LIÇÃO 08 - NÃO ADULTERARÁS: UMA OBRIGAÇÃO MORAL PARA A SANTIDADE E A PRESERVAÇÃO DA FAMÍLIA
24 de novembro de
2024
TEXTO ÁUREO
“Eu,
porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu
coração cometeu adultério com ela.” Mateus 5.28
VERDADE APLICADA
O
sétimo mandamento trata da santidade e da fidelidade entre os cônjuges. Ele
visa proteger a sagrada instituição da família.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar
aspectos essenciais do sétimo mandamento;
Expor
a abordagem feita por Jesus acerca do adultério;
Explicar
o objetivo do sétimo mandamento.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
DEUTERONOMIO 22
22- Quando um homem for achado deitado com
mulher casada com marido, então ambos morrerão, o homem que se deitou com a
mulher e a mulher; assim tirarás o mal de Israel.
23- Quando houver moça virgem, desposada com
algum homem, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela.
24- Então trareis ambos à porta daquela
cidade, e os apedrejareis com pedras, até que morram; a moça, porquanto não
gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim,
tirarás o mal do meio de ti.
INTRODUÇÃO
A
banalização do casamento tem sido cada vez mais notória na sociedade, tentando
dizer que a infidelidade conjugal é uma prática normal. No entanto, a Bíblia
nos ensina que o adultério é um pecado repudiado por Deus [Êx 20.14].
Comentário adicional:
Nesse contexto atual da sociedade, a
instituição do casamento tem se tornado cada dia mais descartável, sendo
banalizada e tratada como sem importância. Nisso, o adultério tem se tornado
algo normal, onde muitos cônjuges, na busca desenfreada pela satisfação
pessoal, prazeres e felicidade, não pensam duas vezes antes de praticá-lo. Mas,
para nós cristãos, essa prática continua sendo vista por Deus como um pecado
terrível que traz grandes consequências para todos os familiares envolvidos,
pais e filhos. “O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal,
conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros” (Hb 13.4).
1- ASPECTOS DO SÉTIMO MANDAMENTO
O
sétimo mandamento diz respeito à preservação e estabilidade da instituição
familiar e, por extensão, da sociedade humana em geral, pois trata da santidade
e da fidelidade entre os cônjuges.
Comentário adicional:
Como
dito nesse tópico, o sétimo foi dado por Deus para a proteção do lar, dos
vínculos familiares. Desse modo, esse mandamento têm o objetivo de proteger o
lar, a família, tendo como consequência estabelecer uma sociedade moral e
espiritualmente sadia. Não adulterarás incluiu todo tipo de imoralidade sexual,
sendo ela física, virtual ou de pensamento.
1.1. Uma definição de adultério.
Adulterar
basicamente significa alterar a pureza ou a natureza de algo. Leite adulterado,
por exemplo, é o excesso de água nele com a intenção de aumentar seu volume,
mas diminuir sua qualidade. Adultério é falsificar algo original. Quando
falamos do ponto de vista espiritual, temos o adultério que altera a pureza da
doutrina, disfarça a mentira com versículos bíblicos retirados de seu contexto
e dá um ar de autoridade à falsidade [2Co 4.2; 1Pe 2.2]. Falando em casamento,
o adultério é uma profanação da santidade do vínculo matrimonial quando um dos
cônjuges, homem ou mulher, mantém relações sexuais com alguém que não é seu
parceiro oficial [Hb 13.4]. Diante da escalada da devassidão moral e a
desconstrução de muitos valores pela sociedade, continua sendo relevante termos
diante de nós esse mandamento.
Comentário adicional:
O
adultério no contexto do casamento é uma traição e falsidade. Tratar-se da
quebra da aliança que foi assumida diante de Deus e dos homens pelo casal, é
uma infidelidade que acaba com a harmonia do lar e desestrutura toda a família.
No contexto judaico-cristão é um assunto muito grave, sendo o pecado um ato
muito sério. É tratado como uma loucura que compromete a honra e a reputação das
pessoas e que desonra a Deus. “Porquanto fizeram loucura em Israel, e cometeram
adultério com as mulheres dos seus vizinhos, e anunciaram falsamente, em meu
nome uma palavra, que não lhes mandei, e eu o sei e sou testemunha disso, diz o
Senhor” (Jr 29.23).
