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 O MESTRE POR EXCELÊNCIA QUE SE FEZ SERVO

Lição 8 – 19 de fevereiro de 2023

TEXTO ÁUREO
E, chamando outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me, vós todos, e compreendei. Marcos 7.14

VERDADE APLICADA
É fundamental que as verdades e os princípios dos ensinamentos de Jesus Cristo dirijam todas as áreas da vida dos discípulos de Cristo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar que Jesus trouxe esperança com Seus ensinos;
Ressaltar a grandeza dos ensinos de Jesus;
Destacar que Jesus fez uso de métodos pedagógicos.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
MARCOS 1
9. E aconteceu, naqueles dias, que Jesus, tendo ido de Nazaré, da Galiléia, foi batizado por João, no Jordão.
10. E, logo que saiu da água, viu os céus abertos e o Espírito, que, como pomba, descia sobre ele.
11. E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és meu Filho amado, em quem me comprazo.
12. E logo o Espírito o impeliu para o deserto.
13. E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam.
14. E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus.

Comentário adicional

INTRODUÇÃO
Quando ouvimos falar sobre Jesus, logo vem em mente, aquele que é caminho a verdade e a vida (João 14:6); Aquele que levou sobre si as nossas dores (Isaías 53:4); Aquele que é a porta para a vida eterna (João 3:16). Nesta lição, iremos abordar outro papel importante exercido por Jesus. O de professor e sua importância para o ensino e propagação do evangelho.

1. O Servo que oferecia esperança
Esperança é a disposição que induz a esperar que uma coisa irá realizar. Os ensinamentos de Jesus apontam para a salvação e nutriam a multidão para buscar esse objetivo; dois exemplos de ensinamentos são as parábolas das dez virgens (Mateus 25:1-13) e da ovelha perdida (Mateus 18:12-14). Jesus ao propagar a mensagem, o que ensinava à multidão estava estreitamente ligado ao que Ele é. Ao mesmo tempo que estimulava a multidão a ter esperança, na verdade Ele é nossa esperança. Ao explicar sobre a fé, ao mesmo tempo que Ele é a base da nossa fé; Ao ensinar sobre o amor, sendo que Ele é o próprio amor incondicional de Deus por nós. Quando se prega aquilo que se vive, a mensagem não é levada apenas quando se tem oportunidade para falar. Mas em todo o momento, todas as situações do dia a dia. Cada segundo de vida de uma pessoa que carrega a presença do Espírito Santo, é um momento de pregação do evangelho.

1.1. O Servo oferece um novo ensino de esperança
João Batista dedicou sua vida a anunciar a chegada do Filho de Deus. Seu papel foi tão importante, que já havia sido anunciado em Isaías 40:3: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.”
Nutrindo o povo com a esperança do Salvador: E pregava, dizendo: “Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas” (Marcos 1:7).
A Esperança cumpriu-se. Jesus, o filho de Deus, Aquele que tira o pecado do Mundo (João 1:29).
A multidão, que seguia os ensinamentos de João, perdeu o seu líder. João foi preso (Marcos 1:14). No entanto, a partir daquele momento, Jesus renovou a Esperança, apontando o caminho para a Salvação (Marcos 1:15).

1.2.  O Servo oferece um ensino de esperança aos desesperançados
Os líderes que estão no direcionamento de um grupo, tem a missão de facilitar e colaborar para o desenvolvimento do grupo em busca de um objetivo. Os líderes são facilitadores, inclusivos e servem ao grupo. Em linha oposta, a liderança da Igreja, contemporânea a Jesus, dificultava o caminho de quem queria seguir os princípios bíblicos. Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens. No entanto, eles próprios não se dispõem a levantar um só dedo para movê-los (Mateus 23:4). Jesus trouxe esperança aos que foram colocados de lado, àqueles que não tinham esperança. Jesus, o bom pastor, que cuida das ovelhas (Marcos 6.34). Com Jesus no comando, nada falta: “O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará” (Salmos 23:1).

1.3. O Servo veio trazer esperança aos nossos corações
No contexto histórico, o povo estava sob forte opressão dos romanos. Os líderes religiosos, as pessoas que seriam as responsáveis por apontar um caminho de esperança, colocam regras e fardos inalcançáveis na população. Jesus veio apontar para esses problemas e indicar um caminho de paz e esperança. “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês” (Mateus 11:28).

2. O Servo que oferecia instrução
Em Isaías 55:8 está escrito: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Jesus, nosso Mestre que viveu o que pregava, no seu ministério, nos deixou exemplos práticos de sua Sabedoria. A cada situação, mesmo sem um ensinamento explícito e até mesmo sem palavras, mas com Seus atos e conduta. E essa sabedoria, que nos ensina todas as vezes que lemos a Bíblia, está disponível para consulta: “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida” (Tiago 1:5).

2.1. O Servo possuía uma sabedoria que veio do alto
A mensagem de Jesus é sempre a mesma. Arrependimento, conserto de vida e caminho da salvação, assim como resumido em Atos 3: 19-20: “Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados, para que venham tempos de descanso da parte do Senhor, e ele mande o Cristo, o qual lhes foi designado”.  Jesus. No entanto, a forma como a mensagem era ensinada mudava de acordo com o público que estava à sua volta. Essa sensibilidade é uma sabedoria que extrapola o conhecimento adquirido através de estudo. É uma sabedoria dada por Deus.

