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 O ESPÍRITO SANTO E O ARREBATAMENTO DA IGREJA

Lição 13 – 25 de dezembro de 2022

TEXTO ÁUREO
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Apocalipse 3.13

VERDADE APLICADA
Podemos confiar que o Espírito Santo, como nosso Consolador, continuará operando em nós, nos ajudando e avivando a esperança pela volta de Jesus Cristo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar o que é a regeneração;
Mostrar a importância da santificação para o cristão;
Conscientizar acerca do arrebatamento da Igreja.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
1 TESSALONICENSES 4
13. Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
14. Porque, se cremos que Jesus e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus o tornará a trazer com ele.
15. Dizemos-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
16. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com a voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. 

Comentário Adicional
Para preparar-nos para a vinda do Senhor, precisamos vigiar, orar e colocar nossa casa em ordem. Hoje, no mundo, acontecem muitas coisas que indicam que o grande dia do Senhor se aproxima, o dia em que o Redentor voltará para estabelecer Seu reino em retidão, em preparação para Seu reinado milenar.

1. O Espírito Santo na vida da Igreja
O Espírito Santo, prometido por Jesus em João 14.16, está atuante no corpo de Cristo. Jo 14.16 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.” Revestindo de poder, Concedendo dons espirituais, guiando o povo de Deus em toda a verdade, produzindo o fruto com as qualidades do caráter de Cristo e preparando, despertando e alertando o povo de Deus quanto a necessidade de aguardar a “bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo”. Tt 2.13 “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo.”

1.1- Evidências de uma Igreja que está se preparando para o arrebatamento
Aqui somos direcionados para Igreja dos tempos apostólicos, pois vemos em Atos e nas Epístolas características que marcaram aquela geração. Foi uma geração marcada pelo revestimento de poder; intenso comprometimento com a proclamação da Palavra de Deus; expectativa quanto a segunda vinda de Jesus; pela ênfase no estudo quanto a perseverança, testemunho de vida, santificação e cultivo de virtudes cristãs. O autor conclui que é nas Escrituras Sagradas que devemos buscar a identificação que deve prevalecer na atual geração do povo de Deus que está se preparando para o arrebatamento.

Comentário Adicional:
O autor cita Pastor Antônio Gilberto: Estamos vivendo uma profunda estiagem nessas últimas décadas. Is 44.3 “Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua”. Existem muitas mãos mirradas dentro das igrejas. Lc 6.6-11: “E aconteceu também noutro sábado, que entrou na sinagoga, e estava ensinando; e havia ali um homem que tinha a mão direita mirrada. E os escribas e fariseus observavam-no, se o curaria no sábado, para acharem de que o acusar. Mas ele bem conhecia os seus pensamentos; e disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te, e fica em pé no meio. E, levantando-se ele, ficou em pé. 9 Então Jesus lhes disse: Uma coisa vos hei de perguntar: É lícito nos sábados fazer bem, ou fazer mal? salvar a vida, ou matar? 10 E, olhando para todos em redor, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele assim o fez, e a mão lhe foi restituída sã como a outra. E ficaram cheios de furor, e uns com os outros conferenciavam sobre o que fariam a Jesus.”

Mas o mesmo Jesus que entrou na sinagoga e mandou o homem estender a mão ressequida, continua entrando em nossas igrejas para fazer milagres semelhantes. O derramamento do Espírito restaura os homens de vidas secas, mudando completamente nossa igreja. O céu pode estar claro, sem prenúncio de chuva, e Elias ajoelhado no cume do monte Carmelo, vislumbram uma nuvem do tamanho da palma de uma mão, anunciando a chuvas torrenciais do Espírito. I Rs 18.44 “E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então disse ele: Sobe, e dize a Acabe: Aparelha o teu carro, e desce, para que a chuva não te impeça.”

1.2- A Igreja cheia do Espírito Santo
O batismo no Espírito Santo não elimina a necessidade de a igreja buscar uma constante renovação. O autor adverte não encontramos ensino no Novo Testamento de que uma vez cheio do Espírito, sempre estará cheio. At 4.8,31;13,9 “Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Principais do povo, e vós, anciãos de Israel, E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. Todavia Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele,”.

Paulo exortou a Igreja “enchei-vos do Espírito”

Ef 5.18 “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;”. Não podemos desprezar o preparo concedido pelo Espírito Santo ao longo da caminhada cristã estimulando: Mente, Coração e Vontade. Faz diferença em todas as áreas da vida como podemos observar em: Ef 5.19 “Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração;”

Ef 6.1-9 “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor. Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens. Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre. E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o SENHOR deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas.”

Comentário Adicional
O autor enfatiza que devemos ter em mente que é a ação do Espírito Santo que santifica a Igreja. A presença do Espírito Santo na Igreja é o seu crescimento de maneira saudável. Esta atuação Espírito faz que a igreja preserve sua essência e se mantenha santa e pura. Sem agir do Espírito Santo a Igreja já teria cedido aos ataques do mundo e do império das trevas. A Igreja recebeu a missão de Cristo e junto o Paracleto, o capacitador divino com a finalidade de ajudar exortar, consolar e encorajar.

1.3- O Espírito Santo protege a Igreja que vive a expectativa do arrebatamento
Jesus recomendou aos discípulos que não iniciasse qualquer obra, sem antes tivessem recebido o Espírito Santo.
At 1.4-5 “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.” Jesus cumpre a Sua promessa de que não deixaria órfãos Seus seguidores. Jo 14.16-17 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” O Espírito encheu a vida dos discípulos para eles receberem ousadia para pregar a Palavra de Deus e preparar a Igreja para estar eternamente com o Nosso Senhor nos céus.

Comentário Adicional
O autor cita Pastor Willian Barros: O Espírito Santo tem um papel vital na vida e existência da Igreja de Cristo. Sem o Espírito Santo a igreja seria meramente um clube ou mais uma agremiação. Ele é o consolador que nos dá poder para fazer a obra de Cristo neste mundo e ao mesmo tempo prepara a Noiva para arrebatamento.

2. O Espírito Santo: o Consolador inseparável da Igreja
Após ascensão de Jesus, os discípulos aguardaram em oração, o cumprimento da promessa de que seriam revestidos de poder, pelo Espírito Santo. A partir da descida do Espírito Santo em Atos 2 e após a primeira pregação, muitos se convertem, são batizados e tem início a organização de várias igrejas locais. Assim tem sido até os dias de hoje.

