LIÇÃO 13 - A RELEVÂNCIA E ESPERANÇA DA VOLTA DE CRISTO PARA SUA
IGREJA
29 de setembro de 2024
TEXTO ÁUREO
“Aguardando
a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso
Senhor Jesus Cristo.” Tito 2.13
VERDADE APLICADA
A
esperança do nascido de novo está em Jesus Cristo. Por isso, ela é segura e
estável, independente das circunstâncias que nos rodeiam.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Reafirmar
a
promessa da vinda de Jesus;
Falar
que todas as profecias terão cabal cumprimento;
Alertar
sobre o preparo da Igreja para o glorioso evento.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
TITO
2
11. Porque a graça de Deus se há manifestado,
trazendo salvação a todos os homens,
12. Ensinando-nos que, renunciando à
impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria,
e justa, e piamente,
13. Aguardando a bem-aventurada esperança e o
aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo.
14. A qual se deu a si mesmo por nós, para
nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso
de boas obras.
COMENTÁRIOS
ADICONAIS
INTRODUÇÃO
Encerrando
este trimestre veremos a preciosidade e firmeza da esperança que possui aquele
que está em Cristo Jesus, é habitação do Espírito Santo e vive à luz da
revelação de Deus nas Escrituras Sagradas. “Temos como âncora da alma segura e
firme” [Hb 6.19].
Comentário adicional:
Aqueles que têm fé inabalável nas promessas
das Escrituras Sagradas acreditam plenamente nas promessas de Deus e na volta
de Jesus, mesmo diante das adversidades da vida. Essa fé é a base de sua
esperança e os motiva a viver uma vida santa e agradável a Deus. Ele fez
isso para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus
minta, nós, que já corremos para o refúgio, tenhamos forte alento, para tomar
posse da esperança que nos foi proposta (Hb 6.18).
1 - O FUNDAMENTO DA ESPERANÇA
As
promessas de Deus são dignas de confiança. A Igreja sabe que sua esperança está
em Deus e que Ele é fiel para cumprir tudo quanto prometeu, conforme lemos em
Hebreus: “Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que
prometeu.” [Hb 10.23].
Comentário adicional:
Ao
estudarmos a Palavra de Deus, vemos que, ao longo da história, Ele sempre foi
fiel em cumprir todas as Suas promessas. Essa fidelidade se estende também às
nossas vidas hoje. Nos relatos bíblicos, vemos Deus cumprindo todas as
promessas feitas ao povo de Israel, demonstrando Sua fidelidade. Nenhuma das
boas promessas que o Senhor havia feito à família de Israel falhou; todas se
cumpriram (Js 21.45). Deus é digno de confiança. Se Ele prometeu que um dia
Jesus Cristo voltará para buscar a Sua Igreja, podemos crer nisso. Na casa
de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu teria dito a vocês. Vou
preparar lugar para vocês. E, quando eu for e preparar lugar, voltarei e os
levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver (Jo 14.2-3).
1.1. Firmes nas promessas de Cristo.
Antes
de Sua crucificação e morte, Jesus exortou e instruiu de forma pedagógica Seus
discípulos: “Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em
mim.” [Jo 14.1]. Também nos deixou riquíssimas promessas: “E, se eu for e vos
preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo” [Jo 14.3]. Ele
sabia que os discípulos ficariam desorientados, turbados, no entanto os
confortou com maravilhosas promessas: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará
outro Consolador, para que fique convosco para sempre” [Jo 14.16]. Assim
reafirmou nossa adoção como filhos: “Não vos deixarei órfãos; voltarei para
vós.” [Jo 14.18].
Comentário adicional:
Sabemos
que o tema da volta de Jesus Cristo é um dos assuntos mais consoladores e
motivadores para os cristãos. Se não crermos nas firmes promessas de Cristo,
não faz sentido sermos cristãos! No Evangelho de João, encontramos um retrato
profundo e rico da promessa do retorno de Jesus Cristo e do futuro glorioso que
aguarda os crentes.