2.2. O Servo possuía uma Sabedoria jamais vista
Jesus propagou sua mensagem por toda parte. No primeiro capítulo do livro de Marcos, vemos Sua presença constante nas sinagogas. “E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galiléia, e expulsava os demônios” (Marcos 1:39). Mais à frente, no sexto capítulo, há o registro de Jesus pregando em regiões isoladas, pois a multidão seguia-o (Marcos 6:32-33). É possível perceber que Jesus, embora com autoridade e notoriedade em transmitir a mensagem (Marcos 1:22), não buscava reconhecimento, privilégios e recompensas terrenas. Ele não tinha o propósito de agradar autoridades ou os que detinham o poder. Mas sim, levar a mensagem para os perdidos e semear a esperança da salvação: Ouvindo isso, Jesus lhes disse: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores" (Marcos 2:17). Àqueles que eram rejeitados, encontravam em Jesus a cura, o conforto e a esperança.

2.3. A sabedoria do Servo prevalecia sobre a sabedoria dos sábios judeus
Com o tempo, a notoriedade de Jesus crescia na comunidade. O que consequentemente produziu conflito com os líderes religiosos, os quais detinham poder sobre o povo. Jesus, ao contrário, indicava um caminho para a paz. Um caminho de comunhão e que teriam auxílio nas dificuldades (Mateus 11:28). Essa movimentação provocou receio nos líderes. Tamanho o medo em perder seu posto de privilégio, arquitetaram maneiras de induzir Jesus a falhar (Marcos 3:2) ou até mesmo tramaram sua morte Jesus (Marcos 14:1). Na Bíblia, em Marcos 11:28-33, há um debate entre os sacerdotes e Jesus. Os líderes religiosos perguntam quem deu autoridade a Ele. Jesus, notando o plano, diz que só responderia, se primeiro eles respondessem uma pergunta. Jesus mais uma vez demonstra a superioridade de Sua sabedoria.

3. A sabedoria inquestionável do Servo
A Bíblia diz que Jesus, mesmo quando jovem, dedicava-se em crescer em sabedoria. E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lucas 2:52). Quando criança se assentava entre doutores (Lucas 2:46). Há um caminho, uma busca, um esforço para ter uma vida direcionada pela sabedoria. E a vida de Jesus demonstra isso. E os frutos foram colhidos através de uma mensagem pregada com autoridade (Mateus 7:29).

3.1. O Servo ensinou como receber o Reino de Deus
Em Marcos 1:15, Jesus anuncia que o reino de Deus está próximo. As regras desse reino são diferentes das que conhecemos. Nele, o maior não é servido pelos outros, mas o que mais serve (Marcos 9:35). Nele, é necessário renúncia, que o jovem rico não conseguiu fazer (Marcos 17:22). Nele, é preciso nascer de novo (João 3:3). E para isso, Jesus nos ensina que temos que ser como uma criança (Marcos 10:15). Como uma criança que aprende a andar, comer, falar com seus pais, assim mesmo temos que ser em relação a Deus, totalmente dependentes Dele.

3.2. O Servo ensinou como servir
Enquanto muitos querem estar em posição superior para ter privilégios, Jesus nos ensinou que o maior, na verdade é o que mais serve aos outros (Marcos 9:35). Um gesto marcante que destaca a humildade e a vontade em servir, está registrado em João 13. O prestígio e valor que Jesus tinha perante os discípulos era muito alto. Tanto que Pedro, à princípio, não aceita, que seu Mestre lave seus pés: Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés (João 13:8). Jesus explica, na prática, que o maior é o que mais serve. Jesus, sem palavras, nos ensina a importância de servir.

3.3. O Servo ensinou a ofertar
Jesus, quando criança, dedicou-se em aprender a palavra de Deus (Lucas 2:52). Quando adulto, percorria as cidades propagando a mensagem da salvação (Marcos 1:39). Notamos que a vida de Jesus foi dedicada ao propósito determinado por Deus. Um dos bens mais valiosos que temos é o tempo. Uma vez transcorrido, não há como recuperar. Para recursos financeiros, diferentemente, há essa possibilidade de conquistar novamente. Nossa vida é como uma neblina que aparece e logo se dissipa (Tiago 4:14). Jesus entregou sua vida, tanto para o plano de salvação, como cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29), quanto cada segundo de vida que possuía foi ofertado em serviço à ovelhas perdidas (João 10:11).

CONCLUSÃO
Ao lermos o livro de Marcos, notamos que Jesus está em constante movimento. Seja nas sinagogas (Marcos 1:21) ou em lugares mais desertos (Marcos 6:31-34), Jesus pregava a salvação. Mais uma vez Jesus estava nos ensinando, na prática, um dos versículos mais conhecidos: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). Nesta lição aprendemos o valor da humildade em servir uns aos outros e da importância do ministério de ensino na igreja. Um ensino que vai além das palavras. Um ensino que deve ser vivido e praticado todos os dias.

Referências bibliográficas
► Bíblia de Estudo – Nova Almeida Atualizada, Sociedade bíblica do Brasil, 2017 – Barueri, São Paulo.
► Revista Betel Dominical, adultos, 1º Trimestre de 2023, ano 33, nº 126. O evangelho de Marcos – O serviço e a missão no serviço da obra de Deus. Lição 8 – O Mestre por excelência se fez Servo.

Comentário adicional – Aluno da EBD Jhonatan Gonçalves.