2.1- O Espírito Santo faz a Igreja ser reconhecida por seu amor
O autor comenta que a igreja precisa estar atenta aos registros no Novo Testamento, procurando aplicar os princípios ali expostos sobre sua atuação neste mundo. O adverte que o esfriamento do amor e o cuidado de ser evitado pela igreja que espera pela vinda do Senhor. I Ts 4.13-18 “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemos-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” Pelo Espírito que Deus tem derramado, a Igreja tem sido atuante e se desenvolvido. E o autor diz que se agirmos como a Igreja de Atos dos Apóstolos fazendo o uso do amor; Deus fará a Igreja crescer e florescer e seremos uma igreja saudável, uma igreja cheia do Espírito Santo.

Comentário Adicional
O autor cita Atos que evidência o nascimento da Igreja pentecostal cheia de amor e cuidado por todos. Na Igreja primitiva todos eram constantes, seguiam aos ensinamentos dos apóstolos e viviam um amor cristão: Partindo o pão juntos; Fazendo orações; Participando das refeições com alegria e humildade e por sua entrega, esta Igreja era estimada por todos. É importante ressaltar que demonstrar o amor é um mandamento, portanto é uma decisão que deve ser tomada por nós diariamente.

2.2- O Espírito Santo gera esperança aos crentes de um futuro glorioso
A esperança de encontrar com Cristo é essencial para a vida do Crente. Paulo diz que se esperarmos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. I Co 15.19 “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” É preciso do auxílio do Espírito Santo para nos ajudar a esperar por algo que não vemos. Rm 15.13 “E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou.” O Espírito Santo nos faz acreditar que Cristo cumprirá o que disse que preparará um   lugar para estarmos juntamente com Ele. Jo 14.2 “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.” A esperança que temos é que Ele voltará para nos buscar.

Comentário Adicional
O autor cita Esequias Soares: As profecias do Antigo Testamento apontam para dois eventos:

1- A aparição de Jesus como homem para realizar a grande obra da redenção

2- No fim dos tempos, escatológica, que envolve o arrebatamento da Igreja e a sua vinda.

Os profetas Isaías, Ezequiel, Zacarias, e outros anunciam essas promessas.

Daniel Berg termina com o “breve voltara” que diz respeito ao arrebatamento da igreja.

2.3- É o Espírito Santo quem opera a regeneração
A Palavra regeneração remete: A nascer de novo, A nascer do Espírito, Estar em Cristo, se tornar uma nova criatura. Jo 3.36 “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” 2Co 5.17 “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

A regeneração é a atuação divina que proporciona: Um novo coração no homem transformando-o em nova criatura. O grande trabalho do Espírito é a primeira obra de regeneração na vida do homem. Nem todos atendem esse chamado para fazer parte do reino de Deus é necessário tornar-se uma nova criatura e nascer do Espírito.

Comentário Adicional
O autor cita Dicionário Bíblico Wyclife: “A regeneração afeta sua natureza: Moral, Espiritual e que as transforma. A justificação remove a culpa; A regeneração remove a atrofia espiritual, ela passa da morte espiritual para a vida espiritual. A justificação traz: Perdão dos pecados; A regeneração, a renovação da vida espiritual com a finalidade que o indivíduo passa atuar como filho de Deus.”

3. Sem santificação ninguém verá o Senhor
Entristecemos o Espírito que reside em nós quando atuamos de forma adversa aos ensinamentos da palavra de Deus. Dentre seus múltiplos ensinamentos, somos orientados a nos santificar. Hb 12.14 “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” Neste processo, santificar-se e abster-se de pecar pela atuação do Espírito Santo, para servir ao Senhor.

3.1- A santificação prepara a Igreja para o arrebatamento
Paulo consciente da proximidade da vinda de Cristo em Gálatas adverte a andar em Espírito e não praticar a concupiscência da carne, Gl 5.16 “Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.” Apoiado na fé e crendo no Espírito Santo está preparando um povo (igreja) para as bodas do Cordeiro. Em sua carta a Tessalônica, Paulo afirma que Deus nos escolheu para salvação mediante a santificação do Espírito.

Comentário Adicional
O autor cita o Pastor Willian Barros: Em relação ao arrebatamento da Igreja o Espírito Santo desempenha um papel vital, sendo o “outro Consolador”, está preparando, guiando, operando até o dia da volta de Cristo. Rm 8.11 “E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.” Rm 8.14-17 “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e coerdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” Ef 1.14 “O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória.” Adverte sobre o perigo de entristecer o Espírito Santo. Ef 4.30 “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.” E faz uma analogia com o mordomo Eliézer, que preparou uma noiva para Isaque, o Espírito Santo prepara a nova de Cristo para seu encontro com o noivo nos dias do arrebatamento. (Genesis 24).

3.2- A Noiva deve permanecer pura e imaculada a espera do Noivo
No novo testamento Cristo é o noivo e a igreja a noiva. O noivo não vai voltar para uma noiva: Infiel, Ineficaz com pecado convivente que perdeu a sua pureza, zelo e presença do Espírito. Paulo usa este símbolo em sua carta aos Efésios no capítulo cinco. Cristo voltará para uma noiva: Distinta, fervorosa, afetuosa e santa. Desse modo a noiva se reunirá ao Esposo e essa oficial “cerimônia de casamento”, será realizada e, então, estaremos para sempre com o Senhor. I Ts 4.17 “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”

Comentário Adicional
O autor cita Warren Wiersbe: Cristo entregou-se pela igreja da mesma forma que o marido entrega-se por amor, a esposa. Jacó amava tanto Raquel que se sacrificou 14 anos de trabalho para ter como esposa. O verdadeiro amor cristão “não procura os seus próprios interesses”, não é egoísta. I Co 13.5 “Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal”.

3.3- Será arrebatado o crente que estiver em comunhão com o Espírito Santo
Se desejarmos ser participantes do arrebatamento da igreja, precisamos antes uma comunhão diária com o Espírito Santo. Comunhão do Espírito tem a ver com a nossa salvação e vida com Deus. Paulo registrou a importância desta da comunhão com todos. 2 Co 13.13 “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.”

Comentário Adicional
O autor cita o Pastor César Roza de Melo: O conceito de arrebatamento é que todos os cristãos que estiverem em plena comunhão com Deus serão, repentinamente e instantaneamente tirados desta terra e levados para o céu. O verbo “arrebatar” (do grego, harpazo) significa: Tirados com violência; Indicando que não haverá tempo para tomar decisão ou pedir perdão. Paulo diz que acontecerá “num momento” do grego, átomos, ou seja, em um momento indivisível do tempo, num abrir e fechar de olhos. I Co 15.52 “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.”