Por que o Evangelho de João é tão importante
para entender a volta de Cristo?
· A intimidade com o Pai: João enfatiza a profunda relação de Jesus com
o Pai, revelando-O como o Filho Unigênito de Deus. Essa intimidade divina
garante que Suas promessas são firmes e imutáveis.
· A vida eterna: João destaca a vida eterna como um presente
de Deus, acessível por meio da fé em Jesus Cristo. A volta de Jesus é a
consumação dessa promessa, quando os crentes serão reunidos com Ele para
desfrutar da vida eterna em sua plenitude.
· O Espírito Santo: João destaca o papel do Espírito Santo na
vida dos crentes, como um selo e garantia da nossa herança celestial. A
presença do Espírito Santo em nós é uma antecipação da volta de Jesus e nos
fortalece na esperança.
Quais são as principais promessas sobre a
volta de Cristo no Evangelho de João?
· Preparar um lugar: Em João 14:2-3, Jesus promete aos Seus
discípulos: "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu
já lhos teria dito. Vou preparar-lhes lugar; e, quando eu for e lhes preparar
lugar, virei outra vez e os levarei para mim, para que onde eu estiver vocês
também estejam."
· Estar com eles: Jesus prometeu aos Seus discípulos que não os
deixaria órfãos, mas que enviaria o Espírito Santo para estar com eles (João
14:16-18). Essa presença do Espírito Santo é um sinal da proximidade da volta
de Jesus.
· A vinda do Consolador: Em João 16:7, Jesus fala sobre a vinda do
Espírito Santo, a quem chama de "Consolador". O Espírito Santo não só
consola os crentes, mas também os prepara para a volta de Jesus.
· A vida eterna: João enfatiza que a vida eterna é um presente
de Deus, acessível por meio da fé em Jesus Cristo. A volta de Jesus é a
consumação dessa promessa, quando os crentes entrarão na plenitude da vida
eterna.
1.2. A ressurreição de Cristo.
A
ressurreição de Jesus é a base de toda a fé cristã e se tornou o marco
principal nos evangelhos. O evangelho de Mateus afirma que Ele seria entregue
aos gentios para que dEle escarnecessem e o crucificassem, mas a afirmação
gloriosa é que ao terceiro dia ressuscitaria [Mt 20.19]. No livro de Atos dos
Apóstolos, lemos: “Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois
não era possível que fosse retido por ela” [At 2.24]. Paulo adverte: “E, se
Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé…” [1Co 15.17]. Na ressurreição nos é
dada a garantia que, assim como Ele ressuscitou, um dia todos os salvos
ressuscitarão e terão a vida eterna. Logo, a ressurreição de Jesus é nossa
esperança: “Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias; depois, os que são
de Cristo, na sua vinda” [1Co 15.23].
Comentário adicional:
Como
já mencionado, a ressurreição de Cristo é o tema central da fé cristã. A
ressurreição é o ponto culminante da história da salvação, sendo não apenas um
evento histórico, mas também espiritual, que transforma a vida dos crentes. É a
prova definitiva da divindade de Jesus e a garantia da nossa salvação. Ao
crermos na ressurreição, somos chamados a uma nova vida em Cristo, marcada pela
fé, esperança e amor. A
importância da ressurreição: a) Fundamento da fé: Se Cristo não ressuscitou, nossa fé é inútil
(1 Coríntios 15:14). A ressurreição é a garantia de que a nossa fé não é em vão;
b) Vitória sobre o pecado e a morte: A ressurreição de Cristo demonstra
que Ele venceu o pecado e a morte, oferecendo aos crentes a esperança da vida
eterna; c) Nova vida em Cristo: Através da ressurreição, os crentes
recebem uma nova vida em Cristo, livre do poder do pecado; d) Garantia da
nossa ressurreição: A ressurreição de Cristo garante que nós, que cremos
nEle, também ressuscitaremos um dia.
