LIÇÃO 3 – ORDENANÇA PARA CONGREGAR E PRESTAR CULTO RACIONAL
Domingo 21 de abril de 2024
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de
Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus, que é o vosso culto racional” Romanos 12.1
Uma característica marcante do nascido de novo é o desejo de estar reunido com o povo de Deus.
TEXTOS
DE REFERÊNCIA
SALMOS 84
3- Até o pardal encontrou casa, e a andorinha,
ninho para si e para a sua prole, junto dos teus altares, Senhor dos Exércitos,
Rei meu e Deus meu.
4- Bem-aventurados os que habitam em tua
casa; louvar-te-ão continuamente.
10- Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade.
HEBREUS 10
25- Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.
Introdução
1- Não deixando de congregar
2- Não perdendo o desejo de congregar
3- Oferecendo um Culto Racional
ESBOÇO DA LIÇÃO
A falta de conhecimento
tem matado muitos crentes (Os 4.6), precisamos conhecer a vontade do Nosso Pai,
Seus propósitos e obedecer à Sua Palavra.
Essa lição traz a
ordenança para congregar e prestar culto a Deus, portanto precisamos entender a
necessidade de congregar com nossos irmãos, sendo igreja e corpo de Cristo e
juntos, em comunhão prestarmos um culto racional, consciente a Deus.
O apóstolo Paulo
escrevendo aos santos que vivem em Éfeso traz discernimento à nossa consciência
de que agora somos membros da família de Deus, edificados sobre a pedra angular
que é Cristo, somos um edifício que bem ajustado (em comunhão), cresce para ser
um santuário dedicado ao Senhor, Nele somos edificados, juntos com os outros
(em comunhão), para sermos morada de Deus no Espírito (Ef 2. 19 – 21). Esse
verso engloba, ao meu ver a ordenança de congregar, pois é à partir desse ato
de ajuntamento que podemos usufruir da comunhão (obra do Espírito Santo em nós)
e juntos nos tornamos um santuário para morada de Deus.
Precisamos ter
entendimento de que somos santuário de Deus (I Co 3.16,17; 6. 19; II Co 6.16);
somos membros uns dos outros (I Co 12.27) somos a unidade do Corpo de Cristo,
precisamos cooperar em favor uns dos outros.
Enfim, o Corpo de Cristo que é a Igreja precisa se articular, se ajustar, cooperar e edificar uns aos outros e isso ocorre exatamente no contexto de congregar (nos conectar) que produz a comunhão (interação, troca).
1-
NÃO DEIXANDO DE CONGREGAR
1.1
O que significa igreja e a sua missão.
1.2
O que significa igreja e a sua missão.
1.3 Como é bom e agradável que os irmãos vivam em união.
A palavra hebraica, usada
com referência à congregação de Israel é qahal,. A expressão “congregação”
na nova aliança aplica-se, no seu sentido mais amplo, ao corpo de Cristo,
igreja. Mas o que significa congregar segundo a Bíblia? Congregar é uma forma
de compartilhar o testemunho cristão aperfeiçoando-nos mutuamente.
Assim, o significado
bíblico de congregar é muito mais do que simplesmente uma reunião em um local
físico, significa reunir-se, ajuntar-se com outros fiéis e irmãos da
comunidade cristã com o intuito a motivação de prestar culto a Deus, estudar a
Bíblia, compartilhar experiências de fé, fortalecer e edificar uns aos outros em
Cristo. É principalmente no ambiente da igreja que recebemos o alimento
espiritual e, precisamos desse alimento para nos mantermos de pé e crescermos
espiritualmente.
A Bíblia é clara em sua
mensagem sobre a importância da comunhão cristã, o ato de congregar é uma das
principais formas de vivenciar essa comunhão que é um elemento essencial para o
fortalecimento da nossa fé e, “O justo viverá pela fé” (Hb 10.38; Rm 1.17; Gl
3.11).