Pr Éder Santos - ADTAG SEDE

Mestre em Teologia, Graduado em Teologia

Pós-graduado em Hermenêutica

Especialização em Filosofia da Religião

 

 

 O FRUTO DO ESPÍRITO EM RELAÇÃO AO SEU PORTADOR

Lição 12 – 18 de dezembro de 2022

TEXTO ÁUREO
“Os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.” Romanos 8:5

VERDADE APLICADA
A única maneira de o discípulo de Cristo não dar lugar à carne é permitir que o Espírito Santo desenvolva o fruto em sua vida.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar a necessidade de crescermos na fé;
Destacar o valor da mansidão na vida do Cristão;
Mostrar a importância da temperança.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Gálatas 5
25. Se vivemos em Espírito, andemos também no Espírito.
Efésios 4
22. Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano,
23. E vos renoveis no Espírito do vosso sentido,
24. E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.

COMENTÁRIO ADICIONAL

INTRODUÇÃO
Prezados irmãos, graça e paz de nosso Senhor e Salvador Jesus! Na presente lição, daremos continuidade aos estudos acerca do fruto do Espírito Santo, cujas qualidades estão elencadas em Gl 5:22-23. Na semana passada, vimos 6 das 9 características do fruto do Espírito. Agora, veremos as 3 últimas: fé, mansidão e temperança. Essas características do fruto são em relação ao crente que as possui, sendo de fundamental importância para nossas vidas, no nosso dia a dia, nosso convívio com o próximo. Lembrando que o fruto do Espírito é manifesto em todos os crentes que realmente nasceram de novo, abandonaram a antiga vida pecaminosa, tiveram um encontro real e sincero com Cristo. Apesar disso, pode acontecer que um ímpio manifeste uma ou outra qualidade do fruto. Por exemplo: um ladrão, por mais que viva em iniquidade, pode ter amor. Contudo, neste mesmo exemplo, não há possibilidade de haver fé, mansidão, alegria, paz, benignidade, bondade. Nunca todas as nove características do fruto se manifestam em um ímpio, pois, como o nome diz, é o fruto do Espírito Santo, sendo um pré-requisito a habitação de Deus no coração da pessoa, coisa que um ímpio não tem, enquanto não se arrepender dos seus pecados e crer em Jesus. Em contrapartida, uma pessoa que tem Deus em seu coração, manifesta todas as nove características, sendo necessário regar esse fruto diariamente, com muita oração, leitura e meditação na Palavra, jejum, comunhão com os irmãos, enfim, buscar viver em santidade.

1. O fruto da fé
Irmãos, essa característica do fruto do Espírito não pode ser confundida com o dom do Espírito Santo, em 1Co 12:9. Tampouco se trata da fé salvífica, como aparece em diversos trechos bíblicos, em 1Pe 1:9, por exemplo. Então o que seria essa característica do fruto do Espírito? Bom, devemos sempre observar o contexto, pois, como dito, uma mesma palavra pode expressar diversos significados a depender do contexto. A palavra fé, aqui na lista de Gl 5:22-23, é mais bem compreendida como sinônimo de “fidelidade” ou “lealdade”, pois estão diretamente ligadas às características do fruto anteriormente vistas: bondade e benignidade. Com isso, podemos perceber, pelo contexto, que a palavra fé não se trata da fé salvífica ou o dom do Espírito, visto em lições anteriores. Apesar disso, gostaria de deixar claro para os irmãos que a tradução “fé” está correta. Contudo, algumas traduções da Bíblia são melhores que essa, pois já consideram o contexto que abordei. Compare, por exemplo, a versão NAA (Nova Almeida Atualizada) com a ACF (Almeida Corrigida Fiel). A NAA já traz a tradução “fidelidade”, enquanto a ACF está escrita “fé”. A palavra grega “pístis” é a mesma, podendo ser traduzida dessas formas. Ainda sobre contexto, percebe-se que os irmãos daquela comunidade cristã, da Galácia, estavam com problemas de fidelidade. Não só em relação à Paulo, mas com o Evangelho. Então Paulo vai argumentar nesse sentido: todos os verdadeiros cristãos têm como característica a lealdade, fidelidade em nosso Senhor Jesus.

1.1 A fé como fruto do Espírito nos faz confiar em Deus
Levando em consideração a tradução “fidelidade”, vou abordar este tópico dessa forma, ao invés de “fé”, tudo bem? Como dito no tópico anterior, alguns irmãos da Galácia estavam com sérios problemas de fidelidade. Veja: “Estou muito surpreso em ver que vocês estão passando tão depressa daquele que os chamou na graça de Cristo para outro evangelho,” (Gálatas 1:6). Paulo fica triste, pois havia poucas pessoas fiéis ali, o que traz diversos problemas, dos quais, o principal é a condenação. Sendo assim, Paulo vai discorrendo a respeito da verdadeira doutrina cristã, para relembrar aos irmãos daquela comunidade, que já foram instruídos pelo próprio Paulo. Outro ponto interessante a se destacar é o fato de que a fidelidade a Deus nos leva a sermos fiéis também a outras pessoas. A lição nos traz exemplos de José, Mardoqueu e Daniel. Todos esses grandes homens se mantiveram fiéis aos seus senhores, se sujeitaram às suas autoridades, as quais foram simples homens (pecadores e ímpios, inclusive). Isso evidencia a presença do Espírito Santo na vida daqueles homens, pois eles tinham tudo para “chutar o pau da barraca” e ignorarem completamente os princípios que Deus os ensinou e ainda prejudicarem, de certa forma, seus senhores. Veja, por exemplo, o caso de José: Assim, depois de algum tempo, a mulher de Potifar pôs os olhos em José e lhe disse: — Venha para a cama comigo. Ele, porém, recusou e disse à mulher do seu dono: — Escute! O meu senhor não se preocupa com nada do que existe nesta casa, porque eu estou aqui; tudo o que tem ele passou às minhas mãos. Não há ninguém nesta casa que esteja acima de mim. Ele não me vedou nada, a não ser a senhora, porque é a mulher dele. Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus? (Gênesis 39:7-9) Fica evidente aqui a fidelidade de José: ele repudiou a ideia de pecar contra Deus, e cometer a maldade com o senhor dele, em ato de adultério. Foi muito melhor ser preso a cometer tais atrocidades. Também devemos ser assim! Como está sua fidelidade para com seus amigos de trabalho? E da faculdade? E na igreja? Sejamos fiéis a Deus, em primeiro lugar. Em consequência disso, a nossa fidelidade às pessoas será natural, e jamais prejudicaremos as pessoas ao nosso redor com calúnias, fofocas, discussões, negócios vantajosos financeiramente etc.