1.3. A ascensão de Cristo.
As
Escrituras deixam claro que a ascensão de Jesus foi um retorno literal e
corpóreo ao céu. Jesus preparou o coração dos discípulos sobre esse sublime
acontecimento: “Ainda um pouco de tempo estou convosco, e depois vou para
aquele que me enviou” [Jo 7.33]. Jesus subiu de forma visível. Enquanto os
discípulos se esforçavam para ter um último vislumbre dEle, uma nuvem o
encobriu e os anjos apareceram e reafirmaram a promessa de Sua volta: “Esse
Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o
céu o vistes ir” [At 1.11]. Também enfatizado por Paulo em sua carta: “E, sem
dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: aquele que se manifestou em
carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido
no mundo e recebido acima na glória.” [1Tm 3.16].
Comentário adicional:
A
ascensão de Jesus Cristo é um assunto bem conhecido no meio cristão. Jesus
subiu aos céus após quarenta dias de sua ressurreição, sendo esse um dos
fatores determinantes do Evangelho. Após a ressurreição, Jesus se apresentou na
terra em sua forma totalmente divina, em seu corpo glorioso. As aparições de
Jesus aos seus discípulos e às outras pessoas antes de subir aos céus confirmam
tudo o que Ele afirmou sobre si mesmo: a) que Ele é o Filho de Deus encarnado
(Jo 1.1-5; Jo 10.17,18; Rm 1.2-4); b) que sua morte e ressurreição é a garantia
da nossa redenção (Rm 6.4; 1Co 15.17); c) confirma a veracidade das Escrituras
que dEle testificou (Sl 16.10; Lc 24.44-46; At 2.31); d) é a evidência de que
Jesus nos outorgou a vida espiritual através do Espírito Santo (Jo 20.22; 1Co
15.2,5); e) é a garantia de posse da vida eterna com Cristo após o
arrebatamento (Jo 14.3; 1Ts 4.14-17; 1Pe 1.3-5); f) é a constatação da presença
de Cristo em nossa vida (Gl 2.20; Ef 1.18-20; Fp 1.21). Após a assunção de
Cristo aos céus em seu corpo glorificado dois anjos aparecem aos discípulos
afirmando que Ele um dia voltaria para buscar o seus. Assim, se cremos em tudo
isso devemos pregar a vinda de Jesus, orar pela vinda de Jesus, amar a vinda de
Jesus e crer na vinda de Jesus.
Nós
como crentes temos o dever de:
1-
Pregar a vinda de Jesus (2Tm 4.2);
2-
Orar pela vinda de Jesus (1Pe 4.7);
3-
Devemos amar a vinda de Jesus (2Tm 4.8);
4-
Devemos crer na vinda de Jesus (1Ts 4.14).
2 - A ESPERANÇA DO ARREBATAMENTO
Jesus
fez uma promessa aos Seus discípulos: “Eu vou, mas tornarei a vós’: Desde então
nosso coração arde em esperança, pois almejamos estar “sempre com o Senhor”
[1Ts 4.17]. É uma esperança que transcende a compreensão humana e traz a
motivação para a prática da vida cristã diária: “Vigiai, pois, porque não
sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir’ [Mt 25.13].
Comentário adicional:
Como
mencionado neste tópico, Jesus Cristo fez a promessa de que um dia voltará para
buscar aqueles que se encontram fiéis à Sua Palavra. Por isso, diante da
expectativa do arrebatamento, somos impulsionados a viver uma vida consagrada e
em constante vigilância espiritual. Se Jesus pode voltar a qualquer momento, é
fundamental estarmos preparados para esse encontro glorioso. Em 1
Tessalonicenses 5:6, está escrito: “Por isso, não durmamos, como os demais, mas
vigiemos e sejamos sóbrios”. Nessa passagem, somos avisados a nos manter
sempre alertas, sendo vigilantes e sóbrios.
Por
que a preparação é tão importante?
· Certeza da salvação:
A preparação constante reforça nossa fé na salvação em Cristo e nos motiva a
aprofundar nosso relacionamento com Ele.
· Vida em santidade:
A expectativa do arrebatamento nos leva a buscar uma vida cada vez mais santa e
em conformidade com a vontade de Deus.