Em Provérbios 27:17, está
escrito: “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro”. Ou
seja, ao convivermos com outros cristãos, somos incentivados a buscar uma vida
mais próxima de Deus e a crescer em nossa fé.
A comunhão também é importante para a prática do amor cristão. Em 1 João 4:20-21, está escrito: “Se alguém afirmar: ‘Eu amo a Deus’, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão”.
2-
NÃO PERDENDO O DESEJO DE CONGREGAR
2.1.
Consequências ao deixar de congregar.
2.2.
Por que alguns abandonam a igreja?
2.3. Aprendendo com o exemplo de Jesus.
Congregar implica em
reunir-se com outros cristãos, somo advertidos pela Palavra que não devemos
viver nossa fé isoladamente, esse não é o projeto de Deus, Seu projeto é uma
família, é vivermos nossa fé em comunidade e comunhão.
Na oração que Cristo nos
ensina, essa necessidade de comunhão fica muito clara pois a oração é dirigida
ao “Pai Nosso” (não é meu pai, é Nosso Pai), Cristo se entregou por nós, ele
abriu mão do ”seu Eu, da sua posição” para que surgisse o “Nosso Pai, nossa
família”. Se observarmos com atenção, o movimento de Deus na Palavra sempre
foi, desde o princípio, no sentido da coletividade, da comunidade, do ajuntamento,
da nação, do povo, da família; o projeto de Deus sempre foi progressivo no
sentido de estabelecer comunhão à humanidade – “Deus faz que o solitário viva
em família...” (Sl 68.6).
O livro de Hebreus,
capítulo 10, versículo 25, diz: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume
de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se
aproxima”. Ora, quando nos isolamos e deixamos de nos reunir com os irmãos como
a família de Deus estamos tomando um rumo totalmente contrário à vontade e
plano de Deus já que todo cristão precisa congregar, pois, só existe crescimento
e vida na comunhão.
A Bíblia nos ensina que
não devemos abandonar a congregação dos santos e que, juntos, podemos encorajar
uns aos outros a perseverar na caminhada cristã. Além disso, congregar é uma oportunidade
de edificação mútua. Quando nos reunimos com outros cristãos, podemos
compartilhar nossas experiências de vida e nossas lutas espirituais. Podemos
aprender uns com os outros e encorajar uns aos outros na caminhada da fé.
Outro aspecto importante
do congregar é o culto a Deus. Quando nos reunimos em culto, podemos adorar a
Deus juntos, ouvir a sua Palavra e receber a ministração dos dons espirituais.
O livro de Salmos, capítulo 95, versículo 6, diz: “Ó, vinde, adoremos e
prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou”.
Assim, a comunhão nos
ajuda a fortalecer nossa fé, nos mantém comprometidos com a Palavra de Deus e
nos encoraja a viver uma vida dedicada a Cristo. A comunhão também nos ajuda a
lembrar que somos parte de um corpo maior de cristãos, unidos por nossa fé em
Jesus Cristo.
Romanos 12, verso 5, precisa fazer parte de cada um de nós: “[...] assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros”. O corpo é formado pelos membros, e estamos ligados à cabeça que é o Senhor Jesus.
3.1.
Sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.
3.2.
Deus está à procura de verdadeiros adoradores.
3.3. Só ao Senhor adorarás e só a Ele prestarás culto.
Culto significa adoração,
veneração, dedicação. Racional se refere à razão, nossa capacidade de
raciocinar. Em Romanos 12:1, isso representa nossa mente, nossos pensamentos e
nossa vontade. Por isso, culto racional significa adoração que vem de nossa
vontade e nosso entendimento. O culto racional é a adoração sincera a
Deus, oferecida de boa vontade. Quando obedecemos a Deus de coração, oferecemos
culto racional a Ele.