1.2 A fé como fruto do Espírito nos capacita a permanecer em Cristo
Ainda com o exemplo de José em mente, veja que a fidelidade dele a Deus foi suficiente para que ele não pecasse e não desonrasse o seu senhor, Potifar. A sua fidelidade o capacitou a permanecer firme em Deus, sendo capaz de andar em santidade, preferindo ser preso ou até mesmo morto, a cair nos desejos da carne. Quanto a nós, nos dias de hoje, devemos também olhar para esses grandes exemplos de fidelidade e nos inspirar a permanecer firmes em Cristo. Ainda que soframos tribulações ou ameaças, nossa fé está firmada na rocha inabalável, nosso Senhor Jesus. Veja: Não tenha medo das coisas que você vai sofrer. Eis que o diabo está para lançar alguns de vocês na prisão, para que vocês sejam postos à prova, e passem por uma tribulação de dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida. (Apocalipse 2:10) Ser fiel ao nosso Deus é por amor a Ele, ao que Ele fez por nós, pela sua infinita graça e misericórdia. É isso que nos motiva a permanecer fiel em Cristo, ainda que soframos coisas terríveis aqui na Terra, jamais podemos negar a Cristo. A perseverança é fundamental.

1.3 A fé como fruto do Espírito nos faz suportar as dificuldades
Como dito no tópico anterior, não importa a dificuldade que seja imposta a nós, a nossa fidelidade a Deus é tamanha que suportaremos. Como o apóstolo Paulo disse: Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro. (Filipenses 1:21) Que maravilha fosse se todos os cristãos pensassem assim. Aqui na Terra, a morte significa o fim de tudo. Para os incrédulos, significa uma coisa terrível, pois não há nada além da morte. Para nós, é só um “até breve”, pois estamos aguardando o grande e terrível dia do Senhor. Grande para nós, terrível para os ímpios. Partiremos para a eternidade, estaremos contemplando a face do nosso mestre, finalmente. Então, como suportaremos as dificuldades dessa vida? Com a bendita esperança da ressureição dos mortos, mantendo a fidelidade ao nosso Deus, perseverando até o fim. É isso que nos consola, é por isso que vivemos: para a glória de Deus.

2. O fruto da mansidão
A mansidão não é sinônimo de fraqueza. Também não significa que o crente tem que ser “besta”, um ignorante, um ser totalmente passivos que aceita tudo. Não é isso! A mansidão é uma característica do crente que pensa muito bem antes de falar, que não deixa a ira tomar conta de si, que age de forma cautelosa e com tranquilidade. Mansidão é o oposto da raiva, da agressividade, da violência. Sermos gentis uns com os outros nos faz mais parecidos com Cristo, e as pessoas podem ver a glória de Deus em nós.

2.1 Apenas o fruto do Espírito pode trazer calmaria ao ser humano
Irmãos, por natureza, nós éramos filhos da ira e da perdição (Ef 2:3). A ira é o oposto da mansidão, por isso, éramos, por natureza, carnais. Agora, com a conversão, passamos a ser filhos de Deus por adoção, sendo, portanto, espirituais. Contudo, vemos diversas orientações ao longo da Bíblia para andarmos em santidade, negando a carne, para nos dedicarmos ao reino de Deus. Se essas orientações existem, significa que, em algum momento da nossa vida, existe a possibilidade de sentirmos saudades da escravidão do pecado, de andar segundo o curso deste mundo, de cair em tentação. Por isso, na oração do Pai nosso, Jesus nos ensina a pedir a ajuda de Deus para que não caiamos na tentação do inimigo. Isso levou Martinho Lutero à seguinte conclusão: “Simul justus et peccatori”. Essa expressão latina significa: Simultaneamente justos e pecadores. Isso com base nos diversos versículos que dizem que somos salvos pelo sangue de Cristo, e pelas diversas passagens que nos exorta contra os desejos pecaminosos da carne. Dessa forma, entendendo que o ser humano permanece pecador, ainda que seja salvo em Cristo, não sendo escravo do pecado, mas servo de Deus, ainda assim pode acontecer de uma ira muito grande florescer em nós, dependendo da situação. Por isso, o fruto do Espírito é fundamental para evidenciar o nível de intimidade com Deus que um crente tem. Não é fácil retribuir o mal com o bem; retribuir com gentileza a violência. Ainda assim, é nosso dever e obrigação, pois é uma das nossas características sermos mansos, assim como Cristo é. Somente o fruto do Espírito pode trazer calmaria a nós, visto que nossa natureza pecaminosa ainda é existente. Veja, por exemplo, que Pedro usou a sua espada para defender Jesus dos soldados (João 18:10). Qual deveria ser a reação dele? Não usar de violência, mas ele o fez. Então Jesus manda que ele guardasse a espada, e se entregou voluntariamente. Veja que exemplo perfeito de mansidão, que veremos no tópico seguinte.

2.2 Jesus, o exemplo perfeito de mansidão
Quando Pedro usou a violência (desnecessária), na tentativa de proteger Jesus, ele foi repreendido. Parecia ser a coisa certa a se fazer: estavam rodeados de soldados, e estavam prendendo um inocente, a fim de matá-lo. Certamente eu, ou você, no lugar de Pedro faríamos o mesmo, ou, talvez, pior ainda. Mas aí vem o ensinamento de Jesus, que é a mansidão. Não devemos nos comportar assim, por mais lógica que a situação possa parecer. Jesus, inocente, se entregou para que fosse morto em nosso lugar, e isso é um exemplo muito bom de mansidão. Exemplo perfeito, na verdade. É tão perfeito que só tem Ele mesmo como referência de mansidão (Mt 11:29). Então, meus irmãos, imitemos Jesus Cristo, nosso modelo perfeito de todas as características do fruto do Espírito.

2.3 A mansidão deve se fazer presente na vida do crente
Certamente, deve se fazer presente em nossas vidas, pois somos observados por todos, e devemos dar o exemplo para este mundo. Devemos ser sal e luz para o mundo. Então veja, por exemplo, se um político qualquer for preso por desvio de dinheiro público. Agora imagine um pastor fazendo exatamente a mesma coisa, exatamente a mesma quantidade de dinheiro. De modo geral, ninguém liga para essa atitude do político, e passado um tempo, até se esquecem. Agora, no caso do pastor evangélico, vai dar uma repercussão nacional. Isso porque é normal, meus irmãos, que o ímpio espera uma atitude totalmente santa de nossa parte! E não estão errados, de maneira alguma, pois, de fato, temos essa obrigação de andarmos em santidade e repudiar todo e qualquer tipo de atitude ilícita. Tendo a mansidão presente em nossas vidas, pode ter certeza de que jamais estaremos envolvidos em brigas, corrupções, discussões, e demais tipos de problemas.