Já
o adultério espiritual é quando nós colocamos outras coisas no lugar de Deus, nos
relacionado com essas coisas, quando não entendemos o status de exclusividade
de Deus. Infelizmente na atualidade, muitos cristãos têm desenvolvido
relacionamentos adúlteros colocando algumas pessoas, lideres, influencers no
lugar que deveria ser somente de Deus. Essas personalidades cheios de seduções,
exibindo grandes talentos têm conseguido grandes espaços nos corações dos menos
atentos, e conseguem inseminar grandes mentiras manipulando a Verdadeira
Palavra do Senhor. Quando seguimos essas pessoas acreditando em suas mentiras
estamos nos prostituindo com elas, desagradando ao nosso Deus (Ez 16.35-43). Não
te alegres, ó Israel, não exultes, como os povos; porque ao prostituir-te
abandonaste o teu Deus; amaste a paga de meretriz sobre todas as eiras de trigo
(Os 9.1).
1.2. A natureza do mandamento.
Havia
um grande contraste entre Israel e as demais nações com a forma de como a
questão do adultério era abordada. Nas civilizações orientais da época, não era
novidade punir o adultério com a morte, para Israel sim. Quando duas pessoas
eram encontradas em ato de adultério, se a mulher fosse casada, apenas a mulher
era condenada à morte, pois a mulher era considerada propriedade do marido. Ao
homem era geralmente imposto outros tipos de penalidades. Enquanto isso, em
Israel, se duas pessoas fossem encontradas em ato de adultério, ambos morriam
[Lv 20.10; Ez 16.38-40]. Ambos deveriam ser apedrejados até a morte pela
população. Não porque a mulher ou o homem tinha um sentimento de pertencimento
ao seu cônjuge, mas porque o ato de adultério era uma séria afronta a Deus,
porque Ele havia constituído a estrutura do casamento [Gn 2.24].
Comentário adicional:
Como
Deus é santo e sabe de todas as coisas Ele definiu o casamento como uma
instituição santa, visando a harmonia do lar e a estabilidade da família. Como
explicado nesse tópico, para os judeus era novidade serem mortos os dois flagrados
em adultério, o normal seria somente a mulher ser morta. Como esse ato era uma
afronta ao Deus Santo de Israel e toda a comunidade era afetada, então era
necessário tratar o assunto com toda a severidade para desviar a ira de Deus de
sobre todos.
1.3. A punição do mandamento.
Mesmo
numa sociedade patriarcal onde a poligamia era costumeira, contrariamente ao
plano original de Deus, tanto os homens quanto as mulheres tinham de
compreender que havia limites muito marcados no que se refere ao respeito que
se devia ter nas relações conjugais, mesmo quando um homem tomava mais do que
uma esposa. Com isso, se controlava a promiscuidade sexual. Os relacionamentos
só eram permitidos no contexto do casamento. Para a maioria das culturas era
por razão do sentido de propriedade do homem sobre a mulher. No caso de Israel,
foi por causa da aliança estabelecida por Deus com eles [Lv 20.10]. Se um homem
cometesse adultério com a esposa de seu próximo, o adúltero e a adúltera
inevitavelmente seriam mortos. Sendo uma ação que violasse uma das condições do
pacto, Deus e o povo responsabilizavam ambas as partes, ambas deveriam morrer
dessa maneira para erradicar a perversão dentro da nação [Dt 22.21-22].
Comentário adicional:
No
versículo 7 do capitulo 20 de Levítico está escrito: “Portanto santificai-vos,
e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus”. Essa passagem bíblica demonstra
que a severidade do julgamento do pecado cometido era porque Deus queria que o
povo fosse santo a semelhança dEle. O povo pertencia a Ele e para agradá-lo
todos deveriam ser santificados, e aqueles que transgrediam a Suas
determinações deveriam ser extirpados do meio da nação santa. Por isso, quando
um homem e uma mulher eram pegos em adultério ou cometendo qualquer outro tipo
de perversão sexual para aplacar a ira de Deus de sobre todos era submetido a
pena capital. Deus como é Santo e puro também buscou que houvesse pureza no
relacionamento entre os homens. Portanto, Deus sempre considerar o casamento
uma instituição muito sagrada, pois foi criação Sua, faz declarações muito fortes
para advertir os que praticam o adultério e outros tipos de imoralidades sexuais.