 

 

 

 

 A FÉ NO SERVO: O EVANGELHO DOS MILAGRES
Lição 07 – 12 de fevereiro de 2023 

TEXTO ÁUREO
“Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis.” Marcos 11.24

VERDADE APLICADA
Na vivência dos problemas a das adversidades da vida, perseveremos na fé cristocêntrica.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
MOSTRAR que a fé é fundamental para o milagre;
ENSINAR que recorrer a Jesus é vivenciar milagres;
EXPLICAR que milagres são possíveis aos que creem.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
MARCOS 2
1. E, alguns dias depois, entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.
3. E vieram ter com ele, conduzindo um paralítico, trazido por quatro.
5. E Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados.
6. E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo:
7. Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?
10. Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico),
11. A ti te digo: Levanta-te, e toma o teu leito, e vai para tua casa.

INTRODUÇÃO
Veremos na presente lição o poder e a compaixão do Servo demonstrados na operação de milagres, assim como a relevância da fé cristocêntrica, que se expressa no clamor, na busca, submissão a perseverança por parte dos necessitados

1. A FÉ NO SERVO E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
O evangelho de Marcos traça com graça que todos aqueles que recorreram ao Servo com fé foram socorridos por Ele. Pode-se dizer, portanto, que essa fé verdadeira em Jesus Cristo, além de nos salvar do inferno, traz cura para alma e o corpo.

Comentário Adicional
Além de mostrar seu poder para que cressem que Ele foi enviado por Deus, Jesus veio para fazer a vontade do Pai “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. (João 6:38). Em momento algum Jesus queria chamar a atenção para si ou somente atrair uma multidão com seus feitos milagrosos com o fim de obter fama e dinheiro, ele curava, saciava a fome das pessoas e ressuscitou mortos porque “jamais deixou de socorrer os necessitados e aflitos, pois compadecia-se deles” (SOARES, 2008, p. 142). O sofrimento e a dor das pessoas que o cercava chamava-lhe a atenção, e por isso ele sentia misericórdia e agia para os socorrer. “E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos” (Mateus 14:14).

1.1- Os amigos do paralítico demonstram fé no Servo
Certa ocasião, Jesus estava em Cafarnaum. Imediatamente, se espalhou a notícia de que Ele se encontrava em uma determinada casa. Mediante a esta informação, se reuniram tantas pessoas, que não havia mais lugar, nem mesmo do lado de fora, perto da porta. Marcos escreve que, enquanto Jesus estava anunciando a Palavra, quatro amigos trouxeram um paralítico para ser curado pelo Servo. Entretanto, devido a toda aquela gente, eles não puderam levá-lo até perto de Jesus. Movidos por uma fé gigante, estes amigos venceram as dificuldades que o momento apresentava, quando tomaram a atitude de abrir um buraco no telhado da casa, fazendo o amigo chegar até a presença de Jesus, o Servo, onde aconteceu o milagre [Mc 2.4].

Comentário Adicional
Ao ver Jesus essa fé que não se detinha ante os obstáculos, deve ter sorrido com um gesto de compreensão e avaliação. Olhou ao paralítico e lhe disse: "Filho, seus pecados lhe são perdoados." Esta pode parecer uma forma muito estranha de iniciar uma cura. Mas na Palestina, nos tempos de Jesus, era natural e inevitável. Os judeus relacionavam intimamente o pecado e o sofrimento. Sustentavam que se alguém sofria, devia ter pecado. Este, como sabemos, é o raciocínio dos amigos que visitaram o Jó: "Que inocente se perdeu?", é a pergunta do Elifaz o temanita (Jó 4:7). Os rabinos tinham um dito segundo o qual "Nenhum doente será curado de sua enfermidade até que Deus não lhe tenha perdoado todos seus pecados." Até nossos dias encontramos a mesma ideia entre os povos primitivos.

Para o judeu, o doente era um homem com quem Deus estava zangado. E continua sendo uma verdade que muitas enfermidades são consequência direta do pecado; e mais certo ainda é que, uma e outra vez, a enfermidade não se deve a um pecado do doente, mas sim se trata de algo que herdou ou contraiu pelo pecado de outros. Nós, em geral, não estabelecemos a relação íntima entre a enfermidade e o pecado. Mas os judeus o faziam. Portanto, qualquer judeu teria sustentado que o perdão dos pecados era uma condição prévia a qualquer cura. É possível, entretanto, que esta história contenha um significado muito mais rico. Os judeus estabeleciam uma relação causal entre o pecado e a enfermidade. Mas, além disso, é possível que a consciência do paralítico estivesse de acordo com a opinião generalizada de seu povo.

1.2- Um dos principais da sinagoga demonstrou fé no Servo
Na passagem em que Jairo recorre ao Servo podemos nos aprofundar sobre a fé! Pois, toda narrativa de Marcos mostra que Jesus é a esperança dos desenganados. Esta abordagem de um pai aflito nos mostra que o impossível pode acontecer quando Jesus intervém. Presenciamos neste evangelho que após Jesus curar o endemoniado de Cafarnaum [Mc 1.21-26]; curar a sogra de Pedro [Mc 1.29-31]; curar um leproso [Mc 1.40- 42]; curar o paralítico de Cafarnaum [Mc 2.11-12]; curar um homem que tinha uma das mãos mirradas [Mc 3.1-5]; curar uma mulher que tinha um fluxo de sangue [Mc 5.25-34], Ele, agora, ressuscita a filha única de um líder religioso, mostrando que Ele também tem poder sobre a morte [Mc 5.35-43].

Comentário Adicional
Jesus mandou que todas as pessoas que tumultuavam a casa de Jairo saíssem. Ele permitiu apenas que o pai e a mãe da menina, além de Seus três discípulos mais próximos, ficassem. Então eles entraram no aposento onde a filha de Jairo estava. Foi aí que Jesus a tomou pela mão e disse: “Talita cumi, que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te” (Marcos 5:40).