3. O fruto da temperança
A temperança, em algumas traduções “domínio próprio”, é a capacidade de uma pessoa conter-se a si mesma (isso, bem redundante mesmo, para você entender). Exercendo esta maravilhosa qualidade do fruto do Espírito, nós submetemos todas as nossas vontades à obediência de Cristo. Com isso, vencemos os conflitos espirituais e carnais também, de forma que agimos somente como Jesus agiria, com muita cautela e controle da língua e atitudes.

3.1 O crente deve possuir o fruto da temperança
Assim como as demais qualidades do fruto, esse é indispensável na nossa vida. O crente tem o dever de agir de forma muito controlada em tudo, de coisas mais simples a complexas. Por exemplo, quando vamos à pizzaria, após o culto de domingo, os crentes chegam lá e comem até passar mal. Será que agiram com temperança? Será que tiveram domínio próprio? Será que havia mesmo necessidade de comer tanto assim? Certamente comer só o suficiente seria agir com temperança. Isso sem contar o pecado da gula... Nem tudo nós gostamos de fazer, mas mesmo assim, por disciplina ou obediência, fazemos. Por exemplo, ninguém gosta de acordar às 05h da manhã, mas por necessidade ou disciplina, acordam. Para nós, cristãos, é a mesma coisa. Nem sempre gostamos de orar, de jejuar, de ler a Bíblia de investir mais tempo nos estudos da Palavra, de ir aos cultos... Contudo, tudo isso é necessário, e agir de forma a controlar os desejos da carne, como ficar só descansando, assistindo séries e filmes, jogando videogame, é certamente domínio próprio. O corpo deseja comodidade, mas para ser firme no Senhor, o crente precisa se mexer e investir alto no reino de Deus. Dessa forma, é de extrema importância que tenhamos o domínio próprio (ou temperança) em nossas vidas: para agir com controle em tudo, debaixo da vontade de Deus.

3.2 Temperança: uma virtude que não pode ser desprezada
Irmãos, nenhuma característica do fruto do Espírito pode ser desprezada. Como já falei, só uma pessoa que nasceu de novo possui o fruto do Espírito, possui o DNA de Cristo muito claro no seu ser. O fruto do Espírito nada mais é do que uma consequência da mudança de vida do pecador, é a evidência de que uma pessoa realmente é crente no Senhor. Portanto, devemos nos imaginar de frente a um espelho, e analisar se possuímos todas as nove qualidades do fruto do Espírito. Se não, está na hora de se dedicar mais ao reino dos céus, de orar, de se aproximar de Jesus, buscar intimidade com o Espírito Santo.

3.3 A temperança faz o crente possuir uma vida equilibrada
O que seria uma vida equilibrada para você? Talvez você tenha uma resposta diferente de algum irmão, o que torna essa pergunta um tanto relativa. Depende muito da pessoa, do contexto dela. Agora, para nós, o equilíbrio está firmado em Cristo. Nossa vida deve ser equilibrada, de forma que, apesar de sermos pecadores, tenhamos vergonha e desprezo pelo pecado. Sem a temperança, a natureza pecaminosa toma de conta da nossa vida, afastando-nos de Deus. Aí mora o perigo, e o equilíbrio se esvai.

CONCLUSÃO
Irmãos, pudemos perceber, ao longo da exposição presente, que o fruto do Espírito Santo é uma característica presente na vida do cristão real, aquele que, de fato, teve um encontro com Jesus. Dessa forma, não há que se falar em um crente que rouba, que adultera, que é corrupto. Nada disso faz parte da nossa natureza, pois aquele que habita em nós é ninguém menos que o Espírito Santo! E como consequência disso, temos as seguintes características (tradução NAA): 1. Amor 2. Alegria 3. Paz 4. Longanimidade 5. Benignidade 6. Bondade 7. Fidelidade 8. Mansidão 9. Domínio próprio. Todas essas características do crente são manifestas de forma simultânea, de forma que uma não tem como existir isolada da outra. Além disso, o amor é a base para todas as outras características, sendo ausente o amor, não há nenhuma das outras. Para finalizar, gostaria de destacar que o fruto do Espírito é nosso gabarito divino: devemos sempre nos autoanalisar e verificar se estamos, de fato, correspondendo ao que Jesus espera de nós. Ademais, é sempre bom lembrar que o Espírito Santo habitando em nós é de suma importância para que não deixemos nos levar pelos desejos mundanos da carne: Digo, porém, o seguinte: vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito luta contra a carne, porque são opostos entre si, para que vocês não façam o que querem. Mas, se são guiados pelo Espírito, vocês não estão debaixo da lei. (Gálatas 5:16-18).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
► Bíblia de Estudo  NAA – Nova Almeida Atualizada
► Comentário bíblico expositivo – Wiersbe – Novo Testamento, volume 1
► Revista Betel Dominical, adultos, 4º Trimestre de 2022, ano 32, nº 125. A igreja e o Espírito Santo – A necessidade do avivamento promovido pelo Espírito Santo para os dias atuais. - Lição 12 – O fruto do Espírito em relação a seu portador.

Comentário adicional – Fernando Junior, professor da EBD.

 

 

 

 O FRUTO DO ESPÍRITO EM RELAÇÃO A DEUS E AO PRÓXIMO

Lição 11 – 11 de dezembro de 2022

TEXTO ÁUREO
“Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé mansidão, temperança.” Gálatas 5.22

VERDADE APLICADA
É fundamental, após a conversão, andar em Espírito para vencer as inclinações da natureza pecaminosa e manifestar o fruto do Espírito no dia a dia.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Apresentar a importância do fruto do Espírito;
► Expor a necessidade de produzirmos fruto;
► Compreender que devamos frutificar em toda boa obra.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GALATAS 5
13. Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade.
14. Porque toda lei se cumpre numa só palavra, nesta: amarás a teu próximo como a ti mesmo.
16. Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.
22. Mas o fruto do espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.   