“Tendo os olhos cheios de adultério, nunca param de pecar, iludem os
instáveis e têm o coração exercitado na ganância. Malditos!” (2 Pe .:14).
2- A ABORDAGEM DE JESUS ACERCA DO ADULTÉRIO
Da
mesma forma que o assassinato nasceu como produto das intenções do coração,
Cristo também considerou o adultério como uma intenção claramente perversa do
coração que, quando alimentada, leva à própria ação [Mt 15.18].
Comentário adicional:
Toda
a fonte de corrupção vem coração, é dele a origem de todo pecado. Antes de
pecar as pessoas tem suas fantasias e imaginações para posteriormente
concretizar o pecado. Os adultérios e prostituições procedem de um coração sujo
e carnal, onde reina a luxuria. Por isso, com a ajuda do Espirito Santo
precisamos cuidar de nossos pensamentos para não pecarmos conta o Senhor. “Depois,
havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo
consumado, gera a morte” (Tg 1.15).
2.1. O adultério não acontece por acaso.
A
Bíblia nos ensina que somos atraídos e engodados por nossa própria cobiça [Tg
1.14-15]. Jesus amplia o mandamento ao afirmar que ao haver o desejo de cobiça
no coração, o adultério já aconteceu [Mt 5.28]. A ação do adultério surge
primeiro no seio de um coração adúltero, coração que cobiça a mulher alheia
motivado e estimulado por desejos carnais desenfreados e que anulam sua
capacidade de discernir o bem do mal. Aqui o Senhor usa uma linguagem figurada
para ilustrar a seriedade do pecado do adultério. Renunciar ao adultério ao
nível da carne é doloroso porque implica abrir mão do que produz prazer e
satisfação, mas o Senhor fala claramente que esse comportamento e tudo o que o
estimula deve ser erradicado com urgência como se um membro do corpo fosse arrancado
[Mt 5.29-30].
Comentário adicional:
Jesus
vai tratar com muita seriedade o sétimo mandamento, diferente dos rabinos que
limitava esse pecado somete ao ato em si, Jesus vai ampliar o adultério a
intenção do coração. Para Jesus basta a pessoa alimentar em seu coração o
desejo de levar o outro para a cama ilicitamente desejado. Assim, Deus que tudo
sabe vai sondar e julgar os corações dos homens que tenham um olhar adultero e
um coração impuro, e condenar a intenção como pecado consumado. Para nós
humanos o desejo e a pratica são atos diferentes, mas em termos espirituais são
equivalentes. Jesus não está condenando o olhar casual e de relance, mas sim,
aquele olhar fixo, lascivo que vai alimentar os apetites sexuais interiores. “Mas
eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério
no seu coração” (Mt 5.28). Nós cristãos vivemos uma vida de conflito entre
o espiritual e o carnal, o velho homem sempre estará querendo se sobressair
para nos fazer pecar. Por isso, precisamos estar na presença de Deus, nos
consagrando e pedindo ao Espirito Santo que nos ajude a vencer as nossas
próprias tentações. “Portanto, se o teu olho direito te escandalizar,
arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus
membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno” (Mt 5.29). Nessa
passagem Jesus ensina que devemos tratar o pecado de forma radical, não brincar
com ele, no caso de pecados sexuais devemos fugir dele e não tentar resistir.
2.2. A unidade do casamento.
O
Novo Testamento define o casamento como uma representação de nossa relação com
Jesus Cristo [Ef 5.32]. A união entre marido e mulher exemplifica a união entre
Cristo e a Igreja. Essa definição nos ajuda a entender que para nós todo o ato
de imoralidade sexual é um tipo de profanação espiritual e um atentado contra o
Filho de Deus. Paulo chega a afirmar que cada relação sexual ilícita é um
casamento. O corpo não é para a prostituição [1 Co 6.13-20]. Para o cristão,
unir-se sexualmente com alguém que não é seu cônjuge é violar a santidade de
sua união com Jesus Cristo. Somos alerta- dos a fugir da prostituição. Uma vez
que nosso corpo foi comprado por Cristo e se tornou uma moradia para o Espírito
Santo, além de desonrar nosso cônjuge, afetamos diretamente nossa comunhão com
o Deus Trino.