Certamente há um toque de ternura muito grande nessa ordem. Jesus pronunciou essas palavras em sua própria língua, a mesma que a menina também se comunicava. Portanto, provavelmente essas palavras eram as mesmas que a mãe da menina rotineiramente usava para acordá-la. A diferença é que pronunciada pelos lábios do Filho de Deus, essa simples ordem foi um desafio à impossibilidade e um triunfo sobre a morte.

Tão logo a filha de Jairo, uma menina de apenas doze anos, estava novamente viva. Aquela que estava completamente sem vida, agora estava andando pela casa. Por isso todos ficaram muito admirados (Marcos 5:42). Após ter ressuscitado a filha de Jairo, Jesus ordenou que dessem de comer à menina. Ele também pediu que ninguém divulgasse o que havia ocorrido. É provável que naquela região a divulgação da ressurreição da filha de Jairo desencadearia ações que ainda eram inapropriadas para aquele momento de seu ministério.

1.3- Uma estrangeira demonstrou fé no Servo
Marcos diz que a intenção de Jesus ao entrar em uma casa nos termos de Tiro e Sidom era que ninguém soubesse de Sua presença ali [Mc 7.24]. Entretanto, vemos que Ele não pode manter-se distante da execução de sua missão. Marcos conta que apareceu uma mulher cananéia que faz uma petição não para ela, mas para o Servo libertar sua filha das forças que a oprimiam. É curioso observar que Jesus contrapõe de maneira, no mínimo curiosa, o pedido daquela mãe desesperada quando diz: “(…) Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.” [Mc 7.27]. É bom que se diga que alguns estudiosos da Bíblia são unânimes sobre esta interpretação. Para eles “filhos” trata-se de uma alusão aos judeus, enquanto que “cachorrinhos” se refere aos gentios. Notamos que esta mulher, além de mediadora, era também sabia, pois respondeu ao Servo corretamente e, assim, Ele responde positivamente e realiza o pedido daquela mãe.

Comentário Adicional
Esta mulher perseverante “agarrou-se” ao significado da palavra “primeiro”; sendo certo que ela reconheceu a prioridade dos Judeus no plano do Deus, claramente ela detectou a inferência de que os Gentios no futuro também receberiam a benevolência do Salvador, tendo pensado para si própria: “por que não agora?!”

Desse modo, com um argumento brilhante, ela contrapôs: “Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.” Ela ficaria satisfeita com apenas uma migalha da mesa do seu Mestre. Que grande mulher! Ela agarrou-se firmemente como uma carraça, não sendo de admirar que o Salvador tivesse elogiado a sua grande fé!

Embora a mulher Siro-fenícia tivesse rogado ao Senhor dizendo “tem compaixão de mim”, de fato o pedido foi para a sua filha. A sua paixão estava tão dirigida para a sua filhinha que ela colocou de lado quaisquer necessidades pessoais e implorou pelo bem-estar da sua criança afligida.

Esta mulher entendeu bem o conceito de que uma fé sem obras está morta. Embora não lhe tivessem pedido para executar nenhum ato específico de obediência, quando Cristo visitou a sua região, ela buscou-O, seguiu-O, adorou-O, apelou para Ele e argumentou com Ele. Se ela tivesse atuado segundo a premissa que “contanto que acredite que isso seja assim, assim será”, a sua filha afligida teria permanecido na mesma situação deplorável.

É uma verdade incontornável que segundo o Novo Testamento, nenhuma pessoa foi alguma vez abençoada por causa da sua fé pessoal, sem que essa fé se tivesse exprimido em ações.

2. RECORRER AO SERVO É VIVENCIAR MILAGRES
Montando um cenário glorioso e rico, Marcos relata que, nos dias de Jesus, muitas pessoas que recorreram ao Senhor e por Ele foram tocadas, receberam a cura das suas enfermidades.

Comentário Adicional
Na Bíblia, há registro de 35 milagres que Jesus fez. Os maiores objetivos dos milagres de Jesus eram: glorificar o Pai, cumprir e provar a palavra dita e a revelação de Jesus como Messias, Filho de Deus.

Jesus realizou muitos outros sinais que não foram registrados na Bíblia, como João deixa relatado: “Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos outros sinais miraculosos, que não estão registrados neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome”. João 20:30-31.

2.1- Recorreram a Jesus pela cura da sogra de Pedro
Nos três anos do Seu ministério na Terra, Jesus realizou vários milagres. Um desses milagres foi a cura da sogra de seu discípulo Pedro. Marcos informa que, ao entrar na casa de Pedro, falaram do estado de saúde da pobre mulher que estava febril [Mc 1.30]. Diante da seriedade do problema, Jesus não hesita em ter misericórdia daquela pobre mulher. Afigura-se entre os evangelhos que uma das razões da cura dos enfermos no ministério de Jesus estava em Sua capacidade de demonstrar compaixão: “Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão e levantou-a; e a febre a deixou, e servia-os.” [Mc 1.31]. No texto encontra-se o registro de que Jesus repreendeu a febre e aquela mulher foi imediatamente curada e passou a lhe servir.

Comentário Adicional
O Evangelho de Mateus nos informa que ao entrar na casa de seu Discípulo, Jesus encontrou a sogra do Apóstolo Pedro, com febre, e acamada. Marcos nos dá a entender que Simão (Pedro), André, Tiago e João, também falaram com o Mestre sobre a febre da sogra de Pedro.