· Evangelismo:
A consciência de que Jesus pode voltar a qualquer momento nos impulsiona a
compartilhar o Evangelho com aqueles que ainda não o conhecem.
· Vigilância espiritual:
A preparação nos mantém vigilantes espiritualmente, atentos aos sinais dos
tempos e prontos para a vinda do Senhor.
2.1. Promessas do arrebatamento.
Ele
prometeu voltar uma segunda vez para levar a Igreja: “Assim também Cristo,
oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez,
sem pecado, aos que o esperam para a salvação.” [Hb 9.28]. Assim como Rebeca
foi ao encontro do noivo “no campo; a Noiva adornada pelo Espírito Santo subirá
ao encontro de Cristo: “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
estaremos sempre com o Senhor:’ [1Ts 4.17].
Comentário adicional:
Na
casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou
preparar-vos um lugar. E, quando eu for e vos preparar um lugar, virei outra
vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também
(Jo 14.2-3). Nessa passagem bíblica do evangelho de João, muito conhecida dos
cristãos, o Senhor Jesus afirma aos seus discípulos que iria preparar um lugar
e que voltaria para buscar os Seus. Desde então, aqueles que são
verdadeiramente de Cristo esperam ansiosos por Sua volta. No versículo 15 do
mesmo capítulo, Ele afirma que quem o ama guardará os Seus mandamentos. Todos
os que forem salvos pela fé em Cristo não serão deixados para trás no
arrebatamento. Precisamos ser salvos como as cinco virgens prudentes da
parábola de Jesus, que estão prontas para a vinda do noivo; elas têm suas
lâmpadas preparadas, acesas e cheias de óleo – um símbolo do Espírito Santo (Mt
25.1–13).
2.2. Como será o arrebatamento.
Em
relação à volta do Senhor Jesus, a única unanimidade que há entre os teólogos é
que ela acontecerá: “Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não
necessitais de que se vos escreva” [1Ts 5.1]. Este acontecimento está
prefigurado no Antigo Testamento, por exemplo através de Enoque: “E andou
Enoque com Deus; e não se viu mais, porquanto Deus para si o tomou.” [Gn 5.24].
O apóstolo Paulo nos instrui sobre este dia glorioso: “Porque o mesmo Senhor
descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e
os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos
vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor
nos ares, e assim estaremos sempre como Senhor” [1Ts 4.16-17].
Comentário adicional:
Em
suas cartas paulinas, o apóstolo Paulo nos oferece um vislumbre de como será o
arrebatamento de sua Igreja por Jesus Cristo. Esse evento, tão aguardado pelos
fiéis cristãos com grande expectativa, será glorioso e inesperado, ocorrendo
conforme a imagem que podemos construir a partir dos escritos do apóstolo
Paulo.
O
que Paulo nos diz sobre o arrebatamento:
· Um evento repentino e inesperado:
Paulo compara o arrebatamento com o ladrão que vem à noite (1 Tessalonicenses
5:2). Isso significa que não saberemos o dia nem a hora exatos em que ocorrerá.
· A reunião com o Senhor nos ares:
Os cristãos serão arrebatados para encontrar o Senhor nos ares (1
Tessalonicenses 4:17). Essa reunião será um momento de grande alegria e júbilo.
· A transformação dos corpos:
Nossos corpos mortais serão transformados em corpos gloriosos e imortais,
semelhantes ao corpo glorioso de Cristo ressuscitado (1 Coríntios 15:51-52).
· A ressurreição dos mortos em Cristo:
Aqueles que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro e, juntamente com os
vivos, serão arrebatados para encontrar o Senhor.
Características
do arrebatamento:
· Instantâneo:
Acontecerá em um piscar de olhos, de forma rápida e inesperada.
· Global:
O arrebatamento envolverá todos os cristãos verdadeiros, de todos os tempos, em
qualquer lugar do mundo.
· Glorioso:
Será um momento de grande alegria e triunfo para os crentes.