Comentário adicional:
O
apostolo Paulo vai interpretar o casamento como uma representação do
relacionamento de Cristo e Sua igreja. Paulo entendia como um grande mistério,
ele vai interpretar a criação original da união do marido e esposa como a
modelagem da união que havia de vir de Cristo com sua igreja com seu corpo. Então,
desde o princípio da criação, Deus designou o casamento para ser o um reflexo e
modelo da relação de Cristo com Sua igreja. Como sabemos, Jesus Cristo virá
buscar a sua noiva santa e imaculada sem manchas, por isso, se nosso casamento
é uma representação de relacionamento com Cristo, precisamos preservar-nos
limpos e santos, sem o pecado do adultério e das impurezas sexuais.
2.3. Zelando pelo Matrimônio.
Deus
criou o casamento e o sacramentou para que a união não fosse somente de
pensamentos, mas também de corpos. A Bíblia Sagrada refere-se a essa união como
coabitar, ou seja, a convivência harmoniosa entre o casal, especialmente no
relacionamento íntimo conjugal, sendo uma bênção para o casamento e dignificado
por Deus: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito
conjugal, que deve ser conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os
adúlteros.” [Hb 13.4]. A preservação e conservação do leito conjugal geram
grande poder no vínculo matrimonial. Sua importância é tal que, mesmo ao evitar
a coabitação, o casal deve fazê-lo em consenso e não prolongar muito esse
período de privação [1Co 7.3-5]. A palavra de Deus ensina que um tempo
prolongado sem coabitação pode abrir brechas para que Satanás atue. Portanto, a
coabitação protege o casamento e é uma obrigação mútua entre marido e mulher
[Hb 13.4]. A união física sela o amor entre o casal e fortalece a comunhão
espiritual. A ideia cristã de casamento se fundamenta nas palavras de Jesus,
que afirmam que o homem e a mulher devem ser considerados um único corpo, sem espaço
para uma terceira pessoa [Mt 19.6].
Comentário adicional:
Conforme
este tópico nos ensina, Deus designou o casamento como a união apropriada para
a expressão da sexualidade humana, assim, todos os casais devem evitar de se
absterem do ato sexual como uma forma de zelar pelo seu matrimonio. O apostolo
Paulo vai ensinar que a responsabilidade conjugal é de ambos, e que a
intimidade sexual ajuda a fortalecer a união e a cumplicidade no casamento.
Nesse sentido, ambos os cônjuges devem se considerar mutuamente responsáveis e
atenciosos em relação às necessidades um do outro. Quando um cônjuge deixa de
cumprir com suas obrigações matrimoniais está desfraldando o outro, porque
nenhum dos dois têm o poder sobre o próprio corpo. Agindo assim, conforme nos
ensina a Palavra de Deus, estaremos mantendo a santidade e a pureza de nosso
casamento que é uma instituição santa. Vamos estar fechando as brechas para que
o inimigo de nossas almas não nos tente, e impedindo o pecado das impurezas
sexuais e do adultério. “Enquanto você viver neste mundo de ilusões,
aproveite a vida com a mulher que você ama. Pois isso é tudo o que você vai
receber pelos seus trabalhos nesta vida dura que Deus lhe deu” (Ec 9.9).
3- O OBJETIVO DO MANDAMENTO
Por
ser o sexo uma dádiva do Criador, o relacionamento sexual de acordo com a
Palavra de Deus está debaixo da bênção divina, mas, quando este relacionamento
afronta o mandamento divino, torna-se um relacionamento prejudicial,
principalmente para a comunhão com Deus [Pv 26.2].
Comentário adicional:
“Deus
não nos chamou para vivermos na imoralidade, mas para sermos completamente
dedicados a ele. Portanto, quem rejeita esse ensinamento não está rejeitando um
ser humano, mas a Deus, que dá a vocês o seu Espírito Santo”
(1Ts 4.7-8). Como muito bem dito nesta lição, quando o matrimonio está de
acordo com a Palavra de Deus e muito abençoado, mas quando está em pecado é
afronta a Deus e prejudica a comunhão com Ele.