As pessoas que moravam na região da Galileia costumavam passar por esse tipo de enfermidade. O norte de Israel é um local bastante quente e úmido. O lago de Kineret, também chamado de Mar da Galileia, está a aproximadamente 215 metros abaixo do nível do mar.

É uma região baixa, que conserva uma grande taxa de umidade e calor. As nuvens se formam com facilidade, pois a massa de ar frio que vem do monte Hermom (um pico coberto de neve todo o ano), logo à frente, mais ao norte, somado com as nuvens que vem do Mediterrâneo, aumentam a taxa de precipitação nessa região.

O interessante do texto no original em Hebraico do Evangelho de Mateus, é que o termo usado para dizer que a sogra de Pedro estava com “febre”, foi a palavra תַ חַ דַ ק” qadachat” que significa “febre”, ou “malária”.

O manuscrito de Mateus Hebraico, de DuTillet, diz que a sogra de Pedro “levantou-se”, usando o termo קמה “qamah”, que significa “ela se levantou”, e também “ela se elevou”. O texto nos informa que Jesus tocou sua mão. A mão, em Hebraico, também é símbolo alegórico da “ação”, das obras que praticamos. Quando o Mestre “toca as nossas mãos”, passamos a andar nas boas obras, em elevação espiritual.

2.2- O leproso recorreu ao Servo por sua cura
Por falta de espaço não é possível relatar aqui todos os milagres realizados por Jesus. Contudo, os muitos milagres relatados nos quatro evangelhos foram escritos para que tivéssemos fé que Jesus é o Cristo, o Servo de Deus. Um destes milagres realizados pelo Servo, encontramos nos evangelhos sinóticos, quando um leproso se aproxima dEle, rogando-lhe que o cure daquela terrível enfermidade: “E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me:’ [Mc 1.40]. Nesta hora assistimos que mais uma vez o Filho de Deus teve compaixão e disse: “Quero, ser limpo” [Mc 1.41]. Afigura-se que após dizer essas palavras no mesmo instante a lepra desapareceu e aquele homem ficou curado [Mc 1.42].

Comentário Adicional
Sobre este pano de fundo, contemplamos uma das imagens mais reveladoras de Jesus:

(1) Não expulsou de sua presença a um homem que tinha violado a Lei. O leproso não tinha direito de dirigir-lhe a palavra. Jesus sai ao encontro da desesperadora necessidade humana com um espírito de pormenorizada compaixão.

(2) Jesus estendeu sua mão e o tocou. Jesus toca um homem impuro. Para ele não era um homem impuro, era só um ser humano que necessitava desesperadamente sua ajuda.

(3) Depois de curá-lo, Jesus o envia a cumprir com o ritual que prescrevia a Lei. Cumpriu a Lei e a justiça humanas. Não desafiava as convenções, mas sim, quando era necessário, submetia-se a elas.

2.3- O cego Bartimeu recorreu ao Servo por sua cura
Não temos dúvidas alguma de que, ao restabelecer a visão ao cego Bartimeu, Jesus transformou todas as áreas da vida daquele homem. Podemos dizer que Bartimeu agradou ao Servo, pois, mostrou ser um homem de fé. Marcos relata que, ao ouvir alguém dizer ser Jesus de Nazaré que estava passando por ali, o cego começou a gritar dizendo: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim” [Mc 10.47]. Observamos na história deste cego o verdadeiro motivo pelo qual a Bíblia enfatiza que sem fé é impossível agradar a Deus [Hb 11.6]. Se bem observado, Bartimeu podia ser cego fisicamente, contudo conseguia enxergar o invisível.

Comentário Adicional
O que aprendemos com a história de Bartimeu?
Aprendemos com o cego Bartimeu que diante daqueles que estão contra nosso clamor de fé, devemos perseverar e clamar cada vez mais. Sempre vai existir pessoas que não compreendem a nossa fé, mas nem por isso devemos nos intimidar diante desses “pedidos para nos calarmos”.
O cego Bartimeu apesar de suas dificuldades, nos dá importantes lições. Vejamos então essas lições:

1. APESAR DE CEGO, BARTIMEU TINHA VISÃO - E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim. (Marcos 10:47);

2. O CEGO BARTIMEU SE HUMILHOU - E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim. (Marcos 10:47).

3. BARTIMEU FOI PERSEVERANTE - E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi! tem misericórdia de mim (Marcos 10:48).

4. O CEGO BARTIMEU TEVE ATITUDE - E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus (Marcos 10:50).

5. BARTIMEU SEGUIU A JESUS - E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho (Marcos 10:52).

3. A FÉ NO SERVO NOS MANTÉM FIRMES
A Bíblia nos faz ver que não estamos desamparados. Estamos certos de que quando estamos enfadados e não sabemos mais o que fazer, podemos recorrer a Jesus, confiando que Ele nos socorrerá.

Comentário Adicional
Algumas vezes passamos por situações tão difíceis que não conseguimos enxergar soluções, todas as nossas energias são consumidas e sentimo-nos fracos demais para lutar. Nessas situações, ficamos desesperados e choramos como crianças incapazes de reagir.

São nessas situações em que precisamos nos lembrar da atitude que nosso irmão Paulo teve quando as enfrentou. O apóstolo disse: "Porque, quando estou fraco, então, sou forte." (2 Coríntios 12:10). O poder de Deus se aperfeiçoa em nossas fraquezas e torna-nos fortes. Não importa a grandeza do problema diante da soberania de Deus. Somos vasos de barro revelando o infinito poder do Oleiro.