COMENTÁRIO ADICIONAL

INTRODUÇÃO
A obra do Espírito Santo é garantir que nós, como cristãos, estamos produzindo frutos espirituais. É assim que sabemos se alguém é realmente nascido de novo ou não: precisamos estar mudando o tempo todo. Essas nove características do fruto do espírito, nos mostram como são as características que o Pai e Filho desejam de nós para que sejamos semelhantes ao Deus trino, Ele quer que sejamos transformados para nos tornarmos cada vez mais parecidos com Cristo.   

1. O FRUTO DO ESPÍRITO
O fruto do Espírito não tem uma só composição. Ele tem nove partes conforme esse mesmo Espírito inspirou Paulo a escrever em Gálatas 5.22, e não podemos escolher o que queremos, como normalmente costumamos fazer ao nos deparar com uma cesta de frutas. Como cristãos, precisamos nos submeter e nos render a vontade de Deus, para que essas nove características sejam vistas em nós, e todos ao nosso redor possam ver essa produção de excelentes qualidades humanas. Isso é prova de que realmente somos filhos de Deus e que o Espírito Santo está operando em nossas vidas. Podemos pedir a Deus que nos ajude a desenvolver mais uma ou outra dessas características mais do que outra, mas sempre sabendo que não são conquistadas pelo nosso próprio esforço, porém Deus pode nos acrescentar o que pedimos, mas somente pela operação do seu Espírito Santo. Precisamos lembrar que este é o fruto do Espírito. Não podemos tentar, com nossas próprias forças, mostrar melhorias ou mostrar algumas dessas características cada vez mais. O trabalho do Espírito Santo é produzir seus frutos em nós. Assim como uma árvore não pode tentar produzir diferentes tipos de frutas. Só dará o fruto que foi feito para dar. Sendo pelos nossos próprios esforços, o fruto que produzimos será sempre raiva, egoísmo, orgulho etc. Precisamos da ajuda de Deus para produzir o fruto do seu Espírito Santo.   

1.1- Jesus nos escolheu para darmos frutos
Carregar o fruto do Espírito não é opcional na vida cristã (Jo 15.1 e 2). Frutificação é resultado de obediência à palavra de Deus e os sussurros do Espírito Santo. A indiferença e a desobediência intencional à vontade de Deus significam que eu não sou verdadeiramente um cristão – um seguidor de Cristo – e, isso significa que não posso ter comunhão com Jesus Cristo e o Pai. (João 14: 15-17; João 14: 21,23-24; 1 João 1: 6-7) O próprio Jesus diz aqui que cada ramo que não dá fruto é tirado pelo Pai. Tal pensamento deve me despertar para a seriedade, mas não deve levar ao desânimo, desespero ou peso. Pelo contrário, deve ser uma inspiração que eu deva dar mais frutos e ter comunhão com Ele! Então, como posso dar frutos? O fruto do Espírito só pode surgir em mim pelo poder do Espírito. Nenhuma quantidade de esforço próprio produzirá frutos espirituais. Isso requer uma entrega total de minha vontade própria a Deus, para que eu possa obedecer às palavras de Jesus nas situações cotidianas da vida, para que o fruto do Espírito surja em vez de minha própria natureza. Tal rendição total ocorre quando Jesus é meu primeiro amor e reina em meu coração e mente. Então é a Sua vontade – a Sua Palavra – que é feita na minha vida e não a minha própria vontade. Então o manancial de frutos – o fruto do Espírito, o fruto da obediência às palavras de Jesus – surgirá naturalmente.

1.2- O fruto do Espírito nos faz parecidos com Cristo
Quando os crentes buscam uma vida cristã baseada no fruto do Espírito Santo vemos, na vida daqueles que tomaram essa decisão, um retrato de Jesus Cristo. Todas as nove virtudes citadas em Gálatas 5.22, estão presentes no caráter de Cristo. Elas só podem ser implantadas no crente, por intermédio do Espírito Santo. Ele é quem opera a transformação moral do crente (2 Co 3.18). Deixe o Espírito trabalhar em seu caráter. Há uma classificação comum destas virtudes: amor, alegria e paz (meu relacionamento com Deus); longanimidade, benignidade e bondade (meu relacionamento com os outros); fidelidade, mansidão e domínio próprio (relacionamento comigo mesmo). Paulo, inspirado pelo Espírito Santos, apresenta apenas um fruto deste mesmo Espírito, porém exalta 9 características que mostram claramente, serem as características ensinadas pelos exemplos deixados por Cristo quando esteve entre nós. Seria como uma única arvore frutífera, que produz o seu fruto típico, porém com nove gomos que geram o seu sabor agradável, gerando desejo de usufruto em quem se aproxima daqueles que vivem sob a essência dessa frutífera, atraindo-os a quererem experimentar do mesmo fruto. 

1.3- Paulo deu ênfase ao fruto do Espírito
Paulo faz uma lista das virtudes do fruto do Espírito em sua carta aos Gálatas: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gálatas 5.22,23). Essas virtudes caracterizam a vida cristã. Se somos cheios do Espírito, vamos exibir o fruto do Espírito. Isso, porém, obviamente envolve tempo. Não são ajustes superficiais do caráter que ocorrem da noite para o dia. Tais mudanças envolvem uma reformulação das disposições mais íntimas do coração, o que representa um processo de longa vida de santificação peio Espírito. Há uma diferença qualitativa entre as virtudes de amor, alegria, paz, longanimidade etc., engendradas em nós pelo Espírito Santo e aquelas exibidas pelos descrentes. Os não-crentes operam por motivos que, em última análise, são egoístas. Quando, porém, um crente exibe o fruto do Espírito, ele está mostrando características que, em última análise, são voltadas para Deus, para o próximo e para si mesmo. Ser cheio do Espírito Santo significa ter uma vida controlada pelo Espírito.

2. NOSSO RELACIONAMENTO COM DEUS
Há, notadamente, uma divisão tripla nas nove manifestações do fruto do Espírito. O fruto do Espírito poderia ser separado como se separa os gomos de um fruto como uma laranja. Assim como os dez mandamentos, podemos dividi-lo em duas partes de cinco mandamento, o fruto do Espírito pode ser dividido em três. As três primeiras características desse fruto, fala do comportamento entre nós e Deus, os outros três fazem menção dos nossos deveres para com o próximo, já os três últimos, fala do nosso dever de zelar por nossas próprias características para sermos valorizados como cristãos neste mundo.