·Misterioso:
Embora a Bíblia nos dê algumas pistas, muitos detalhes sobre o arrebatamento
permanecem um mistério.
2.3. Resultado do arrebatamento.
Teremos
nossos corpos glorificados: “Porque convém que isto que é corruptível se
revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da
imortalidade.” [1Co 15.53]. Entraremos para as mansões celestiais preparadas
por Cristo desde a fundação do mundo. Desfrutaremos de paz e prazer! Morte,
choro, dor, nunca mais: “E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não
haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras
coisas são passadas.” [Ap 21.4]. “Assim como é o veremos” [1Jo 3.2].
Comentário adicional:
Conforme
já visto em tópicos anteriores, o arrebatamento ocorrerá de forma repentina, em
um momento em que ninguém espera (Mt 25.13; 1Ts 5.1-3). Será uma reunião que
acontecerá nos ares, onde os cristãos fiéis de todos os tempos serão revestidos
de corpos incorruptíveis, à semelhança de Cristo: primeiro os que já morreram e
depois os que estão vivos (1Ts 4.17; 1Co 15.51-52). Após o arrebatamento, os
cristãos viverão eternamente na presença de Deus, em um estado de perfeita
felicidade e paz. A expectativa do arrebatamento nos motiva a viver uma vida
santa e agradável a Deus, buscando sempre sermos fiéis a Cristo. Mesmo que
morramos antes do arrebatamento, já teremos o nosso encontro individual com
Cristo. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o
Senhor” (Hb 12.14). A expectativa do arrebatamento nos motiva a viver uma
vida consagrada a Deus, buscando a santidade e compartilhando o amor de Cristo
com o mundo.
3 - A RECOMPENSA DA ESPERANÇA
Temos
a serena certeza de que andando em obediência e, segundo as suas mui ricas
misericórdias, desfrutaremos das recompensas. Paulo disse que a obra de cada
crente vai ser provada pelo fogo: “Se a obra que alguém edificou nessa parte
permanecer, esse receberá galardão:’ [1Co 3.14]. A nossa esperança é o
combustível para nossa perseverança. É ela que nos leva a viver em labor de
amor, com muitas fadigas e aborrecimentos. Temos uma esperança superior: “Sê
fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” [Ap 2.10].
Comentário adicional:
Irmãos,
sabemos que a recompensa pela fidelidade é uma promessa divina para aqueles que
amam a Deus e se esforçam para viver uma vida justa e piedosa. As Escrituras
nos ensinam que a fidelidade não é apenas um dever, mas um privilégio que nos
leva a uma vida mais plena e significativa. As promessas de recompensa por
nossa fidelidade nos motivam e nos dão forças para continuarmos seguindo a
Cristo, mesmo quando tudo parece difícil e desafiador. São as promessas de
galardão que nos ajudam a superar as dificuldades, enfrentar as provações com
fé e esperança, e nos motivam a continuar servindo aos outros e fazendo a
diferença no mundo. “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para
o Senhor e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da
herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo” (Cl 3.23-24).
3.1. Gozo e alegria na vida presente.
O
princípio da esperança se estende até a eternidade, mas também pode nos amparar
nos desafios cotidianos desta vida. O salmista disse: “Bem-aventurado aquele
que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no Senhor,
seu Deus” [S1 146.5]. Com esperança, temos alegria na vida. Podemos exercer a
paciência e suportar aflições com a firme certeza de que um dia descansaremos
de todas elas: “Bom é o Senhor para os que se atém a ele, para a alma que o
busca. Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor” [Lm
3.25-26].
Comentário adicional:
Bendito
seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande
misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de
Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança que não pode ser destruída, que
não fica manchada, que não murcha e que está reservada nos céus para vocês
(1Pe 1.3-4). Nessa passagem bíblica, o apóstolo Pedro, inspirado pelo Espírito
Santo, nos informa que os cristãos que forem cumpridores dos mandamentos de
Deus têm uma herança garantida que não pode ser destruída. Por isso, devemos
ter grande alegria e gozo em servir fielmente ao Senhor. Ele nos incentiva a
permanecermos firmes nos caminhos do Senhor e a suportarmos as várias tentações
e perseguições, alegrando-nos com gozo inefável. Mesmo sem tê-lo visto,
vocês o amam. Mesmo não o vendo agora, mas crendo nele, exultam com uma alegria
indescritível e cheia de glória, obtendo o alvo dessa fé: a salvação da alma
(1Pe 1.8-9).