3.1- A fé no Servo realiza o impossível
Marcos descreve que Jesus saiu dos termos de Tiro e Sidom e foi até o mar da Galileia pela região de Decápolis. O fluxo da história nos faz ver que nesta hora algumas pessoas trouxeram-lhe um homem que era surdo e falava com dificuldades, estes rogaram a Jesus que pusesse a mão sobre ele [Mc 7.32]. Como podemos ver, Jesus tira o homem do meio da multidão, põe os dedos nos ouvidos dele e cuspindo tocou na língua do homem. Nesta hora Jesus olhou para o céu, deu um suspiro profundo e disse ao homem: “Efatá, isto é, abre-te” [Mc 7.34]. Como é visto naquele instante os ouvidos do homem se abriram, a sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade.

Comentário Adicional
O encontro com Jesus mudou radicalmente a vida daquele homem. Este gesto de Jesus é para nós significativo, pois assim como se abriram os ouvidos e a boca do homem, somos chamados a sermos discípulos de Jesus Cristo, como ouvintes e proclamadores do Evangelho.

A narrativa de Marcos destaca o olhar de Jesus para o céu (Mc 7, 34), levando-nos a voltar o nosso olhar para o Pai, reconhecendo que devemos reconhecer nossa total dependência d’Ele. Ao mesmo tempo, ressalta o papel dos que levaram o surdo a Jesus e “pediram que Jesus lhe impusesse a mão” (Mc 7,32). Em resposta à Palavra de Deus, o Salmo 146 nos convida a louvar ao Senhor, reconhecendo que ele é fiel para sempre, que ama e ampara os que mais sofrem.

Hoje, há muita gente necessitada de ajuda solidária e de oração, para chegar até Jesus. Por isso, esta passagem do Evangelho nos faz pensar também no modo como testemunhamos a fé através da solidariedade. É importante ressaltar, que a cura foi realizada por Jesus na região da Decápolis, território considerado pagão e, por isso, menosprezado por muitos naquele tempo.

A boa nova do Evangelho de Jesus, se dirige a todos, especialmente aos mais sofredores. Continuando a obra de Jesus, os discípulos serão enviados a anunciar o Evangelho a todas as nações, entre os pagãos. Conforme escrito no livro de Atos dos Apóstolos Cap. 1: 8: “Sereis minhas Testemunhas, tanto em Jerusalém, na Judéia, em Samaria, e até os confins da terra...”, o projeto de salvação de Deus se expandiu para além das fronteiras da Judéia. Seus discípulos foram fiéis ao chamado e o Evangelho se espalhou e chegou até nós.

3.2- A fé no Servo faz a diferença
Talvez você me pergunte: “Mas como manter a fé diante de tantas aflições? Daí não ser exagero responder que sabemos que não é simples, contudo, entendemos que, através da fé em Jesus, testemunharemos o agir e a providência de Deus em nosso viver. Para que sejamos bem compreendidos, é bom que se diga que quando sentirmos que estamos enfraquecidos na fé, devemos pedir a Jesus que não nos deixe descuidar, que nos sustente na direção certa, assim nossa fé estará sempre em ascensão e fará com que não nos aflijamos diante das dificuldades, não se angustie diante das incertezas. Neste sentido devemos orar e crer que para Nosso Senhor não há impossível, porque nossa fé em Deus fará toda a diferença.

Comentário Adicional
Vivemos em uma época tribulada. Uma grande tempestade de maldade abateu-se sobre a Terra. Os ventos da iniquidade uivam a nossa volta; as ondas das guerras arremessam-se contra o nosso navio. É como Paulo escreveu a Timóteo: “(…) nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, (…) tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”.

É verdade que nuvens ameaçadoras reúnem-se a nossa volta, mas as palavras do Salvador dão-nos paz, da mesma forma que deram paz aos Apóstolos no barco: “E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis; porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim”. “Se estiverdes preparados, não temereis.”

3.3- A fé no Servo produz milagres
Podemos dizer sem medo de errar que não basta apenas acreditar em nosso Senhor se não expressarmos nossa fé nEle. Notamos que Marcos em seu evangelho nos mostra que se depositarmos nossa fé em Jesus, é possível testemunharmos o milagre em meio às tempestades da vida. Neste evangelho assistimos que, enquanto o Filho de Deus esteve na terra, Ele sempre socorria os necessitados que eram conduzidos até Ele. Desse modo podemos dizer que a fé em Jesus Cristo é um manancial inesgotável de possibilidades.

Comentário Adicional
Compreendemos que à medida que o mal aumenta no mundo, a nossa sobrevivência espiritual, e a sobrevivência espiritual daqueles que amamos, exigirá que alimentemos, fortifiquemos e fortaleçamos mais plenamente as raízes da nossa fé em Jesus Cristo. O Apóstolo Paulo aconselhou-nos a enraizarmo-nos, e a estabelecermo-nos no nosso amor pelo Salvador e na nossa determinação de O seguir. O presente e os dias que se avizinham requerem mais foco e esforço concentrado, protegendo-nos contra distrações e imprudências.

Mesmo com as crescentes influências mundanas que nos rodeiam, não precisamos de temer. O Senhor nunca irá abandonar o Seu povo. Há um poder compensatório de dons espirituais e direção divina para os justos. Esta bênção adicional de poder espiritual, contudo, não se instala sobre nós apenas porque fazemos parte desta geração. Ela é-nos concedida à medida que fortalecermos a nossa fé no Senhor Jesus Cristo e guardarmos os Seus mandamentos, à medida que O conhecermos e O amarmos. “E a vida eterna é esta”, Jesus orou “que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.