2.1- Amor: a maior de todas as virtudes   
O amor é a primeira característica do fruto do Espírito mencionada, e para entendermos um pouco melhor sobre ele, teremos como base a passagem de 1 Coríntios 13:1-8, de quando o Apóstolo Paulo estava ensinando aos coríntios sobre o verdadeiro amor e disse que até poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e no céu, mas se ele não tivesse amor, as pessoas não entenderiam nada. Paulo ainda continua afirmando que poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento do mundo, entender todos os segredos que existem e ter tanta fé que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas se ele não fizesse isso com amor de nada serviria. Ele poderia dar tudo o que tinha e até mesmo entregar o seu corpo para ser queimado, mas, se não tivesse amor, isso não iria adiantar nada. Mais adiante, a partir do versículo 4, ele explica o que é amor: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. O Apóstolo queria nos ensinar que o amor dura para sempre e é o maior presente de Deus para nós. Quando amamos uns aos outros ficamos mais parecidos com Jesus, a pessoa que mais amou neste mundo, amou tanto que deu Sua própria vida por nós. Como cristãos nosso maior desejo deve ser se parecer cada vez mais com Cristo e é impossível que isso aconteça se não amarmos.  É importante ressaltar que amar é um mandamento, portanto é uma decisão que deve ser tomada por nós todos os dias. Do levantar-se ao deitar-se, através de cada atitude nossa, precisamos decidir amar e manifestar isso através de nossas ações. Quando temos esta consciência enxergamos o próximo de uma maneira diferente. 

2.2- Gozo: a alegria que emana de Deus
A palavra grega para gozo é chara e significa: gozo, regozijo, alegria”. Em muitos sentidos, chara significa “celebrar”. Mas, qual é a origem do gozo perfeito? Em Lucas 10:17-20 vemos que os discípulos ficaram alegres porque os demônios se sujeitavam a eles no nome de Jesus. Mas Jesus disse-lhes que a maior razão para nosso gozo é o fato de nossos nomes estarem escritos nos céus! Salmo 51:12 fala que a fonte do gozo de Davi estava na salvação de Deus. Há uma relação entre graça e gozo. A palavra grega para graça é charis, para gozo, chara. Elas têm a mesma raiz. Charis significa “favor não merecido”.  A salvação pertence ao Senhor (Apocalipse 7:10) e Ele a deu gratuitamente a cada um de nós através do sacrifício de seu Filho Jesus. É essa a grande razão de nosso gozo! Não somos salvos através da nossa justiça ou esforço próprio, mas sim por causa da justiça e trabalho do Senhor Jesus Cristo por nós. Esse gozo sobrenatural é algo que independe das circunstâncias. Em Filipenses 4:4, escrevendo do fundo de uma prisão lamacenta, fria e suja, Paulo exorta aos crentes “Regozijai-vos sempre no Senhor. Outra vez digo: regozijai-vos!”.  Como é possível? Porque Paulo tinha os olhos no Seu Senhor e aprendeu que a presença, o propósito e poder de Deus são melhores descobertos nas tribulações e dificuldades. Ele não encontrou forças para fugir de suas circunstâncias e sim para continuar nelas e mesmo assim, ter gozo no Senhor.  Por quê? Filipenses 3:8 tem a resposta: porque para Paulo, “conhecer a Cristo” era maior ganho que qualquer perda que ele pudesse vir a ter. Ele lidou com dificuldades terrenas confiando na resposta divina.

2.3- Paz: uma condição necessária para florescermos em união
A paz não se caracteriza pela ausência de lutas ou adversidades circunstanciais, mas pelo discernimento e controle emocional diante de situações que trazem angústia, dúvida ou medo. Essa característica do fruto do Espírito, descrito nas Sagradas Escrituras, é muito diferente do que o mundo entende como sendo paz, pois é gerado pelo consolo do Espírito Santo, pela transformação que nós sofremos ao aceitar a Cristo como nosso único salvador. É através da certeza na fé, que nós enfrentamos qualquer situação com segurança e verdadeira paz. Na Bíblia existem vários relatos de personagens que passaram por situações inimagináveis, mas a fé deles os mantiveram firmes e inabaláveis. Como está escrito em Hebreus 11: 32-38, onde o escritor relembra do que Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas, passaram e através da fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas e até fecharam as bocas dos leões. Eles enfrentaram momentos em que precisaram de discernimento e de um controle emocional que vinha do alto e, pela fé em Deus tiveram paz, mesmo em meio as lutas. Com isso, podemos ver que a primeira característica da paz é que ela vem do Senhor e que é um presente d’Ele para nós. Como está escrito em João 14:27, quando Jesus ao anunciar sua ida para o céu aos discípulos, ele afirma que deixaria com eles e conosco a sua verdadeira paz e pede que não tenhamos medo. Nosso Salvador, já venceu este mundo e n’Ele somos mais do que vencedores.  Outro ponto importante de ressaltar é que a paz promove a unidade – a comunhão entre os irmãos – para qual fomos chamados a viver. A natureza humana é de causar guerra e divisão, sendo isto resultado do pecado, mas quando convidamos o Espírito Santo para habitar em nós, estamos negando a nossa própria carne para buscar uma vida de santidade, com isso também devemos buscar a paz que excede todo entendimento e viver em harmonia com nossos irmãos. 

3. NOSSO RELACIONAMENTO COM O PRÓXIMO
Anteriormente, fizemos menção sobre as divisões do fruto do Espírito, mas a essência desse fruto e suas nove características, apesar da divisão que citamos, as nove geram benefícios muito fortes para com o nosso relacionamento com o próximo.