3.1. Guardar a santidade do casamento.
Infelizmente,
em nossos dias, o adultério tem causado a desintegração de muitas famílias. Ele
é uma potente arma que ao longo do tempo tem devastado a estabilidade dos
núcleos familiares e, portanto, a estabilidade das sociedades. Na igreja, o
adultério acabou com a vida de pastores, pregadores, líderes e até igrejas
inteiras. Guardar a santidade do casamento é vital para a sustentação da
relação conjugal. Devemos descartar tudo aquilo que ponha em risco a segurança
de nossos casamentos. Toda instituição que deriva de Deus tem uma ligação
direta com seu caráter, portanto, devemos perceber o matrimônio como santo,
puro e fiel.
Comentário adicional:
Conforme
temos estudado, a infidelidade no casamento é um pecado muito sério, que vem
destruindo muitas famílias. E nos dias atuais, com a busca desenfreada pelos
prazeres e satisfação pessoal têm se tornado uma pratica considerada por muitos
como normal. Como cristãos precisamos compreender que o casamento é uma
instituição santa, uma aliança sagrada onde duas pessoas prometem ser fiéis um
ao outro até a morte, perante Deus e os homens. Com a pratica do adultério se
quebra essa aliança e desrespeita o cônjuge, os filhos e Deus. Muitos se iludem
acreditando que serão mais realizados e felizes no adultério, mas as
consequências serão destruidoras. Além disso, é um ato abominável para Deus,
que se não houver arrependimento é condenável ao fogo do inferno. Não é
verdade que Deus criou um único ser, feito de carne e de espírito? E o que é
que Deus quer dele? Que tenha filhos que sejam dedicados a Deus. Portanto,
tenham cuidado para que nenhum de vocês seja infiel à sua mulher (Ml 2.15)
3.2. Guardar a santidade do lar.
Os
lares baseados no enfoque bíblico são a unidade básica da sociedade e o
baluarte que fortalece as nações. Um lar estável tem um efeito profundo nos
filhos. Lares estáveis baseados na Palavra de Deus geralmente (porque há
exceções) resultarão em filhos e filhas fortes e entes produtivos e úteis para
os propósitos mais elevados de uma sociedade. Filhos que não estão cobertos com
a segurança de um lar solidamente constituído, em geral (porque aqui também há
exceções) resulta em pessoas inseguras, improdutivas e problemáticas. Os
resultados da desintegração dos lares por adultério são tristes e alarmantes.
Por esse motivo urge a necessidade de guardarmos a santidade em nossos lares
[Jó 11.14-15; Pv 5.15; Hb 13.4].
Comentário adicional:
Um
lar saudável, conforme os ensinamentos Bíblicos vai refletir positivamente na
igreja, na sociedade e na nação. Um matrimonio santificado por Deus pelo princípio
da fidelidade, do amor e da compreensão será abençoando e todos os integrantes,
pais e filhos serão beneficiados porque Deus está sendo Honrado. Um casal que
busca a santidade em seu lar, terá uma família saudável que proporciona um
lugar seguro para cada membro se desenvolver adequadamente, conforme os
princípios bíblicos. Um dos objetivos do casamento é criar um lar estável no
qual as crianças possam crescer e prosperar. Por isso, será melhor o casamento entre
dois cristãos que possam produzir descendentes piedosos. Um casal temente
a lei de Deus tenderá a produzir filhos também tementes como os pais. Será em
um casamento saudável que irá ensinar as crianças serem fieis, e também, lhe
proporcionar um ambiente estável para que possa aprender e crescer. “Vocês
são filhos queridos de Deus e por isso devem ser como ele. Que a vida de
vocês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu a sua vida por
nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que agrada a
Deus! Vocês fazem parte do povo de Deus; portanto, qualquer tipo de imoralidade
sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre
vocês (Ef 5.1-3).
3.3. Guardar a estabilidade das sociedades.
Famílias
fortes produzem cidadãos estáveis e isso fortalece as sociedades [Sl 127; 128].
A sociedade atual tem sido atacada pelo flagelo da perversão sexual, que é
consumida em todos os níveis: música, cinema, televisão, leitura etc. Lares com
casamentos estáveis e com pais preocupados com a saúde emocional de seus filhos
podem orientar mais eficazmente para neutralizar os efeitos dessa perversão [Lc
6.47-48]. Um casamento temente a Deus é um escudo eficaz contra os ataques à
consciência e ao pensamento dos filhos. Casas com casamentos fortes geralmente
resultam em filhos e filhas com profundas bases morais e bom discernimento para
distinguir entre o certo e o errado [Mt 22.29].
