediência a Deus, sua sabedoria estratégica, sua diligência e paciência. Sua história é um exemplo de como confiar em Deus e seguir seus mandamentos pode levar à bênção e prosperidade, mesmo em circunstâncias adversas.

3.3- O legado das bênçãos
A história de Isaque abençoando seu primogênito antes de sua morte está registrada no livro de Gênesis, capítulo 27. Na narrativa bíblica, Isaque era o filho de Abraão e Sara, e ele tinha dois filhos, Esaú e Jacó. Esaú era o primogênito e, portanto, tinha direito à bênção de seu pai, que era considerada uma honra e uma responsabilidade significativa na cultura antiga.

No entanto, Jacó desejava a bênção de seu pai e com ajuda de Rebeca sua mãe que elaborou um plano conseguiu enganá-lo (Gn 27.: 5-13). Ele se disfarçou como Esaú e preparou uma refeição especial para Isaque, que o convenceu a pensar que ele era seu primogênito. Como resultado, Isaque acabou abençoando Jacó em vez de Esaú, que ficou furioso e ameaçou matar seu irmão.

A razão pela qual Isaque sentiu a necessidade de abençoar seu primogênito antes de sua morte é porque ele acreditava que a bênção de um pai tinha um grande significado e impacto na vida de seus filhos. Além disso, a bênção do primogênito era um direito que era transmitido de geração em geração, e Isaque queria garantir que a tradição fosse mantida em sua família.

No entanto, a história de Isaque, Esaú e Jacó também destaca o perigo da parcialidade e da manipulação na família. O desejo de Jacó por bênção o levou a enganar seu pai e a criar tensão e conflito em sua família. Além disso, a história também sugere que a vontade de Deus prevalece, independentemente das ações humanas, e que a bênção de Deus pode ser concedida a qualquer pessoa, independentemente de sua posição ou status na sociedade. 

CONCLUSÃO
A vida de Isaque, personagem bíblico do Antigo Testamento, é marcada por altos e baixos, mas sua conclusão pode ser considerada uma história de sucesso. Ele foi abençoado por Deus e alcançou uma vida longa e próspera.

Ao final de sua jornada, Isaque conseguiu ver seus filhos e netos prosperarem e construírem suas próprias famílias. Ele deixou um legado de fé e confiança em Deus, o que é evidenciado em seu desejo de ser enterrado ao lado de seus pais em uma terra prometida por Deus.

Sua conclusão é uma demonstração da fidelidade de Deus em cumprir suas promessas e da importância de confiar Nele em todas as áreas de nossas vidas. A história de Isaque é uma fonte de inspiração e encorajamento para todos aqueles que desejam seguir os caminhos de Deus.

Referências bibliográficas
Bíblia de Estudo Pentecostal, Revista e Corrigida, Traduzida em português por João Ferreira de Almeida com referências e algumas variantes. Edição 1995.
Edwil V. Borçatto - Pastor Local da Igreja Cristã da Trindade (Inspirado no Livro Prosperando no deserto - Hernandes Dias Lopes)
► Revista Betel Dominical, adultos, 2º Trimestre de 2023, ano 33, nº 127. Gênesis – A segurança de viver pela fé nas promessas de Deus. Lição 8 – Isaque – o filho da promessa.
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Comentarista adicional - Presbítero Dênis Barboza - Servo do Senhor Jesus.