3.1- Longanimidade: suportando as contrariedades do próximo
A longanimidade é uma das marcas do Fruto do Espírito, gerado com exclusividade no crente que recebeu a salvação em Jesus Cristo. A própria palavra dá a dica sobre o seu significado: longanimidade significa ter longo ânimo, ânimo extenso, paciência duradoura, como um elástico que estica bastante. Trata-se de uma característica gerada pelo Espírito de Deus no coração de alguém que nasceu de novo pelo Evangelho de Cristo. Ser longânimo é um estilo de vida no qual a pessoa demora a irar-se e mantém-se paciente em toda situação. O fruto da longanimidade é a capacidade graciosa e poderosa de suportar por longo tempo o sofrimento e a adversidade. É, por exemplo, a capacidade nobre de suportar pessoas de difícil relacionamento e cansativas, ou circunstâncias incômodas, permanecendo firme sob tensão sem desanimar. A longanimidade é uma perseverança extraordinária que produz resultados positivos mesmo sob oposição e sofrimento. Alguém longânimo é alguém que demora a irar-se. Quando a Bíblia nos diz que nosso Deus é longânimo, está dizendo que isso está em seu caráter. “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pe 3.9). É maravilhoso saber que o nosso Deus, que é longânimo, comunica a nós alguns dos Seus atributos. Só pode ser verdadeiramente longânimo aquele que recebeu de Deus essa gloriosa dádiva. Se gostamos de ser compreendidos e perdoados devemos também compreender e perdoar as falhas das pessoas ao nosso redor. Lembremos sempre de que, por mais difícil e doloroso que isso represente para nós, não será pior do que o sofrimento que o Senhor Jesus enfrentou na cruz por você e por mim. Na Bíblia temos alguns grandes exemplos de longanimidade. Lembre-se de José com seus irmãos e suas provações no Egito. Lembre-se também do tratamento paciente de Davi com o rei Saul. E o que dizer da paciência de Jó com seus amigos? Não se esqueça de Paulo com tudo o que ele suportou e ainda assim permaneceu firme em Cristo. Acima de tudo, é claro, devemos nos lembrar do Senhor Jesus, o supremo mestre da longanimidade. Quão longânimo e paciente Jesus se mostrou em toda a sua vida entre os homens! O Senhor Jesus, em sua longanimidade, suportou os nossos pecados, tomou a cruz e assumiu a morte que era nossa. Amor, humildade e paciência semelhantes à do Senhor Jesus não há, nunca houve e jamais haverá. Aprendamos com ele a ser verdadeiramente longânimo, pois só ele pode fazer esse milagre em nós!

3.2- Benignidade: o amor mostrando compaixão
Você sabe o que significa benignidade? Bem, é a qualidade de quem é benigno, ou seja, dotado de características boas, como generosidade, bondade e benevolência. Isso é, agir com benignidade é o mesmo que ser misericordioso e bondoso com o próximo, comportando-se com base na lealdade e fidelidade. Sendo um fruto do Espírito Santo, assim como o amor, o gozo, a paz e a longanimidade, a qualidade de ser benigno é produzida pelo Espírito Santo em nós, quando somos guiados por ele. Em Miquéias 6:8, está escrito: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?”. Então, podemos dizer que a benignidade é uma das qualidades que o Senhor exige de Seu povo. Nós, filhos de Deus, devemos obedecer à vontade d’Ele revelada em Sua Palavra, praticando atos de misericórdia e demonstrando compaixão uns para com os outros. Um dos maiores exemplos que temos, é o nosso próprio mestre Jesus Cristo, que durante seu tempo na Terra demonstrou tamanha benignidade para com os pecadores, inclusive no momento de Sua crucificação, quando Ele pediu ao Pai que perdoasse aqueles que lhe faziam mal, como está relatado em Lucas 23:34. Onde há benignidade, não há lugar para maldade, ódio ou rancor, porque as ações são guiadas pelo amor. Acredito que quando entendemos que o nosso Deus é cheio desta qualidade, aprendemos a ser benignos com outras pessoas também. Da mesma forma que o Senhor nos ama e ajuda sem merecermos, nós também devemos amar e ajudar o próximo. O nosso maior motivo para buscar ser cheios de benignidade, é alegrar nosso Deus, pois tudo aquilo que fazemos não deve ser para a nossa própria vanglória, mas sim para honrar o Senhor. E para finalizar deixo aqui a passagem de Provérbios 12:2: “O homem de bem alcançará o favor do Senhor, mas ao homem de intenções perversas ele condenará”.  

3.3- Bondade: a destreza do amor
A bondade, está diretamente relacionada com a longanimidade, que se relaciona com a benignidade e consequentemente com a paz, por isso é tão importante que nós busquemos e peçamos para o nosso Senhor, o fruto por completo, sendo aprimorados no amor. Dito isto, a palavra de Deus nos instrui a ser bondosos uns com os outros e com todos, isto é, sem acepção de pessoas, não é para ser bondoso só com aqueles que queremos, mas com qualquer pessoa e até mesmo outros seres vivos. A maldade não combina com servir ao Senhor, pois como já sabemos, nosso Pai não é maldoso, mas sim justo e como está escrito em Deuteronômios 7: 9, Ele mantém Sua aliança e bondade com todos os que O amam e obedecem aos seus mandamentos. No mundo há tanta maldade, porque nele jaz o maligno como está escrito em 1 João 5:19, e em consequência disso porque as pessoas buscam seus próprios interesses, são egoístas, buscando tudo à sua maneira e em seu próprio tempo. Ser bondoso, implica em ser humilde de coração, o que exige que deixemos o ego de lado, porque enquanto pensarmos apenas em nós mesmos não estaremos aptos para exercer a bondade ao próximo. Existem muitas pessoas que não serão bondosas com a gente, mas é grande o gozo de quem age bondosamente com qualquer pessoa e, o gozo ainda é muito maior, quando essa pessoa poderia ser vista como um inimigo mortal. Como está escrito em Efésios 6:12, a nossa luta não é contra carne e sangue, mas sim contra principados, potestades, príncipes das trevas e hostes espirituais da maldade. Nesta luta devemos estar preparados, revestidos da armadura de Deus e fortalecidos na Sua palavra. 

CONCLUSÃO
Quando decidimos andar com Cristo, é necessário permitir que o seu Espírito Santo, habitando em nós, trabalhe nosso caráter, a fim de expressar em toda nossa maneira de viver, essas nove características do fruto do Espírito, ainda que, individualmente, essas características possam existir em maior ou menor, s o interessante em que as pessoas vejam em nós a presença delas. É importante demonstra as demais pessoal que Cristo vive em nós, de modo que gere nelas o desejo de serem cristãos. 

Referências bibliográficas
Bíblia de Estudo Pentecostal, Revista e Corrigida, Traduzida em Português por João Ferreira de Almeida com referências e algumas variantes. Edição 1995.
Revista de Escola Bíblica Dominical – Jovens e Adultos. A igreja e o Espírito Santo. Rio de Janeiro. Editora Betel – 4º Trimestre de 2022. Ano 32 n° 125 - Lição 11 – O fruto do Espírito em relação a Deus e ao próximo.

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Comentário adicional
PASTOR ALTEVI OLIVEIRA DA COSTA- Servo do Senhor Jesus Cristo, Bacharel em administração de empresas públicas e privadas pela Faculdade Católica de Brasília, Bacharel em Teologia pela FATAD- Faculdade Teológica das Assembleias de Deus, pós-graduado em administração de cooperativas pela UNB, MBA em cooperativismo de crédito no Canadá, Estados Unidos e Espanha.