Comentário adicional:
Como já sabemos, a família é a célula
fundamental da sociedade, e desempenha um papel importantíssimo da formação de
cidadãos íntegros e responsáveis, que vai refletir na igreja e na sociedade. Por
isso as Sagradas Escrituras nos ensinam que a família é um presente divino para
a construção de uma vida prospera e feliz. Portanto, um casamento ajustado e
fundamentado em Cristo terá pais presentes e comprometidos com a educação dos
filhos, proporcionando um ambiente seguro e amoroso que irá defender os filhos
das influencias pecaminosas da sociedade. Vivemos tempos difíceis e a
modernidade têm trazido muitos desafios para as famílias cristãs. A internet
com suas mídias sociais, os meios de comunicações e entretenimento em geral tem
exposto nossos filhos a conteúdos impróprios, exaltando valores contrários aos princípios
morais e éticos. O próprio estado a cada dia aprova leis que afrontam a Palavra
de Deus, e o casamento tem sido alvo constate de pessoas que não temem e
respeitam os mandamentos do Senhor. Ao ensinar aos filhos os princípios
bíblicos, os pais os equipam para tomar decisões sábias e resistir às pressões
sociais. A Bíblia, em Lucas 6:47-48, nos ensina que a nossa vida é fruto das
nossas decisões e que, portanto, é essencial construirmos nossa vida sobre a
rocha sólida da Palavra de Deus.
CONCLUSÃO
Manter
a família com princípios e valores cristãos é um desafio na pós-modernidade.
Não é só preciso conhecer o que a Bíblia diz, mas também, com o auxílio do
Espírito Santo, colocar seus ensinamentos em prática. Desse modo, as
contaminações do mundo sobre a família podem ser identificadas e refutadas [Mt
7.24].
Comentário adicional:
A
família, como célula fundamental da sociedade, enfrenta desafios cada vez
maiores em um mundo marcado pela pós-modernidade. Os valores tradicionais,
muitas vezes enraizados na fé, são constantemente questionados e substituídos
por novas ideologias. Nesse contexto, manter a família ancorada em princípios
cristãos exige mais do que apenas um conhecimento teórico da Bíblia.
É
preciso, sim, aprofundar o estudo da Palavra de Deus, mas também permitir que o
Espírito Santo transforme nossos corações e mentes. A prática dos ensinamentos
bíblicos em nosso dia a dia é essencial para construir um lar onde os valores
cristãos sejam vivenciados e transmitidos de geração em geração.
Conhecer
a verdade bíblica é fundamental, mas não é suficiente. A fé, para ser genuína, precisa
ser acompanhada de obras. Ao colocarmos em prática os ensinamentos de Jesus,
demonstramos nosso amor por Ele e por aqueles que amamos.
A
Bíblia nos adverte em Mateus 7:24 que é como quem constrói sua casa sobre a
rocha que permanece firme, mesmo diante das tempestades. Da mesma forma, ao
fundamentarmos nossa família nos princípios bíblicos, estaremos construindo um
alicerce sólido que resistirá às adversidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
· HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo
Testamento: Atos a Apocalipse Edição Completa. Rio de Janeiro: CPAD, 2018;
· Bíblia de estudo – Nova Almeida Atualizada;
· Revista Betel Dominical, adultos, 4º
Trimestre de 2024, ano 34, nº 133. OS DEZ MANDAMENTOS – Estabelecendo
Princípios e Valores Éticos, Morais, Sociais e Espirituais Imutáveis para uma
Vida Abençoada. lição 08 - Não adulterarás: uma obrigação moral para a
santidade e a preservação da família.
SITES PESQUISADOS:
https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/o-que-a-biblia-diz-sobre-o-adulterio/
https://www.gotquestions.org/Portugues/punicao-por-adulterio.html
https://colunas.gospelmais.com.br/adulterio-espiritual-cuidado-conteudo-adulto_163.html
https://www.youtube.com/watch?v=fZPgl4Av6qo
https://voltemosaoevangelho.com/blog/2013/04/a-uniao-com-cristo-nas-epistolas-de-paulo-j-v-fesko/
https://www.gotquestions.org/Portugues/leito-sem-macula.html
https://www.gotquestions.org/Portugues/proposito-do-casamento.html
COMENTARISTA DA LIÇÃO:
Diácono
Carlos Cezar – ADTAG 316 Samambaia Sul - DF
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