Romanos 12:1 marca uma
mudança no assunto do livro, nos capítulos anteriores, Paulo explica sobre a
salvação, nossa relação com Deus e vários outros assuntos espirituais
importantes. A partir dessa passagem, o foco passa ser prático: como o cristão
deve se comportar. Quando entendemos tudo que Deus é, e tudo que fez por nós,
nossa resposta deve ser uma vida dedicada a Ele. Então culto racional significa
adoração consciente, com amor, mas também com entendimento.
No Antigo Testamento, as
regras de adoração centravam muito em ações exteriores e muitas pessoas se
esqueciam que nada disso tinha valor sem um coração voltado para Deus (Romanos
9:30-32). No Novo Testamento, a adoração começa no coração, que depois se
reflete na vida e nas ações exteriores.
A fé não é cega, é a
certeza... é a convicção... (Hb 11.1). A Bíblia nos convida a conhecer mais,
para entendermos melhor o grande amor de Deus. A fé com entendimento é mais
forte, e a compreensão nos ajuda a adorar de maneira mais sincera, vencendo a
dúvida. Mas o culto racional não é apenas entendimento. Culto racional
implica ação. Conhecimento sem ação não tem nenhum valor (Tiago 1:22).
Conhecendo a verdade, precisamos submeter nossa vida a Deus, obedecendo a Seus
mandamentos e nos entregar a Ele. Isso é verdadeira adoração. Adorar a Deus com
entendimento e sinceridade, através de tudo que fazemos, é nosso culto
racional.
Se observarmos o culto
racional segundo a Carta aos Romanos, Paulo tem em mente a própria vida do
crente como um culto diário ao Senhor. Nesse caso também se reconhece que Paulo
contrasta a ideia do culto espiritual sacerdotal do Antigo Testamento com a
adoração dos crentes do Novo Testamento; mas ele faz isso enfocando as
implicações práticas no dia a dia do cristão.
Em outras palavras, Paulo
estaria falando de viver em novidade de vida; de cultuar a Deus com toda
inteireza de nosso ser, adorando-o em todas as áreas de nossas vidas. Falando
sobre isso, John Stott explica que o culto racional não é para ser prestado apenas
nas cortes do templo ou no edifício da igreja; mas sim na vida do lar e no
mercado de trabalho.
É nesse sentido também que o culto racional pode ser chamado de “culto espiritual”; em oposição ao culto cerimonial do Antigo Testamento. O culto sacerdotal levítico era marcado por uma série de ritos e formalidades. Mas agora, por meio de Jesus Cristo, os verdadeiros adoradores são aqueles que adoram ao Pai em espírito e em verdade.
CONCLUSÃO
Ante todo o exposto,
vimos a necessidade de congregar, nos reunirmos para usufruir da comunhão do
corpo de Cristo como a família de Deus e, nesse ambiente de comunhão prestarmos
um culto consciente ao Nosso Deus e Pai, edificando uns aos outros como
santuários do Deus vivo.
Assim, podemos concluir que não congregar e prestar um culto sem sentido ou razão são incompatíveis com os filhos de Deus e são obra da carne que se traduza no egoísmo e hedonismo dos dias atuais. Aquele que assim age, precisa rever suas concepções de evangelho e da Palavra, pois somo santuário de Deus e membros uns dos outros, além disso, o Espirito Santo que habita em nós nos capacita a cooperar e edificar uns aos outros.
Professora: Emivaneide Silva
Referências
Revista Betel Dominical, adultos, 2º Trimestre
de 2024, ano 34, nº 131. ORDENANÇAS BÍBLICAS – doutrinas fundamentais
imperativas aos cristãos para uma vida bem-sucedida e de comunhão com Deus.
Lição 2: Ordenança para Congregar e Prestar Culto Racional
Um pouco confuso os comentários,
ResponderExcluirEstou acostumada com a forma que fazem os outros
ResponderExcluirGostei, muito edificante á aula da irmã. Deus continue te abençoando.
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