3.2. Reinar com Cristo.
A
redenção consumada por Jesus Cristo fez com que os que estão em Cristo sejam
designados, dentre outros, como “o sacerdócio real” [1Pe 2.9]. Aponta para a
natureza real, pois serve ao Rei dos reis e, assim, participa da Sua natureza
real. Tal verdade é corroborada em Apocalipse 1.5-6, que expressa o resultado
da perfeita redenção operada por Jesus Cristo: “E nos fez reis e sacerdotes
para Deus” Somos participantes da realeza de Cristo [Ap 5.10; 20.4, 6; 22.5].
Tal verdade revelada sobre a identidade do povo que foi resgatado e pertence a
Deus deve conduzir-nos a um viver em gratidão, adoração, santificação, ação
evangelizadora, expectativa quanto à vinda plena do Reino: “Venha o teu reino”
[Mt 6.10]. Pois “ainda não é manifestado o que havemos de ser” [1Jo 3.2].
Comentário adicional:
Em
2 Timóteo 2.11-12, o apóstolo Paulo afirma que, se nos unirmos fielmente a
Cristo e às Suas verdades e caminhos, com certeza seremos recompensados no
outro mundo. Para isso, devemos estar mortos para este mundo e seus prazeres,
abrindo mão dos proveitos e honras dele, sendo chamados a sofrer por Ele. Não
perderemos ao servir ao Senhor Jesus; em recompensa, iremos morar com Ele no
céu. Por nossa fidelidade, quem sofreu com Cristo na terra e não o negou será
recompensado e se tornará participante de Seu reino no céu. Seremos cidadãos do
reino de Deus e viveremos eternamente com nosso Rei, Jesus Cristo. Está escrito
também na Bíblia que haverá um milênio, um período de mil anos em que Cristo
reinará sobre a terra. Os cristãos fiéis terão o privilégio de participar desse
reino e reinar juntamente com Cristo. Por tudo isso, conforme dito neste
tópico, devemos ser sempre gratos por essa grande oportunidade que Deus nos
concedeu e, com muita alegria, adorar a Deus, buscando sempre a nossa
santificação e exercendo a obra evangelizadora que nos foi proposta.
O
que significa reinar com Cristo?
•
Participar da glória de Cristo: Teremos a honra de compartilhar da glória e do
poder de Cristo.
•
Governar com Cristo: Reinaremos com Cristo sobre a nova criação, participando
de Seu governo.
•
Desfrutar de uma comunhão perfeita com Deus: Teremos um relacionamento íntimo e
perfeito com Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Condições
para herdar a vida eterna e reinar com Cristo:
•
Fé em Jesus Cristo: A fé em Jesus como Salvador é o único caminho para a vida
eterna.
•
Obediência à Palavra de Deus: A obediência à Palavra de Deus demonstra nossa fé
e nos prepara para o reino de Deus.
•
Santificação: A busca pela santificação é um processo contínuo que nos aproxima
de Deus e nos prepara para o céu.
3.3. A manifestação futura.
O
texto de Colossenses 3.1-4 é pertinente quanto ao caráter escatológico da
esperança dos que estão em Cristo. Ao mesmo tempo que o nascido de novo já
expressa no dia a dia uma conduta coerente com o fato de viver em novidade de vida,
também vive na expectativa da plenitude que há de se manifestar na vinda de
Jesus da nova vida que já começou. Esta segunda vinda do Senhor, como expressou
Russell Shedd (Epístola da Prisão, Vida Nova, 2005, p. 262) “marcará o dia da
revelação da verdadeira natureza dos filhos de Deus. Aparecerão com Cristo [1Ts
4.14] revestido de sua glória, dando, assim, a última confirmação da verdade de
que quem tem Cristo como Salvador e Senhor possui tanto quanto aquele que tem a
Jesus e, também, o mundo todo”.