CONCLUSÃO
Como visto na lição, o milagroso agir do Servo está intimamente relacionado ao exercício de Seu ministério porque Seus milagres são a confirmação de Sua divindade e o testemunho do cumprimento das promessas de Deus para o Seu povo.

Comentário Adicional
As vezes esperamos somente socorro sobrenatural dos céus, mas a maneira como Deus age em nossas vidas é muitas vezes simples e mal percebemos. Por isso muitas vezes continuamos nos queixando e se perguntando “Deus, onde está o Senhor?” Neste estudo bíblico, porém, aprenderemos duas formas tão simples de como Deus age em nossa vida: Ele nos socorre e nos ajuda.

"Desde os tempos antigos nunca se ouviu, nunca se havia sabido, o olho não tinha visto um Deus que agisse em prol dos que esperam nele, exceto a ti." Isaias 64.4.

Referências bibliográficas

► Bíblia de Estudo MacArthur. Edição Revista e Atualizada, Tradução João Ferreira de Almeida. Barueri, SP: SSB, 2013.

► Revista Betel Dominical, adultos, 1º Trimestre de 2023, ano 33, nº 126. Evangelho de Marcos – O Servo e a missão no serviço da obra de Deus - Lição 7 – A fé no Servo: o evangelho dos milagres.

Comentário adicional





Pr Éder Santos - ADTAG SEDE Graduado em Teologia Pós-graduado em Hermenêutica Mestre em Teologia.

 

 

 

 

 

 

 

 A  AUTORIDADE DO SERVO
Lição 6 – 5 de fevereiro de 2023 

TEXTO ÁUREO
“E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” Marcos 4.41

VERDADE APLICADA
A revelação acerca da autoridade de Jesus Cristo registrada nos Evangelhos devem produzir em nós confiança e impulsionar-nos no cumprimento da missão evangelizadora.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Evidenciar as manifestações da autoridade do Servo;
Expor a autoridade demonstrada pelo Servo;
Apresentar a abrangência da autoridade do Servo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Marcos 4
35. E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para a outra banda.
36. E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
37. E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
38. E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhes: Mestre, não se te dá que pereçamos?
39. E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
40. E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé? 

Comentário adicional
Perplexos, atemorizados e maravilhados a soberania e autoridade do Senhor Jesus. Aquela tempestade foi tão violenta que assustou até mesmos os discípulos, que eram pescadores experientes. É nos temporais violentos da vida que o Senhor revela seu imenso amor, poder e autoridade.
Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as suas ondas. Então se alegram, porque se aquietaram; assim os leva ao seu porto desejado (Salmos 107:23 a 30).

1. Autoridade sobre a natureza
Depois de um longo tempo, no terceiro ano da seca, a palavra do Senhor veio a Elias: “Vá apresentar-se a Acabe, pois enviarei chuva sobre a terra”. 1 Reis 18:1.
Assim como em 1 Reis18.1 a palavra de Deus tem toda a autoridade, em Marcos 4.35 Jesus o Deus filho disse aos discípulos passemos, (imperativo/autoridade) para outro lado /banda.
Quando Deus fala, dá um comando ou uma ordem, não importa as tempestades, ventanias, dificuldades, o quanto a situação possa parecer impossível, estamos servindo a um Deus que é auto existente, um ser independente e infinitamente exaltado sobre a natureza, e que não sofre nenhum tipo de limitação por ela.
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso”. Apocalipse 1:8

1.1- Autoridade sobre a tempestade
O Senhor Jesus é expert /especialista em milagres, Ele criou tudo quando nada existia Ele é a autoridade na essência da palavra. João1:2 e10:30, Jesus é o verbo, e o verbo é a palavra de Deus. A palavra de Deus representa seu poder e autoridade. “E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom”. Gênesis 1:10. Eu e o Pai somos um. João 10:30.
“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”. Colossenses 1: 16,17.

1.2- Autoridade sobre o vento
A autoridade de Jesus é impactante, onde Jesus está presente, tudo e todos se rendem, não existe cenário adverso que o Senhor não possa transformar.
“Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó, ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta”. Jó 14:7-9.

1.3- Autoridade sobre as árvores
O Crente tem que produzir frutos o tempo todo, a todo instante. Não existe esta de dar frutos só de vez em quando, ou não ser ainda tempo. Afinal não adianta estar junto ao ribeiro, ser frondosa, ser grande e não dar fruto. É impossível ser fiel a Deus sem ter frutos. Aí nos fica uma reflexão, quando olharem para nós o que estarão vendo? E acharão em nós o que procuram?
“Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma”. João 15.5.

2. Autoridade sobre os demônios
Nomear: Designar. Instituir na qualidade de.
Jesus tinha o claro objetivo de treinar seus discípulos para continuar o ensino depois dele, isto é, formar discípulos que fizessem novos discípulos (Mt 28.19,20). Essa era sua tarefa final, o seu ministério foi dedicado a essa tarefa. Ele ensinou e viveu esse objetivo “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.” (Lc 4.18,19).