Comentário adicional:
Nós,
a partir do momento em que aceitarmos a Jesus Cristo, devemos nascer de novo e
morrer para o mundo, necessitando ter uma vida alinhada com os ensinamentos Bíblicos.
De fato, aqueles que aceitaram a Jesus Cristo como Salvador foram regenerados
pelo Espírito Santo e possuem uma nova natureza, que os impulsiona a viver uma
vida coerente com a Palavra de Deus. Após o novo nascimento, devemos morrer
para a velha natureza pecaminosa e deixar o modo de vida mundano. Assim, essa
morte espiritual para o mundo é seguida de uma ressurreição para uma nova vida
em Cristo. De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte, para
que, assim como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai,
andemos nós também em novidade de vida (Rm 6.4). Portanto, neste mundo
presente, devemos dar testemunho de que somos novas criaturas nascidas de novo,
vivendo neste mundo, mas não pertencendo a ele. Aguardamos a manifestação de
Jesus Cristo em Sua própria glória e na glória do Pai, para que, junto com Ele,
surjamos em glória e vivamos em nosso novo lar, reinando com Ele eternamente.
Esse deve ser o nosso desejo e esperança. Edifiquem-se, porém, amados, na
santíssima fé que vocês têm, orando no Espírito Santo. Mantenham-se no amor de
Deus enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve
para a vida eterna (Jd 1.20-21).
CONCLUSÃO
As
verdades do evangelho fundamentam de forma segura e inabalável que Jesus Cristo
é a base da esperança cristã. O apóstolo Pedro fala da “firme e viva esperança”
[1Pe 1.3]. Quando temos esperança, confiamos nas promessas de Deus, e a vida
eterna em Cristo é maior entre todas elas.
Comentário adicional:
Como
cristãos, devemos confiar plenamente nas promessas de vida eterna prometidas
por Deus. Além disso, a ressurreição de Jesus é a prova definitiva de Sua
divindade e de Seu poder sobre a morte. Portanto, por causa da ressurreição,
temos a certeza da vida eterna. O Espírito Santo de Deus, que vive em nós, nos
dá o testemunho interior da verdade do evangelho, dando-nos a certeza da
salvação e nos impulsionando a viver uma vida piedosa e coerente com os
mandamentos de Cristo. “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a
palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido,
fostes selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é o penhor da nossa
herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória”
(Ef 1.13-14).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ø Revista
Betel Dominical, adultos, 3º Trimestre de 2024, ano 34, nº 132. A relevância da
Igreja, sua essência e missão: reafirmando os fundamentos, a importância do
compromisso com a palavra de Deus, a adoração sincera e o serviço autêntico,
segundo os preceitos de Jesus Cristo. Lição 13 – A relevância e esperança da
volta de Cristo para a Sua Igreja;
Ø
Bíblia de Estudo Nova Almeida Atualizada
(NAA) – Edição Revista e Atualizada 2017;
Ø
Bíblia de Estudo Matthew Henry – 1ª
Edição: marco de 2004 – Editora Central Gospel.
SITES PESQUISADOS:
Ø https://gemini.google.com/app/aa842479cbea1ba6
Ø https://www.bibliaon.com/volta_de_jesus/
Ø https://cds.org.br/a-intimidade-de-jesus-com-o-pai-pr-glaber-leitao-encontro-de-fe/
Ø https://www.evangelhodagraca.com/single-post/a-ascensao-de-cristo-e-promessa-de-sua-vinda
Ø https://www.gotquestions.org/Portugues/levado-Arrebatamento.html
COMENTARISTA DA LIÇÃO
Diácono Carlos Cezar - ADTAG 316 – Samambaia Sul - DF
Muito bom irmão Dênis, ótimos comentários como sempre. Deus continue abençoando.
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