2.1- Uma autoridade reconhecida até pelos demônios
A soberania de Jesus se estende sobre qualquer circunstância, e sua autoridade é reconhecida por todos, até mesmo pelos demônios. O homem possesso veio e se prostrou e quando Jesus mandou que eles saíssem, eles obedeceram prontamente a ordem de Jesus e solicitaram que fossem para a manada de porcos.  Uma indicação notável de conhecimento sobrenatural. O homem sofredor tinha consciência do nome humano de Jesus e também de sua Divindade, embora este, conforme parece, fosse o seu primeiro encontro com Cristo.
Tal conhecimento é prova que o homem não estava simplesmente louco; estava habitado por poderes demoníacos que conheciam a verdadeira identidade de Jesus. Além disso mostra toda a autoridade de Jesus como Filho de Deus a ponto que mesmo uma legião inteira de espíritos ouvirem sua voz e a obedecerem. Além do mais, Jesus trouxe paz a um homem violento que vivia caos, assim como trouxe paz aos discípulos diante do mar enfurecido.

2.2- Uma autoridade inquestionável
A história deste jovem possesso de um espírito imundo, revela que por de trás deste mundo visível, físico e palpável, há uma outra realidade, a espiritual, onde ocorre uma verdadeira batalha. Em meio a uma discursão, Jesus pergunta aos escribas e um pai do meio da multidão clama a autoridade de Jesus.  A autoridade de Jesus é como uma luz que dissipa as trevas e traz uma revelação, que existe um sistema de forças invisíveis e organizadas, cuja intenção é matar, roubar e destruir.  Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo, Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida". (João 8:12).

2.3- Jesus concede o poder de expulsar demônios
A autoridade que Deus concede é delegada e pode ser avocada por Ele. Observe que Ele não diz para pregar e expulsar, mas para pregar e ter autoridade para expulsar. Paulo chama essa autoridade de os sinais do meu apostolado (2 Co 12.12). Cristo e Seus apóstolos confirmaram Seu ministério por meio de sinais, milagres e maravilhas (Hb 2.3,4). Ele deu a seus apóstolos o poder de curar doenças tanto da alma como do corpo, e de expulsar demônios, para que pudessem provar a verdade de suas doutrinas pela autoridade de milagres.
Usemos o poder e a autoridade que Jesus nos deu (Lc 9,1-6) Jesus confere aos Seus Doze poder e autoridade. O Mestre nos confere poder e autoridade sobre os espíritos malignos, para nos dizer que nenhuma força que vem do mal pode nem deve ser maior do que aquilo que é o Reino de Deus.
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que creem no seu nome” (João 1:12).
E todos os teus filhos serão ensinados do Senhor; e a paz de teus filhos será abundante” Isaías 54:13.
“Eu dei a vocês autoridade para pisarem sobre cobras e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; nada lhes fará dano” (Lucas 10:19).

3. Autoridade sobre as enfermidades  
Quanto mais nós conhecemos Jesus, mais milagres veremos em cada momento precioso que Ele nos proporciona em sua presença, na alegria ou no sofrimento, na vitória ou na perda. Conhecer Jesus e senti-Lo perto é o maior milagre que podemos ter nesta vida. O Senhor é um Deus de relacionamento e ele quer nos capacitar para cumprirmos o IDE.
“Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. Atos 1:8.

3.1- Autoridade sobre todas as doenças  
Jesus revelou seu poder nitidamente. Desafiou a força da natureza, tinha uma autoridade inquestionável sobre as potestades das trevas, demostrou ter domínio diante das enfermidades, sobre a morte e o pecado, e também sobre o inferno. Porém o sofrimento e a dor das pessoas que o cercava chamava-lhe a atenção, e por isso ele sentia misericórdia e agia para os socorrer. “E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos” (Mateus 14:14).
Independente, da importância, tamanho e do grau de dificuldade do milagre, o Senhor Jesus na cruz do calvário nos proporciona o maior de todos os milagres: a vida eterna. Jesus nos ama, se interessa por nós e não há nada que ele não possa fazer. “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3.16).

3.2- O legado da autoridade de Jesus sobre as enfermidades 
Jesus cumpriu, na íntegra, a missão, a morte na cruz para salvar a humanidade (Joao 3.16). São incontáveis os milagres, prodígios e maravilhas feitos por Jesus e ele disse que o homem santo também faria as mesmas coisas, mas precisariam ter fé. Crer! “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai”. João 12:12.

3.3- Autoridade para levar esperança a muitos
Podemos ter esperança quando nos lembramos de tudo o que Jesus fez durante seu ministério. A Bíblia diz em Romanos 5:1-2: “Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus”. Proclamar a fé é muito importante, mas perseverar nela é essencial para quem quer conquistar grandes coisas em Cristo. Deus é fiel para cumprir a suas promessas, mas cabe a nós continuarmos crendo e perseverando no que foi profetizado sobre nós. Apegue-se a Deus. Suas promessas vão se cumprir, creia e permaneça nessa palavra. Busque um relacionamento direto com Ele, ore. Quanto mais buscamos, mais cremos!
“Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel”. (Hebreus 10:23).
“Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que pedir a razão da esperança que há em vocês”. (1 Pedro 3:15).

Conclusão
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar. Porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro” (Gálatas 3.13), O que precisamos entender é que todos os problemas têm sua origem na maldição e Jesus é a solução, pois nos resgatou dessa condição.
“Tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem, Logo Jesus é a solução sim, para todos os problemas, seja qual for, mas o segredo está em Crer em sua obra e obedecer a seus mandamentos” (Hebreus 5.9).

Referências bibliográficas
► Bíblia do obreiro
► Revista Betel Dominical, adultos, 1º Trimestre de 2023, ano 33, nº 126. Evangelho de Marcos – O Servo e a missão no serviço da obra de Deus - Lição 6 – A autoridade do Servo.

Comentário adicional – Diácono Wagner Delfino